MORREMOS TODOS
No domingo, José Guerreiro, no programa da Antena1, “Visão Global”, entrevistou Domingos Lopes a propósito do seu livro editado recentemente (Edições Colibri) , “Ucrânia e Rússia a Violência sem Tréguas. Razões de um Conflito”.
Num breve resumo, dizer apenas que o autor acha que o assunto é tão importante e potencialmente tão grave, que deveria haver, sobretudo aqui na Europa, um grande debate sobre o mesmo. E o que há, ainda segundo ele, é uma narrativa esquizofrénica desmentida todos os dias pela realidade. Eis a razão porque o escreveu.
Depois de evocar razões históricas, sobretudo as mais recentes, que incluem as promessas feitas pelo “Ocidente” à Rússia depois do desmembramento da URSS sobre a sua segurança e a NATO, que foram todas incumpridas, assim como os Acordos de Minsk, e os cálculos errados sobre os resultados da pressão militar e das sanções, chegando-se à situação presente.
Fala também das imensas riquezas da Rússia e do desejo de a retalhar e dominar. Assim como do seu poderio, e da nova ordem mundial que está aí a raiar. E quase a terminar, José Guerreiro questiona-o sobre uma possível derrota daquele país que nunca sentiu esse amargo sabor. Responde que só por uma hipotética sublevação interna. E não sendo assim? Insiste o seu interlocutor.
Depois de já ter dito que só vê uma solução racional, que deve ser diplomática, responde: “Não sendo assim, Morremos todos.”
Mas o melhor, se estiverem interessados, claro que é ouvirem a entrevista na Internet ou lerem o livro.
Francisco Ramalho
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