quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Tanta coisa ao contrário


1 - Por favor não me batam mas continuo a achar que o mundo está um pouco de pernas para o ar. Refiro-me a tantas dificuldades que instituições sociais têm para resolverem pequenos problemas e depois os jogadores de futebol são transaccionados por milhões de Euros. Recordaram-me que há séculos atrás, para que o povo estivesse entretido e não guerreasse fora dos períodos de guerras que os imperadores promoviam, havia aqueles espectáculos de deitarem pessoas aos leões e o povo aplaudia e tinha temas para conviverem e discutirem durante uns largos meses. Agora temos os jogos de futebol começando pelas transmissões directas dos jogos, os comentários antes, durante e depois. Temos também informação detalhada sobre os milhões de Euros que uns pagam e outros recebem. E a vida faustosa que muitos jogadores podem levar só porque andam de calções a correr atrás de um bola que rebola e entra nas redes do campo contrário e lá é assinalado o tal golo que até faz soltar as lágrimas aos mais sisudos. Entretanto médicos, enfermeiros e demais especialistas de saúde continuam com vencimentos magros, sem equipamentos disponíveis para ajudarem o cidadão a ter uma vida saudável e mais feliz. Mas estes jogadores têm os melhores médicos, fisioterapia especializada, técnicas de recuperação que os mantenha sempre ao mais alto nível de saúde. Parece que tudo no Desporto se resume ao Futebol esquecendo-se até as muitas medalhas e boas prestações a nível mundial que muitos dos nossos Atletas têm conseguido e pouco ou nada se vê e ouve na comunicação social sobre os Paralímpicos. Para quando umas longas tardes, repetições e comentários nos vários canais de TV das provas de Atletismo, Natação, Paralímpicos…

2 - Um assunto completamente diferente mas que considero que devia ter mais atenção dos poderes instituídos são os imóveis degradados que se deixam ao abandono mesmo quando só restam ruínas. Já por diversas vezes tenho referido isto. Parece que há legislação que aumenta o IMI dos prédios degradados mas há quem me diga que praticamente não é aplicado e que o problema é que muito deste abandono é motivado por problemas de partilhas ou de não se ter registo dos proprietários. Realmente se muitos imóveis pertencentes a entidades oficiais continuam ao abandono como haverá força para obrigar os particulares a actuarem dentro do razoável? Para quando iremos ver uma actuação inteligente e cuidada de quem tem “poder” para que se faça um levantamento completo dos imóveis vazios e mesmo degradados e promova o seu rápido aproveitamento para se responder às necessidades de creches e residências de estudantes e de reformados, faltas estas que todos os dias aparecem na comunicação social? Gostava que o Município de Oeiras desse o exemplo neste aproveitamento do imobiliário e que até ao fim do presente mandato Oeiras estivesse por este motivo nas bocas do Mundo.

Maria Clotilde Moreira

Costa do Sol – 5 a 11.09.2018

Sem comentários:

Enviar um comentário

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.