Ser bom em todo o lado menos em casa...
É frequente ouvir-se, acerca de alguém acusado das piores
patifarias, que só pode ser mentira,
pois aquela pessoa, que conhecem muito bem, no trabalho ou nas tertúlias de
amigos, não seria capaz de proceder assim. Mas soube-se, ao longo da História,
de gente de grande nível intelectual, nomes que pertencem à galeria dos grandes
exemplos da Humanidade, que eram péssimos pais e maridos!
Com o título: “Presidente Trump will not diminish my truth”,
Jennie Willoughby, ex-mulher de Rob Porter, que acaba de se demitir do staff da
Casa Branca, sob acusação de violência doméstica, escreve na Time um texto de
que a seguir transcrevo parte.
“Recentemente, uma amiga e eu, vimos o presidente dos
Estados Unidos, sentado na Sala Oval, elogiar o trabalho do meu ex-marido e
desejar-lhe sucesso futuro. Não posso dizer que fiquei surpreendida, mas qundo
Donald Trump repetiu que Rob se declarou inocente fiquei desorientada; com que
intenção enfatizou ele este ponto?
A minha amiga virou-se para mim e disse que o presidente
estava a chamar-me mentirosa. Na manhã seguinte à resignação de mais um
elemento da sua equipa, que clama inocência perante a queixa das ex-mulheres
que relatam uma história de sucessivos abusos, o presidentou tweetou:
“ A vida das pessoas
pode ser destruída por meras alegações, que podem ser verdadeiras ou falsas,
umas já velhas e outras recentes; e não
há recuperação para quem é falsamente acusado, ficando com a vida e a carreira
destruídas para sempre”.
E são as palavras “meras alegações e falsas acusações” que têm
o fim de me chamar mentirosa, porque o trabalho de Rob na Casa Branca era muito
mais importante do que a minha saúde física, emocional e mental, tal como a da
primeira mulher de Rob, Colbi Holderness.
O esforço da Casa Branca para nos desacreditar, a mim e a Colbi,
não altera os factos.
Isto é um assunto demasiado sério, que diz respeito a toda a
sociedade, não bisbilhotice política. E se, face a todas as evidências, as pessoas
mais poderosas da nação não acreditam na minha história de abusos, que
esperança pode haver para tantas vítimas?”
Amândio G. Martins
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