Liberdade de expulsão

- Os jornais do país, exercem as mais "amplas liberdades de expressão", desde que o que se escreve, sobre o que se diz e ouve, ou é simples opinião que percorre os corredores da análise desprendida e independente e objectiva, não colida, não obstrua, não contradiga a corrente oficial, que manda dizer bem dos valores nacionalistas que se jogam agora, na Rússia 2018, mas que deles se pretende tirar partido para manter a nação parada no entorpecimento, na alienação do povo manipulado, por tais meios e até pelos governantes de alto coturno, e caneleiras, gravatas e cachecóis que a época determina. Quem ousar pensar diferente e apontar tais comportamentos, é banido, obliterado, silenciado, corrido das páginas de opinião dos diários, que se fazem em papel. A ousadia de não alinhar com a Selecção das Quinas e do seu ídolo condenado por mau pagador de impostos, mas elevado à condição de herói nacional, e companhia de luxo e de discurso, do presidente cambaleante mas amparado por s. João, é apagado, proscrito, enquanto mantiver os registos inconvenientes para o sucesso procurado, badalado, e apoiado pelas Finanças e pelos contribuintes. A preocupação de fazer do Futebol, a causa maior da Sociedade e vestir o povo todo, com as cores da Pátria, e nas costas das camisas os nomes dos "activos" que levam o nome de Portugal até aos quadrantes do planeta. E assim encarcerados nesses valores de manada, é notória e escandalosa a missão do regime, própria para sub-povo consumista de miséria, que esquece reclamar por mais e melhor qualidade de vida. E quem escreve sobre tal assunto, fica de fora das páginas dos jornais. Não é convocado para coisa alguma, nem para o banco de suplentes é chamado. Vai para a bancada do desprezo, para que não desestabilize, não estorve o sentido que a Nação, essa sim, reclama como fundamental, acima de todos e de tudo. Viva a Selecção da nação valente e imortal, e os seus orientadores....ah - e os jornais!