domingo, 27 de maio de 2018

EUTANÁSIA




Vai longa a polémica sobre a eutanásia. Mas curta, muito curta, a discussão sobre a mesma. Não tenho pensado muito sobre o assunto, nem tenho tido disposição para ler extensos textos que já vi por aí sobre a matéria. Também não faço a mínima ideia se algum dia decidiria recorrer ou não a ela. Agora uma coisa parece certa: se a Lei existir, quem quiser, poderá recorrer a uma morte assistida para pôr termo ao sofrimento considerado tecnicamente/medicamente, inútil. Se ela não existir, evidentemente, ninguém poderá recorrer a essa possibilidade. Todos terão que penar até ao fim, queiram ou não queiram.
Ou não será assim?

8 comentários:

  1. Resumindo, se me permite, eu diria: a existir, a lei satisfaz todos, os que a querem e os que a não querem; a sua ausência só satisfaz alguns, os que a não querem. Os outros que se lixem.

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  2. O argumento dos que temem que a lei possa vir a ser desvirtuada é pertinente. Transcrevo o que no JN escreve o cónego Rui Osório: "A sociedade tem de se interrogar se, sob a capa da defesa do "direito à morte com dignidade", não se esconde o mais cruel "descarte" daqueles em quem não se está interssado"...

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    1. O argumento é forte, mas não deixo de lhe encontrar alguns laivos de demagogia. Aliás, se o seu uso se disseminasse, cedo concluiríamos que estávamos à beira da paralisia legislativa.

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  3. Algumas considerações. Concordo com o Francisco quando diz que a lei serve para os que, dentro da sua autonomia de decisão, a quiserem usar, sejam muitos ou poucos. E discordo quando fala em sofrimento "tecnicamente/medicamente inútil". Esse sofrimento é do próprio que toma a decisão e não de outrem e, além disso, não é útil ou inútil mas sim insuportável para a pessoa que pede a morte assistida. Quanto ao Amândio, não devemos pôr "más intenções" na lei e assim deixarmos de atender aos sofredores que pedem algo somente para si e por sua decisão, entendo eu.

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  4. Amigos!: - Pelos comentários sobre o assunto, vemos que a eutanásia é um assunto difícil de dirimir. Que o bom senso impere em tão melindrosa decisão.

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    1. "Bom senso" é como "experiência pessoal". É aquele que possuímos e tomamos como atinado para todos. Tal como a segunda é a capacidade de cometermos erros e os tomarmos como intervenções certas.

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  5. Quando falo em sofrimento inútil, quero dizer, quando já não existe qualquer esperança de cura. Não me refiro à decisão de acabar com o sofrimento.

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