sexta-feira, 28 de abril de 2023

Funcionários à moda antiga

 

Decorrido quase meio século duma revolução que tinha nos seus objectivos pôr fim a todo o tipo de abusos sobre a gente, ainda encontramos nos serviços públicos do Estado quem se sinta “importante” usando de prepotência, como me aconteceu agora na repartição de Finanças de Ponte de Lima, aonde me dirigi para pagar o imposto de circulação; de facto, como evito o mais possível trazer nos bolsos documentos sensíveis, como é o “cartão de cidadão”, por receio de perdê-lo ou que me seja subtraído, e porque nunca me tinha sido exigido naquela situação, apresentei apenas o recibo de pagamento do ano anterior, onde constam os elementos necessários e suficientes para o que pretendia.

 

Só que encontrei pela frente uma figurinha que, não só fez a primeira chamada muito tempo depois da hora de abertura, em 27.04.2003 – a minha senha era a número 1 – como não estava ali para atender com diligência os contribuintes, porque a pessoa importante ali era ela, e recusou atender-me sem o cartão; ainda disse à senhora que não pretendia receber nada, mas fazer um pagamento, e só não me atendia se não quisesse, porque em anos anteriores sempre tinha bastado o recibo velho, onde tinha todos os dados para poder fazer o seu trabalho, mas manteve-se inflexível...

 

Amândio G. Martins

 

 

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