Presidente da República eleito apenas por iluminados, elites e quejandos ?
- Na edição do Jornal de Notícias (JN) de 25
de Abril de 2014, página 18,
foi publicada a opinião do Professor de Direito da Universidade do Minho,
Pedro Bacelar de Vasconcelos, com o título “7 receitas para salvar o regime”.
- Não só discordo como repudio particularmente a “7.ª
receita” que dizia “Supressão da eleição por sufrágio
universal do Presidente da República, que passa a ser eleito pelo
Parlamento, e extinção das actuais competências para demitir o Governo e
dissolver a Assembleia da República.”.
- A insistência na eleição do Presidente da República
pelo Parlamento, voltou a ser defendida pela mesma personalidade na dição
do JN de 2014.12.05,
página 18.
- Não possuo qualquer estatuto académico em questões
jurídico-políticas, sendo, apenas, leitor diário do JN. Mas isso não me retira a qualidade de cidadão da
República Portuguesa!
- O Presidente da República, enquanto instituição, é o
órgão genuinamente mais democrático, já que é eleito uninominalmente, por
todos os cidadãos, pobres e ricos, velhos e novos, empregados e patrões,
mulheres e homens, letrados e analfabetos, cujo voto tem o mesmo valor, em
conformidade com os princípios democráticos e republicanos.
- Os eleitores são todos iguais, não existindo, pois, um
regime de castas de eleitores como o que é defendido na “7.ª
receita”, em que “uns
seriam mais eleitores do que outros”
(tal como no “Triunfo dos Porcos”, de George Orwell…).
- Por outro lado, é discutível que a Assembleia da
República seja representativa dos cidadãos, já que estes constam de listas
escolhidas pelos directórios partidários.
- Acresce ainda que, se o Presidente da República, fosse
eleito pelo Parlamento, passaria a “ficar
tudo em família”, conduzindo ao totalitarismo institucional
consubstanciado na alarvidade “Um Presidente, uma maioria, um
Governo”, como já aconteceu, com os
resultados que se conhecem!
- Não consigo discernir, em termos democráticos, qualquer
justificação legal, moral, ética ou outra, que arrede os cidadãos de
escolher directamente o seu Presidente da República, fazendo deles eleitores
de segunda, senão mesmo incapazes ou até indigentes eleitorais.
- Se servem para
eleger deputados (que nem sempre conhecem ou desconhecem de todo…)
servirão, por maioria de razão, para eleger directamente o Presidente da
República (que conhecem…).
- Ocorre-me que,
quando, em épocas e lugares diferentes, se lutava pelo direito ao voto das
mulheres, então proibido, uma mulher (não sei quem, nem quando, nem
onde...) respondendo aos “sábios” defensores
do impedimento do voto feminino, argumentou que “se as mulheres servem para parir políticos terão também de servir
para os eleger…”, deixando os “sábios” sem resposta…
- Da mesma forma, num regime republicano, se os cidadãos
servem para eleger deputados, têm de servir, por maioria de razão, para
eleger directamente o seu Presidente da República!
Valdemar Melo
Como é evidente e apesar de estarmos a viver uns tempos menos democraticos, o Presidente da República deve ser uma escolha directa nossa, ainda para mais quando para a Assembleia da República escolhemos unicamente Partidos mas não nos é possível, e deveria ....escollher tambem os Deputados.
ResponderEliminarDevemos continuar a votar nós na nossa escolha directa para PR
Como é evidente e apesar de estarmos a viver uns tempos menos democraticos, o Presidente da República deve ser uma escolha directa nossa, ainda para mais quando para a Assembleia da República escolhemos unicamente Partidos mas não nos é possível, e deveria ....escollher tambem os Deputados.
ResponderEliminarDevemos continuar a votar nós na nossa escolha directa para PR