quinta-feira, 14 de junho de 2018

Refugiados na terra natal

- A Europa, essa despudorada, com a sua caridadezinha, anda a incentivar a desertificação de alguns países afro-asiáticos-muçulmanos. Em vez de implementar condições para que os seus habitantes se fixem à sua terra natal, e ficar com tempo inteiro para tratar dos seus nativos, que reclamam emprego, pão, habitação, roupa e saúde, envia-lhes sinais tipo, "venham mais cinco que eu recolho e integro já", como se o povo indígena vivesse no melhor dos mundos, o que é falso. Um povo desde os avós, atrás da côdea e da paz sócio-familiar, sem os velhos sobressaltos que passam de pai para filho. Um povo de calos nas mãos e pés, e consumições a martelar na cabeça no dia a dia, em conflito consigo mesmo e a corda ao pescoço. Mas os governantes de meia tigela, animados por correntes de solidariedade demagógica, e outro tanto de necessidade de arranjar mão de obra barata e de fundos, contribuições, descontos, para a segurança social não olha a meios, e pesca no mar ou em terra, refugiados necessitados e oportunistas misturados, que se aproveitam da porta escancarada para se instalarem subsidiados, como não o fazem com os seus naturais desdentados, mas de sangue, que cá nasceram e aqui hão de morrer, no silêncio e sem notícia. E porque morrem sem deixar filhos com apetência para se tornarem escravos, recorre à actual forma de povoamento do seu continente, ao mesmo tempo que despovoa outros, roubando-lhes vida e mão de obra barata. Com tal prática, virá o dia, em que terão tais governos desta Europa de nações feridas, de reenviar de volta tais refugiados e a sua prole, para que o deserto provocado hoje lá longe, não acrescente mais dificuldades negras aos países de origem, desses iguais famintos, juntos a bocas de ouro, que buscam o vazio que se sustenta na bóia da ilusão. Quando se der um naufrágio a sério, vão todos ao fundo, e depois apenas restará um oceano de lamentos colectivos dos mandantes demagogos de barriga cheia. O populismo e a hipocrisia, também é isto. Valha-nos stº António e s.João!*

-*(inJN-05/08:-resum)

2 comentários:

  1. Subscrevo totalmente o seu texto. Felizmente, que ainda vamos tendo pessoas com a devida coragem e capacidade de analise...Muito bem.

    ResponderEliminar
  2. Valha-nos, de facto, santo António e são João, e mais são Pedro para animarem esta desilusão colectiva a caminho da perdição.

    ResponderEliminar

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.