segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

As coincidências óbito-laborais no Ministério da Saúde


Marta Temido, a actual ministra da Saúde, tem pelo menos uma característica idêntica ao seu antecessor, que é de tentar passar certidão de óbito a direitos laborais, uma vez que como presidente do conselho de administração do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa, antes de assumir funções governamentais, desencadeou o pedido patronal para a caducidade do acordo de empresa daquele hospital, o que motivou o recurso à greve de quem lá trabalha e que também já não têm aumentos salariais há cerca de dez anos.

Lembrar que Adalberto Campos Fernandes, anterior responsável governamental da Saúde, que Marta Temido foi substituir, antes de ser ministro foi presidente do conselho de administração dos serviços médico-sociais do Sindicato dos Bancários do Sul, onde promoveu também a caducidade do contrato colectivo de quem lá trabalha, o que motivou forte contestação, que incluiu greve.

Para além dos apertos orçamentais do laureado ministro das Finanças, Mário Centeno, as coincidências óbito-laborais de responsáveis pela pasta ministerial da Saúde do governo PS, podem também explicar a falta de sensibilidade para ultrapassar as prolongadas divergências com quem trabalha no Serviço Nacional de Saúde.

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