Por convicção profunda, sou sempre contra toda e qualquer escalada nos conflitos armados. Não poderia, pois, ficar indiferente à notícia de que contingentes norte-coreanos estarão em vias de integrar as forças beligerantes russas na Ucrânia. O facto de não serem mais do que mercenários “sub-alugados” por Kim Jong-un não impedirá que se considere que, a confirmar-se, a Coreia do Norte passará ao estado de guerra com a Ucrânia, com todas as consequências que isso possa acarretar. Nada que faça o mundo progredir no bom sentido.
O que aqui me traz é, no entanto, outro pensamento, relacionado com um (talvez espúrio) exercício de Lógica. Tenho constatado, nas notícias veiculadas, sobretudo nas televisões, um tom de repúdio pela “ajuda” norte-coreana, o que contraria em profundidade um dos pilares da argumentação veementemente condenatória da Rússia por esta não acatar os legítimos desejos dos ucranianos se aliarem com quem quiserem, repudiando assim um estatuto de neutralidade que muitos defendem ser uma concessão indispensável à coexistência territorial. Ou estou muito enganado, ou as coisas, no campo da Lógica, não batem certo.
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