Está patente na Casa-Museu Teixeira
Lopes/Galerias Diogo Macedo, em Vila Nova de Gaia, uma exposição com obras de
Paula Rego, que pode ser vista até 30 de Abril.
Paula Rego nasceu em 1935, em
Lisboa. Fez a sua escolaridade em colégios de Loures e Odivelas, onde lhe foi
reconhecida, desde logo, uma grande vocação para a pintura. Incentivada pelo
pai foi para Londres, nos anos 50 do século passado, tendo ingressado na
Faculdade de Belas Artes da University College.
Em Londres, conheceu e
casou-se com o pintor Victor Willing, em 1959. Na década de 1960 vem viver para
a Ericeira, mas participando em exposições colectivas em Inglaterra e em 1966
realiza a primeira exposição em Lisboa. No início da década 70, os negócios da
família não correram bem e muda-se para Londres.
Em Setembro de 2009, foi
inaugurada em Cascais a Casa das Histórias Paula Rego.
Paula Rego tem três filhos e o
seu filho cineasta Nick Willing realizou um documentário «Paula Rego histórias
e segredos», que iniciou em 2014 e estreou em 2017.
Paula Rego é a pintora mais
conhecida e prestigiada a nível internacional, a par de Vieira da Silva. Paula
Rego ligou sempre a sua inspiração à arte popular e não aos grandes mestres. A
condição e afirmação da arte feminina, ligadas a movimentos de emancipação das
mulheres, contestação ao universo masculino, misturando a irreverência e a
ironia, marcam grande parte da sua actividade artística.
(este quadro e o anterior retratam a pintora e sua mãe, cujas relações não eram as melhores, sendo este o da sua morte)
Bem trabalhado.
ResponderEliminarSó um acréscimo se é permitido. Paula Rego apaixona-se pelo Victor Willing, e engravida deste , que é casado, e não se quer divorciar, tem que fazer um aborto.
ResponderEliminarSó mais tarde é que e casam. E isso causou-lhe um trauma - o aborto, a gravidez inesperada ....- no que por demasiadas vezes acontece com as Mulheres, e que muitas vezes é expresso nas Excelentes pinturas que faz.
Obrigado.
São muito bons os Quadro de Paula Rego têm uma Vida própria!
ResponderEliminarPaula Rego fez vários abortos por circunstâncias diversas. Ficou muito desiludida com os resultados do referendo de 1998, sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, em que o não ganhou por pouca margem.
ResponderEliminarMas o primeiro foi o mais penoso. Confessado abertamente em entrevistas, a própria. Mas felizmente já temos a despenalização da IVG, o que por certo não é só uma satisfação para Paula Rego, mas para todos que assumimos que as crianças só devem vir ao mundo, se desejadas. A bem das futuras crianças e claro de pai e mãe.
EliminarO meu comentário tem três partes, sem hierarquização. A primeira para constatar de como umá biografia de Paula Rego se transformou num debate sobre os seus abortamentos. A segunda reporta ao último comentário do Augusto onde, fazendo de "advogado do diabo", direi que "pessoa humana" (passe a redundância) é bem diferente de....vida humana. A terceira é uma conclusão: o texto do Ernesto Silva e o que dele resultou em comentários mostra á saciedade como um blogue e um.sitio de debate e não de " escrita onanista".
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