Estou, como certamente milhares de portugueses, a assistir às notícias da manhã. O BES é a notícia maior. Maior em tudo. Maior processo da justiça portuguesa. Em número de volumes, notoriedade dos arguidos, advogados, testemunhas, assistentes e lesados. Que já só querem justiça, porque a esperança de serem ressarcidos morreu há muito. Morreu antes de nascer diante da enormidade do embuste financeiro do grupo BES. Que demonstrou de imediato e à saciedade que os credores, sobretudo os pequenos investidores, nunca seriam ressarcidos. É toda uma mole de desesperados e derrotados. Mas a principal derrotada é a Justiça porque parte das acusações do MP já prescreveram e vão continuar a prescrever durante o julgamento. Os acusados demoraram dez anos a chegar à barra do tribunal. E a prescrição é, mais uma vez, a marca mais distintiva da Justiça portuguesa.
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