quarta-feira, 15 de agosto de 2018


Ele  saberá onde lhe dói mais...


A Time de 9 de Julho passado dedicava a capa com uma linda mulher ao volante e seis páginas ao progresso que, na Arábia Saudita, já permite às mulheres conduzir automóvel; no mais recente número da dita revista um cidadão do Bangladesh, de nome Fazal-ur-Rahman, na página “Conversation”, destinada ao feedback dos leitores, critica a preocupação dos ocidentais com a forma de vida das sauditas.

Com o título “More than driving”, diz assim:
  “Durante muitos anos a comunicação social ocidental falou das restrições legais que impediam as sauditas de conduzir um automóvel, classificando-as como um entrave à sua liberdade e progresso; mas este  é um velho problema dos ocidentais, querer impor aos outros o que eles entendem ser progresso.

Mas aqueles países muçulmanos cuja riqueza pode proporcionar à mulher ter carro também lhe pode proporcionar  um motorista profissional para as conduzir aonde queiram; a sociedade saudita tem imensos problemas por resolver, mas a lei que impedia as mulheres de conduzir não era um deles.

Muito mais importante para um mundo mais justo seria denunciar problemas sociais tão sérios como, por exemplo, o péssimo tratamento a que são sujeitas as empregadas domésticas estrangeiras na Arábia Saudita”.

Embora me pareça que este “Fazal” mistura um bocado alhos com bugalhos, porque uma melhoria não significa impedir a outra, não deixo de lhe dar alguma razão...



Amândio G. Martins

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