sábado, 27 de outubro de 2018

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                                             Maestro Victor Costa morreu na miséria

- Dá-nos a saber o Diário que se ergue na ilha de sonho, de que o Maestro João Victor Costa, autor do Hino da Madeira morreu em condições reprováveis e que merecem até uma manifestação contra quem o maltratou, pela ignorância a que o votou. Não conheci o mestre ilustre, mas adivinho o seu enorme prazer quando se dedicou a criar, nota a nota, sinal a sinal, com um sentimento maior que o mar que o envolvia, onde qualquer autarca ou governante, no Hino assim nascido, não teria lugar nem como filho da pauta. O maestro-autor, "herói do trabalho na montanha agreste", partiu após a obra deixada, na miséria, em que os homens com responsabilidades o foram sepultando, enquanto entoavam, nas cerimónias que os prestigiavam, o produto ou resultado do seu génio, nele se envaideciam, ergueram bandeira, e ao som dele tiraram foto e proveito, colhendo "os louros da vitória". Portugal, é de lés a lés, sempre aquele que estraga a escrita toda, no que respeita ao tratamento dos seus filhos que se notabilizam, com excepções, por vezes, mas só por vezes, e a alguns medíocres. O governo Regional da Madeira, neste cenário, segue o compasso que sobe à tribuna, mas que acaba por assentar no fosso na hora de actuar. É que, ao que parece, tarda a resolver o caso do legado musical do autor a quem nunca pagaram os seus direitos nessa qualidade, roubando-lhe deste jeito, anos de vida com mais dignidade, e pagando-lhe apenas com um palco de miséria em que viveu e morreu sem direito a busto numa qualquer praça, mesmo que murcha de flores. Governança deplorável. E já lá vão sete anos. Uma vida com ritmo de marcha fúnebre, que desfila por entre "um povo humilde, estóico e valente"!*

-*(pubcd hoje29.10in DN.madª)

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