sexta-feira, 31 de maio de 2019

"Prontos"!

- Banco de Portugal não fornece à Assembleia da República aquilo que a lei obriga e.... pronto!
- Berardo quer pôr deputados em tribunal,pelo que lhe perguntaram na comisssão de inqérito e... pronto!
-Fisco ( através da GNR!!) multa em banquetas de rua e.... pronto!
- Boris Johnson mente aos cidadãos  e é chamado a tribunal (!) e... pronto!
- O presidente do IPO-Porto, médico (!) é arguido por fraude e.... pronto!
- A água termal hiperalcalina de Cabeço de Vide , "parecida com a de Marte" e cobiçada pelos "americanos" é... o novo "petróleo do Beato" e... pronto!

       Finalmente.... uma coisa boa!....

- .... a Ministra da Justiça admite que o crime de violência doméstica se transforme em crime de TORTURA! Assim sim, PRONTO!

Fernando Cardoso Rodrigues

Chico Buarque - "Geni e o Zepelim" (Ao Vivo) - Na Carreira

in JN de 31/5/2019

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Ainda o tema “abstenção”...


Deixa entender José Manuel Diogo, no JN, que se votar fosse proibido, explorando o nosso “espírito de contradição”, talvez o povo se revoltasse a exigir que o deixassem votar, resolvendo assim o sério problema da abstenção; embora seja um tanto arrevesada, a ideia faz algum sentido para quem conhece alguma coisa da nossa idiossincrasia.

Diz ele: “Estas eleições europeias envergonham toda a gente. Políticos, jornalistas, comentadores e o povo. A abstençao em Portugal, muito superior à média europeia, é inexplicável do ponto de vista da qualidade da democracia e diz pior ainda da nossa qualidade como cidadãos”.

“Se as eleiçoes fossem num dia de trabalho, em vez de num domingo cheio de sol, a abstenção vinha logo por aí abaixo; e se ir votar desse direito a um dia de folga, a abstenção descia para zero”!

Os custos para o país da perda de um dia de trabalho, em troca de uma votação em pleno – digo eu – talvez fosse um bom investimento, considerando a coisa pelo seu lado pragmático, embora deixasse uma triste imagem do nosso carácter como povo...


Amândio G. Martins

Maldita Geni


Sente-se por essa atmosfera adentro que os ventos se concentram nas alterações climáticas, qual onda verde a percorrer uma Europa falha de oxigénio, dividida e confusa. Ainda bem que as preocupações com o planeta aparecem em força. Sente-se também, no nosso país, que a “geringonça”, que tanto encantou portugueses, em especial os apoiantes do PS, mas também muitos estrangeiros, começa a parecer dispensável aos parceiros maioritários daquele “arranjinho”. Analisados os recentes resultados eleitorais, António Costa parece encantar-se com as possíveis delícias de uma governação a sós (com ou sem PAN), sem dar contas a ninguém, pelo menos em primeira mão aos partidos da esquerda, especialmente o PCP, mais fustigado nas urnas do que o BE. E terá a sua razão, mas não deixo de me lembrar continuamente de Chico Buarque naquela magistral “Maldita Geni”. Terá o PS esquecido o “zepelim prateado” da troika e acha que chegou a hora de “jogar pedra na Geni”?

quinta-feira, 30 de maio de 2019

in DESTAK de 30/5/2019

Frases feitas

" Dois em um"
"Milagre da multiplicação de ... tudo e nada"
"Pescadinha de rabo na boca"
"Uma mão cheia de nada, outra de coisa nenhuma"
"0/20 e 0/20"
ou
"Nonsense"?

Fernando Cardoso Rodrigues

“Pactómetros” para todas as situações...


Manuel Valls, o catalão que já foi  primeiro-ministro de França, e agora concorreu à Câmara de Barcelona, não tendo obtido votação suficiente, oferece os seus votos à “alcaldesa” em funções, sem condições, para que continue a presidir àquele município, evitando que o independentista Ernest Maragall, que não tem maioria, assuma a presidência, mas parece que a senhora já tem compromisso com Maragall.

Acontece que Ciudadanos, partido pelo qual Valls se candidatou, detesta mesmo Ada Colau e não concorda com a decisão do seu candidato, preferindo apoiar o socialista Jaume Collboni; se isto se concretizasse, e Collboni passasse a ser o “alcalde, os socialistas estariam a pagar à esquerda republicana, apoiante de Maragall, o “favor” de não lhes ter apoiado Miguel Iceta para presidir ao Senado.

Acabado o tempo do bipartidismo, em que se alternavam no poder populares e socialistas, a geografia eleitoral em Espanha está um quebra-cabeças para a comunicação social, que se ocupa agora a realizar “pactómetros”, porque muitos dos vencedores das eleições nada podem sozinhos, precisando de fazer pactos para poder governar, e fazem-se todo o tipo de cálculos que, dependendo de VOX in ou  out, a coisa tanto pode pender para a esquerda como para a direita...

Entretanto prevê-se mais um “rifirrafe” no Parlamento, onde os de Vox se alaparam mesmo atrás da bancada do governo, sem esperarem que lhes fosse indicado o lugar habitual dos pequenos partidos, a que chamam “galinheiro; e não foi inocente este atrevimento, porque aquele é um ponto que as televisões focam permanentemente...


Amândio G. Martins

quarta-feira, 29 de maio de 2019

Voto obrigatório?

O "obrigatório" é antipático mas "voto" ( tempo verbal e substantivo) é-me muito querido. O debate sobre o título foi aberto por Mafalda Anjos, directora da VISÃO no seu editorial - OPINIÃO - da semana passada, ainda antes de sabermos dos obscenos 70% da abstenção, é absolutamente pertinente, e, aliás, já está na lei da Bélgica e do Luxemburgo. E o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos já o reconheceu, em 1971, como não antidemocrático nem violador da liberdade de pensamento.
A " obscenidade" atrás referida é tanto maior porque ela é, depois (embora sem intenção, algumas vezes), incensada ao colocá-la em primeiro ligar dos resultados em paridade com as percentagens dos viverso partidos e até denominando-a, levianamente, por Partido, sem aspas. Ou seja... " o crime compensa".
E porque eu não quero que assim seja, embora aqui o "crime" se chame imensa vezes "sonsice egomaníaca", vou mais longe e digo: estes abstencionistas são a mesma gente que deixa a garrafa de plástico na areia da praia, deita a beata para o pinhal, atira o maço de cigarros vazio pela janela do carro ou.... come lagosta mesmo sem gostar do paladar, puxa a cadeira para trás e fala alto ao telemóvel, enquanto todo o restaurante almoça e conversa serenamente ou, pior que isso.... pratica as duas coisas! São "nulos" mas.... têm que o declarar na cabine de voto! E assim saibamos verdadeiramente quem são estes nossos "concidadãos"  que agora andam a " fazer o mal e a caramunha".

Fernando Cardoso Rodrigues



in DESTAK de 29/5/2019


Atenção: erradamente, no texto abaixo, mencionei 'concelho de Vila Real', quando deveria ser 'DISTRITO de Vila Real'.
A imagem pode conter: texto

in CM de 29/5/2019

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Vidas curtocircuitadas...


Como pode isto acontecer, com esta dimensão, num tempo que não é  propriamente de trevas, ultrapassa a minha capacidade de entendimento, porque não há forma de um ser racional, no pleno uso das suas faculdades, poder justificar a desgraça que constitui a enorme quantidade de crianças violadas no seio da própria família, com a agravante de ser um problema transversal a toda a sociedade, segundo é frequentemente dito.

Diz a notícia do JN que a APAV sinalizou, só em 2018, 1504 crimes sexuais envolvendo vítimas menores, o que me leva a pensar que até poderão ser muitos mais, dado a maioria destas enormidades ocorrerem no seio da própria família da criança, com os pais no topo da estatística, mas envolvendo padrastos, avôs, tios e irmãos.

Quando se lê que 91% dos violadores de crianças são os próprios pais, a pergunta que ocorre é que valores serão os desta gente, como se a família humana não passasse duma “coelheira”, em que todos os membros copulam com todos...

Nos casos que chegam a tribunal, as justificações dadas por alguns dos bichos que violaram filhas, publicadas pela comunicação social, não são fáceis de digerir; dizia um que não andou a criar uma filha linda para depois virem outros “usufruir” dela; outro dizia que não teve culpa, que foi ela que o seduziu a ele, enfim, não encontro mais palavras para isto...


Amândio G. Martins

terça-feira, 28 de maio de 2019

A PODRIDÃO E O DIVINO

"Vivem entre gorilas espirituais, vivem com maníacos do comer e do beber, escravos do êxito, inovadores de engenhocas, cães de caça da publicidade." (Henry Miller, "O Pesadelo de Ar Condicionado")
Como pode uma alma sensível viver e criar numa sociedade cada vez mais marcada pelo utilitarismo, pelo produtivismo e pelo consumismo norte-americanos? Como pode alguém sensível manter-se mentalmente são? Como pode um jovem seguir um percurso pleno na arte num mundo de broncos e chacais? Realmente, como diz Miller, "os pobres não conseguem pensar em nada a não ser na comida e nos problemas da renda". As classes médias sabem que o verdadeiro inimigo não é o capitalista nem o banqueiro que bajulam mas os poucos artistas rebeldes que denunciam com palavras ou tinta a podridão do sistema. Sim, ainda há uns quantos que resistem. Mas esses tiveram que resistir a muitas provações. Desde a infância que lhes pregam a cantiga do dinheiro e do ganhar a vida. Desde cedo que os tentaram convencer que eram eles os desajustados e que, por isso, se sentiam sós e infelizes. Os próprios colegas de escola se encarregam disso. Muitos caem. Outros morrem para sempre nesta selva. No entanto, pode haver um amigo, um colega, um professor, um livro, uma canção que altere tudo. E então descobrimos que estamos no caminho da Vida e da Sabedoria. E então descobrimos que somos mais fortes do que os papões do capitalismo. Porque nós vimos de lugares benditos, porque nós vimos dos céus, do Eterno, do Infinito. E por isso não há muros que nos travem. E por isso somos abençoados. E por isso somos divinos.

in CM de 28/5/2019

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UM FILME BEM A PROPÓSITO




Fui há dias ver o filme de James Kent, “O dia a Seguir”. O cenário é a destruída cidade de Hamburgo poucos meses depois da vitória dos aliados e ocupada pelas forças britânicas. Trata-se de um fiel e impressionante retrato dos efeitos horrorosos da guerra. Com as feridas ainda abertas, os ressentimentos à flor da pele e o ódio recíproco entre vencedores e vencidos com os seus mortos ainda quentes, com o pesadelo dos bombardeamentos, com as imagens dos milhões de vítimas e dos poucos sobreviventes esqueléticos do holocausto, da besta nazi, tão presentes.
Agora, que fantasmas voltam a erguer-se um pouco por esta Europa então dilacerada, este excelente filme, como exemplo, devia ser bem mais publicitado e visto.
É na guerra ou sob os efeitos dela, que a bestialidade humana mais se evidencia. Mas é também quando os mais nobres sentimentos se revelam. E é tudo isso, essa contraditória dualidade, no fundo, a natureza humana, que este filme, com excelente trabalho de todo o elenco de atores e atrizes, nomeadamente com as interpretações sublimes dos principais protagonistas, Keira Knightley, Jason Clark e Alexander Skarsgard, nos mostra.
Absolutamente a não perder!

PS- Na minha ultima crónica de terça-feira passada, “Palestina, Testemunhos da Ignomínia”, por lapso, troquei o nome do atual presidente da Câmara da Moita, Rui Garcia, pelo do seu antecessor, João Lobo. A ambos e aos leitores, as minhas desculpas.
Francisco Ramalho


Hoje em "O Setubalense"


188.000?!

O que quer dizer a perda de mais de 188.000 votos por parte do PCP, nas eleições do último domingo? Serão todos de "ovelhas brancas" ou são "tresmalhados abstencionistas" ( ovelhas ronhosas, diria eu). Disse mesmo PCP pois não gosto de acrónimos "adocicados"...

Fernando Cardoso Rodrigues

Foi bem divertido...


...Ver a derrota vincada na cara dos trauliteiros, para que percebam que, mesmo no combate político a seriedade, boas maneiras e lisura de processos são sempre uma mais-valia; talvez D. Cristas, o seu comparsa de Melo, o histriónico Rangel, estivessem a pensar nisso quando comentavam os resultados que lhes diziam que precisam dar outro rumo à vida, que devem mudar o estilo de fazer política, porque o que têm vindo a fazer é pura arruaça.

De facto, ver D. Cristas no Parlamento, nos debates com o chefe de Governo, querendo fazer daquilo um circo, numa demonstração clara de que não são os problemas do país que a movem, mas apenas a chicana, “chatear” o Costa, até poderá agradar muito à sua “afición”, mas mais ninguém a leva a sério.

Com o de Melo será o mesmo, para quantos lhe seguem a verborreia, falada ou escrita; é que é tal a falta de argumentação credível que o fulano teve o desplante de andar anos a escrever no JN um texto semanal no qual só muito raramente o tema não foi a “sem vergonhice” do Costa ter formado Governo sem ganhar eleições, impedindo à direita continuar a sua grandiosa obra.

De Rui Rio, coitado, nem vale a pena dizer nada; é que depois de ter pisado mais uma casca de banana que Cristas lhe pôs à frente, nunca mais se percebeu bem o que dizia, metido que está naquele “saco de gatos”, do qual o líder parlamentar é um caso de estudo; quanto a Rangel, não há meio de aprender uma lição tão simples, apesar de dizer que adora ser professor: os palhaços, os verdadeiros, têm no circo o seu verdadeiro palco, e se realmente quer ser levado a sério, deixe-se de palhaçadas, com as quais, pelo menos nas “performances” que me foi dado ver,  já nem os da sua cor política consegue animar...


Amândio G. Martins

segunda-feira, 27 de maio de 2019

A propósito da abstenção e dos que tudo misturam

" Escolhem não escolher" (Marcelo Rebelo de Sousa, PR)
" Respeito-os como aos que que sabem ler mas não lêem ou aos que sabem falar mas não falam... mas que  usufruem connosco dos espaços comuns" (Luís Januário, pediatra em Coimbra)
" Poderia dizer que a maior vitória é a dos 70% de abstencionistas, mas prefiro dizer... derrota de todos os portugueses" ( António J. Teixeira, sub-director da RTP)

Assim falam dos abstencionistas estes três senhores, dum modo bem percuciente. E eu com eles. Como já disse há dois dias, por sonsice, incultura, indiferença, intenção malévola ou... um bocadinho de cada. Mas, no conjunto, más consequências. Lavando as mãos como o tristemente célebre Pôncio Pilatos. Queriam eles....
A quem vota, seja em quem for dos que vêm no boletim de voto ou aos que foram às urnas para riscar aquele e assim o anular, o meu profundo respeito pois são cidadãos assumidos, que, com atitudes diversas, assumiram a cidadania democrática. E os dois únicos campos estão definidos, quanto á última.
Há ainda os que tudo misturam, "democratas de pacotilha", que lêem os 70% ou como eventual sinal de "hireractivistas silenciosos" que não gostarão do sistema partidário ou misturando-os com aqueles que votaram maioritariamente em quem eles não gostam, não se coibindo de os insultar do alto da sua "iluminação tendenciosa" e axiomática. Para estes dois tipos, o meu desprezo. Quando saem à liça, habitualmente confluem, com razões diferentes, num escopo comum.

Fernando Cardoso Rodrigues

O REBANHO




O rebanho luso, comportou-se como o que era previsível. Comportou-se às ordens e conforme os interesses dos donos. Cerca de 70%, não saiu do redil, mas os donos não se importam nada com isso. Embora digam que não, estão-se nas tintas, porque essas ovelhas não contam, desde que as outras se comportem obedientemente. E a grande maioria continua a fazê-lo. Para grande alegria e felicidade dos seus donos e disto tudo, as ovelhas negras, embora persistentes, são cada vez menos.
Portanto, tudo como dantes, quartel general em Abrantes. Os donos do rebanho e disto tudo, continuam com pasto abundante, e o rebanho, balindo, cada vez com ele mais escasso.
Francisco Ramalho, Ovelha Negra
Corroios, in the day after às escolhas do rebanho

 Continuem a “ assobiar para o lado”,  portugueses !

Quando acordarem temo que seja demasiado tarde !

MAIORIA SILENCIOSA OU CRÍTICA DO SISTEMA?



Nasci no tempo em que o chamado Estado Novo se afirmava frontalmente contra o sistema de democracia partidária hoje existente. Por isso, 45 anos volvidos ao constatarmos uma taxa abstencionista de 70% nas recentes eleições para o Parlamento Europeu, é mister reflectir muito. Será uma maioria silenciosa, que fez o então presidente Spínola apelar a um levantamento popular? Ou será uma forma clara de o povo declarar que não gosta do actual sistema partidário e/ou da classe política em funções? E os abstencionistas serão do espectro político da direita política, ou da esquerda? É tudo isto e muito mais que importa estudar por especialistas de estudos de opinião. Mas pelo menos em teoria política, aceita-se comummente que as esquerdas são mais militantes e potenciais votantes do que as direitas. Por isso, para mim que votei conservador, é duplamente frustrante e triste que projectando este resultado abstencionista numa eleição legislativa, estaríamos a ser governados por apenas 20% da população com capacidade eleitoral e depois seja a esquerda a governar nessa minoria de representativa. Se a esquerda se conseguiu unir no Parlamento para governar em bloco, acho que é agora ciência certa que as várias direitas existentes e espalhadas por seis Partidos devem deixar de combater entre si e unirem-se num único projecto nacional. Só assim se poderá democraticamente derrotar a actual aliança das esquerdas, que me recuso a chamar de "geringonça" pois provou nas urnas que é maioritária neste momento.


Falta-lhe muito para ser um líder...


O homem faz questão de se mostrar muito crente, faz grandes caminhadas de oração em sacrifício mas, na prática, deixa por terra tudo aquilo que prentende impingir; de facto, não há santo que lhe valha com este comportamento, porque não diz a letra com a careta, anda a enganar toda a gente com a sua pretensa devoção

É que uma coisa é uma pessoa não ficar feliz porque um jogo não lhe correu bem, outra, bem distinta, é ser malcriado, grosseiro com os vencedores, como faz recorrentemente o sr. Sérgio Conceição, a quem eu, se fosse seu patrão, não daria nem mais um voto de confiança, porque não está à altura de ser o treinador principal de uma grande equipa de futebol; e está visto que, com ele, só esporadicamente o FCP poderá ganhar alguma coisa que se veja, por excepcionais que sejam os profissionais que tenha ao dispor.

Um clube da dimensão daquele onde trabalha precisa de um treinador tecnicamentre competente e emocionalmente equilibrado, como foi exemplo o seu colega campeão; é que para as cenas canalhas já lá têm o “macaco”, de onde nada de exemplar é esperado, porque a criatura não dá mais que aquilo mesmo...


Amândio G. Martins

O POETA E JESUS

30 anos. Um longo percurso de lutas. No PSR, no JUP, na Faculdade de Letras, na luta contra a praxe, na luta contra as propinas, no Bloco, no MRPP, na Frente Guevarista Libertária, no anarquismo. Apesar dos meus erros, não me arrependo de nada. Talvez tenha prejudicado a minha carreira literária. Mas aí ainda vou a tempo. Posso publicar mais livros. Posso escrever melhor. Além disso, tenho a banda que sobe. Só preciso e precisamos que os media voltem a pegar. Atravesso mesmo uma das melhores fases da minha vida. Estou com Morrison, com Henry Miller, com Walt Whitman, com Rimbaud. Modéstia à parte, sou um dos melhores poetas deste país. Se quiser. Se me esforçar mais um pouco. Escrevo com Jesus. Jesus guia-me. Abençoa a mão e a caneta. Cheguei até aqui. Nada devo a ninguém. Pai, começo a cumprir-me.

domingo, 26 de maio de 2019


Os niilistas...


“No decurso da história houve sempre dois tipos de homens, de cultura, de mentalidade: os construtores e os destruidores. Quem lavrava o terreno, semeava-o, fazia a colheita, e os salteadores que chegavam para saquear. Os construtores das cidades e os nómadas que irrompiam das pradarias, ávidos e sanguinários.

Na Idade Média havia indivíduos e grupos que odiavam o bem-estar das grandes cidades mercantis como Veneza e Florença e teriam feito uma fogueira com as obras de arte. Era a mentalidade de Savonarola, de muitos inquisidores, que viam por toda a parte mal, artes demoníacas, corrupção, impureza.

No século dezanove Nietzsche identificou-os bem e chamou-lhes niilistas, do latim nihil, nada. Não por nada quererem, mas sim por não quererem que as coisas existam. Cheios de ressentimento, de rancor, são contra tudo o que funciona bem, o que é são, alegre, triunfante. Encontramo-los tanto à direita como à esquerda, entre os católicos, como entre os laicos, porque a sua mentalidade é estarem contra, poderem agarrar, destruír.Os niilistas da direita eram anti-semitas porque os judeus eram inteligentes, ricos e tinham êxito. Os niilistas da esquerda eram contra o capitalismo porque este produzia riqueza, abundância, bem-estar.

O niilista sente-se mal quando vê alguém satisfeito, contente, em paz. Adora o conflito, a guerra, a destruição. Tem prazer em pensar que a sociedade em que vive está em crise, à beira da catástrofe. Está sempre do lado dos seus inimigos, sejam eles quais forem.

A mentalidade destruidora, niilista, encontra-se no interior de todas as formações políticas, porque é uma forma de pensar.Tentem comparar atentamente os diversos comentadores. Os niilistas são aqueles que são incapazes de fazer um juízo positivo, de um elogio, de uma proposta construtiva. Mordem, ladram, indignam-se, exaltam-se na sua ferocidade. É nas revoluções, nos regimes totalitários, nas guerras, que as pessoas deste tipo têm as profissões que lhes são mais apropriadas. Na Igreja, o perseguidor e torturador dos hereges e das bruxas, durante o fascismo o espião da Ovra, na URRS o comissário político, que perseguia os dissidentes e os mandava para os campos de concentração.

Muitos dedicam-se à delinquência ou estão relacionados com ela. Outros encontram uma colunazinha num jornal onde atacam sadicamente escritores, intelectuais, artistas. Há alguns críticos deste género que destroem com as suas palavras, com os seus textos, qualquer obra que caia nas suas mãos. E quanto mais o outro tem valor, mais lhe batem, o insultam, o difamam.

Podem encontrar niilistas no vosso próprio ambiente, entre os vossos colegas, entre os vossos familiares, entre os vossos falsos amigos. O que os une é a mais total falta de respeito pelo vosso trabalho , por aquilo que construíram com muita dedicação. Eles varrem tudo com uma só palavra, de uma penada. E são felizes vendo-vos sofrer”.

Nota - Transcrito do livro anexo por Amândio G. Martins

sábado, 25 de maio de 2019

JOANA VASCONCELOS, em Serralves, Porto



Desde 15 de Fevereiro e até 24 de Junho 2019, está patente uma exposição de Joana Vasconcelos (I`m Your Mirror) no Museu de Serralves, no Porto. Joana Vasconcelos nasceu em Paris em 1971. Vive e trabalha em Lisboa. 
Começou a expor em meados de 1990. A sua arte identifica-se com um movimento artístico iniciado nos anos de 1960, de aproximar a arte com a vida real, utilizando imagens, materiais e técnicas que fazem parte da cultura popular. 
O seu reconhecimento internacional iniciou-se em 2005 na 51.ª Bienal de Veneza, onde apresentou a sua obra A Noiva. Em 2012, foi a primeira mulher e mais jovem artista a expor no Palácio de Versalhes, França. Em 2018, teve uma exposição individual no Museu Gunggheim, em Bilbao, Espanha. 
No fim de semana de 31 de Maio a 2 de Junho, realiza-se mais um Serralves em Festa, com entrada gratuita em todos os espaços, podendo participar em actividades e assistir a espectáculos.



A ABSTENÇÃO




Quarenta e tal anos de governos PS ou PSD com ou sem CDS, provocaram muita desilusão. Depois,  os donos disto tudo, lançaram o disco de que são todos iguais. E muitos, imensos, dos desiludidos, acreditam que efetivamente são todos iguais. E então, abstém-se. Como os que ainda votam, continuam sistemática e largamente a fazê-lo maioritariamente naqueles 3 partidos, os que se abstêm, avalizam essa decisão. E assim temos este desgraçado ciclo vicioso. A maioria dos que votam E DOS QUE SE ABSTÊM, a perpetuá-lo.
Finalmente, dizer que os tais 3 partidos do centrão, para convencer papalvos, dizem que estão muito preocupados com a abstenção. Demagogia pura! Porquê? Porque seja qual for a abstenção, desde que os eleitores continuem a dar-lhes a vitória, tudo bem!
Conclusão: a abstenção serve à minoria privilegiada do sistema (capitalista) e aos 3 partidos referidos seus agentes políticos. E os desiludidos e tramados abstencionistas, inconsciente e masoquisticamente, a contribuir para isso e a lixar-nos a todos.
Pesem nisto, ainda hoje, amigos abstencionistas, porque já serve para amanhã.
Francisco Ramalho
Corroios, 25 de Maio de 2019


VOTO!

Pratico-o SEMPRE e dou-lhe o valor de, como substantivo, ser o caroço da DEMOCRACIA. Ainda anteontem o disse em carta ao PÚBLICO. E volto a dizê-lo aqui ( e quero que se "lixe" o desnecessário "dia de reflexão"). Já sobre ele escreveram algo aqui, embora com "nuances" diferentes, José Amaral, Amândio Martins, A. Pedro Ribeiro e Lúcia Gomes e ainda bem.
As minhas razões já estão sumarizadas na primeira linha, mas avanço um pouco mais. Porque entendo que a abstenção tem facetas várias, mas toda feias!  Desde a indiferença bacoca, passando pela aculturação, igualmente bacoca, pelo "protesto" ( o verdadeiro passa por ir ao local  e votar branco ou nulo) até ao engrossar toda essa horda que atrás referi, mas com o intuito de denegrir a Democracia ( que os permite...) e fazer o jogo daqueles ( também eles mesmos), que a odeiam e, não tendo ainda força, preferem que o campo dos democratas tenha pouca gente e assim desvalorizem e minem aquilo que, felizmente, ainda prevalece e nos une na Europa.
Em termos estritamente pessoais, vou mais longe, embora a isso não fosse obrigado. Nestas eleições europeias, voto no LIVRE com Rui Tavares. Este é democrata, europeu, cosmopolita, com pensamento político e social esquerda, culto, inteligente, sereno e pela paz. Não me esqueço ainda que, pela palavra, foi o precursor de um entendimento de esquerda que culminou na "geringonça".
VOTO! Votem.... SEMPRE!

Fernando Cardoso Rodrigues

Eu vou votar...


Seja para o que for, se há eleições, eu sempre voto, porque sou de um tempo em que eleições eram raridade e ninguém era estimulado para isso; os iluminados que então dirigiam o país entendiam que era melhor não dar muita confiança ao povo, e quando lhe permitiam votar, era num simulacro de eleições, fazendo tudo para que a coisa pendesse para o lado que queriam.

A preocupação maior agora é com as forças que querem acabar com a UE; todavia, e “mutatis mutandis”, há muito que também fornecemos à Europa deputados que querem o mesmo, ou querem de lá só os “mimos”, nada de compromissos com deveres.

Diz o arquitecto Gomes Fernandes, no JN: “Um país é o retrato do carácter dos seus cidadãos e a vida não são só direitos, muito justos que sejam, mas deveres e compromissos que a todos responsabilizam; não sejamos como aqueles anarcas que diziam: o voto é uma arma, se o dás ficas desarmado; ao contrário, se   é uma arma, usa-a para não seres abatido”.

Diz, no mesmo JN, José Manuel Diogo:”Não amamos a Europa? Amamos sim. Só não nos lembramos disso porque estamos casados com ela há muito tempo e já nos esquecemos de quando éramos namorados. Amamos a Europa porque nos deu o dinheiro com que pudemos deixar de ser o país rural que os nossos antepassados  nos deixaram, porque sem ela os nossos filhos não podiam estudar no estrangeiro, e porque  ela não tem permitido os Francos, os Hitleres e Mussolinis”.


Amândio G. Martins



sexta-feira, 24 de maio de 2019

MARISA MATIAS

Nuno Melo disse que o Bloco de Esquerda continua igual à UDP e ao PSR.Antes continuasse. Mas não liguemos a imbecis fascistas. Ontem Catarina Martins disse que Marisa Matias representava o amor contra o ódio. Apesar das minhas divergências com o BE, retive a frase. Tal como a coragem e a ternura de Marisa que falou nas alterações climáticas, nos refugiados, na economia de casino. Claro que o BE não fala da revolução, do caos já instalado, da competição, do imperialismo, da luta pela vida. Revolução ou morte ou extrema-direita, tal será o resultado das alterações climáticas ou da guerra financeira ou de outras guerras. Contudo, para já, voto BE, voto Marisa Matias.

"Pedacinhos" ao correr da pena...

Sem qualquer intuito de hierarquizar.

1- António Costa diz que o "voto de protesto" pode sossegar a consciência mas não resolve nada.
         Meu caro: só há voto de convicção e voto útil! Os de protesto vão na leva do "grande saco" dos           abstencionistas.Quando muito os "brancos".

2- Hoje sairam à rua milhares de crianças e jovens em alerta contra as alterações climáticas. As faltas
    às escolas são injusticadas para alguns docentes e pais e para outros não.
            Alinho com os segundos. Aqui não há política partidária e.... se não for a juventudo a lutar                   por isto, quem mais o fará? Até porque  a vida é deles é no futuro....

3.- Joe Berardo pediu desculpa pelo seu comportamento na Assembleia da República
            Mau, mau, ou o homem se "confessou", ou é desculpa táctica ou.... o terreno está fugir-lhe                   debaixo dos pés.... "Rezo" para que seja a última...

4- "Lista dos grandes devedores aos Bancos"
             Para já há....duas"... Uma para nós vulgares cidadãos, outra para os deputados e... nem todos!
             E "arrancadas a ferros" pois Carlos Costa resistiu até à última.... Ah! Que linda é a palavra                  "sigilo", sinónimo de encobrimento!....

5- Para terminar: segundo o Expresso, há quase 50% da população portuguesa que não sabe para o que vai votar no próximo domingo e mais de 60% que não sabe o nome de qualquer deputado ( ou candidato?).
            O "povo ignaro" é mesmo... ignorante!

Fernando Cardoso Rodrigues


O AVANÇO DO MOVIMENTO PELO CLIMA

O movimento internacional pelo clima, pela salvação do Homem e do Planeta parece imparável. Em Portugal, os jovens saem às ruas de várias cidades. Mas já não são só os jovens. Há cada vez mais gente a juntar-se ao movimento. É, de facto, uma questão de vida ou de morte. Se o capitalismo não cair não teremos salvação. Não somos nós que o dizemos. São os próprios cientistas. Contudo, acreditamos nos jovens que se manifestam nas ruas. Acreditamos que a Humanidade e o Planeta se vão salvar se todos dermos as mãos, claro, contra aqueles que servem os interesses das grandes corporações, do carvão, do petróleo, do Trump, do Bolsonaro, dos capitalistas, daqueles que nos querem destruir e estupidificar.
PORTUGAL, AME-O OU DEIXE-O (?)

Recentemente fui passar uns dias à Foz do Arelho, a casa de familiares.
Num dado momento apercebi-me duma senhora idosa, curvada, de bengala, que tentava, receosa, atravessar a rua. Num dia de semana, em Maio, logo ali no Paraíso, não se justificava tanto receio, pensei. Mas, pra lá iremos... aproximei-me e ofereci o meu braço protetor. Era muito velha, mesmo. Suspeitei estar na presença da "mulher mais velha do mundo".
Vamos, disse eu, forçando o arranque, não fosse de repente, aparecer um "paparazzi" a gritar: "olhem, lá vai ela, depressa, tragam a câmera e os holofotes". Chegados ao fim da viagem, agradeceu: thank you.
Nunca tivemos tantos estrangeiros a viver no nosso país. Esta paz celestial atrai gente de todo o mundo. O que, é bom, penso eu.
O que acho uma parvoíce irritante, é assistir constantemente os nossos políticos, na imprensa, em geral a martelarem-nos com: portugueses, portuguesas, blá, blá, blá...
Quem não é de cá, sente-se excluído, indesejado, marginalizado.
Sei do que estou a "falar". Vivi no Brasil em período de ditadura reacionária. Eram os tempos do "Brasil, ame-o ou deixe-o" (o slogan de inspiração nazi), de má memória.

José Valdigem

"Linha da Frente"

O programa com este nome foi transmitido ontem à noite na RTP1. Falava da alimentação, ou melhor, dos malefícios desta, mormente do uso de aditivos de toda a espécie que são lesivos da nossa saúde. E especificava muitas das acções deletérias sobre a mesma. Tudo bem quanto ao geral, pela informação que nos dá, mas ficaram-me duas perguntas. A primeira de ordem "política": se esses aditivos existem e estão devidamente rotulados nas embalagens em que são vendidos e, mais ainda, estão ( com nome e quantidade) impresssos nos rótulos dos alimentos que os possuem, porque razão as autoridades permitem a sua venda? Para depois andarem a  fazer acções da ASAE sobre o que permitiram a montante... Afinal é tudo às claras e legal! A segunda é mais de "especialista" e reside nos jornalistas terem dito, assertivamente, que um deles (dos aditivos) provoca a hiperactividade. Não posso senão estranhar que num momento em que os médicos procuram a causa da mesma, fosse esta rubrica televisiva que "descobriu a pólvora"! Não é inveja, é somente estranheza, palavra! Mas ainda bem....

Fernando Cardoso Rodrigues

in JN de 24/5/2019

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in CM de 24/5/2019

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in PÚBLICO de 24/5/2019

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Cr7, cristianinho, e o circo dos média

- cristianinho(!) deu um peido que logo Cr7 aproveitou para o dar a cheirar aos amigos e enviar para os jornais fazerem notícia, já que desde que foi para uma Liga de pouco relevo deixou de ser capa, e agora faz tudo para aparecer. Vai daí, dedica-se neste interregno futeboleiro, a fazer visitas a tenistas e a automobilistas, ou a comprar relógios com mais cifrões do que horas certas, a fim de não ser esquecido ou apagado. Proporciona a si mesmo, e no respeito pelos agentes de imagem que o aconselham, visibilidade que não tem tido. O moço mais o seu diminuto, cristianinho(!), andam a fazer pela vida, e de espectáculo em circo, os fotógrafos sempre o captam, fazendo-lhe a vontade, e assim aparecem as capas tão desejadas nas bancas, sem que se sinta o cheiro do adoptado. Sorria leitor, que é para o jornal que eu estou a trabalhar neste acontecimento, que engrandece o país e ajuda a pagar o IMI e as despesas de casa, sofridamente arrendada!

“Já vi uma velha parir mais depressa”!...


Costumava dizer a minha avó Custódia Maria, quando algum de nós demorava demasiado a desenvencilhar-se de uma tarefa; e a novela mexicana em que se transformou o famigerado Brexit merece-me o mesmo desabafo, porque não fica nada a dever ao que também se passa na Guiné lusófona onde, passado tanto tempo após as eleições, o presidente ainda não nomeou o primeiro-ministro; e diz a notícia do JN que milhares de jovens saíram às ruas para exigir do presidente que cumpra as suas obrigações, mas este anda há anos a fazer e desfazer governos, como se fosse o sátrapa daquilo.
 
Naquele indescritível Parlamento inglês, é a chefe de governo que não consegue ver aprovado um acordo para resolver o problema criado pelo seu antecessor, e a carantonha que um fotógrafo “maldoso” lhe apanhou é reveladora; entretanto, nem os homens de negócios nem os do pensamento têm alguma ideia de como aquilo vai acabar, saindo agora dezenas de escritores com uma carta apelando à manutenção do país na União Europeia...


Amândio G. Martins

quinta-feira, 23 de maio de 2019

CHICO BUARQUE E BOLSONARO

A atribuição do Prémio Camões a Chico Buarque constitui, além da consagração do grande poeta, letrista, romancista, músico, compositor, intérprete, uma forte machadada no regime fascista de Jair Bolsonaro. Num país comandado por um louco que despreza as mulheres, que cala a cultura, que quer destruir a Amazónia, que persegue as minorias, Chico Buarque emerge como a voz do "Fado Tropical", das "Mulheres de Atenas", da esperança na utopia e no socialismo. É preciso que, como lusófonos, como povo irmão que respondamos ao seu exemplo, à sua vida de combate político, ao seu apelo. E assim chegaremos, certamente, a um novo mundo, a uma nova vida.


Agredidas duas vezes !

http://www.publico.pt/2019/05/23/sociedade/noticia/vitimas-violencia-domestica-desenvolvem-mecanismo-sobrevivencia-levar-morte-1873815

Estudos científicos publicados em veículos de confiança vem revelar que :

“A desregulação da libertação de cortisol está correlacionada com situações de violência severas e frequentes e observa-se nas mulheres que vivem com o agressor, disse o investigador. Este dado é explicado no estudo como fazendo parte de um mecanismo de sobrevivência em que as mulheres mais maltratadas recorrem a comportamentos, como a inacção, apatia ou evitamento, similares ao comportamento de fuga ou luta quando se está perante uma ameaça.
Se por um lado estes comportamentos são adaptativos na medida em que a mulher “finge-se de morta” para não ser maltratada, por outro lado, esta “desregulação persistente no tempo é um factor de risco para o aparecimento de doenças, nomeadamente diabetes, infecções crónicas, e doenças mais mortais, como as doenças cardiovasculares e o cancro”

Há que ter mais atenção às situações em que agressor (a) e agredido ( a)  permanecem em co-  habitação ...

Populismo: "estranha" coincidência

Mas com a qual concordo, apesar da "estranheza" sobre os protagonistas. No último programa "Expresso da Meia Noite", à pergunta sobre se e como poderão entrar (?!) os populismos em Portugal, a resposta de Jaime Nogueira Pinto e Daniel Oliveira foi uma só ( até com gestos de cabeça e quase se atropelando no falar): pela via da.... corrupção. Ou melhor, tendo esta como "leitmotiv". Não poderia estar mais de acordo. Com o que se está passar em Portugal com as "berardices" múltiplas dum vasto sector, não me admiraria nada. O problema é... quem cavalgará a onda, já sem sem uma visão justa mas sim caudilhista e de horizonte pérfido?

Fernando Cardoso Rodrigues

in DESTAK de 23/5/2019

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Quem te manda a ti, cozinheiro...


Fascinava-me ver o rapaz entrar por um terreno inculto e arrancar pela raíz algumas ervas a que, por aqui, passamos por cima porque não lhes vemos qualquer préstimo e dizer delas maravilhas como alimento; ou atravessar um bosque à procura de algo e, às tantas, olhando para um tronco carcomido, reparar numa coisa de aspecto repelente e dizer que já tinha arranjado para almoço, arrancando com uma faca um daqueles cogumelos que se desenvolvem nas árvores velhas e a que ninguém dá valor, mas no qual ele via grande valor alimentar.

Este prodígio da cozinha criou um império, com restaurantes por todo o lado, em Portugal também, mas dizem as notícias que acaba de declarar falência; diz-se que, quando pressentiu a derrocada, recorreu às poupanças para tentar manter o barco à superfície, mas já não foi a tempo.

E isto é tanto mais estranho quanto as pessoas continuam a precisar de comer, e não me parece que tenha sido porque ensinou tanta gente a cozinhar que agora já não precisam de recorrer aos seus restaurantes; mais provável será que, tendo crescido demasiado, acabou por perder o controlo do negócio por falta de capacidade de gestão, e quanto mais alto se sobe...

Transcrevo do livro anexo um pequeno apontamento:

“O ano passado foi agitado, mas este tem sido uma loucura! Mas não pensem que estou a ficar farto de cozinha, acho que estou até mais obcecado. Passou a ser uma ocorrência frequente ser acordado com um safanão pela minha senhora dizendo-me que estava a falar de cebolas vermelhas caramelizadas e campos de ervas aromáticas; não é que me lembre, mas não me espanta”.


Amândio G. Martins


quarta-feira, 22 de maio de 2019


Em estado de choque!

O título da notícia, infelizmente, diz tudo !

https://www.dn.pt/mundo/interior/criancas-para-adocao-desfilam-em-passerelle-para-eventuais-interessados-10929079.html


“O evento, organizado pela Comissão de Infância e Juventude da Ordem dos Advogados do Brasil e pela Associação Mato-grossense de Pesquisa e Apoio à Adoção vem sendo criticado duramente na imprensa e nas redes sociais.”


No entanto já vai na terceira edição ! 
Quem são estas pessoas, que deveriam zelar pelo superior interesse dessas crianças, e as expõem ( ao que parece impunemente ! ) desta forma!

É caso para dizer: parem o comboio que eu quero sair !