sábado, 11 de agosto de 2018

SEM INTERVALO




Pensei que depois de sermos eliminados do Campeonato do Mundo, ou, na pior das hipóteses, depois do fim deste, tivéssemos um intervalozito. Enganei-me redondamente! Gramá-mos as análises e comentários de todos os restantes jogos até ao fim da prova. Depois, pensei,bolas! Finalmente vamo-nos ver livres de futebol por uns tempos. Supunha eu que fosse até agora. Ou seja, até quando começasse o campeonato nacional. Voltei a dar com os burrinhos na água. Não me lembrava das transferências e dos jogos de apresentação dos novos plantéis. E o exército de comentadores/analistas que proliferam em tudo o que é rádio, televisão ou jornal, continuou a moer-nos o juízo. A menos que fechemos os olhos e tapemos os ouvidos. Acrescentar ainda a tudo isto, a interminável novela Bruno de Carvalho/Sporting e os jogos dos torneios da Europa.
Sem pretender fazer outras comparações com o tempo da outra senhora, salvo seja, do botas, agora, a seca de futebol ainda é muito maior. É que, antigamente, era só ao Domingo. Agora, é praticamente todos os dias, todo o ano, sem intervalo.
Não é a modalidade em si, o futebol, que está em causa! Quem é que não gosta de ver um bom jogo de futebol ou de participar numa peladinha? O que está em causa, é o aproveitamento que dele fazem, para alimentar protagonismos, audiências, muitas carteiras, e para desviar a atenção do povo para coisas bem mais úteis para a sua vida.
Francisco Ramalho
Corroios, 11 de Agosto de 2018


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