quarta-feira, 25 de outubro de 2023

A mesma cartilha

 

Pareceu-me ter visto na nossa televisão que os valores carreados pelos ricos portugueses para paraísos fiscais ascendem a 35 mil milhões de euros; tinha visto, no mesmo dia, numa televisão espanhola, que a mesma prática em Espanha depaupera o país em 140 mil milhões o que, atendendo à dimensão daquele país, estará em linha com o que se passa por cá, o mesmo estratagema para esconder os roubos que representam a fuga ao cumprimento dos deveres fiscais, representando somas fabulosas, que minimizariam muitos dos problemas mais prementes que os dois países enfrentam.

 

Perguntado ao ecomonista catalão Gonzalo Bernardos, professor na Universidade de Barcelona e habitual comentador na TV “La Sexta”, canal privado do grupo Atresmedia, o que se poderia fazer para acabar com isto, este economista respondeu rotundamente que nada, porque se trata de uma prática há muito enraizada entre os endinheirados, e os principais esconderijos nem são em locais exóticos, mas aqui na própria Europa, como Andorra, Luxemburgo, Países Baixos e Suiça, e não se vislumbra nos burocratas da União Europeia a menor capacidade ou vontade de o resolver, até porque se encontram entre os próprios actores políticos com poder muitos usuários desse esquema fraudulento...

 

Amândio G. Martins

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