sexta-feira, 21 de abril de 2023

POLÍTICA DE DIREITA ENGOLE SENSIBILIDADE FEMININA

 


As diferenças biológicas não terão influência numa eventual maior sensibilidade existente em mulheres face aos homens, serão questões culturais e sociais que podem aumentar e diferenciar o cariz emocional e dar lugar à tal sensibilidade feminina.

Poderia supor-se que o exercício de cargos governamentais ou de outras responsabilidades políticas por mulheres resultaria em opções mais humanizadas. Mas a realidade demonstra o contrário, assistindo-se a que a política de direita, a opção de classe e partidária engolem a existência duma eventual sensibilidade feminina.

O actual governo/PS, que quando empossado, tinha 9 mulheres em 17 ministros, é mais uma constatação que a política de direita, responsável pelas dificuldades de trabalhadores e povo, elimina qualquer sensibilidade feminina ou masculina de sentido contrário.

Alguns exemplos: a Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (Ana Mendes Godinho), não alterou a política de baixos salários e pensões de reforma, manteve a precariedade, a caducidade da contratação colectiva, penalizando trabalhadores e agradando ao patronato. A ministra da Defesa (Helena Carreiras) envolve-se na apologia da guerra e pouco preocupada com a paz, em linha com E.U.A. e U.E. Com a Ministra da Justiça (Catarina Sarmento e Castro) não melhorou o acesso à justiça, a morosidade e funcionamento da mesma, nem a resolução dos problemas de quem exerce a sua actividade profissional nos tribunais.

Anteriormente, no PSD, Manuela Ferreira Leite administrou as finanças em benefício do grande capital; e Leonor Beleza tratou mal a saúde dos portugueses; Assunção Cristas (CDS), esteve ao lado dos senhorios nas rendas e sem preocupação com o direito a habitação digna.

A nível internacional, entre outras, são exemplos da não existência de qualquer sensibilidade: Margaret Thatcher, primeira-ministra inglesa, com a guerra das Malvinas e uma violenta ofensiva contra os sindicatos e os trabalhadores Ingleses; Madeleine Albright, primeira mulher a ser Secretária de Estado dos Estados Unidos, respondendo numa entrevista à pergunta se valiam a pena 500 mil crianças mortas no Iraque na sequência das sanções que haviam sido impostas, disse que sim; Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, pouca ou nenhuma preocupação com a paz e as condições de vida da esmagadora maioria dos europeus; Christine Lagarde, actual presidente do Banco Central Europeu, em 2018, afirmou: «os idosos vivem muito tempo e isso representa um perigo e risco para a economia global. Temos que fazer algo com urgência». Depois apareceu o covid-19.

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