A LUTA CONTINUA!

Quem é que está hoje tranquilo neste país? Apenas os ignorantes, os irresponsáveis e os oportunistas. Como se constata, são muitos. Principalmente os primeiros que são vítimas da manipulação dos oportunistas, mas também da desilusão. A desilusão que é má conselheira. Desilusão com as políticas de décadas dos governos do PS e do PSD com ou sem CDS e depois a resposta, é ainda pior. É dar ouvidos à demagogia, ao oportunismo, à manipulação, à mentira. Que tendo meios e com este povo, não é difícil conseguirem os seus vis objetivos. Há mais de 100 anos, na sua obra “Pátria”, dizia Guerra Junqueiro: “Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice”. Mas também dizia : “...um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo da alma nacional,- reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta.” Depois também zurzia o clero. E quanto à burguesia: “ Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não discriminando já o bem do mal, sem palavra, sem vergonha, sem caráter...” E sobre a situação política de então: “dois partidos monárquicos, sem ideias, sem planos, sem convicções(…) vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero...” Com a diferença de agora, por não serem partidos monárquicos, vejam lá a semelhança com a atualidade.

Portanto, como se constata, as nossas características menos abonatórias, como povo, são bastante ancestrais. Mas temos outras que devemos enaltecer e são essas que nos devem servir de bússola. Metemo-nos em cascas de nozes, fomos por esses mares e revelámos novos mundos ao mundo. Corremos com castelhanos e franceses e mantivemos a nossa independência velha de quase nove séculos. Sacudimos o fascismo com o 25 de Abril e já fizemos depois outra coisa digna e bonita: levantámo-nos por outro povo; o de Timor. E é agora porque o partido do vendedor de banha da cobra, do demagogo, populista, xenófobo e racista sobe e a esquerda desce que vamos esmorecer? Isso é que era bom! Era dar trunfos aos que beneficiam com isso. Era rendermo-nos. E isso, jamais! O principal partido da oposição, não só não subiu qualquer coisa, como era justo e se previa, como até perdeu um deputado. Referimo-nos, evidentemente, ao PCP/CDU. O PS, é o principal partido da alternância. O BE espalhou-se, o Livre subiu e até o PAN manteve, e bem, a deputada. Os animais também precisam ser protegidos e defendidos. E é uma vergonha que até essa aberração que são as touradas, tenha um IVA reduzido.

E pronto, a luta continua! A esquerda unida, onde, apesar das críticas ao PS e por isso teve o trambolhão que teve, se inclui gente deste partido, vai bater-se por um Portugal de que todos nos orgulhemos.

Francisco Ramalho

Publicado hoje no jornal O Setubalense

Tudo vai piorar

 

 

 

Tendo levado o país para eleições, com o evidente objectivo de alcançar uma maioria que lhe atenuasse o incómodo  de ter de estar a responder constantemente pela confusão da sua vida empresarial com a política, Montenegro terá de contentar-se com um magro prémio de consolação, ganhando mais uns quantos deputados, mas sem a folga que pretendia; de facto, a menos que se resigne a distribuír alguns ministérios pelos que querem rebentar com o regime democrático, a algazarra que se prevê vai ser ainda maior e mais insuportável que antes.

 

No mais, muitos “entendidos” já previam isto, surpreendeu-me foi que o PCP ainda tenha conseguido três deputados, tão desconcertante é a sua posição acerca das mais prementes questões que afligem o mundo, com relevo para a situação na Ucrânia, em que estão constantemente a falar da urgência que há de alcançar a paz, mas a paz que eles defendem não é a que obrigue o invasor a ir-se embora e reparar os danos causados, mas a que force os invadidos a submeter-se de vez ao agressor.

 

E como se não bastasse a incompreensível posição oficial do partido, que o leva a perder deputados sempre que há eleiçoes, ainda sofre o desgaste que lhe causam os seus mais perturbados “mosqueteiros”, que despejam na praça pública enormidades tais que, de cada vez que se atrevem a fazê-lo, e são muitas, afastam mais uns quantos simpatizantes, que já não têm estômago que aguente tanta baboseira, como a repetição sistemática, “ipsis verbis”,  da criminosa narrativa russa, a que juntam argumentos tão absurdos como terem os governantes ucranianos proibido não sei quantos partidos, como se o hediondo regime russo, que tortura e assassina toda e qualquer figura que se atreva a discordar do ditador, fosse algum exemplo de liberdade política ou outra...

 

Amândio G. Martins

 

 

Eleições transformadas em Referendo...

A desonestidade, a falta de decoro político e de ética, a não transparência de atitude aliada à promiscuidade política de Montenegro, com os seus negócios, arrastaram o país para eleições antecipadas. Afinal, foi um referendo a ele mesmo e, ganhou(!). Nunca quis um escrutínio à sua manchada e indelével conduta e, reconheça-se, o CM, e bem, não o larga! Quer, óbvio, escrutínio. O resultado eleitoral do PSD/AD é fraco, face à quantidade de dinheiro que distribuiu por várias classes profissionais.... Diga-se, que a volumosa quantia em apreço, foi feita com a elevadíssima soma que os ministros da Finanças, do PS, por cativações sucessivas deixaram nos cofres! O mundo do trabalho, que nem ganha o suficiente para pagar as contas nem a renda da casa, sobrando-lhe mês.... irá sofrer significativamente com esta gente avessa aos problemas sociais e de quem sobrevive. A hora é de luta!

Pregar para surdos

 

 INGENUIDADE

 

O povo pobre que crê na “Direita”

Nem sabe quanto anda equivocado

Essa facção sempre o quis dominado

Para manter-se assim a vida inteira.

 

Dá-lhes muito jeito dessa maneira

Servidor humilde e sempre calado

Reivindicações causam desagrado

Não lhes agrada baixar a receita.

 

Mas dão o que é lucrativo ao privado

Que não deveria saír do Estado

Pondo os mais débeis sempre mais aflitos;

 

Praticam o embuste permanente

E abusam da boa-fé da gente

Tirando aos pobres para dar aos ricos...

 

Amândio G. Martins

PRIMAVERA

 Primavera com força, na Silvã de Cima, Sátão, Beira Alta (04.2025)

 

O DIA SEGUINTE

Grosso modo, o day after será mais ou menos o seguinte: Se a AD ganhar com maioria relativa, junta os trapinhos com a IL, e estamos feitos. Como esta direita engravatada e de falinhas mansas pretensamente modernas, mas ainda pior que a outra, reparem que Rui Rocha até nem esconde ao que vem; só não privatizaria o ar, porque não pode. De maneira que, adeus SNS e o que resta do Estado Social. Vai tudo à vida, ou muita luta nos espera.

Se Ganhar o PS, também com maioria relativa, depois depende do resultado da CDU, BE, Livre e talvez do PAN para que possa constituir Governo com apoio parlamentar. E a prática desse potencial governo, depende, evidentemente, dos resultados de cada partido. Principalmente do primeiro. O PCP/CDU de longe, com maior implantação no Movimento Sindical e Associativo, no Poder Local Democrático, no mundo do trabalho, o mais consequente e o que mais se bate pela paz, contra a guerra.

Quanto ao Chega, ficará, como de costume, à coca, criticando “ferozmente” sem fazer, evidentemente, qualquer proposta na esperança de que este triste povo lhe dê uma oportunidade para piorar ainda mais o sistema de que diz não fazer parte.

Mas ainda há uma terceira hipótese! Nem AD ou PS, conseguem maioria na AR e, tudo como dantes (pior) quartel general em Abrantes.

Conclusão; o tão badalado voto útil, útil para o povo, entenda-se, é mesmo CDU.

Francisco Ramalho

Os dados estão lançados

 

 

 FARSANTE

 

Com um sorriso falso e descarado

Vem conseguindo enganar muita gente

Que depressa se verá descontente

Por ter no aldrabão acreditado.

 

Haverá quem me chame exagerado

Mas não tenho como ser indulgente

O que se prevê é tão deprimente

Que arrepelará quem foi descuidado.

 

Tudo que ele diz soa a falsidade

Apesar de jurar honestidade

Como sendo o seu melhor predicado;

 

Mas quem já lhe conhece a caminhada

Vê-lhe na falsidade disfarçada

Que não cumprirá nada apregoado.

Amândio G. Martins

SELVAGENS

O que se passa na Palestina, é de tal forma grave que, por mais que queiramos não conseguimos abstermo-nos. A consciência é sufocante.

Já morreram mais de 50.000 palestinianos, na sua quase totalidade civis.

Mais de 100 jornalistas já foram assassinados. Ser repórter em Gaza e um ato de coragem. Graças a eles, vemos, ouvimos e lemos, por isso não podemos ignorar.

Cai por terra o tao propagandeado mito da superioridade intelectual dos judeus. Não passa disso mesmo:  propaganda. A inteligência e incompatível com a selvajeria.

Os métodos utilizados no extermínio do povo da Palestina, são os mesmos dos do tio Adolfo. Falta apenas a solução final: a camara de gaz. Os que escaparem, serão naturalmente os futuros terroristas.

Sendo Israel reconhecida internacionalmente como única Democracia naquela região, não há como não responsabilizar os seus cidadãos como primeiros culpados por esta tragedia. Foram eles que colocaram no Poder o criminoso que atende pelo nome de Benjamin Netanyahu.

Jose Valdigem

Partiu uma rara referência moral

 

Morreu José Mujica, um daqueles tipos de Homem que vão rareando. De guerrilheiro Tupamaro chegou a presidente eleito do seu país, não para exercer o cargo com a indignidade e arrogância de um Maduro ou Ortega qualquer, mas praticando os valores que apregoava na luta contra os cleptocratas; admirador do Papa Francisco, por quem chegou a ser recebido, Pepe Mujica dizia que, tirando a religião, porque não era crente, a filosofia de vida de ambos era sobreponível.

 

De facto, mesmo como presidente do Uruguai, nunca deixou de pratricar uma vida austera, prescindiu de parte do vencimento a que tinha direito e não aceitou residir no palácio presidencial nem viajar na viatura do Estado, que só usava para trabalho e cerimónias oficiais; no mais, continuou a residir na sua modesta casa nos arredores de Montevideu e a conduzir ele próprio o seu velho wolkswagen.

 

Numa entrevista dada há poucos meses ao jornalista catalão Jordi Évole, com quem tinha uma relação de amizade, Mujica confessou-lhe que se estava “moriendo”, padecia do que eufemísticamente se costuma chamar por cá doença incurável e não queria sujeitar-se a tratamentos que só lhe prolongariam o sofrimento; já era velho e aguardaria a morte serenamente, sem ressentimentos nem receio de nada, porque no jardim da sua vida nunca se cultivou ódio - apesar de ter passado catorze anos preso pela ditadura - porque o ódio é um sentimento que estupidifica.

 

Amândio G. Martins

A banalização do mal

Vivemos, a maioria sobrevive, numa sociedade onde o chico-espertismo, a competitividade sem freio, a demagogia, a fraude, a trampolinice e a corrupção reinam. Parece ser o «novo normal(!)». Não pode ser! Com a conivência descarada de desgovernantes, a banalidade do mal instalou-se! Quem pugna pela ética, pela moral, por princípios republicanos e democráticos, pela entreajuda, pela solidariedade está 'desactualizado'. Exemplifiquemos: Na Madeira elegeram um espertalhão, mais do alegadamente criminoso e seus comparsas do desgoverno, também implicados. Foram punidos pelo eleitorado, pelas manchas indeléveis através das más condutas? Não(!), foram reconduzidos... No Continente, o caminho é semelhante. Sondagens dão a vitória ao sinistro, Montenegro, trampolineiro, intrujão, maculado e arrogante, que trata mal o jornalismo e jornalistas, 'será?', pelas sondagens primeiro-ministro. Não podemos ignorar o que ouvimos, vemos e lemos. Quem o elege é: ignorante, amnésico, apolítico, interesseiro, masoquista, ''carneiro'' ou estúpido! O enorme, Guerra Junqueiro, dizia do Povo: resignado, imbecilizado, fatalista, sonâmbulo, burro de carga, aguentando pauladas e sacos de vergonhas. Adiantamos: lambem as mãos a quem lhes rouba o pão!

 

O ESSENCIAL DA CAMPANHA

Comentadores e analistas consideram Paulo Raimundo a grande surpresa da campanha. Principalmente onde teve, assim como os restantes líderes partidários, maior visibilidade; nos debates televisivos e radiofónicos. Sobretudo nos primeiros. Porque, evidentemente, tiveram maior audiência e foram em maior número. Mas também em contacto direto com as pessoas.

Em relação à rádio e à televisão, como se trata da segunda campanha que participa como representante da CDU, é natural que tenha adquirido experiência e mais à vontade frente aos microfones e câmaras.

Mas o que mais distingue o secretário-geral do PCP, não são os pormenores referidos. É o conteúdo da sua mensagem. O essencial que ela representa para a grande maioria dos eleitores. E o essencial, é a melhoria dos salários e pensões de reforma, assistência médica e social, habitação, ensino, uma rede pública de cresces e jardins de infância que ele e o seu partido há tanto tempo reclamam, a cultura e o desporto e esse bem tão precioso que é a Paz. Ou seja, o que Paulo Raimundo como porta-voz do PCP/CDU, os comunistas, seus aliados da coligação e todos os democratas reclamam e se batem, é o essencial para que o nosso povo e quem vive e trabalha no nosso país, tenha uma vida digna.

Se isso em teoria e promessas, todos os partidos reclamam, e é verdade,

o problema, é passá-lo à prática. Se assim fosse, se as promessas de tantas campanhas eleitorais dos partidos que têm constituído Governo, PS, PSD com ou sem CDS, tivessem sido cumpridas, teríamos o país tão assimétrico e injusto que temos?

E não adianta virem com essa conversa de que somos um país pobre, sem meios.

Nem somos um país pobre, e há meios para todos vivermos melhor. E ainda podemos adquirir mais meios. O país tem potencialidades para isso. E, sobretudo, os meios, a riqueza, por uma questão de justiça social e até de moral, é imperativo que sejam muitíssimo mais bem repartidos.

Os sectores estratégicos da economia, as grandes empresas e a banca, pelo menos uma boa parte delas, como principalmente sempre defendeu o PCP, devem serem públicas. Se os milhares de milhões de lucros que auferem fossem para o Orçamento do Estado, teríamos os problemas que temos na saúde, na habitação, no ensino, nos baixos salários e pensões de reforma? A privatização de todas essas empresas, não é obra do PS, do PSD e do CDS? E não é isso que também preconizam a Iniciativa Liberal e o Chega?

Além disso, não é o PCP e a CDU que sempre defenderam a Paz? Todas as manifestações que promoveu e também as organizadas pelo CPPC contra as guerras ,não foram todas apoiadas pelo PCP e pela CDU?

É injetando milhões, no que eufemisticamente denominam de Defesa, na corrida aos armamentos, que se acaba com as guerras, como a que desde 2014, EUA, UE e NATO promovem na Ucrânia? O “perigo da Rússia”que agitam, não é o país que quando invadiu a Europa até Berlim, não foi para nos livrar desse pesadelo que ainda tantos saudosistas ativos tem na Ucrânia, o nazi-fascismo?

Francisco Ramalho

Publicado hoje no jornal O SETUBALENSE

Farol não. Apagão!

Com manifesta falta: de vergonha, de sentido auto-crítico, de moralidade, de ética, de dignidade política pelo cargo que exerce, o ainda e bacoco primeiro-ministro, em auto-elogio, disse ser um farol. Não, não é! É um apagão político mais do que medíocre. Perfila-se uma aliança pós-eleitoral entre o PSD/AD e IL e aí, o Estado social, morre! A exrema-direita, queque, do IL advoga um liberalismo mortal contra tudo o que diga respeito a prestações e subsídios sociais, a tudo o que mitigue a pobreza, a tudo que é público... para as grandes empresas é um mãos largas. Nem se mexem nem piam, quando o erário público (O Estado - nós), transfere quase metade do orçamento do SNS - para os hospitais da mercantilização da saúde. Gritem-lhes de megafone aos ouvidos: O SNS responde aos doentes, os hospitais privados respondem aos acionistas! Visam privatizar tudo. Privatizem o ar! Estalou uma onda de ciúme nesta usurpada denominação - AD, cujo ressuscitado da inexistência política, o CDS, fez prova de vida, torcendo o nariz, à mais que evidente chegada da IL, ao PSD/AD. Todos estes partidos, esfalfam-se e competem em demonstrar que são os mais competentes em defender e perpetuar os interesses das grandes empresas capitalistas!

 A larga maioria do eleitorado do Chega, é a nata da ignorância e da imbecilidade nacional.

F. Ramalho

o PAPA

É verdade que o Papa Francisco com as suas palavras nas duas encíclicas que protagonizou, nas homilias, nas entrevistas e variadas intervenções defendeu sempre a Paz, condenou guerras e conflitos, denunciou a miséria e pobreza, pugnou por uma vida melhor para os seres humanos, não permitida pela economia que mata.

Apesar deste seu esforço, durante o seu pontificado de 12 anos, a situação mundial não melhorou, pelo contrário guerras, conflitos, miséria e fome aumentaram.

Cresceu igualmente a influência de forças políticas de extrema-direita, reacionárias e xenófobas, um pouco por todo o lado, mas é de destacar o continente europeu onde se encontra o Vaticano e mesmo em países tradicionalmente católicos, como Itália, França, Espanha e Portugal.

Em conclusão: as palavras do Papa Francisco entraram por um ouvido e saíram por outro, para a generalidade dos responsáveis políticos, hierarquia católica e mesmo muitos praticantes e não praticantes do catolicismo. Nas cerimónias do seu funeral, a manifestação de hipocrisia foi evidente com a presença e elogios de muitos que contrariaram a sua doutrina social e a luta pela paz.

Será positivo que o sucessor do Papa Francisco adopte o caminho e as causas que este abraçou, mas sobretudo que seja mais escutado e seguido.

Governar estupidifica?

Aquando da formação dos governos até impressiona o currículo dos governantes.

Ele é doutorados nisto e naquilo, ele é professores universitários, etc. 

Porém uma vez empossados qualquer pato bravo lhes enfia o "barrete".

Ainda há pouco tempo lemos que foi pago em dobro à inutilidade do SIRESP, compraram-se golas antifumo pelo triplo do preço, um terreno da câmara de  Cascais que valia vários milhões por trezentos mil, o navio atlântida foi vendido por 8,7 milhões e logo de seguida revendido por 17, uns vendem a TAP por 10 milhões outros recompram-na por 50.

Mas a pior de todas foi o centro cultural de Belém que custou seis vezes mais do que o orçamento inicial, e ninguém foi sequer investigado.

Isto é apenas o que foi noticiado,dada a sua grandeza, porque depois temos as negociatas mais pequenas que passam despercebidas 

Comprar caro e vender barato é que nos leva  à falência.

Agora uma pergunta principalmente ao Dr. Cavaco Silva que foi responsável primeiro pelo Centro Cultural de Belém.

O senhor se mandasse construir uma casa para si ia pagar seis vezes mais ?

Quintino Silva

Não à alternância

Os debates na Tvs e rádios, com os líderes dos partidos com assento parlamentar, foram incompletos e ausentes de temas relevantes, nomeadamente - a Cultura, sempre bastarda e repetidamente relegada para as margens do esquecimento deliberado. Os líderes dos partidos da extrema-direita, IL e Chega e, do direitista extremado do PSD/AD tiveram intervenções pífias. Priorizaram a entrega do SNS aos negócios da saúde, dissimulando esse objectivo. Delegaram no mercado as soluções para a habitação, que já mostraram total falência. Ausentaram-se da habitação social, enchendo a boca com classe média... para aqueles privilegiados, não existe classe baixa, o proletariado, que parece ser uma palavra maldita.... Não!, não é. É a maioria da população portuguesa! Encheram os nossos ouvidos com a premência da estabilidade. Para quem? Para os precários? Os trabalhadores que lhes sobra mês? Os reformados com pensões de miséria? Que ou se alimentam ou gastam na farmácia? Os sem-tecto e sem-pão? Não. É para a continuidade desta sociedade capitalista não equitativa que nos destrata, explora e mata! Aqueles partidos representam toda esta iniquidade. Caso formem executivo irão infernizar-nos a vida!

Do PSD nada de exemplar vem...

A promiscuidade, a ausência de ética/moral, a falta de dignidade política e a mistura dos negócios do líder do PSD/AD, enquanto primeiro-ministro, não provocaram a sua demissão, como seria normal, mas sim!, transformaram o seu grave e melindroso problema pessoal num problema nacional e caríssimo, sobretudo pela convocação de eleições antecipadas. Quiz e quer referendar a sua idoneidade estilhaçada.... Veio a correr em sua defesa, o avelhantado Cavaco, (pior presidente da República), dizendo, que Montenegro está a ser vítima duma «campanha negativa» e, «de alguma comunicação social»(!). Esta defesa é do mesmo ''escavacado'', que disse treze dias antes do BES implodir, que os portugueses podiam depositar confiança nesta instituição... este individuo, se tivesse um pingo de decência remetia-se a um silêncio sepulcral! Do PSD, nada de exemplar brota.... Tudo isto faz um miserável sentido!

 

VIVA O VIETNAME!

Comemorou-se há dias, 30 de Abril, a vitória do Vietname sobre o imperialismo norte-americano.

Depois de 20 anos de invasão, de guerra pela "contenção do comunismo" a maior potência imperialista mundial que chegou a ter 500 mil homens em solo vietnamita, e onde cometeu os maiores crimes depois da 2ª Guerra Mundial, como aquele que consternou o mundo, a Chacina de My Lai, onde foram mortas a sangue frio 500 pessoas, civis desarmados, homens mulheres e crianças. No país onde foram despejadas mais bombas que sobre a Alemanha nazi, muitas delas de napalm e fósforo que queimaram florestas inteiras e, claro, as respetivas aldeias.

Pois bem, a luta do heroico povo vietnamita, liderada pelo Partido Comunista do Vietname sob a direção do lendário Ho Chi Min, derrotou os invasores. Tal como já o tinha feito em relação aos colonialistas franceses, cujo epílogo foi a histórica batalha de Dien Bien Phu (1954).

Em 30 de Abril de 1975, perante a chegada das Forças de Libertação Vietnamitas, os últimos americanos tiveram que fugir, de helicóptero, pelo telhado da sua Embaixada em Saigão.

O prolongamento da guerra, o número de baixas e a humilhação, causaram nos EUA aquilo que ficou conhecido pelo Síndroma do Vietname.

A luta heroica e patriótica do povo Vietnamita que unificou o país, contou com o apoio internacionalista, inclusive de muitos americanos. Sobretudo jovens e universitários que em diversas e grandes manifestações disseram do seu repúdio pela guerra imperialista do seu país.

Esta justa vitória de um povo em armas e com razão, provou que é invencível. Pode até ser derrotado, não mas não vencido. Um povo só é vencido quando se rende.

Francisco Ramalho

Da selva humana

 

 DIZIA DESCARTES

 

Que era o “bom senso” a coisa que no Mundo

Tinha sido mais bem distribuída

Porque ninguém diz que dele precisa

São sempre os outros que complicam tudo...

 

Parecendo humor é algo profundo

De quem conhece as misérias da vida

Cada um buscando airosa saída

Mesmo que empurre os outros para o fundo.

 

Ninguém diz que tem falta de bom senso

São sempre os outros que dele carecem

Quem discorda disto perde o seu tempo;

 

Quanto mais alguém contrariar isso

Tanto mais os teimosos endurecem

A bem evidente falta de siso.

 

Amândio G. Martins

 

 

O LONGO BRAÇO DA BESTA E OS APOIANTES E CÚMPLICES

O longo braço da besta, chega longe para impor a morte pela fome e pela metralha. Chegou a águas internacionais ao largo da Malta, para impedir que gente digna num navio civil e desarmado, tentasse levar mantimentos a quem a besta mata à fome e à bomba. Um povo inteiro. Enquanto o mundo, impávido e sereno, contempla a barbárie. Principalmente os que têm poder. Denominem-se eles mesmo de socialistas, social-democratas, democratas-cristãos, etc.

O outro, matava em fornos crematórios, este mata à fome e à bomba e com o mundo a assistir.

Uma ignomínia que nos cobre a todos de vergonha.

Francisco Ramalho

PS- Compreendem, com certeza, porque não sou mais explícito. E com a foto que ilustra o texto.

Este PS, é porque publiquei isto também na minha página do FB

Não sai do lado que leva pancada

 

 POVO

 

Dizem-lhe que o voto é a sua arma

Mas votar é como vender fiado

Não vai poder vê-lo recuperado

Se o votado não cumprir a palavra.

 

Para o ganhar mostrou-lhe boa cara

Mas depressa fica distanciado

Se o votante se diz ludibriado

Por não ver feito aquilo que esperava.

 

O povo sempre foi sacrificado

Nunca teve a Justiça do seu lado

Que sempre favoreceu o “casaca”;

 

Quando foi posto fim à ditadura

Houve grande ilusão de pouca dura

Porque confirmou ser a parte fraca...

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1.º DE MAIO, POR MAIS JUSTIÇA SOCIAL E MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA

 

A jornada de luta do 1.º de Maio, em que os trabalhadores e suas organizações de classe a nível internacional lutam contra a exploração, pela emancipação social, continuando a luta desenvolvida nos locais de trabalho e empresas dos diversos sectores públicos e privados.

Em Portugal, foi reafirmada a exigência de valorização do trabalho, com aumento dos salários, redução do horário de trabalho, respeito pelos direitos, fim da caducidade na contratação colectiva, acabar com a precariedade, defesa da segurança social, aumento das pensões, combater o empobrecimento, contra a guerra e defender a paz.

No Porto, como em mais de três dezenas de localidades no nosso País, milhares de pessoas participaram nas manifestações e iniciativas da CGTP-IN, com a mensagem de lutar também no dia 18 de Maio, para combater a política de direita e contribuir para um novo rumo para Portugal, com mais justiça social e melhores condições de vida.  

 

O LEGADO DO PAPA FRANCISCO

É muito rico e humanista o legado do Papa Francisco. Ainda por cima, era de uma simpatia contagiante e de uma evidente autenticidade. Um homem que se valeu, e bem, do alto cargo que ocupou na instituição com talvez a maior influência no mundo, para criticar “a economia que mata”. Ou seja, o capitalismo. Ou para condenar as guerras e os que beneficiam com elas. Com a venda de armamentos, domínio de países, posições geográficas estratégicas e acesso fácil a importantes recursos naturais. E mostrando-se sempre solidário com as suas vítima e com a exploração desenfreada que gera assimetrias imorais, em que ínfimas minorias dispõem de mais riqueza que milhões e milhões de pessoas. Minorias essas que através dos meios de comunicação social tradicionais; televisão, rádio, jornais e agora também com as redes sociais, condicionam e manipulam a opinião das massas.

Uma pessoa com a sua influência e postura, granjeou a maior admiração, respeito e carinho, independentemente de se ser católico, de outra religião, agnóstico ou ateu.

Mas por outro lado, gerou também animosidades que não são mais notórias, principalmente agora com toda esta onda de consternação com a sua morte, para não serem alvo de críticas. E no caso de tantos políticos, para não perderem crédito e votos.

Há casos concretos que são de um ridículo e hipocrisia de bradar aos céus. Por exemplo, alguns deles: o que pretende anexar o Canadá, a Gronelândia, o Panamá, ser capataz do mundo. E pior que isso tudo, o apoio incondicional que dá à maior vergonha, ao maior crime dos nossos dias, que é o genocídio de um povo, com milhares de crianças mortas, decepadas, sem proteção familiar porque a perderam sob a metralha e destruição. Mas também, evidentemente, jovens e adultos. Ao todo até à data, mais de 50 mil. Só crianças, são 16 mil. Pois bem, o grande apoiante desta carnificina, quando escrevo, quinta-feira, 24, conspurcando a sua memória, diz que estará presente no funeral do homem que sempre condenou a guerra. Outros, que não apoiando diretamente o genocídio do povo palestiniano, mas que nunca o condenaram como deviam, que mantêm relações com o Governo do Estado agressor e violador dos mais básicos princípios da moral e do Direito Internacional, que nunca lhe aplicaram sanções ou qualquer represália, que assistem impávida e serenamente à barbárie.

Outro exemplo concreto de quem diz também estar presente no funeral do humanista e anti belicista Papa Francisco, é quem os atrás citados, consideram um democrata e seu aliado. O homem que ilegalizou todos os partidos do seu país (11), que dá cobertura e se serve da nazis confessos como o tristemente Batalhão Azov, que pôs a ferro e fogo regiões russófonas, como o Donbass, provocando 15 mil mortos. E com o que o Papa Francisco criticou; “a NATO a ladrar às portas da Rússia” tudo isto, motivando a invasão do Donbass e a intervenção russa na guerra, que urge parar.

Mas o legado do Papa Francisco dará frutos porque foi uma boa sementeira.

Francisco Ramalho

Publicado hoje no jornal O SETUBALENSE

Estaca zero

 

APAGÃO

 

A multidão regride à estaca zero

Se algo inesperado a surpreende

E deita a mão a tudo que pretende

Ingorando o igual em desespero.

 

Qualquer surpresa lhe tira o sossego

Deixa as boas maneiras de repente

Atropela tudo que tem à frente

Se a isso a leva o primitivo ego.

 

É o grau zero da civilização

Tudo o que vemos fazer a multidão

Se algo a leva a abastecer-se à pressa;

 

Açambarcando o que houver no mercado

Sem reparar no vizinho do lado

Eis o progresso que o Mundo atravessa...

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

É só qualidades

Luís Montenegro (L.M.) e o seu governo têm (terão?) todo o direito de cancelar a sua própria participação em festividades como as que celebram o 25 de Abril. Quis estragar a festa dos outros sem que ficasse a ideia de que o fez. A isto, chama-se hipocrisia.

L.M. prejudicou tudo o que podia, quis dar um sinal de que os apoiantes do 25 de Abril são menos do que os que, na realidade, o são. Se não proibiu mais coisas foi porque não podia, não tinha poderes efectivos para o fazer. A isto, chama-se, se não ódio, má-vontade. 

L.M., qual menino caprichoso “dono da bola”, já que não consegue lugar na equipa, mete-a debaixo do braço e declara fim do jogo. Trata-se de uma “birra” própria de quem tem esqueletos no armário, e que só alcança o prazer quando magoa os outros. A isto chama-se masoquismo. 

L.M. pensa que, assim, vai buscar alguns votos à extrema-direita. A isto, chama-se oportunismo e ganância.

A este somatório incompleto de “qualidades”, há que juntar, pelo menos, uma profunda miopia intelectual.  

1.º DE MAIO --- DIA INTERNACIONAL DOS TRABALHADORES

 

A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional (CGTP-IN) comemora o 1.º DE MAIO – Dia Internacional dos Trabalhadores por todo o País com manifestações e concentrações, em Lisboa, Porto, Aveiro, Beja, Guimarães, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Portalegre, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu e ainda em Torres Vedras, Ervidel, Pias, Covilhã, Tortosendo, Minas da Panasqueira, Figueira da Foz, Montemor-o-Novo, Vendas Novas, Sines, Lamego e Mangualde. Nos Açores em Angra do Heroísmo, Horta e Ponta Delgada. Na Madeira, no Funchal.

O lema do 1.º de Maio da CGTP-IN em 2025 é «Mais salário, melhores pensões! Basta de política ao serviço do capital». O 1.º de Maio será mais um dia para mostrar que a situação social e laboral não pode continuar assim e que é necessário lutar, também em 18 de Maio, para garantir outro rumo para Portugal.

25 DE ABRIL, no Porto

 

Milhares de pessoas participaram numa grande manifestação na cidade do Porto, com participação de muita juventude, na comemoração do 51.º aniversário do 25 de Abril, em defesa das suas conquistas e valores, pela Paz, por um Portugal mais digno e com mais justiça social.

 

25 DE ABRIL SEMPRE!

Estamos a três dias de comemorarmos o 51º aniversário do 25 de Abril. Os mais desiludidos não o farão com grande, ou mesmo com nenhum entusiasmo. Portugal continua com grandes assimetrias sociais, uma das grandes conquistas do 25 de Abril que é o Serviço Nacional de Saúde, está a definhar. Há já mais de 1 milhão e quinhentos mil portugueses sem médico de família, serviços de urgência, nomeadamente de ginecologia-obstetrícia e até maternidades e outros, com frequência, fechados. Para se conseguir uma consulta é preciso ir-se de madrugada para a porta dos Centros de Saúde, e para uma de especialidade, espera-se meses. Na habitação, agravou-se a possibilidade, nomeadamente aos jovens, de conseguirem uma casa para arrendar ou comprar, tantos deles, têm de emigrar. É a precariedade no emprego, salários e pensões de reforma de miséria e tantos outras injustiças que persistem, dificultando a vida a milhões de portugueses/as, e já lá vão 51 anos.

Pois bem! E que é que o 25 de Abril, essa data maior da nossa história recente e uma das maiores de toda a nossa história velha de mais de oito séculos, tem a ver com isso? Nada! Absolutamente nada! Tem a ver é com o facto de nos ter trazido esse bem maior que é a liberdade. Liberdade de expressão, de organização e de luta. Liberdade para se constituírem sindicatos e partidos políticos, tudo coisas que o regime fascista impedia, reprimia. Liberdade ainda para que haja eleições livres e o Poder Local Democrático. Tudo isso, graças ao 25 de Abril.

E se as dificuldades e insuficiências acima referidas, não nos orgulham nada, muito antes pelo contrário, exatamente o contrário, foi a luta de muitos compatriotas nossos contra o regime opressor de Salazar e Caetano, enfrentando tantos perigos e sacríficos, muitos até da própria vida, e depois a gesta heroica dos Capitães de Abril, para que raiasse “O dia inicial inteiro e limpo/ Onde emergimos da noite e do silêncio/ E livres habitamos a substância do tempo”, como disse a grande Sophia.

Portanto, se falta cumprir os ideais do 25 de Abril, dos seus obreiros, a culpa foi e é de quem a eles sempre se opôs. Mas o 25 de Abril, deu-nos, como disse, a Liberdade, as liberdades, e continua nas mãos dos trabalhadores, dos reformados, dos jovens, das mulheres, da grande maioria que é o povo, lutar contra a manipulação dos que a par das dificuldades e sacrifícios do povo, e exatamente fruto disso, arrecadam todos os dias lucros fabulosos.

Mesmo a propósito, no dia 18 do mês que vem, teremos oportunidade de darmos um bom contributo no sentido da democracia e da justiça social. Atenção às novas versões da direita, Chega e IL, Ainda piores que as antigas, e pensarmos quais os partidos que têm formado os sucessivos governos, responsáveis pelo lamentável estado, acima descrito, a que o Portugal de abril chegou. E vermos quem é que, tal como no fascismo, agora contra a manipulação dos media desses que se opõem a Abril, de longe, mais se continua a bater pelo povo e por Abril.

Francisco Ramalho

Publicado, terça,22, no jornal O SETUBALENSE

Ao Papa Francisco

 

 PREGOU NO DESERTO

 

A falsidade nunca foi tão falsa

Não há nada que não se falsifique

O conceito de honra caíu a pique

A trafulhice dança toda a valsa.

 

A dignidade anda nua e descalça

Há cada vez mais quem a crucifique

E cada vez menos a quem se aplique

Lutando contra tudo que a desfalca.

 

Insistem na mentira repetida

Até que ganhe foros de verdade

Com toda a perfídia despercebida;

 

Reduzindo-se a gente corajosa

Capaz de combater a falsidade

Poucos crêem na senda virtuosa...

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

25 de Abril: tanto que falta cumprir...

O golpe militar em 25 de Abril de 1974, ou Pronunciamento Militar, foi transformado em Revolução, pela acção directa do Povo nas ruas. Bastos designíos de Abril estão por cumprir e, a sua enorme conquista - o SNS, está transformado em serviçozito nacional de saúde, a ser desmantelado e entregue a sua nata à mercantilização da saúde, que lhe sangra quase metade do orçamento(!). O 25 de Novembro de 1975, data politicamente antagónica de Abril, foi o embrião que desaguou, numa economia capitalista que mata! Mais: nesse dia de golpe contrarrevolucionário, há políticos que nos impingem a ideia de ter sido, «a reposição do espírito do 25 de Abri(!)». Naquela sinistra data, o Povo não festejou e houve um silêncio sepulcral. Muito, muito falta cumprir Abril. Apesar de termos liberdade de expressão escrita, ela é condicionada pela imprensa (não toda), já que não é publicada, porque desconforme à Linha Editorial, que se reclama de ''pluralista(!)''. Como disse? Ainda assim, valeu a pena a data mais gloriosa da nossa quase milenar História. Que viva Sempre o 25 de Abril!

25 DE ABRIL SEMPRE ! fascismo nunca mais.

 

25 DE ABRIL SEMPRE ! fascismo nunca mais.

 

MORREU UM CRISTÃO

Ao contrário de milhões deles que se dizem cristãos, Jorge Bergoglio, era. E ainda por cima, era Papa.

Não vou dar aqui muitos exemplos, que seriam quase infindáveis. Apenas dois. Um criticando "a economia que mata". Ou seja, o capitalismo, e outro que divide católicos e não católicos e que, sobretudo para isso, é alvo de tanta manipulação mediática e de tanta omissão, sobretudo, anterior a 2022, mas não só. A guerra na Ucrânia. Entre tantas outras verdades a propósito, disse ele que “A NATO estava a ladrar às portas da Rússia”. Para bom entendedor…

A exigência que se deve fazer à Igreja e aos cardeais que vão eleger o seu substituto, é que escolham outro cristão. E estejamos atentos a ele no decorrer das suas funções.

Adeus e
Parabéns, Papa Francisco, por teres sido uma referência moral neste mundo tão imundo.

Francisco Ramalho

Olhem à volta

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GANÂNCIAS

 

Procurai ser menos gananciosos

Que nada podeis levar deste mundo

Do que entesourardes fica cá tudo

Só irão convosco os pecados grossos.

 

Não exploreis o trabalho precário

Humilhação do homem pelo homem

Uns quantos fartos e muitos não comem

Por não lhes pagarem o necessário.

 

Não sujeiteis a mais subserviência

O que vos pede à porta alguma ajuda

Cedei-lhe alguma da vossa fartura

Fazendo um exame de consciência.

 

Na vossa riqueza há muita pobreza

De sentimentos mais humanitários

Para dar apoios comunitários

Aos fracos carentes de pão na mesa.

 

”Tive fome e não me deste o que comer

Tive sede e não me deste o que beber

Estava sem roupa e não me vestiste”;

 

-Lembrava o Nome Santo ao “piedoso”

Que fazendo alarde de ser bondoso

Ignora quem à sua volta existe...

 

Amândio G. Martins

 

 

 

NÃO MATARÁS

O título também podia ser; “Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei”. Não é verdade? Não estamos na Páscoa?

Pois bem, são dois mandamentos cristãos que estão a ser, que sempre foram, infringidos por tantos que se dizem cristãos. E agora, em massa, e de uma forma horrível, na terra onde o seu autor, Jesus Cristo, viveu e morreu. Morreu, também de uma forma horrível, acusado de blasfémia e de, segundo o governo de Pôncio Pilatos, se dizer rei dos judeus. Mas também, e sobretudo, por pregar o amor entre os homens. E isso não agradava nada nesse tempo. Nem nesse, nem neste! E o império de Roma, do qual fazia parte a Palestina, pátria de Jesus Cristo, através do seu representante, Pôncio Pilatos, condenou-o.

Hoje, o agora império, EUA, protege os que infringem os Seus mandamentos ao matarem, em massa, o povo Palestiniano e quem com ele, na prática, está solidário. O último exemplo, foi de novo, o bombardeamento pelo império, do Iémen. Causando mais 200 mortos. Porque os Hutis, do Iémen, cometem ações em solidariedade com os seus/nossos (não somos todos irmãos?) irmãos palestinianos.

O mesmo império, e os seus aliados/subordinados que apoiaram os autores da matança (15 mil), antes da invasão do Donbass pela Rússia, e que agora choram lágrimas de crocodilo pelo povo ucraniano que continua a ser dizimado porque não querem acabar com a guerra. Principalmente os aliados/subordinados europeus do império.

Vejam lá as malhas que os impérios tecem!

Como há 2000 anos, há que denunciá-los e chamar-lhes falsos cristãos.

O Papa Francisco, também já o fez em diversas ocasiões. Por exemplo, em Lesbos, em relação aos refugiados que tanto morrem no Mediterrâneo. Quando disse que a NATO estava a ladrar às portas da Rússia, ou quando condena a “economia que mata”. Ou seja, o capitalismo.

Tenham uma boa Páscoa. E não matem ninguém! Se não depois ficam com problemas de consciência. Coisa que os piolhosos que fazem as guerras e os que os apoiam, não têm. Não matem ninguém, nem a vocês! Na estrada, claro! Onde é que havia de ser?Que isto aqui,amigos virtuais ou reais, é tudo boa gente.

Boa Páscoa!

Francisco Ramalho

MURAL DE AZULEJOS «CUMPRIR» NO PORTO

 

Em 30.Março.2025 foi inaugurado no Porto, junto à estação de metro da Trindade, um mural colectivo de azulejos alusivo ao 25 de Abril de 1974. O segundo mural denominado CUMPRIR, oferecido pelo PCP, com a presença do seu secretário-geral Paulo Raimundo, depois de em Lisboa já ter acontecido idêntico acto em Outubro de 2024, junto à Estação do Rossio, na calçada do Carmo.

O mural é o resultado dum processo desenvolvido durante mais dum ano, com 736 azulejos alusivos aos valores do 25 de Abril, criados em dezenas de oficinas, em que os participantes exprimiram a sua opinião gráfica sobre o 25 de Abril.

A direcção artística do projecto foi de Miguel Januário, artista plástico e militante comunista. Os murais do Porto e Lisboa integram-se nas comemorações, no âmbito do PCP, dos 50 anos do 25 de Abril.

A PAZ É NECESSÁRIA PARA DEFENDER A HUMANIDADE DE TRAGÉDIAS !

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LUTAR PELA PAZ É IMPERIOSO !, na manifestação nacional da CGTP-IN.