quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

 

UM TRISTE EXEMPLO


Quem é que desconhece que o desenvolvimento da ciência, seja em que domínio for, é o principal impulsionador do desenvolvimento de qualquer país e do mundo? Supomos que ninguém, mesmo quem tem constituído, Como se costuma dizer, “os sucessivos Governos” que, na realidade, são só dois; PS ou PSD com ou sem companhia. Portanto, a pertinente pergunta que se põe e que deixo aos amigos e amigas que lerem isto, é a seguinte: sendo assim, porque carga de água, porque mesquinhos interesses, os sucessivos Governos Rosa ou Laranja, tratam tão mal também os trabalhadores deste fundamental setor?

Aqui vai um exemplo divulgado pela pena de Gustavo Carneiro na edição de hoje do jornal Avante! E que pode ser replicado por centenas.

Nuno Peixinho, é um reputado cientista, um homem da astrofísica, que, para seu orgulho e de todos nós, seus compatriotas, viu o seu nome ficar eternizado ao batizar um asteróide (Peixinho) do Sol com 10 quilómetros de diâmetro que ele descobriu quando trabalhava(com contrato a prazo) no Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço da Universidade de Coimbra. Já tinha também trabalhado no Observador Astronómico de Antofagasta no Chile.

Pois bem, apesar de todas as credenciais, nomeadamente esta que o distinguiu entre os seu pares, a nível mundial, acabou o contrato, foi para o desemprego. Constando agora, na lista do Centro de Emprego de Coimbra.

Com ironia, Nuno Peixinho, comentou que em Portugal é mais fácil ter o nome num asteróide do que um contrato de trabalho permanente.

Portanto, mais uma vítima da precariedade e do desinvestimento dos tais sucessivos Governos que são só dois.

E depois, como o Montenegro há dias ou o Costa há um ano, falam em desenvolvimento, em justiça social. etc. etc. etc.

Uma tristeza!

Uma tristeza que urge este povo pôr cobro quanto antes.

Francisco Ramalho



quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

É bom que sofra

 

Numa pouco ortodoxa forma de começar o ano, vou dar satisfação ao meu lado mauzinho para dizer que me tenho regozijado com as derrotas de Rúben Amorim, de quem a massa sedenta de vitórias do clube para onde foi esperava milagres e anda a ficar desiludida, porque milagres são raros, ou não existem mesmo, a menos que tivessem comprado também meia equipa do Sporting, para poderem ver alguma melhoria; e fiquei espantado que, não sendo o Amorim burro de todo, tenha caído na esparrela do ultimato que os ingleses lhe terão feito, de que ou era naquele momento ou nunca.

 

De facto, só uma irracional ganância lhe pode ter ofuscado a inteligência, ao ponto de acreditar que tinha ali uma oportunidade de ouro única, quando qualquer análise, mesmo superficial, de quem percebesse da poda, lhe demonstraria que ganharia muito mais em cumprir com o Sporting o contrato, com grande possibilidade de repetir a vitória no campeonato português e aumentar o seu prestígio como treinador cumpridor e vitorioso, com a porta daquele famoso clube para onde foi, ou de outro semelhante, sempre aberta, porque a profissão de treinador de futebol tem uma grande rotatividade por todo o lado...

 

Amândio G. Martins