PALIATIVOS
O paliativo é sempre falaz
De nada valendo ao condenado o pau
Sendo consciente que o seu estado é mau
Qualquer esperança se lhe mostra fugaz...
Pensa assim quem vê tudo andar para trás
E pede ao seu deus que lhe mande um lacrau
Cansado dum mundo onde tanto bisnau
Se exibe grande à custa do mal que faz.
Depreciarão os paliativos
Os que já sentem o seu fim no mundo
E a medicina tem por perdidos;
Mas embora o corpo esgotasse a vida
Atenua-se a dor ao moribundo
Para esperar calmamente a partida...
Amândio G. Martins
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