Os direitos são iguais, a Lei
fundamental de 1976 é claríssima, e desde então as Mulheres saíram justamente
das "trevas", em que durante séculos os hábitos e tradições
masculinas as mantiveram. Este governo, em vez de trabalhar e eventualmente
legislar sobre o cumprimento da Lei, e prevenir e penalizar as discriminações
que ainda possam atingir as mulheres, em listas de candidatos políticos, em
eleições para orgãos de direcção de empresas privadas ou do Estado ou até na
contratação de empresas, vai reforçar o regime das quotas obrigatórias.
Parece-me profundamente errado, que se venham a preterir homens capazes e mais
competentes, só para cumprir uma quota atrabiliáriamente inventada. Vejam só,
algum homem ou organização dos direitos destes, veio contestar que no ensino,
público e privado, de escolas básicas e secundárias, e até nas Universidades, a
esmagadora maioria dos docentes sejam do sexo feminino? Então aqui seria de impôr
uma quota de homens? Claro que não! Se os homens não foram escolhidos é porque
não o mereceram, pelas classificações ou CVs. Ou porque não se interessaram
tanto como as mulheres. Agora se como acontecia nos anos 80, por exemplo, nos
concursos de docentes da Escola Naval as mulheres docentes eram
sempre classificadas depois dos homens, porque se entendia que ficaria mal à
instituição mulheres darem aulas a cadetes homens, essa atitude machista e
ignorante deve ser travada e punida. É isso que o Estado deve e pode fazer,
nada mais! Impôr quotas é um sistema injusto e imoral, que só pode justificar a
incompetência e impunidade com que as leis da igualdade ainda não são
observadas.
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