quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Nada de extraordinário

 

O JN põe em letras gordas, na primeira página, que os ricos garantem “quase” metade  das receitas do Estado, o que demonstra que, sendo detentores da grande fatia da riqueza do país, estão a pagar “poucochinho”, por muito que os partidos da Direita berrem contra a maior receita fiscal do regime democrático; de facto, sabendo muito bem que essa é a forma mais decente de  os governos distribuírem alguma da riqueza produzida, preferem usar o tema dos impostos para a sua propaganda, como se os seus líderes ainda se vissem naquele tempo em que assistiam à cena duma avozinha na familia ter o seu pobrezinho de estimação com quem, mais ou menos uma vez por semana, fazia a sua “boa acção”, dando-lhe uma côdea de pão duro e ficando de “consciência tranquila”.

 

Diz Paulo Núncio, que foi Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais no governo PSD/CDS, quando foi criada a chamada Unidade de Grandes Contribuintes: “Nestas circunstâncias de aumento abrupto da carga fiscal, é normal que as unidades de supervisão da UCG também tenham entregue mais impostos ao Estado”; até parece, fazendo agora mau o que na altura era bom, que criaram esse departamento da Autoridade Tributária, não para ir buscar receita onde ela se escapava, mas para lhes baixar os encargos fiscais...

 

Amândio G. Martins

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