sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Requisição tardia

- Enquanto os portugueses não tomarem uma atitude objectiva e contundente, e deixarem os enfermeiros julgarem-se donos da saúde do povo e dos hospitais, o país também não deixará as muletas em que se move. Esta classe privilegiada e fortemente reivindicativa, que sabe da sua importância no funcionamento das unidades de cuidados de saúde, abusa e tresanda em excessos de afrontamento do dever à prestação dos serviços que lhe são exigidos, e do conhecimento adquirido que o país lhes pagou durante a formação, e lhes paga para o exercício da função, respeitando o seu direito razoável a melhores condições para o fazer, mas sem que ponham em causa o direito à vida dos doentes a quem estão obrigados a cuidar, mas sem que se lhes consinta julgarem-se donos de tais bens. Enquanto o povo não os encostar às macas, e oxigená-los com o soro da responsabilidade, o valor da saúde nas mãos deles, será sempre uma seringa atómica para eles usarem como arma letal, quando o paciente dependente está à espera apenas de uma intervenção que lhe cure os males de que vem sofrendo na sala de espera e do adiamento há alguns anos. Por mim, eles já estavam sujeitos à Requisição Civil, "encavacava-os na ordem" há muito, para cumprimento da suas obrigações, sem ai nem ui. Se eles reclamassem, eu mandava-os ir tomar aspirina ou um banho relaxador!*

-*( revtª"SÁBADO"-14.02)

1 comentário:

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