segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Comem tudo, deixando migalhas


O capitalismo, seja esclavagista, de casino ou predador, cria ricos, mas não riqueza equitativamente distribuída! Um mero exemplo: O turismo arrecadou no ano de 2017, 15 mil
milhões de euros! Criaram emprego? Sim, sazonal descartável, precário e mal pago. As queixas
sindicais sucedem-se…
   O capitalismo também acumula até ao criminoso desperdício. Vi, na ex-Docapesca, armadores atirarem o pescado ao rio Tejo, para não lhe baixar o preço. Estes maus exemplos continuam.
Os trabalhadores, através da sua produção, vivem nas margens, comendo as migalhas do grande bolo. A actualidade é flagrante: ‘’A economia não pára de crescer’’, repete António Costa. Para quem? Para ‘Os que comem tudo e não deixam nada’, dizia o intemporal José Afonso.
   Não esquecemos que a contratação colectiva do trabalho, desde 2011, foi sendo obliterada e
desde aí, este flagelo social para quem trabalha, não foi, como tem de ser, revertido! O mercado de trabalho em alta age na proporcionalidade inversa, mantendo qualidade remuneratória baixa. Não é por esta via, sem incentivo, que se consolida crescimento económico ou o que quer que seja.
   Quando a economia avança e produz um rasto de precariedade e insuficiente salário, é caso para perguntar ao ministro do Trabalho e dos patrões: O que é que tem feito para parar esta gritante assimetria social?

                               Vítor Colaço Santos 

1 comentário:

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