domingo, 23 de dezembro de 2018

Não há países perfeitos

Portugal nunca será um país perfeito. Todos os portugueses o deviam saber, mas, por algum descontentamento congénito, achamos sempre que somos uma “desgraça”, sob o fogo de Pedrógão, a terra de Tancos, a água de Borba ou o ar de Valongo. Agora, temos os “coletes amarelos”, um sintoma igualmente congénito do nosso mimetismo relativamente a outros que, bem lá no fundo, consideramos “superiores”. Neste caso, os franceses que, na verdade, são superiores a nós, sim, mas no chauvinismo. É claro que os portugueses têm muitos motivos de queixa da actual situação, coisa em que não diferimos dos franceses nem dos europeus em geral. Com greves plantadas a esmo, e nem todas pelas centrais sindicais, aparentadas aos partidos de esquerda, seria natural que nascesse um movimento genuíno de protesto. Ms quê? Só “aquilo”? Tão poucos “gatos despingados”, nem uma escola secundária faria menos. Conclusão: globalmente, o país está melhor do que em 2012, com moles humanas a protestarem contra um governo e uma troika odiosos. Há muitos descontentes - e com razão - mas a maioria não se esquece da crueldade de há seis anos atrás.


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