sábado, 20 de outubro de 2018

Lei de Bases da Saúde ao serviço do SNS

Em 2 de Fevereiro foi nomeada uma comissão que faria uma revisão da Lei de Bases da Saúde e
desde aí desconhecem-se resultados. Porquê? Os ministérios da Saúde, do Trabalho e Segurança Social e das Finanças, obrigados a darem contributos, estão silenciosos. É inadmissível tanto adiamento. Este atraso dá azo a especulações… Tanto mais que o PSD já fez propostas ao governo para introduzir alterações no seguimento da agenda dos interesses da gula privada. Não pode continuar o subfinanciamento no Serviço Nacional de Saúde. Mais grave ainda é o facto em cada 4 euros do SNS, 3 são para o sector privado! A Lei de Bases da Saúde tem de acabar com o princípio de que o Estado tem de financiar a lucrativa saúde privada. Ao invés, deve proteger, reforçar e salvar o SNS! 
   Durante esta legislatura, o SNS foi amputado por cativações.Teve nefastas repercussões em vários organismos, entre os quais em Instituições Particulares de Solidariedade Social, como a ADEB, onde os cortes ao nível das contribuições - atingiram os 50%! Estes organismos substituem o Estado em diversas valências de assistência a pessoas com disfunções psicológicas. É indigno e desumano!, já que se trata de um dos grupos populacionais mais frágeis! Caso se trate de injectar (o nosso) dinheiro no sistema financeiro e para salvar bancos falidos há sempre milhares de milhões de euros…! Os portadores vulneráveis de doença mental não podem estar sujeitos, nem a cortes nem ao assistencialismo caritativo, mas sim - a tratamento médico adequado e recuperador para a sua inserção como cidadãos de pleno direito. O SNS e a democracia assim o exigem!

                         Vítor Colaço Santos

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