sábado, 13 de abril de 2019

Uma Igreja incorrigível

Mais uma vez o ouvi na RTP1. O patriarcado de Lisboa, pela voz do seu bispo auxiliar, veio anunciar que criou uma Comissão de Protecção de Crianças. O quê? Mas então não existe uma organização estatal que, "curiosamente", até tem a mesma designação? A pose do bispo, o tempo em que o anuncia e até as palavras que usa, não deixam dúvidas das intenções. A pose, solene, seráfica e delicodoce, é clássica na história pregressa da instituição. O tempo é o da descoberta da pedofilia diabólica no clero da Igreja Católica e desta táctica de reacção estudada e manhosa. As palavras traem as as intenções: ".... a Igreja quer instituir esta Comissão seguindo a lei civil e.... canónica" (sic). Mais uma vez a "confusão" conveniente entre pecado e crime! A lei canónica trata do pecado e daí a sua "obrigatória" inclusão no discurso. Tal como os crimes de pedofilia, os de "sacristia" e os de "rua", devem ser TODOS julgados nos tribunais civis, a Comissão de Protecção de Crianças deve ser a que o Estado proporciona e não precisa de "acréscimos" espúrios, quando não mal intencionados como é o caso vertente. Isto não é acção social da Igreja, é uma "manholice" sob a capa vetusta duma boa intenção! A Deus o que é de Deus que , neste caso até é.... o Diabo! Papa Francisco venha dar uma mãozinha a... Lisboa!

Fernando Cardoso Rodrigues

1 comentário:

  1. Também ouvi essas declarações, que são apenas para atirar poeira para os olhos das pessoas. Aquilo é uma organização muito manhosa, e faz tudo para proteger os seus e manter de pé uma coisa que está podre, a cair.
    E só se mantém devido ao obscurantismo generalizado.

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