quinta-feira, 29 de junho de 2023

Só se fosse para um sítio melhor

 

Portugal vai mudar, diz o líder da Oposição no seu mais recente cartaz – parece que já vai no quarto ou quinto desde que é líder da sua gente -  colocado na rotunda do tribunal da minha terra, Ponte de Lima; e é verdade que, embora sendo impossível, o nosso país precisava mesmo de mudar para um lugar melhor, porque estamos numa zona do globo ameaçada pela desertificação e continuamos a ver as celuloses a promover descomunais plantações de eucaliptos, como no recente inverno vi fazer aqui na vizinha freguesia de Fornelos, a poucos passos da minha casa, quando eu cheguei a pensar, pela forma como arrotearam o terreno, que estaria destinado a um vinhedo, dada a sua orografia e óptima exposição solar.

 

Mas com as celuloses a dominar uma grande fatia das nossas florestas, e os proprietários pouco ou nada sensibilizados para as questões ambientais, apesar de se queixarem constantemente da escassez de água nos regadios, já sabemos o que a casa gasta; mas não deixa de me revoltar ver tanta gente que, sendo ainda jovem, com obrigação de dar mais atenção à preservação do ambiente na sua terra, entregam as suas propriedades rústicas a uma exploração tão insana.

 

Costumo argumentar com eles, muitos deles ex-emigrantes em países europeus evoluídos, com o que todos vemos nas televisões, quando assistimos às etapas duma volta à França, por exemplo, questionando-os quantos eucaliptais, ou sequer um eucalipto, conseguem ver, com alguns “inocentes” a responder-me que os eucaliptos não se dão bem nessas terras, retorquindo-lhes eu que não é por isso, que essa invasora se dá bem em todo o lado, mas porque os povos evoluídos respeitam as suas terras...

 

Amândio G. Martins

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