quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Era só um raminho de salsa

 

Efeito Homenyuk...

 

 

Apanhado a conduzir bêbado como um casco dos antigos, um imigrante ucraniano, a quem a polícia aplicou as regras em vigor, decidiu acusar os agentes de o terem agredido selvaticamente na esquadra, negando ter sido interceptado alcoolizado ao volante, tudo invenção da polícia; certamente lembrando aquele outro inqualificável e dramático episódio que vitimou um seu compatriota, este Valery Polosenko deve ter pensado em “habilitar-se” a uma choruda indemnização, mentindo descaradamente, porque bem depressa as autoridades puderam visionar em vídeo as reais cenas que provocaram a sua detenção, que desmentiam que não tivesse sido encontrado a caír de bêbado a conduzir a sua carripana, de noite e sem luzes.

 

 

Nota -  A cena ter-se-á passado num convento de homens, mas não recordo agora se me foi contada ao vivo ou a li algures: a principal refeição do dia constava apenas de arroz cozido em água e sal, nada semelhante àqueles conventos onde frades e freiras eram todos bem vermelhos e anafados, dado passarem o tempo todo a inventar novas iguarias com os produtos vegetais e animais colhidos nas quintas que exploravam; no caso em apreço, em que as regras da Ordem eram muito severas, limitavam-se a rezar e comer à hora certa aquele arrozinho deslavado; todavia, ao domingo era-lhes concedido o prazer de um raminho de salsa a enfeitar o arroz, mas que eles deixavam na borda do prato.

 

À força de verificar a inutilidade daquele extra no prato do arroz, o superior deu ordem ao cozinheiro para deixar de colocar a salsa nos pratos; só que logo da primeira vez que a ordem foi cumprida, os frades revoltaram-se, porque aquilo era a única regalia que ali lhes era dada e lhes fazia distinguir o domingo dos outros dias, deixando tudo no prato, numa espécie de “greve de fome”, argumentando que se até o raminho de salsa aos domingos lhes era agora negado, o que não seriam capazes de lhes tirar em seguida.

 

Vem esta lengalenga a propósito das alterações que a “mecânica” do nosso blog tem sofrido, sem que ao utilizador seja dada qualquer informação: ainda há pouco tempo tinha havido mexidas, em consequência das quais deixei de poder colocar alguma foto no lugar que me parecia melhor; agora, pura e simplesmente desapareceu o “lápis” corrector que cada um tinha no fundo do seu texto, que dava muito jeito quando se verificava que alguma coisa estava errada, podendo corrigir-se; ora isto significa que um escrito que aqui entre, a partir de agora, é “alma que cai no inferno”, não se podendo fazer nada por ela; como escrevo de manhã cedo, não tenho corrector ortográfico e tenho pouco tempo para analisar atentamente se o que escrevi leva “gatos”, sempre que numa leitura posterior os detectava podia tirá-los, do que passei a estar impedido, o que me deixa pouco animado...

 

 

Amândio G. Martins

2 comentários:

  1. Meu caro Amândio Martins,
    Compreendo o seu desabafo e desânimo. Não posso, contudo, pôr-lhes cobro, pelas razões que vou tentar explicitar.
    As mudanças que têm sido feitas no blogue não advêm de qualquer intervenção humana, pelo menos da nossa parte. Reconheço – e não é a primeira vez que aqui o faço – que as minhas habilidades informáticas tendem para zero. Por outro lado, que eu saiba, nem sequer há um interlocutor perante o qual possamos colocar as nossas dificuldades ou dúvidas. É tudo automático.
    Em tempos, tivemos um administrador que, esse sim, percebia da poda. Infelizmente, por razões que agora não vêm ao caso, saiu do blogue. Resta-me a esperança de que ele nos leia aqui e, perante a nossa comum “infelicidade”, entenda vir-nos dar uma “mãozinha”, mais que não seja nesta área do saber electrónico, se bem que eu muito gostaria de contar com ele para colaborar com a graça com que o fazia.
    Quanto à colocação de fotos, penso que não é problema inultrapassável. Será preciso, talvez, alguma paciência e tempo para procurar soluções dentro do blogue, pois acredito que elas estarão por lá. Que o diga o Ernesto Silva, que também teve dificuldades, tendo acabado por ultrapassá-las.
    Quanto à falta do corrector ortográfico (confesso que não dei pela falta dele, porque costumo escrever no Word e, depois, faço o copy-paste), desculpe a graça (sem graça) de lhe dizer que o devemos entender como um incentivo à nossa capacidade de revisão e, até, à prática sem rede. Será quase como tirar as rodinhas de apoio das bicicletas infantis, para dar confiança (e susto) às crianças. É só vantagens…
    Mas olhe que está enganado quanto à impossibilidade de reverter algo do que foi escrito e publicado. Não que seja bonito ir alterar textos depois de publicados (isto encerra muitos perigos…), sem qualquer aviso. Mas é possível. Basta que, na listagem das mensagens publicadas, clique sobre a inicial do título do post que publicou e fica imediatamente com acesso à edição do mesmo.
    Boa sorte!

    ResponderEliminar
  2. Obrigado pelas explicações, mas eu também percebi que as alterações estarão noutro local; e quanto a corrigir algum erro que à posteriori seja detectado, para o qual era bem útil o tal "lápis", não é que seja bonito nem feio, é apenas corrigir a falha. Quando de manhã cedo preparo os meus textos tenho pouco tempo para rever o que foi escrito, porque preciso de saír e, em tais circunstâncias, quanto mais se olha, menos se vê, acontecendo con frequência ficarem alguns gatos por ali a miar...

    ResponderEliminar

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.