'Ó gente da
minha terra, há muito que percebi’ que os bancos de outrora tinham donos,
patrões, enquanto os de agora – muitos deles – têm tido nas cúpulas malfeitores
de toda a espécie, gozando e delapidando o nosso dinheiro, em particular, e
dando cabo do país, em geral.
E, acerca
deste continuado e já habitual roubo dentro das próprias instituições, dou a
conhecer-vos um poema acróstico que dediquei postumamente ao fundador do BPA –Arhur
Cupertino de Miranda –, falecido pelas 20,00 h do dia 13 de Julho de 1988, em
Lisboa, porque penso que nessa outrora os banqueiros, na generalidade, eram
autênticos ‘meninos de coro’ face à
comandita de malfeitores que têm
infestado a Banca de hoje.
Este meu
poema foi publicado no jornal interno ‘o banco’, nº 63/1988 de Junho/Setembro,
e posteriormente no livro colectivo ‘Os Leitores Também Escrevem’, dado à
estampa em 2013 pelas Edições Vieira da Silva, Lisboa.
Homenagem acróstica
Arthur Cupertino de Miranda
Recorreu ao sono eterno de qualquer mortal,
Tendo na vida terrena feito obra sem igual,
Honrando e elevando Portugal,
Uniu tanta gente em seu redor,
Redobrou a obra, tornando o BPA maior.
Conheceu vicissitudes iguais a muitos,
Uniu forças com tenaz pertinácia,
Pelejou, ultrapassou barreiras invejáveis
E, assim, com a sua argúcia e audácia
Retemperou o que cimentando contruiu,
Tendo em seu redor pessoas muito hábeis,
Iniciadas na obra que cada vez subiu
No espaço-planeta que temos,
Onde tudo construímos e tecemos.
Deste Homem que agora se foi
Em périplo cósmico espiritual,
Manancial para gentes d’agora,
Indo ’beber’ o que também outrora
Realmente havia no pulsar d’alguns,
A tentar elevar o que pouco no começo era,
No exemplo verdejante da vistosa hera,
Dando forma ao sonho-estratégia acalentado,
À realidade próspera do sonho-realidade
sonhado.
José Amaral