segunda-feira, 23 de julho de 2018

Um mundo esquisito...

Penso que é do senso comum que tudo "isto" é muito difícil de interpretar, quanto mais de interpretar com alguma lógica! No mesmo dia em que leio, no facebook, um texto magnífico ( não quer dizer que esteja de acordo com ele nas conclusões) de José Goulão, transcrito do blogue "Estátua de Sal" - O capitalismo em guerra civil - sei, também, que Cuba substitui, na Constituição, o comunismo pelo socialismo. Contemporaneamente, enquanto o capitalismo está, realmente (estou de acordo), em "guerra civil", o comunismo "retira-se" dos textos e resguarda-se em eufemismos e até em práticas que eu já aqui chamei de "sucedâneos". Novos "pós-modernismos" relativistas, são-no apenas nas palavras, que não nas geografias. Mas, porquê então o recuo nas primeiras, quando o capitalismo se "desintegra"? Por bondade não é com certeza! Talvez seja porque já viveram uma "morte" (passe o oxímoro) e sabem  que, em não mudando o desempenho do capitalismo predador, que mina o ideal europeu, não precisarão de "mexer uma palha" para fazer o "trabalho" que aqueles "europeus e norte-americanos" com ideal adulterado, farão por si... com o voto dos povos "esquisitos", também eles. E aguardam, com "mudanças" para o exterior, que se cumpra o expresso por Vergílio Ferreira: ocidente é sinónimo de ocaso...

Fernando Cardoso Rodrigues

3 comentários:

  1. Capitalismo - Comunismo - Socialismo, o que temos verificado é que os povos procuram algo que não é fácil atingir, que é um sistema que não as tolha na suas ideias, no seu ideal de vida; como isto não é inteiramente viável, vai-se avançando por tentativa e erro...

    O caso de Cuba parece-me paradigmático; e quando vejo em circulação aqueles velhos carros americanos de antes da revolução, imagino o engenho daquela gente para os manter a funcionar, inventando peças que o fabricante decerto não lhes fornecia, quanto mais não fosse por obsulescência. Penso que gente assim, se lhe for permitida alguma liberdade de iniciativa, pode ir longe...

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    1. Estou de acordo consigo nas suas duas asserções. Aliás recordo com um sorriso uma viagem num "coco-táxi" em Havana, há uma década...Mas o meu texto pretendia ir mais longe... na "especulação"(?)...

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  2. Não sei se foi Marx, se Lenine, que dizia que o capitalismo continha em si mesmo o gene que o havia de destruír; acontece que todos somos o combustível que alimenta o capitalismo, pela fome e sede demonstradas por tudo quanto se propõe impingir-nos...

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