quinta-feira, 18 de outubro de 2018

QUEM ME DERA


Este poema será incluído na Antologia de Poesia Portuguesa Contemporânea, lançado no próximo domingo, dia 21/10, pela Chiado Editora.

Local da apresentação: Grande Auditório do Convento S. Francisco, em Coimbra.





QUEM ME DERA

Quem me dera estar nos teus braços,
E sentir-me o teu ursinho de peluche;
Quem me dera vaguear pela tua casa,
E cruzar contigo a caminho do duche.

Quem me dera ir ao fundo do teu ser,
Vaguear pelo teu corpo sem fronteiras;
Dar voltas no teu mundo sem morrer,
Viajar contigo e em ti de mil maneiras.

Quem me dera que tivesse sido ontem,
Ou mesmo hoje que tivesse acontecido;
Com vida vivida até ao último momento,
Ou mesmo muito depois de ter morrido.

Quem me dera ter de ti boas memórias,
Dos tempos bem passadas neste mundo;
Destas e de outras, de muitas histórias,
Sentir de ti a vida, pensamento profundo.

Quem me dera voltar contigo a esta vida,
Onde nos encontrámos na outra, uma vez;
Faríamos mais bem feito que na primeira?
Penso que sim, mas sem certeza...talvez.


Dinis Evangelista

1 comentário:

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