A Voz da Girafa

Este blogue foi criado em Janeiro de 2013, com o objectivo de reunir o maior número possível de leitores-escritores de cartas para jornais (cidadãos que enviam as suas cartas para os diferentes Espaços do Leitor). Ao visitante deste blogue, ainda não credenciado, que pretenda publicar aqui os seus textos, convidamo-lo a manifestar essa vontade em e-mail para: rodriguess.vozdagirafa@gmail.com. A resposta será rápida.

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

EDUCAÇÃO e SAÚDE: onde estão as admissões anunciadas?





Em Setembro de 2017, o Ministro da Educação, do anterior e do actual governo/PS, anunciou a contratação de mais 1500 auxiliares de educação para as escolas. Perante os protestos e constatações, quase diários, da falta desses funcionários, exigir-se-ia que o ministério informasse claramente, onde e quando, esses 1500 auxiliares de educação foram colocados.

Mais recentemente (Agosto/2019), a Ministra da Saúde, do anterior e actual governo/PS, anunciou a contratação de mais 1442 profissionais para hospitais (152 enfermeiros, 162 assistentes técnicos, 710 assistentes operacionais). São conhecidas as carências de pessoal no Serviço Nacional de Saúde, pelo que também o ministério deveria informar quantos e onde já foram colocados.

Para que estes anúncios não se transformem em propaganda, para deitar água na fervura do descontentamento, os deputados e a comunicação social, deviam confrontar os responsáveis governamentais com o cumprimento dos compromissos que anunciam e assumem. E também com saídas que entretanto se verifiquem, porque se entrarem dez, mas saírem outros dez, a situação de insuficiência não se altera.

Publicada por Ernesto Silva à(s) 17:09 1 comentário:
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Etiquetas: educação, saúde

Homenagem a Manuel Alegre

- A "Escritaria" em Penafiel, homenageou o Poeta, e com ele estive à conversa enquanto autografava o meu "O Canto e as armas" de 1967, ano de 1ªedição, clandestino, entre outros. Falei- lhe da estória do livro e de como ele me chegou às mãos, num tempo em que ele experimentou o frio das grades da cela, da "escuridão, com sombras pelo meio a espreitar-nos. Falamos de um lugar comum e de guerra além-mar - Nambuangongo. Eu fui apanhado na fila atrás dele. "Vejam bem"...
Publicada por mouraria-mouraria à(s) 17:06 Sem comentários:
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O ADN de Abu Bakr al-Baghdadi

- Segundo Trump, ainda presidente dos E.U, o líder do Daesh, morreu como um cão e com colete envergado, ineficaz, talvez do tipo gola lusa para combate ao fogo florestal por cá. Diz Trump, que o religioso de má fé, al-Baghdadi, se portou como um cobarde e se fez explodir acompanhado. Reforça o discurso, insinuando que apresentará em breve ao mundo, vídeo comprovativo, e dos resultados recolhidos a partir do ADN do líder islâmico. Não devia ser tarefa fácil extrair o ADN, pois a peça de vestuário conseguida por um curdo colaborador, era umas cuecas usadas. Ora tendo em conta a versão oficial do presidente Trump, de que o guerrilheiro fugiu e se escondeu como um medricas, imaginamos o estado em que as cuecas se encontravam, uma vez que o Abu Bakr se borrou de medo, quando se viu apertado pelas Forças dos EUA. Eu imagino o pivete que naquela guerra vai, para além do cheiro a pólvora. Com Trump no poder e ao comando do mundo, é de acreditar na sua versão do ataque surpresa e vitorioso, mesmo sem imagens que o confirmem. Porém, sabemos que a "trumpa" não estancará tão cedo, e o cheiro espalhará-se-à por todos os recantos já empastados de ira;

-*(in SÁBADO-07-11)
Publicada por mouraria-mouraria à(s) 09:00 Sem comentários:
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“Semelhante peste nunca vi”!...


...Dizia à reportagem JN uma idosa da aldeia de Sistelo, Arcos de Valdevez, perante a “invasão” de turistas a que a sua terra natal vem assitindo, depois de ter ganho o concurso “7 Maravilhas de Portugal”; e eu compreendo que, num espaço não muito grande, onde toda a gente se conhece pelo nome, encontrarem-se de repente nas ruas com montes de gente estranha a toda a hora, disparando sem “licença” as máquinas fotográficas, não seja muito agradável, sobretudo para os mais antigos, como a senhora de 85 anos que disse não gostar nada de fotografias.

Com cerca de trezentos habitantes, a maioria  envelhecidos, com só dois nascimentos nos últimos dez anos e casas abandonadas, fica claro que, apesar das suas belezas naturais, Sistelo não tardaria a juntar-se a tantas outras aldeias sem gente por esse país fora, não fôra a recente promoção e aproveitamento das características que, como diz o presidente da Junta de Freguesia, pode ser exemplo para o país de como combater a desertificação.

É que não é retirando às populações do interior os poucos serviços públicos de que ainda beneficiavam, mas sabendo tirar partido das características únicas do território interior e  investindo na criação de estruturas para receber os visitantes que queiram ficar mais tempo, que se criarão empregos para segurar as populações, desafogando os grandes centros já entupidos...


Amândio G. Martins

Publicada por Górgias à(s) 06:32 Sem comentários:
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quarta-feira, 30 de outubro de 2019

A HORA DE JESUS


Derrubar todo o Poder para chegar ao Reino. Esta é a Hora de Jesus. Até o Mercado Global ruirá. Assim o testemunham Maria, mãe de João Marcos, e Maria Madalena, irmãs de Jesus. O caos avança. O Império está gravemente doente. É a esquizofrenia global. A hora da libertação está a chegar.
Publicada por A. Pedro Ribeiro à(s) 12:38 Sem comentários:
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Urge um novo olhar a crianças e velhos !...


É revoltante que uma vaga para um idoso num lar legal, comparticipado pela Segurança Social, custe mais de mil euros mensais e, mesmo assim, não é fácil conseguir lugar, razão por que os clandestinos surgem como cogumelos no outono, sendo fechados dez deles mensalmente, segundo noticia o JN.

A ser verdade o que diz uma associação do sector, que mesmo fechando muitos, ainda ficam outros tantos a funcionar, porque não há resposta oficial às necessidades criadas pelo envelhecimento, que será preciso acontecer para que a Segurança Social assuma de uma vez que essas estruturas, bem como infantários, não podem estar dependentes de oportunistas privados, para quem qualquer moradia comum, sem as mínimas condições, é rapidamente transformada em fonte de chorudos lucros.

De facto, da forma como as coisas estão, a cada um que obrigam a fechar não criam problemas ao explorador, que abre logo a seguir noutro lado, mas são os familiares dos idosos assim desalojados que ficam a  braços com um problema de difícil solução e os leva a ser coniventes com a ilegalidade...


Amândio G. Martins





Publicada por Górgias à(s) 06:17 1 comentário:
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terça-feira, 29 de outubro de 2019

O Pavilhão do Ego

O Pavilhão do Ego

- Não compreendo tanto barulho por causa de uma indiscreta e arrogante vaidade, apoiada disfarçadamente por um campeão de selfis. Na cidade Invicta há um Monumento enriquecido por um ambiente maravilhoso, que fizeram as delícias de imensa pequenada e graúdos, quando em excursões de todo o lado, visitavam o zoológico único ao norte, naquele grande espaço ajardinado, e todos queriam ir ver o "Chico &Cª", sem ser necessário fazerem macaquices e outras birras, nem exibirem maus comportamentos e criarem polémicas estéreis. Chamava-se então, Palácio de Cristal, erguido no século XIX, ali no antigo Campo da Torre da Marca, da autoria do arquitecto paisagista, Thomas D. Jones. E por mais voltas à pista que se dê, continua-se a chamar-se assim, goste ou não, esta ou aquele que se julga com direito a titulá-lo ou a impor-se com o seu nome. A vaidade e o ego estão eliminados. Não realizaram os mínimos para se apurarem para perdurarem na cúpula do semi-círculo, envolto num espaço belo e verde, que acolhia namoros e chilreios amorosos, as correrias da pequenada atrás do chupa chupa e do algodão-doce, a Feira do Livro, a festa do hóquei em patins, a Biblioteca Almeida Garret, autor, que supomos não se sentiria bem constar ali junto a um nome de atleta, como tantos há ainda mais sonantes, e sem fazerem metade do alarido que se levantou. Palácio de Cristal, é o nome que o prestigia e não um outro que em nada lhe empresta beleza, pacatez, e é cenário maior sobranceiro ao belo rio Douro. De Cristal, assim deve continuar para tudo ser Palácio, mais transparente!*

-*(JN.09-11)

                                                   

Publicada por mouraria-mouraria à(s) 11:03 1 comentário:
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Tudo é comestível...


Vi há pouco numa TV espanhola uma demonstração de comida confeccionada com farinha de grilos, em que os voluntários que se propuseram participar não faziam ideia do que se tratava; depois de provarem uns quantos biscoitos era-lhes perguntada a opinião acerca do paladar daquilo, tendo sido dadas as respostas mais diversas, mas todas no sentido de que o sabor não era mau, só depois lhes sendo revelado o que era.

A verdade é que pouca gente se poderá gabar de nunca ter comido insectos, ainda que sem o saber; eu próprio, que os encontrei no prato não poucas vezes, nos “milhentos” locais onde já tive necessidade de comer, tenho poucas dúvidas quanto a ter comido muitos que não vi, assim como devo ter comido muitos nas cerejas e figos e ainda aqui estou para poder contar.

E se em vários países há muito são aproveitados como alimento, pela escassez de recursos e pelo seu valor nutritivo, Portugal parece querer agora apanhar aquele comboio, tendo já sido feita uma degustação na Universidade Nova, apresentada pela “Associação Portugal Insect”; embora ainda não haja  legislação que regulamente o seu consumo, já há estudos de mercado que dão a este novo alimento um potencial de negócio  de 1000 milhões de euros nos próximos anos...

Confunde-me é que, sendo sabido que todos o bichinhos desempenham na Natureza uma função de equilíbrio, e havendo no mundo comida que chegue, mas muito mal distribuída, com desperdício de muitos milhões de toneladas, além de muita terra improdutiva por falta de quem queira “dobrar a espinha”, haja necessidade de recorrer aos insectos para alimentar humanos...

Amândio G. Martins

Publicada por Górgias à(s) 06:18 Sem comentários:
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O REGRESSO EM FORÇA DA ESQUERDA À AMÉRICA LATINA


A América Latina está de novo a virar à esquerda. A vitória de Alberto Fernandez na Argentina, a consolidação de Evo Morales na Bolívia, o previsível triunfo das forças progressistas no Uruguai e a revolta contra a ditadura no Chile parecem marcar o declínio do neo-liberalismo e do imperialismo. O legado de Fidel Castro, Hugo Chávez e Che Guevara mantém-se vivo. Lula pode ser libertado. Cuidai-vos, ó Bolsonaros deste mundo, cuidai-vos, ó amigos das grandes corporações e do capitalismo!
Publicada por A. Pedro Ribeiro à(s) 01:11 1 comentário:
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segunda-feira, 28 de outubro de 2019

60 anos de Astérix


Astérix foi criado em 1959, em França, com desenhos de Albert Uderzo e textos de René Goscinny. Os primeiros desenhos surgiram numa revista em 1959, e só em 1961 foi criado o primeiro álbum de banda desenhada. Após o falecimento de Goscinny, em 1977, Uderzo prosseguiu, assegurando também os textos. O primeiro álbum em Portugal é de 1967.

Após Uderzo ter decidido passar à reforma, em 2010, com 84 anos, outros dois artistas, Jean-Ives Fern e Didier Conrad, continuaram em 2013 a saga de Astérix, lançando este ano, no 60.º aniversário, «A Filha de Vercingétorix», onde pela primeira vez uma mulher adolescente assume protagonismo.



Publicada por Ernesto Silva à(s) 15:42 2 comentários:
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Etiquetas: banda desenhada

Fim do califado do terror?...


O anúncio de que  “Abu Belzebu” se terá feito explodir com a família, quando se viu acossado por forças diversas, nas quais os americanos seriam irrelevantes, poderá  ser uma boa notícia para o mundo, mas nada boa quando se vê o brutamontes da Casa Branca a tentar colher os louros para termos que o suportar mais uma porrada de anos.

A ser mesmo verdade que morreu aquela alma danada, não creio que possa ser o fim dos actos bárbaros de que era inspiração; de facto, a ter em conta a forma como essa bandidagem se foi disseminando por toda a parte, a funcionar em autogestão, pode até acontecer que surja um recrudescimento da violência terrorista, como forma de homenagear o chefe morto que, de resto, não é crível que não seja imediatamente substituído por algum dos seus lugares-tenente...


Amândio G. Martins

Publicada por Górgias à(s) 06:28 Sem comentários:
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domingo, 27 de outubro de 2019

A TURQUIA E SUA MODERNA HISTÓRIA


Ao ver estampados nos jornais mundiais notícias da fraticida e prolongada questão turca com os curdos, me veio à mente que assim como este povo sem pátria, a própria Turquia para se manter como nação teve que recorrer a luta armada após o fim da primeira grande guerra.  

Não se pode falar sobre a Turquia moderna, sem lembrar do grande Mustafá Kemal, chamado de Atatürk (pai da Turquia),  a meu ver, um dos maiores estadistas de todos os tempos, que, através de suas  ousadas realizações, endereçou  a Turquia da era medieval para moderna, um feito considerado maior do que Pedro, o grande, representou para Rússia.  
A trajetória de Kemal se confunde com a própria história recente da Turquia, pelas reformas profundas que implantou em seu país, entre os grandes líderes da história, poucos conseguiram tanto em tão curto período, transformando a vida de uma nação de forma tão decisiva.
Tudo começando após o termino da 1ª guerra mundial, na fria e enevoada manhã do dia 12/11/1918, quando 60 navios de guerra capitaneados pelos ingleses, vencedores que foram da guerra (o império otomano era aliado dos alemães), invadiram a cidade de Istambul, através do Dardanelos, ancorando a frota no histórico Chifre de Ouro (braço europeu do estreito de Bósforo), com seus canhões apontados para o palácio do sultão e para chamada Sublime Porta, nome que se dava à sede do governo.
Conta-se que o Sultão, diante deste fato consumado tenha convocado Kemal, um dos seus generais mais brilhantes, disponibilizando recursos, para que ele comandasse a resistência aos invasores no interior do país, aproveitando a geografia montanhosa da Anatólia, com quartel de  comando na cidade de Ancara (que veio a ser mais tarde a capital do país).
Existem outras versões para o fato acima, creio que esta é a mais realista, por ser sido narrado no romance biográfico, “Em Nome da Princesa Morta”, da jornalista investigativa, francesa de origem turca, Kenizé Mourad, filha de uma das últimas princesas do extinto Império Turco (Otomano). A credibilidade das informações partiu de elementos da própria família imperial, portando, de testemunhas oculares da História.
Após várias escaramuças, com altos e baixos nas batalhas, conseguiu as tropas nacionalistas de Mustafá Kemal, expulsar os gregos e forçar os aliados comandados pela Inglaterra a assinar o chamado acordo de Lousanne (27/07/1923),  onde a Turquia perdeu seu império nos bálcãs, oriente médio e norte da África, mas em contrapartida ,se constituindo em uma nação livre e autônoma, com pleno domínio da cidade de Istambul, da península da Anatólia e dos estreitos, com a ressalva de que nesses, ficava proibido o uso de navios de guerra.
Os ingleses e aliados só aceitaram os termos do tratado de Lousame,  pelo respeito que tinham da capacidade militar do Atatürk, vindas da fragorosa derrota da esquadra inglesa, até então imbatível, na batalha de Galípoli no início da primeira grande guerra, onde estima-se a morte de 200.000 combatentes aliados. Esta histórica batalha foi comandada por Kemal e no lado inglês por Winston Churchill, que mais tarde veio a ser herói na segunda grande guerra.
Não esquecendo que as descobertas marítimas portuguesas, deveu-se em parte, ao domínio Otomano no Mediterrâneo. A navegação nesta rota para Ásia passou ser inviável pela demasiada exigência deste império islâmico, forçando aos intrépidos navegadores lusitanos a procurar uma rota alternativa pelo Atlântico. Nesta esteira em uma destas ousadas viagens, o Brasil foi descoberto.   

Publicada por orivaldo jorge de araujo à(s) 18:00 2 comentários:
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Gosto!

Saio a porta e a rua em frente chama-se - e mantem-se - Sebastopol. O colégio da cidadezinha tem o nome Pablo Neruda e o liceu o de Vaclav Havel. Estou em França ...

Fernando Cardoso Rodrigues
Publicada por Fernando Rodrigues à(s) 11:40 3 comentários:
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Diferentes escolas e métodos...


Um dia destes vi pela TV um treinador de futebol, julgo que na Turquia, esbofetear um a um a equipa toda no balneário; e impressionou-me a mansidão daqueles homens, deixando-se agredir passivamente, sem que nenhum deles se revoltasse e pagasse ao brutamontes da mesma forma.

De certa forma Jorge Jesus também “violentou” os rapazes do novo clube que se aventurou aceitar treinar, e acho que foi mesmo preciso coragem para isso; conhecendo bem o jogador brasileiro, porque já lhe tinham passado pelas “mãos” os mais diversos, Jesus chegou e disse logo ao que ia: “Aqui quem é importante é o “Falamengo”, não é o jogador nem o treinador”.

Sabe repreender e elogiar: “Sei que és bom, mas se fizeres como eu mando ficas melhor, e aqui quem manda sou eu”. Obriga-os a trabalhar mais, proibiu telefones à mesa e de irem para a praia sempre que lhes apeteça e os resultados estão à vista, tendo já chegado à final de uma competição importante naquela zona do Globo.

Como no campeonato também vai bem lançado, os adeptos e todos aqueles “cientistas” da bola que o desprezaram, criticando a direcção que o contratou, começam a ficar rendidos; e eu, só pelo gozo que o nosso compatriota deve sentir ao ver os seus detratores engolir em seco a sua pseudosabedoria, também partilho com ele o mesmo sentimento...


Amândio G. Martins

Publicada por Górgias à(s) 06:47 Sem comentários:
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sábado, 26 de outubro de 2019

OS SENHORES DO MUNDO

Até a minha mãe me vê como um agitador, como um revolucionário. E pede-me para seguir o caminho da paz. Mas eu hesito, hesito muito, mesmo lendo muito acerca de Jesus. Estes senhores do mundo destroem o mundo em termos de amor, de liberdade, de sobrevivência, de fadiga no trabalho, de depressão do ser humano. Estes senhores do mundo são os piores carrascos, agarrados ao poder e ao dinheiro. Além do mais, provocam guerras que fazem mais e mais refugiados, cada vez mais maltratados. Através dos media e da tecnologia, fazem a cabeça às pessoas. Por isso, perante esta corja só me apetece combater em várias frentes, entre as quais a escrita. Um novo movimento revolucionário está a nascer.
Publicada por A. Pedro Ribeiro à(s) 21:53 Sem comentários:
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Gandhi tinha razão?


De que serviu ao povo catalão ter manifestado inequívocos e continuados sinais de pacifismo, ao longo de tantos anos? Afinal, os bascos, de que agora pouco se fala, conseguiram muito mais no seu estatuto autonómico. Não podemos felicitá-los porque levaram a água ao seu moinho por meios, esses sim, violentos, com muita morte e destruição espalhadas. Podemos é recriminar a actuação dos actuais governantes espanhóis que, até aqui, neste e em muitos outros assuntos, nada fizeram para demonstrar possuírem o sentido de Estado que um país com a auto-proclamada grandeza do seu lhes deveria exigir. De notar que um governo “musculado”, como o de Aznar, se viu na obrigação de dialogar com os recalcitrantes bascos e, agora, com um dirigente, ainda que “interino”, oriundo de um PSOE que, está bem de ver, é tudo menos “socialista e operário”, bastando-lhe ser “espanhol”, não consegue sentar-se para discutir, não a independência da Catalunha, como muitos dizem, mas meramente a possibilidade de rumos para o futuro, com a dignidade que os poderes centralistas de Madrid sempre recusaram.. A “questão prévia” de Sánchez para aceder sentar-se à mesa com as autoridades catalãs não passa de enganoso paliativo, com cunhos fortemente eleitoralistas. Só faltará exigir aos catalães que façam as proclamações que eles querem, mas de joelhos. Ou então, sentados, à moda de Mahatma Gandhi, cuja memória acabam por vilipendiar.

Publicada por José A. Rodrigues à(s) 17:00 2 comentários:
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Etiquetas: Aznar, Catalunha, Gandhi, José Rodrigues, Pedro Sánchez

Terá sido mau olhado?...


O hospital da Guarda parece andar a ser vítima de um qualquer bruxedo, sendo vezes de mais  notícia pelas piores razões ; de facto, aquando da governação de direita, foi nomeada para o dirigir  uma fulana da máquina partidária do principal parceiro daquela coligação, que não tinha no seu passado nada que a recomendasse, o que não foi impedimento para que ocupasse um cargo de tamanha responsbilidade.

Assim, pouca gente terá estranhado que a senhora tenha logo posto em prática a sua filosofia caseira que, entre outras atitudes menos claras, a levou a achar-se no direito de chamar o marido para seu acessor, como se estivesse numa empresa sua; certamente porque não devia nada à “máquina”, o então ministro da saúde depressa mandou a criatura fazer asneiras para outro lado.

Desconheço se a actual responsável máxima daquele hospital foi nomeada em atenção ao cartão partidário, mas as notícias de que uma pessoa com uma daquelas doenças que não se compadecem com demoras no tratamento viu adiada a intervenção programada porque uma máquina indispensável tinha sido retirada pelo fornecedor, que medicamentos no valor de milhares de euros são inutilizados porque não há um frigorífico adequado para os conservar, parece-me uma péssima carta de recomendação para aquela directora...


Amândio G. Martins

Publicada por Górgias à(s) 06:22 Sem comentários:
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sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Comentário

Originalmente, este texto era um comentário ao post “Keep calm and go ahead…” A dimensão do comentário não foi aceite no blogue, por razões de ordem técnica, por não poder ultrapassar os 4.096 caracteres.  

A extrema bondade dos meus amigos desvanece-me. Não há dúvida de que me arranjaram um belo “entalanço”. Bonito serviço… Depois de tantos “tratados” que já foram escritos a explicar os desastres, os senhores querem que venha aqui pôr tudo em pratos limpos, não é? Também eu gostava…
Confesso que não fui confirmar os números avançados pelo Banco de Portugal, o que seria trabalho perfeitamente espúrio (se eles não têm os dados correctos, quem os terá?). Para mim, no entanto, por razões que adiante aduzirei, não é isso o mais importante.
Confesso ainda que há já bastante tempo me desliguei da chamada “literatura económica”. Não porque pense que já sei tudo, mas porque me “enjoam” as curvas e contra-curvas que alguns teóricos me fazem dar para que aceite e acredite nas suas palavras. O que eles querem, sei eu…
Sinto que quando se despejam sobre as pessoas números mais ou menos aterradores, quase sempre dá em alarmismos relativamente inúteis. É claro que o interesse que cada um de nós deposita sobre o estado da economia do país só enaltece o próprio. No entanto, não deixa de propiciar estudo, reflexões e conclusões que, na maior parte das vezes, estão viciados à partida e que têm uma grande utilidade: desviar as atenções do que é, de facto, importante. 
Sem entrar em minudências técnicas, sobre as quais eu também não sou especialista, parece-me de alguma utilidade, com muito simplismo (talvez demasiado), esboçar as grandes linhas de definição dos conceitos aqui abordados. A dívida pública é a dívida contraída pelas administrações públicas, englobando aqui o Estado, as Regiões Autónomas, a Administração Local e a Segurança Social. A dívida privada engloba a das famílias (particulares) e a das empresas. Há duas formas de referir a dívida soberana: em sentido restrito, coincide com a dívida pública, em sentido lato, abarca também as garantias que as instituições do Estado prestam. De forma grosseira, isto suscita-me uma observação: não podemos somar ao endividamento da economia a dívida soberana porque, em grande parte, esta já está englobada naquele endividamento. 
Os meus amigos já estarão a ver que a parte anterior é a que menos me interessa. De facto, sem varrer para debaixo do tapete o volume da(s) dívida(s), interessa-me muito mais tentar saber para que é que ela foi criada. Porque, como tudo na vida, nem toda a dívida é má. Se ela foi contraída para tapar buracos de quem especulou para ganhar mundos e fundos, ela foi má; se o foi para investir no futuro das populações, tenho propensão a pensar que foi virtuosa. Mais: haverá quem ganhe (abusivamente) com o incremento da dívida? Claro que há.
Outra questão importante é verificar que, neste momento da História mundial, todos os países do mundo têm dívida acumulada. Mas neste mesmo mundo só há devedores? Isto da dívida não é uma relação sinalagmática, com dois termos? Onde está o outro, o dos credores, não existe? Existe sim senhor, é o sistema financeiro global, os ditos “capitalistas” (porque detentores do capital). Dá para perceber uma situação assim insólita? Na sua mais recente formulação, o capitalismo, na deriva e perversão neoliberal, trouxe-nos até aqui. As novas regras de funcionamento desta sociedade, mais do que impostas, absorvidas com extrema candura, conseguiram, no estrito cumprimento da “legalidade”, redistribuir os rendimentos e a riqueza. Muito simplesmente, com o beneplácito geral, foram buscá-los aos produtores reais e depositaram-nos nas mãos dos especuladores. Dito de outro modo, os trabalhadores (os produtivos, não os especulativos) viram-se espoliados de bens que foram parar à posse dos capitalistas. Daí que o fosso das desigualdades não pare de se aprofundar, daí que a repartição do PIB mundial se desequilibre, pelo menos desde os anos setenta do século passado, em claríssimo benefício do Capital e à custa do Trabalho. Nunca se produziu tanto como hoje, nunca o Mundo foi tão rico, e nunca houve tanta desigualdade.
Não gostaria de terminar este comentário - de dimensões quase tão inusitadas como as da “dívida” - sem referir que já tivemos um governante que, do alto da sua “sabedoria”, disse (na altura, para bem de todos nós, já era ex) que a “dívida não é para pagar”. Quase foi crucificado, mas não deixava de ter alguma razão, embora, sem a habilidade necessária para se fazer compreender. Na verdade, as dívidas dos Estados não são comparáveis às das pessoas e, por muito que custe a alguns, o Estado não é uma empresa. 
Tenho a impressão de que não ajudei muito no que me pediram, mas, quem dá o que tem a mais não é obrigado...

Publicada por José A. Rodrigues à(s) 17:56 2 comentários:
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“Hoy España cumple consigo misma”...


Assisti pela TV à saída dos restos do ditador Franco do Vale dos Caídos e à chegada ao local onde deverá ficar definitivamente, ao lado de sua mulher, após uma missa celebrada pelo padre Ramón Tejero, filho daquele Tejero que em tempos tentou derrubar a democracia, entrando no Congresso aos tiros e vivas a Franco.

Ao apelo da Fundação Francisco Franco para que acorressem ao cemitério de Mingorrúbio com flores e cânticos, já que ao Vale lhes estava vedada a entrada, apareceram umas centenas de saudosistas, entre eles esse tal Tejero, alguns gritando que Franco estava no céu e Sánchez nunca lá chegará, coisa que não o preocupará minimamente; de facto, numa declaração institucional na Moncloa, congratulou-se com o fim de um processo que envolveu os três poderes, legislativo, executivo e judicial, não tendo sido atropelado nenhum direito, afirmando que “hoy España cumple consigo misma”.

Foi preciso esperar 44 anos para que um Governo, mesmo que em funções “provisórias”, tivesse o "atrevimento" de meter ombros àquilo porque, daqui para trás, nunca houve coragem, escudando-se os vários governos na desculpa de que não era oportuno; e mesmo agora, vendo que a coisa era mesmo irreversível, toda a direira mostrou azia com o processo, acusando ridiculamente Sánchez de organizar um “necroshow” em campanha eleitoral.

Na  verdade, tudo foi feito com muita dignidade da parte do Estado, com a  participação da ministra da Justiça como “notária-mor” do reino e dois secretários de Estado; apenas alguns familiares destoaram à retirada do esquife da tumba, tentando provocar a ministra, que se manteve impassível quando uma neta do ditador se lhe dirigiu gritando “vergonha, profanação, viva Franco, viva Espanha”! Era toda a seita dos
Martínez-Bordiú, netos, bisnetos e descendentes a remoer um acto que nunca acreditaram que fosse possível, tal a impunidade com que têm vivido da fortuna roubada aos espanhóis...


Amândio G. Martins






Publicada por Górgias à(s) 06:37 2 comentários:
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quinta-feira, 24 de outubro de 2019

A abstenção não é tão grande como a pintaram


Agora que já passou a trovoada e já não se fala mais nisso comecei a imaginar que era o ministro da tutela e pus-me a pensar?!.
Que raio... se nós somos à volta de dez milhões de almas. como é possível haver nove milhões de eleitores?
Para não estar a falar de cor fui consultar os últimos dados do INE que dizem que em Julho de 2018 éramos 10.283.822 dos quais até aos 19 anos eram 1.970.060,mas como até aos 18 não se pode votar fiz a proporção e fiquei com 1.871.557 que não podem ainda votar.
Agora como dizia o "outro" é só fazer as contas, sobram pois 8.412.265, que podem votar.
Ora como a comissão nacional de eleições diz que estavam inscritos 9.343.486 (onde terão ido buscar estes números?) estão encontrados 931.221 abstencionistas.
Estes seguramente estão mortos e se alguém se lembrar de tornar o voto obrigatório ( com o qual concordo) ia ser uma trabalheira para os citar
A abstenção continua assim a ser grande, mas a incompetência de quem está à frente disto é maior.
Continuando a imaginar que era o ministro amanhã mesmo poria à frente deste serviço alguém que saiba fazer contas. 

Quintino Silva  


Publicada por José A. Rodrigues à(s) 18:18 1 comentário:
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Asas de defunto Caudillo






Asas de defunto Caudillo

26 OUT 2019 / 02:00 H.












    A Espanha, país ao lado e mais acima de nós em quase tudo, não tem meio, ao que parece, de se livrar do velho criminoso, que teve guarida de luxo em Vale dos Caídos. Ali por terras de Castela não há falta de habitação, e o Generalíssimo, encontra sempre um lugar de repouso, por terra ou pelo ar. Os espanhóis, bascos e catalães, não o queriam perto, nem pintado de sangue, e resolveram dar-lhe outra estadia para acabar de vez com o ditador. Tal galego de Ferrol, fez a vida negra até à matança por ele dirigida, a tantos espanhóis, e a quem se lhes juntou na guerra quase fratricida(!), que só ao fim de 44 anos, após ter morrido e já apeado do poder opressor, é que foi possível arrumar os seus restos, as suas ossadas carregadas de ódio e de o trasladar para inferno diferente e menos provocador. Mas nem ao fim deste tempo todo, a sua figura deixou de pairar e de sobrevoar os céus de Espanha. Foi necessário, elevá-lo no ar, removê-lo de helicóptero, e fazê-lo voar pela última vez, para ainda assim impor a sua presença e obrigar os espanhóis a levantar a cabeça neste acto de despedida, finalmente, e ainda deixando na terra alguma polémica, em alguns corações saudosos e também despedaçados pela ira. Que o novo inquilino, agora junto da sua mulher, receba como visitas, o seu agora senhorio - o Diabo, e juntos cantem A Carmen, que é uma Ópera bonita!

    *-(DNmdrª.26-10)
    *(Destak-28.10)
    *-(SÁBADO-30/10)


























      


















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    Publicada por mouraria-mouraria à(s) 09:58 Sem comentários:
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    “Keep calm and go ahead”...


    O número é de tal forma astronómico que, apresentado assim a frio, não é nada fácil digerir: A dívida total das famílias portuguesas, segundo o Banco de Portugal, ascendeu a cento e quarenta mil milhões de euros, o dobro do que foi preciso pedir aquando da troika; no total, o endividamento da economia, sector público e privado, já vai nos setecentos e vite quatro mil milhões de euros o que, somado à dívida soberana, o país está mesmo com a corda na garganta!

    Impressiona não só a facilidade e aparente despreocupação como as pessoas recorrem ao crédito, mas as “mãos largas” que encontram nas entidades credoras, porque não é difícil perceber que boa parte destes montantes emprestados jamais serão saldados, tal a “bolha” para que inconscientemente contribuem...


    Amândio G. Martins

    Publicada por Górgias à(s) 06:38 5 comentários:
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    quarta-feira, 23 de outubro de 2019

    Paralelismos

    - O futebol tem tanto de simples como de complicado. Em Praga o Barça foi lá ganhar ao Slavia por 2-1, e em Lisboa na Luz, O SLBenfica venceu o Lyon por 2-1. Quase no mesmo minuto em que Messi, o melhor do mundo, inaugurou o marcador, na Luz o melhor jogador português, Rafa, abriu o marcador e colocou a equipa encarnada na frente. Em Praga o Barça contou com sorte e acabou a defender com unhas e dentes, com o coração na boca, aguentando até final um Slavia de Praga que em muitos momentos encostou os blaugrana às cordas e não merecia ter perdido. Na Luz o Benfica contou com igual sorte, e acabou também a sofrer para segurar um resultado conquistado positivo e a precisar dele como de pão para a boca. O Lyon perdeu o jogo, e pode-se sentir frustrado pelo modo como isso aconteceu. Beneficiou do azar de um guarda-redes, e da fortuna de um Pizzi, que aproveitou uma asneira de Antony Lopes, e sem pensar duas vezes, atirou para o golo tão desejado quanto sofrido. Assim é o futebol. Às vezes nem sempre a equipa que o pratica com maior qualidade, acaba vencedor. Foi o que aconteceu em Praga e em Lisboa. O dia foi dos BB, Barça e Benfica, que em tempo de vindimas, colheram as melhores uvas, e saíram mais animados. A Champions, vai continuar, e a prometer comentários polémicos; 
    Publicada por mouraria-mouraria à(s) 22:33 Sem comentários:
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    Afinal como é?


    O Governo o está a transmitir os actuais e próximos futuros números referentes ao emprego levando-nos a acreditar que practicamente não há desemprego. É uma euforia muito partilhada que muitos estão a acreditar. Porém será possível estarmos descansados se muitos dos empregos são instáveis não se sabendo se terão amanhã?
    Quantos casos são do nosso conhecimento e afectam familiares e amigos – muitos até vêm nos jornais – de trabalhadores que numa manhã são confrontados com portas fechadas e informação que a fábrica, o escritório, a loja faliu e acabou-se o emprego. Dizem uns optimistas que estes trabalhadores vão ter direito a subsidio. Talvez, mas quantos meses à espera e muitas vezes o que é atribuído não dá para suportar a renda da casa, a água e luz, os passes da família e a comida… E estes desempregados também vão levar muito tempo a serem incorporados nos números do desemprego e por mais uns largos tempos vamos ter estampados na comunicação social os belos números de politicas que dizem representar o que se passa no nosso País.
    Por outro lado o número de falta de trabalhadores em áreas chaves é muito preocupante. Faltam professores e trabalhadores nas escolas obrigando muitas vezes os professores a terem de assegurar serviços de secretaria; faltam trabalhadores na vigilância dos alunos levando que algumas escolas tenham sido fechadas neste inicio do ano porque os pais não sentem segurança em deixar os seus filhos. E a falta de médicos, enfermeiros e pessoal hospitalar continua a ser gritante. E a sobrecarga dos trabalhadores de muitas repartições porque os quadros de pessoal continuam deficitários.
    Uma conclusão apressada diz-nos que não se pode acreditar nos discursos e nos números apresentados, mas se analisarmos com algum cuidado e compararmos cuidadosamente as palavras e os números que correm na comunicação social (e que muitas vezes até são adoçados) ficamos a ter a certeza que o mundo do trabalho, do emprego no nosso país assenta em muita precariedade e instabilidade. Como é que com esta instabilidade e precariedade que muitas vezes são dos próprios serviços oficiais, podem os nossos jovens iniciar uma vida familiar que a grande maioria tanto anseia?
    Depois temos as opções que os governos continuam a apadrinhar de fecho de serviços, como os CTT, contribuindo para a desertificação de parte do interior. Podemos também assinalar a falta de uma rede organizada de apoio à produção agrícola que dando suporte ao trabalho nos nossos campos contribua para a fixação de gentes nos nosso povoados e promova a chegada dos produtos às nossas mesas.
    Para quando politicas humanizadas e bem estruturadas que deem estabilidade aos portugueses e nos assegurem que devemos acreditar num futuro de trabalho mas também de rendimentos para constituir família e vermos crescer os nosso filhos e netos? 

    Maria Clotilde Moreira

    Jornal Costa do Sol - 23.10.2019
    Publicada por José A. Rodrigues à(s) 18:26 Sem comentários:
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    Respigo

    ....- Eu explico. Para nós, humanos, e sobretudo para nós, gente da nossa geração, compreender significa tornar racional, construir pressupostos e seus derivados envolvidos numa rede intrincada que procuramos dominar através de um vasto conjunto de operações lógicas. Ora isso não é compreender, é quando muito explicar. O grande motor da vida é a compreensão, e o que nos permite, como dizia há pouco, compreender tudo é a liberdade. Só muito tarde, só já muito despegados da vida, podemos atingir o grau de liberdade que nos abre o acesso pleno à compreensão.
    - Sim, e então?
    - Sem tentarmos dominar o caos que está na essência da condição humana, dificilmente organizariamos a vida, a relação entre as pessoas, os comportamentos em sociedade.
    - Fala da distinção entre o bem e o mal?
    - Ora vê? Acabou de dar um tiro no porta-avioes. Essa é a grande questão. Nós precisamos dessa distinção entre o bem e o mal. Ela é o essencial para o equilíbrio da nossa vida em comunidade, não podemos prescindir de o fazer. Só que isso é, ao mesmo tempo, como se de um absurdo se tratasse, uma necessidade e um erro. Uma necessidade, porque não podemos habitar no caos. Um erro, porque é no caos que se encontra a plenitude da condição humana.
    - Quer isso dizer...
    - ...que só no caos é possível atingir a total compreensão do humano. Aí não existe julgamento. As coisas são o que são e não aquilo que devem ser. A partir do momento em que as coisas são aquilo que devem ser, perdem grande parte da sua verdadeira essência, deixam de ser o que são. Deixamos de ver as coisas para passarmos a ver a sua representação. Deixamos de as compreender. Explicamo-las apenas, e, quando a explicação falha, julgamo-lasde acordo com um critério de bem e de mal que é já uma construção própria de um mundo liberto da sua natureza caótica..
    - Mas o senhor que é juíz, melhor que ninguém sabe que tem de ser assim. É para isso que servem as leis, não é verdade?
    - É claro que é verdade. E nao existe contradição entre aquilo que digo e a minha condição de juiz. É claro que nao poderia ser de outra forma. Mas a gravidade em confundir os dois planos é, pelo menos, tão grande como a de negar a existência de ambos. Veja o que acontece com a liberdade. Todos estamos de acordo na ideia de que ela não é absoluta, que importa colocar-lhe limites, acrescentar-lhe responsabilidade, criar sanções para o seu exercício desregulado. E tudo isso está certo. O problema é que ela é  na sua essência, absoluta. E é dessa que nós precisamos para póder compreender. Está a ver agora?
    -.........

    ( Retirado de " O Beco da Liberdade" de Álvaro Laborinho Lucio, Ed. Quetzal)

    Pub
    Publicada por Fernando Rodrigues à(s) 17:04 Sem comentários:
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    É fartar, vilanagem!...


    Naquele tempo que seguiu à nossa revolução democrática, quando começou a emergir toda a casta de reaccionários “bem pensantes”, com a cobertura de jornais como “O Diabo” e “A Rua”, os políticos e militares envolvidos na situação que se vivia eram objecto das mais imbecis anedotas, como aquela que dizia que Otelo, numa visita à Suécia, se gabara de que a revolução portuguesa já tinha conseguido acabar com os ricos, ao que lhe terão respondido que mais importante era acabar com os pobres...


    Devo dizer que nunca senti nem ponta de inveja de quem é rico, porque sempre me bastou ter o suficiente para viver com dignidade; o problema coloca-se com aquela riqueza obscena, que é tirada à boca dos pobres, com a conivência dos governos, que cedem facilmente à chantagem da máquina capitalista mundial, com todo o tipo de ameaças, como fuga de investimentos para outros “paraizos” e aumentos nos juros da dívida, o que leva as autoridades a dar ao capital tudo o que pede, quer na brandura dos impostos quer na atribuição de subsídios para se instalarem.

    Diz a notícia do JN que Portugal vai ter um aumento do número de milionários na ordem dos 50% e que, a nível global, segundo o “Credit Suisse”, prevê-se que surjam  16 milhões deles num futuro próximo; e se, quando era jovem, quem tivesse mil contos já era milionário, agora são precisos alguns milhões de euros para ser considerado da familia “nova rica”...


    Amândio G. Martins

    Publicada por Górgias à(s) 07:35 2 comentários:
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    terça-feira, 22 de outubro de 2019

    Com eles no sítio!

    - ...não são "lusos valientes". São catalães da Catalunya/Catalonia.


    El secesionismo desafía al Constitucional y defenderá en el Parlament la autodeterminación

    PERE RÍOS 
     Barcelona 1835
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    Publicada por mouraria-mouraria à(s) 17:09 Sem comentários:
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