sábado, 30 de março de 2024

Populistas, precisam-se


Entre todas as “explicações” para o estrondoso êxito eleitoral de André Ventura, importa destacar uma que me parece fundamental: o monopolismo que ele exerce sobre o mercado à sua disposição. Não que não existam muitos outros populistas, embora a maioria deles se acobertem, para já, no Chega. Valha a verdade, também, que o talento, a inteligência e a desfaçatez de Ventura, inegáveis, não se encontram por aí ao desbarato. Estou convencido, no entanto, de que, quando começarem a aparecer outros mentores intelectuais do vazio mental até aqui ocupado pelo Chega, a “chama” começará a esmaecer. Pode ser que, à falta de melhor, dentro do partido se encontrem “ideólogos” que se julguem pelo menos tão capazes como Ventura de pesquisar e arrebanhar as “pepitas de ouro” que se transformarão em chorudos votos em próximas eleições. Saiam da toca, desertem, e formem novos partidos populistas, vão à luta, que o vosso partido é que será o “autêntico”! E quanto mais depressa melhor, não se acanhem. 


Público - 31.03.2024

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