domingo, 31 de maio de 2015

" AS AGRESSÕES E O PAPEL DA POLÍCIA "

                                           " AS AGRESSÕES E O PAPEL DA POLÍCIA "  

Estou indignado !  
 Isto  porque  nada  justifica  que  alguém  à  sombra  da  farda  da  Polícia  de  Segurança  Pública, agrida  repetidamente  e  brutalmente  dois  cidadãos,  um dos  quais  idoso.
 Mais  grave  é  que,  alegadamente  um  dos  agressores,  seja  um  graduado  (oficial)  da  PSP,  que supostamente,  num  Estado de Direito,  deveria  estar  mais  que  preparado  para  lidar  com  quem  é  suposto  proteger.
 Sei  que  esta  brutal  agressão,  não  pode  levar-nos  a  concluir,  que  toda  a  polícia  procede  assim, mas,  será  que  as  crianças  (filhos  e  netos )  dos  agredidos  e  que  assistiram  apavorados  àquela barbaridade,  alguma  vez  serão  capaz  de  olhar  para  uma  farda  de polícia  sem  um  sentimento  de  repulsa ?


texto de Arlindo Costa, publicado no Diário de Notícias a 22 de Maio de 2015

Os jogos santa casa.


Há alguns meses fui premiado com duzentos euros numa lotaria popular.
Dirigi-me à loja onde comprei a lotaria para receber o premio, disseram-me que só podiam pagar prémios até ao montante de cento e cinquenta euros, para receber o prémio integral teria que dirigir-me à filial da santa casa da misericórdia de Lisboa na rua da restauração, Porto.
Propositadamente desloquei-me da Maia, onde resido, ao Porto.
Na loja da santa casa apresentei a lotaria premiada, novamente disseram-me que não podiam pagar, só através de transferência bancaria, respondi que sou pobre, como tal não possuo conta bancaria.
Pediram-me a identificação e outros dados pessoais, como telefone e email, novamente respondi que sou pobre, como tal não possuo telefone e email.
Debalde insisti que comunicassem-me por carta ou postal quando pudesse receber o cheque com o valor do prémio que vinha de Lisboa, relutante deixei o numero do telefone do meu vizinho, por favor.
Passados nove dias desloquei-me novamente ao Porto com o único propósito de receber o cheque.
Surpreso fiquei quando vi que o cheque só podia ser depositado, mais uma vez tive de pedir novo favor ao meu vizinho, depositou o cheque na sua conta bancaria e passados alguns dias deu-me o dinheiro.
Este comportamento dos jogos santa casa é indigno, imoral, revoltante, para comodidade da instituição uniformizarão procedimentos, independentemente da especificidade de cada um, perderam a sensibilidade o respeito pela maioria da população, que embora sendo pobre, de forma modesta é cliente dos jogos santa casa.
Uma coisa é certa, apesar de raramente jogar, depois desta humilhação, jamais o farei.


Com amizade.

Araujo.

SERRALVES, uma vez mais

Nos dois últimos dias do mês de maio, SERRALVES abriu de novo as suas portas, EM FESTA, durante 40 horas seguidas.

«Com a presença de centenas de artistas nacionais e internacionais vindos de todo o mundo. o Serralves em Festa é um dos maiores eventos da cultura contemporânea em Portugal e na Europa», conforme consta no seu programa, «integra propostas que ilustram a interação das artes visuais com as artes performativas, nas áreas disciplinares da Performance, Música, Dança Contemporânea, Teatro e Cinema, Arquitectura e Ecologia, apresentadas em estreita relação com as actividades desenvolvidas durante todo o ano no Museu e no Parque de Serralves».




As fotos referem-se: a Performance, O HOMEM DOS BALÕES, João Lizardo, que «tem apresentado o seu trabalho em museus, teatros, galerias e serviços educativos de várias instituições do país»; no Museu, Exposição, MONIKA SOSNOWSKA: ARQUITETONIZAÇÃO (Monika Sosnowska, é escultora polaca, nascida em 1972); o Teatro de Rua, VÁRIOS PALMOS DE ESTUPIDEZ, Projecto EZ; e num dos percursos do parque deparamos com o painel, sobre 2015 - ANO EUROPEU PARA O DESENVOLVIMENTO, que cita a Declaração Universal dos Direitos Humanos e Nelson Mandela! Lembrar faz bem, o problema é que não aplicam o que propagandeiam, a começar pelos responsáveis governamentais e da União Europeia.

sábado, 30 de maio de 2015

UMA NOTA DE APREÇO PARA O FINALISTA VENCIDO DA TAÇA DA LIGA, O MARÍTIMO


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Uma palavra de apreço e mais que justa e verdadeiramente merecedora, para a presença do Clube Sport Marítimo (Funchal), fundado a 20 de Setembro de 1910 (a poucos dias da Implantação da República de Portugal, que iria acontecer a 5 de Outubro de 1910), e que foi o brilhante finalista vencido desta 8ª. Edição da Taça da Liga, que junta assim, ao seu histórico palmarés, as conquistas de Campeão Nacional da II Divisão nas épocas de 1976/77 e 1981/82; Campeonato de Portugal, tendo sido campeão na época de 1926/26, e finalista vencido em duas edições da Taça de Portugal, nas épocas de 1994/95 e 2000/01, respectivamente.
Nesta sua presença, pela primeira vez nesta edição da Taça da Liga, somente foi batido pelo bicampeão nacional o SL Benfica por 2-1, (fortemente moralizado com a conquista da 1ªLiga da presente época), e que em pleno Estádio Cidade de Coimbra, perante uma assistência que rondou cerca de 28 mil espectadores, que com as cores tradicionais de ambos os clube, de um lado, o vermelho e branco, misturado com as cores maritimistas, o vermelho e verde, que deram ao espectáculo de ontem, cor e alegria a esta final, que acabou com o resultado final favorável ao Benfica por 2-1, vencendo com todo o mérito a sua sexta Taça da Liga.
Mas não podemos tirar igualmente brilhantismo ao grande vencido, o Marítimo, que desde do minuto 47, passou a jogar com apenas 10 jogadores, devido à expulsão de Raul Michel Melo da Silva, mais conhecido como Raul Silva, nascido em Belém (Brasil) a 04 de Novembro de 1989, depois do árbitro desta final Carlos Xistra (Castelo Branco), lhe ter mostrado o cartão amarelo por duas vezes. A partir daquele momento, todos os jogadores dobraram esforços com uma entrega total de toda a equipa do Marítimo, que foi toda ela de autênticos e verdadeiros “leões”, que proporcionou, com essa garra o golo que o empate, que aconteceu ao minuto 56, pelo pé afinado de João Diogo, que premiava o justíssimo esforço da equipa insular. A partir daquele momento pairou no pensamento do técnico Ivo Vieira, a possibilidade de a contenda se resolver através das grandes penalidades. Mas com a entrada do holandês Ola John, e com o seu golo a 10 minutos do final da partida, estava assim desfeito o sonho dos comandados de Ivo Vieira, que viram esfumar-se o enorme sonho de poderem levar o “caneco”, para a Pérola do Atlântico. Parabéns a ambos os clubes presentes nesta final, ao vencedor o Benfica e ao vencido o Marítimo. ~

(Texto-opinião, publicado na edição online, secção "Escrevem os Leitores" do Jornal RECORD   de 30 de Maio de 2015)
(Texto-opinião, publicado na edição Nrº. 45.563 do Diário de Notícias da Madeira de 02 de  Junho de 2015)

Mário da Silva Jesus

Estagias ou Trabalhas?

O mercado de trabalho em Portugal é considerado um case study único no mundo, porque uma vez lá inseridos fazemos tudo aquilo que não queríamos e para o que não estudamos. A experiência profissional adquirida em contexto de trabalhos de verão , são pouco relevantes para a exigência do mercado em si.
Há muitos anos atrás, a polivalencia e a sazonalidade laboral, eram vistos como pontos chave para os jovens que se iniciavam nesta "selva" empresarial onde atualmente estamos inseridos ; curiosamente, com o passar dos tempos e com a mudança de século, parece que a mentalidade regrediu, o que não deixa de ser curioso pois, essa mesma maneira de pensar devia ter tido um upgrade, acompanhando assim o pulo tecnológico que entretanto se verificou.
A maior parte do mercado de trabalho hoje em dia, está repleto, pejado, de estágios profissionais: ao que parece, o mercado laboral também é como a moda e dita as tendências numa determinada altura, num certo momento.
A taxa de desemprego real, é mascarada com a inserção destes jovens em programas de estágios, que muitas vezes ainda conseguem-se revestir de uma precariedade absoluta perante a incerteza relativa de contatos a termo.
Os recibos verdes, este autêntico "cancro" da sociedade do trabalho, vieram qual praga, para ficar e tão cedo parece que ninguém quer acabar com eles.
Aos jovens, que saem das universidades, são lhes "oferecidos" empregos  como forma de ganharem experiência muitas vezes em regime de estágio, onde eles fazem tudo menos trabalhar : e não é culpa deles. A culpa é de um sistema que favorece a mediocridade em detrimento do esforço e de um regime prestador de serviços,que visa favorecer os mais fortes grupos empresariais, que se vêem na iminência de, perante um trabalhador altamente qualificado, lhe proporcionar um estágio rico em conteúdo mas pobre em conceitos empresariais e em valores, éticos e morais.
Esta dicotomia, entre o estágio e o trabalho tem razão de ser, porque como cogumelos saltitantes, esta forma de subemprego, está a florescer por todo lado; e não é que seja mau mas o abuso relativamente a este facto já começa a ser enjoativo.
Há que redefinir o sistema laboral em Portugal para que os nossos jovens universitários e não só , vejam no estágio uma oportunidade para trabalhar e desenvolver as suas competências, e com isso ganhar uma bagagem laboral, que lhes permita dar seguimento ao longo da sua carreira profissional.
Este dilema do estagias ou trabalhas, tem de ser redefinida de molde a que o estágio seja considerado uma oportunidade de trabalho para os jovens e não uma oportunidade de exploração para certas empresas, que vêem neste tipo de fundamento empresarial , a solução para muitos dos seus problemas  a nível temporário.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

A choradeira de Cavaco Silva

Não posso deixar de dizer que Cavaco Silva com a sua " choradeira " ( sobre os seus rendimentos ) revelou uma enorme falta de sensibilidade e de solidariedade para com os mais pobres deste país, o que me indignou e deverá até indignar e envergonhar os portugueses que o elegeram.
De facto, a crise que atravessamos não  é só de carácter económico-financeiro , é também uma enorme crise de valores, tais como a honestidade intelectual, a ética, a solidariedade e a vergonha, valores cada vez mais raros de encontrar nesta sociedade absorvida pelo consumismo irracional e desumano.

Texto de Arlindo Costa, publicado na revista, Noticias Magazine em 5 de Setembro de 2012. (relembro-o aqui, porque acho ainda oportuno, lembrar este triste episódio.)

A liberdade de expressão

Qualquer democrata que se preze só pode repudiar qualquer lei que vise amordaçar a liberdade de expressão em período eleitoral ou não. Vem isto a propósito da tentativa de os partidos do chamado " arco da governação" (PS,PSD e CDS) aprovarem uma lei que nos levaria ao regresso do tristemente célebre lápis azul do tempo da outra senhora. Ora, o que estes partidos pretendiam com tal proposta de lei defendida por Inês de Medeiros (PS) Carlos Abreu Amorim (PSD) e Telmo Correia (CDS) era, ao fim e ao cabo, o controlo dos media em tempo de eleições e com isso limitar a liberdade de imprensa escrita e audiovisual.
Tudo isto foi uma vergonha. Quando estamos a comemorar os 41 anos do 25 de Abril, ocorre-me esta pergunta: Como é possível que este três partidos que nos têm governado, ao mesmo tempo que enchem a boca de democracia, direitos e liberdades, venham agora tentar de novo a lei da mordaça para os media ? O que isto teve de bom é que estes iluminados "democratas" tiveram de recuar com tal proposta. ( ...).

Texto de Arlindo Costa, (com a parte final, amputada) publicado no Diário de Noticias a 30 de Abril de 2015.

Louvor ao União

Louvor ao União

Joaquim A. Moura
Uma referência devemos desde aqui do Continente, para louvar e relevar a subida do União da Madeira, clube de futebol com simpatia e algum perfume, ao 1º escalão da Liga de Futebol de Portugal. O arquipélago da Madeira volta a ganhar maior expressão, e do Funchal não se falará mais só de flores, do seu vinho, broa de mel, da suas bananas, do “brinquinho”, Cruzeiros de luxo, ou da sua trovejante e luzidia festa de final de ano. É certo, que Alberto João continuará a andar por aí e por cá, e será sempre tema pois o homem e “ex-presidente ad eternum” é personagem permanentemente puxado para dentro de qualquer “carnaval” em que a ilha mergulhe. Mas aqui e agora neste espaço, importa enaltecer o feito de que foi capaz o União da Madeira, que volta ao convívio dos grandes clubes nacionais, com as dificuldades que as viagens obrigarão, pois quase sempre com um sentido e que terá de suportar desde o Funchal até ao Continente, sempre com a água sob os pés mas a moral no alto. Eles já têm acumulada experiência e hão de saber contornar esses altos voos, a par do rival Marítimo e a ajuda de todos, e ao que consta do Costinha a treinador. Parabéns União da Madeira.

DIA 29 DE MAIO - DIA MUNDIAL DA ENERGIA

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A 29 de Maio, assinala-se, todos os anos, o Dia Mundial da Energia. Este dia foi criado para sensibilizar as pessoas e os líderes mundiais para a necessidade de poupança de energia e para a promoção das energias renováveis, mais amigas do ambiente, em substituição das energias fósseis altamente poluentes e prejudicais para a própria Vida da Terra. 

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Os cofres cheios

Em Portugal, três milhões estão no limiar da pobreza, mas " o Estado está com os cofres cheios ". Em Portugal, cerca de 650 mil crianças estão em risco de pobreza, mas " o Estado está com os cofres cheios ". Em Portugal, o desemprego voltou a subir e a produção industrial continua a cair, mas " o Estado está com os cofres cheios ". Em Portugal, milhares dos portugueses que trabalham não ganham para ter uma vida digna, mas " o Estado está com os cofres cheios. " Em Portugal, encerram-se maternidades, hospitais, centros de saúde, atrasam-se cirurgias nos hospitais públicos por falta de meios humanos e materiais, mas "o Estado está com os cofres cheios ". Em Portugal cortam-se apoios aos mais fracos, entre os quais idosos, muitos já passam fome e/ou não têm dinheiro para comprar medicamentos,mas "o Estado está com os cofres cheios ". (...)

Texto de Arlindo De Jesus Costa, publicado no Diário de Notícias (embora lamentavelmente, amputado) a 7 de Maio de 2015 .

A DIFICÍLIMA PROVA DA CORRUPÇÃO!


Andamos aqui muito preocupados no nosso quintal lusitano, com a prisão preventiva de alguns (poucos) políticos indiciados por alegados actos de corrupção, mas devíamos antes conhecer o recente caso da corrupção de altos dirigentes da FIFA, para perceber melhor as dificuldades de provar tais actos. Vou apenas salientar uns factos já conhecidos e publicados nos mídia dos EUA. A corrupção começa em 1990, com a organização dos campeonatos mundiais de futebol. E só em finais de 2011, as autoridades dos EUA, ao acusar Chuck Blazer (S.G. da Confederação de Futebol da América do Norte) por fuga aos impostos, conseguiram que falasse sobre o problema de fundo, e por troca de uma pena mais leve, obter denúncias e provas do envolvimento de dezenas de dirigentes a nível mundial. Acrescente-se que o denunciante tem hoje 70 anos, e sofre de um cancro grave no cólon... Ora em Portugal, as nossas autoridades Judiciais não têm por hábito entrar neste tipo de acordos. Não que estejam proibidas por lei de o fazer, simplesmente não gostam. É caso para os cidadãos preocupados com o actual estado da corrupção em Portugal, questionarem o CSM se não tenciona inverter este comportamento dos Juízes. Nos EUA chama-se "plea bargain", e é tão popular que basta ver uma qualquer série americana na TV, para os conhecermos, de tão normais que são. Se com isto não conseguirmos ter um bocado de compreensão pelos Juízes do DCIAP, que contra toda a opinião pública e publicada persistem em tentar provar ilícitos, então é porque estamos mais a favor dos corruptos, dos que os que tentam julgá-los. Aliás, na minha modesta e talvez ignara opinião, nestes 41 anos de democracia, tem-se legislado mais a favor dos direitos, liberdades e garantias dos arguidos, do que a favor das suas vítimas.
OBS. Publicado no jornal "Público" na sua edição de 31/5/15.

Futuro da Segurança Social nas mãos do Povo

Um dos indicadores da imperfeição e da injustiça do sistema sócio-político em que vivemos, é a possível falência da Segurança Social(SS). Por isso, a atual ministra das Finanças, ameaçou com a redução do valor das pensões de reforma. Perante o generalizado protesto, outros elementos do Governo e até a própria ministra, recuaram no discurso. Mas não, na intenção! Porque enquanto não houver alteração do sistema, a ameaça pode concretizar-se. Os protestos da CGTP-IN e das forças políticas que a apoiam, são genuínos. Já o mesmo não se pode dizer do PS, porque este partido, tal como os que suportam o Governo; PSD E CDS, não preconizam alterações no sistema. Eles são os gestores deste sistema; o capitalismo. Mas, por razões eleitoralistas, o PS diz que não aceita a proposta do PSD e do CDS para, como dizem, solucionar este gravíssimo problema. Ou seja, reduzirem as pensões de reforma. Mesmo as mais miseráveis, que são a esmagadora maioria delas.

Para a possível falência da SS, contribuem dois fatores: a redução das receitas, e o aumento do numero de pensionistas. E tudo isto é consequência do elevadíssimo desemprego, da fuga de muitas empresas à sua contribuição para a SS, da precariedade, dos salários baixíssimos e do montante que as empresas devem descontar ser correspondente ao numero de trabalhadores que nelas laboram, e não aos lucros que auferem. Como se sabe, com as novas tecnologias, há empresas que apenas com meia dúzia de trabalhadores, têm lucros fabulosos.

Portanto, há que romper com todos estes bloqueios para que efetivamente a SS tenha futuro e possa contribuir para assegurar uma vida digna a quem a passou a trabalhar. Assim, é preciso renegociar a dívida, romper com o Pacto Social, reativar o aparelho produtivo nacional, tributar devidamente quem aufere grandes vencimentos e lucros, controlo e gestão rigorosa pelo Estado de setores vitais da nossa economia. Assim é possível baixar radicalmente o desemprego, aumentar salários e o PIB. Tudo isto é possível alterando significativamente a atual representação parlamentar , reforçando-a à esquerda do PS, nomeadamente, a força mais persistente e consequente; a CDU. Está nas mãos do povo.

Justiça d´um raio - parte 2

Ana Saltão, inspectora da PJ com formação jurídica, foi finalmente condenada "au ralenti", pelo Tribunal da Relação de Coimbra, a 17 anos de choldra talvez negociáveis, que respeitou as provas recolhidas, reanalizadas, apresentadas e irrefutáveis, que anteriormente não tiveram qualquer validade quando levada a juízo diante de outros mais comprometidos ou corporativos magistrados na 1ª Instância que consideraram não constituírem prova suficiente ou até não existirem provas, que a amaldiçoavam por ter matado a avó do seu marido do mesmo ofício, e por essa afinidade, a sua avó. Em 09 de setembro de 2014, já nós nos pronunciáramos sobre o nojento caso, mas por razões que nos ultrapassam, a minha intervenção recolheu-se no esgoto e não teve mérito de publicação. Mas o tempo não apagou os vestígios do crime que aquela agente policial levou a cabo, e eu revisito-o agora. O cheiro a pólvora por entre os dedos sobrepôs-se ao aroma da cebola refogada que lhe servira de desculpa por um ferimento apresentado como desculpa de uma queimadela na mão assassina e submetida a testes por ter usado uma pistola Glock com silenciador surripiada da secretária de uma colega ausente, com que silenciou a velhota cheia de "pataco" e preso a sete chaves, e até o blusão que apresentou indícios fortes de pólvora não bastaram na altura para a incriminar, e os juízes benévolos quando entendem sê-lo, para com a "família", aplicaram o latim "in dubio pro reo" e com tal martelo sentenciador nos puseram a falar chinês ou grego com cara de parvos. Mas, como dizem os brasileiros e árabes - Deus é grande- a condenação que agora marcou a sentença e repõe verdade, asseguram-nos que ainda há Ministério Público actuante, e que não consente sempre a impunidade com que alguns se acham com direito, mesmo que infelizmente não seja suficiente a sua acção para os afastar de vez estes implicados em crime grave e sem perdão, do exercício da função que insistem exercer, amparados, pois quase sempre continuam ao serviço por detrás de um biombo feito de sombras duras, até que tudo seja esquecido pela populaça.

*-(publicado no "PÚBLICO)




quarta-feira, 27 de maio de 2015

Com a comercialização de combustíveis não aditivados


Com a entrada da comercialização de combustíveis não aditivados, as gasolineiras - perante um poder governativo completamente amorfo e inoperante no que toca à defesa dos cidadãos que representa, - mais não fizeram do que venderem ‘gato por lebre’ aos indefesos consumidores, que passaram a pagar muito mais por menos qualidade energética de octanas adquiridas, quando o preço do barril na origem está mais que estabilizado para baixo.
Assim, se em ‘terra de cegos quem tem um olho é rei’, nós, além de cegos, somos pobres de tudo, mas que não invalida estarmos a sustentar um governo inválido, e enriquecendo empresas parasitas.


José Amaral

Estarão todos os quadrantes políticos contra a redução de pensões?


Acabei de ler o seguinte título jornalístico que diz ‘PS contra redução de pensões/reformas’.
Todavia, estou ciente de que todos os partidos estão contra tal redução na generalidade, não fazendo qualquer distinção na especialidade, porque a todos convém.
Se não vejamos: como é possível meter no mesmo sistema retributivo quem teve uma penosa vida contributiva ao longo de décadas de vida laboral activa e aqueles a quem foram atribuídas altas pensões ao fim de meia dúzia de anos, ou ainda aquelas imorais e criminosas reformas outorgadas aos tubarões que têm dizimado o nosso saqueado país, política esta que não passa de uma filantropia reacionária de todos os governos do maldito arco da governação?
Assim, para haver uma perene sustentabilidade do Serviço Nacional de Pensões, acabe-se com todos estes consentidos roubos, bem como se estabeleça de imediato um tecto para todas as pensões de reforma a pagar em todo o território nacional, tal como, sejam abolidas aquelas que foram concedidas ilicitamente a quem não as merecia.
Deste modo, só nos resta esperar para vermos o que tais ‘honestos’ partidos – defensores do nosso povo – têm para nos dizer acerca desta malfadada matéria.


José Amaral

Notícias do dia-a-dia


Acabei de ler de que ‘maçonaria, opus dei e partidos políticos minam o Hospital de Santa Maria’ – o maior hospital do país.
Afinal, o que isto quer dizer?
Quer dizer que a dita e apetecida unidade hospitalar ‘está minada por uma teia de interesses e lealdades a partidos políticos, à maçonaria e organizações católicas’, bem como, refere ainda a notícia, ‘continua atravessada por fortes conflitos de interesses e actos nas zonas cinzentas ou silenciadas que se configuram como corrupção’.
Tudo isto – continua a notícia – é referido no estudo ‘Valores, qualidade institucional e desenvolvimento em Portugal, encomendado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos’.

E, mudando de tema, pergunto aos meus concidadãos, se ontem, 26/5, ouviram ou de outro modo souberam quais foram os lucros da Ryanair em 2014? Foram, nem mais nem menos, 867 milhões de euros!
Pensemos, pois, na ‘nossa' TAP, que cada dia que passa se enterra mais.

José Amaral


País evoluído…quem? nós?


Num país evoluído, a sociedade (leia-se família e Estado) forma os seus jovens com vista a ocuparem os lugares para os quais foram preparados.
Um país evoluído não gasta recursos para colocar jovens com formação superior atrás dum balcão regateando um salário mínimo.
Um país evoluído, sob o apanágio da democracia não precisa espaldar os políticos de forma tão ostensiva, desviando os recursos necessários à sociedade civil e à ordem pública.
Num país evoluído, do Séc. XXI deveria ser inteligível que quando se trata o corpo dum viciado, deveria também tratar-se-lhe a alma, porque esta sim, está muito doente.
Portanto, assassinos não são apenas os que espetam facas no coração dos filhos, mas também aqueles que desviando verbas do essencial para o supérfluo, põem em causa o trabalho social de tantos que tentam fazer o impossível com as migalhas que sobram da mesa dos senhores.
Por onde andam os psicólogos que todos os anos saem para o mercado do trabalho?

Provavelmente atrás dum balcão a regatear um salário mínimo...

terça-feira, 26 de maio de 2015

A excepção na vocação privatizadora do governo

Um acontecimento inédito, nos tempos que correm, foi a nacionalização pelo governo PSD/CDS do Europarque, em Vila da Feira. O Europarque foi construído em 1995, pertencia à AEP (Associação Empresarial de Portugal) e foi um projecto de expansão da Exponor (Matosinhos).

A AEP recorreu a um empréstimo bancário em 1995, equivalente a 35 milhões de euros, tendo como fiador o Estado, através do governo do PSD/Cavaco Silva.

16 anos depois (em 2011), a AEP informou que não tinha dinheiro para pagar e a banca executou o aval do Estado. O actual governo teve que pagar à banca e ficou com o Europarque, que foi cedido recentemente, para gestão da Câmara Municipal de Vila da Feira, por um período de 50 anos. Segundo o presidente da autarquia (PSD), os custos de manutenção serão de cerca de 400 mil euros por ano.


Moral dos factos: falhou a badalada superioridade da gestão privada duma importante associação empresarial (AEP); e o governo PSD/CDS nacionalizou o Europarque, contrariando a sua vocação privatizadora.     

Reconhecimento por serviços prestados

Imaginemos que precisamos recorrer à urgência de um hospital. Em  geral são situações aflitivas. Geralmente o que fazemos? - ao invés de  esperarmos a nossa vez de sermos atendidos, acreditando que os  serviços percebem a nossa urgência, recorremos aos nossos  conhecimentos naquela área de forma a sermos mais prontamente atendidos.
A isto chama-se o quê?

Imaginemos que recebemos em casa um daqueles bilhetinhos das finanças  que nos põe os cabelos em pé. No meio da aflição pensamos de imediato  naquele tipo que conhecemos na repartição de finanças e lá vamos nós  “chapéuzinho” na mão, pedir ajuda para resolver tão "grave" problema.  Aí, o funcionário, no cumprimento das suas obrigações profissionais  esclarece a assunto e orienta a forma de o resolver. Aliviados e  gratos pela solução encontrada, pensamos em agradecer e muitas vezes é  na forma de uma lembrança que se leva a casa.
A isto chama-se o quê?

Quando na escola, os filhos não têm os resultados desejados, nós os  pais vamos ter com os professores dar aquela "palavrinha" necessária ao  bom andamento da “coisa” e pouco antes do final do ano levamos uma  lembrança, um ramo de flores, etc.
A isto chama-se o quê?

Agora imaginemos que temos uma empresa em início de actividade.  Precisamos de ganhar o pão. O 1º passo será encontrar entre as nossas  relações aqueles que nos poderão “orientar” para que a nossa empresa  progrida rapidamente, pagando nós generosamente o "empurrão".
A isto chama-se o quê?

A isto chamo reconhecimento por serviços prestados. Por que inventaram  que é tráfico de influências? - O povo está louco!!!
Se nós passamos a vida inteira a recorrer a estes hábitos  naturalmente e sem culpas, por que criticar então aqueles que com  grande poder, fazem também grandes favores e se fazem pagar e bem,  por esses serviços prestados.

Porquê tanto alarido com uma simples vaga de gripe, se na nossa sociedade grassa há  séculos uma pandemia chamada tráfico de influências e para a qual  ninguém está interessado em encontrar vacina.
Afinal é só "botar" o preço que cada homem tem o seu!


Novo assalto em mente


Numa converseta com jovens apaniguados, à ‘cândida’ Maria Luís Albuquerque, ‘fugiu-lhe a boca para a verdade’, ao afrontar os reformados e pensionistas de novo roubo nos seus proventos de fim de vida.
Mas logo, o ’antigo motinha’ veio dizer que não. Que não era bem assim. E, de cima da sua cadeira ministerial – Pedro Mota Soares –, acha que ainda não é para já.
Enquanto isto, noutra verborreia ocasional – Marco António Costa, vice-presidente da sua turma política, apodado de ‘alpinista’ por antigos amigos de confiança, disse com toda a ‘pompa e circunstância’, tal como vulgar trampolineiro enganando incautos, de que os políticos devem ser diariamente escrutinados. E por quem?
Esta cambada já não tem vergonha de nada que diz ou faça.


José Amaral

Não vale a pena

Não vale a pena. Não vale a pena votar. Não vale a pena ler regulamentos. Não vale a pena ler contratos. Não vale a pena saber dos direitos do trabalhador. Não vale a pena ler jornais. Não vale a pena ler livros. Não vale a pena ler. Não vale a pena estudar. Não vale a pena tirar um curso. Não vale a pena uma especialização. Não vale a pena trabalhar. Não vale a pena ser honesto. Não vale a pena enfrentar os problemas. Não vale a pena conhecer os políticos. Não vale a pena reclamar. Não vale a pena fazer descontos para a Segurança Social. Não vale a pena ter direitos. Não vale a pena ter um contrato de trabalho. Não vale a pena confiar no patrão. Não vale a pena confiar nos políticos. Não vale a pena usar os serviços públicos. Não vale a pena confiar nos funcionários públicos. Não vale a pena confiar na sociedade. Não vale a pena acreditar na honestidade. Não vale a pena saber quem foi o responsável a levar o país perto da bancarrota. Não vale a pena saber quem é que foi o responsável pela falência de alguns bancos nacionais… Para o português há muito pouco que vale a pena saber, fazer ou responsabilizar.
E assim vive uma sociedade onde vale mais a palavra do vizinho do a dos principais responsáveis. Viva a Portugal. Viva ao português.

Obrigado, Lisboa!

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Lisboa 2.jpg 
Lisboa não quis ficar atrás de Viseu e o salão nobre da Ordem dos Advogados encheu-se para assistir à apresentação do meu livro "A Terra de Ninguém".
Agradeço ao Exmo. Senhor Juiz Conselheiro Abrantes Geraldes e à Exma. Senhora Bastonária as suas intervenções, muito marcadas pela grande amizade que nos une, tendo a sua presença muito contribuído para o sucesso desta iniciativa.
Em todo o caso, a minha maior dívida de gratidão vai para todos os amigos que sacrificaram as suas vidas para estarem presentes e, sobretudo, para o grande número de pessoas que eu não conhecia e que passaram a ser minhas amigas do coração.

PARABÉNS AO C.D.TONDELA, CAMPEÃO DA 2º. LIGA E AO PROMOVIDO E REGRESSADO UNIÃO DA MADEIRA

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Com a realização dos jogos da jornada número 46, (talvez um campeonato composto por muitas equipas e tornando-se “quiçá” longo demais, com muitas deslocações e demasiados gastos para a maioria dos clubes…mas…mas, quem sabe, sabe), caindo assim o pano sobre o cenário desta 2ª.Liga Portuguesa, época de 2014/15, e que teve como justo vencedor e campeão desta mesma liga, (com um empate conseguido frente ao Freamunde (1-1), em horas extraordinárias, isto é ao minuto 90+4), o Clube Desportivo de Tondela, do distrito de Viseu, clube fundado em 06 de Junho de 1933, que teve nesta 2ª.Liga a sua terceira participação, sendo como tal um debutante na próxima época de 2015/16, e como tal, fazendo a sua estreia no escalão máxima do futebol, sendo assim o septuagésimo primeiro clube, a participar na 1ª.Liga Portuguesa de Futebol Profissional. Que seja bem-vindo, para bem do futebol do interior do País.
Igualmente é bem-vindo e está igualmente de parabéns, é o Clube Futebol União, mais conhecido no mundo do desporto, também por União da Madeira, clube localizado na cidade do Funchal na Região Autónoma da Madeira, que foi fundado a 01 de Novembro de 1913, que passados 20 anos volta ao convívio dos grandes, depois de 11 presenças no escalão secundário, e após a vitória conseguida ontem em Lisboa frente ao Clube Oriental de Lisboa, no Campo Engº. Carlos Salema por 3-0, garantiu assim o 2º. Lugar desta 2ª.Liga, e o direito próprio de na próxima época a estar presente, e no convívio dos grandes do futebol português. Depois de ter estado presente por 5 vezes a disputar o escalão maior nas épocas de 1989/90 onde foi 16º; 1990/91, tendo sido 12º; 1991/92 foi 18º tendo nesta época descido ao escalão secundário, voltando na época de 1993/94, sendo 12º e finalmente na época de 1994/95 foi 16º tendo de novo descido. Nas 5 épocas realizou no escalão maior 174 jogos. Volta ao convívio dos “grandes” do futebol português e com todo o mérito passados longos 20 anos, juntando-se assim aos seus vizinhos da Pérola do Atlântico, aos representantes daquela linda Ilha da Madeira, o Marítimo e Nacional. Para finalizar e a título de curiosidade os três emblemas da Madeira já se juntaram nas épocas de 1989/90 e 1990/91.  


(Texto-opinião, publicado na edição online, secção "Escrevem os Leitores" do Jornal RECORD   de 26 de Maio de 2015)
(Texto-opinião, publicado na edição Nrº. 45.558 do Diário de Notícias da Madeira de 28 de    Maio de 2015)


Mário da Silva Jesus

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Até quando?


Até quando se vão matar mulheres como animais?
Até quando esta mentalidade de homem das cavernas do homem português?
Refere-se os países do oriente sobre o comportamento repressivo contra as mulheres. Qual a diferença?
A justiça que deveria funcionar como dissuasora destes comportamentos com penas severas e de preferência mais originais, trata os crimes de morte com a naturalidade de qualquer outro crime.
Quando se entrega um papel à vítima para impedir que o agressor se aproxime dela espera-se o quê: que ela lhe atire o papel se for atacada?
Gasta-se tanto dinheiro dos nossos impostos para guardar as costas dos políticos contra o arremesso de tomates (que eventualmente não têm) e para proteger uma mulher da morte dá-se-lhe um papel e uma palmadinha nas costas, como quem diz: desenrasca-se!
Mais ainda: quando a vitima tem a sorte de ir pelo seu pé diante do juiz, quantas fica implícito nas entrelinhas da sentença uma chamada de atenção, em que esta deveria ter evitado a agressividade da besta, como se defender-nos  dum assassino não fosse um direito!
Infelizmente ainda vivemos num tempo retrógrado em que matar é lavar a honra e o homem ainda é o chefe de família, mesmo que este apenas e só vista calças!
A APAV faz muito pelas vítimas de agressão doméstica mas para as proteger tem de escondê-las quase atrás de grades, enquanto o agressor fica livre para perseguir e caçar a vítima na primeira oportunidade.


Os meus heróis


No imaginário de cada um vivem heróis, anti-heróis e afins…
São muitos os heróis da maioria das pessoas, figuras políticas, religiosas, actores, atletas, etc., todos enfim que deixam a sua marca na história pelo lado positivo. Os anti-heróis, logicamente, são todos os outros que pela ordem inversa deixam a sua marca negativa na memória das pessoas.
No meu imaginário também habitam os heróis, os anti-heróis e… os outros…
Só que no meu imaginário, os meus heróis, em geral são pessoas anónimas que tem uma grandeza de vida enorme.
Ainda há pouco num espaço comercial acho que me cruzei com um desses heróis.
Um homem acompanhava um jovem invisual (apenas o identifiquei pela bengala habitual); Pararam junto dum balcão de refeições dos muitos espalhados pelo país e que tanto os jovens apreciam. O pai, segundo me pareceu, lia em voz alta a oferta gastronómica, enquanto o jovem ouvia e aparentemente escolhia.
A naturalidade que se atinge nestas situações. A cumplicidade aparente entre pai e filho são para mim um acto de grande heroísmo. Porque há uma batalha a travar todos os dias pela igualdade, pela garantia de futuro dos menos favorecidos fisicamente, sabendo que a nossa sociedade discrimina, estigmatiza, tanto os diferentes como a família mais próxima.
Herói para mim não é a alta individualidade política, os altos dignitários da igreja ou os personagens que povoam de uma forma ou de outra as colunas sociais; Todos esses recebem sempre mais do que alguma vez darão.
Os meus heróis são as pessoas anónimas, que fazem questão de o ser e que estão na linha da frente da necessidade. Atentos à fome, à dor, na luta contra a desigualdade social.
Os meus heróis são os chefes de família, mulheres ou homens que lutam todos os dias para andar de cabeça levantada e cara lavada. Para dar aos seus as oportunidade que mais ninguém dará. Homens ou mulheres que levam cruzes tão pesadas, que nenhuma paga humana algum dia liquidará. Gente que carrega as doenças, suas e dos seus, arrastando-se pelos hospitais, escorraçados tantas vezes, maltratados outras tantas e mesmo assim ainda lhes sobra coragem para investir de novo á procura de soluções, atrás de um fio de esperança.
São todos aqueles que vigiam se o vizinho tem fome, se está doente.
São todos quantos tem coragem de dar a mão ao ser humano que morre só numa cama de hospital.

Esses sim, para mim têm nome de heróis. São os que nunca serão homenageados, agraciados, reconhecidos. Que nunca terão pagas, nem reformas milionárias. Que muitas vezes recebem até a ingratidão de muitos dos que ajudam. Enfim, esses são os meus heróis que vivem num mundo ao contrário e que só podem receber algum reconhecimento num mundo espiritual se nisso acreditarem.