quinta-feira, 10 de outubro de 2024

a HABITAÇÃO não é uma mercadoria

 


A antiga seca do bacalhau, em Canidelo, Vila Nova de Gaia, junto ao Cabedelo, transformou-se num grande conjunto habitacional.

 

JUSTIÇA DE CÁCA


Três miseráveis, com armadilhas de arame de aço, mataram seis lobos, no Parque Nacional da Peneda Gerês. Os animais morriam por asfixia, e um deles, dizem, foi morto à paulada.

Como se sabe, esta espécie se não está em vias de extinção, para lá caminha. Não sei mais pormenores, parece até que era a única alcateia na região.

Pois bem, estes energúmenos foram condenados com penas de prisão. Mas, vejam só, suspensa!

Mesmo assim, dizem que já foi uma condenação exemplar. Até aqui, a impunidade era quase total.

Que rica justiça para quem dizima espécies em vias de extinção! Alterando assim ecossistemas e a própria Natureza.

Francisco Ramalho

Da imparável maldade

 

FACÍNORAS

 

São incontáveis os crimes de guerra

Espezinhando leis reconhecidas

Passam por cima das Nações Unidas

Quem se bate pela paz desespera.

 

Os que sonharam uma nova era

Lembrando as desgraças ocorridas

Não vêem nenhumas regras cumpridas

O que podia ser bom degenera.

 

Ingoram que ao degradar se degradam

Sendo disso lembrados não abrandam

O que é uma programada ocupação;

 

Tudo tem de ser como eles querem

Não ouvem quem pede que se moderem

Nada lhes sensibiliza o coração...

 

Amândio G. Martins

 

No princípio era o Hamas



Agora já não é, passámos definitivamente de nível neste jogo hediondo em que Netanyahu nunca devia ter sido admitido. Não sabemos quem virá a seguir ao Hezbollah, actual inimigo mortal de Israel, se os Houthis, no Iémen, ou outra milícia qualquer, da Síria ou do Iraque, não falando do Irão, que é de outro calibre. Para Netanyahu, pouco importa, porque, ao que parece, ele descobriu a fórmula mágica para os exterminar: destrói toda a população e, com a maior naturalidade, dirigentes e militantes desses movimentos, mais mulheres, crianças, médicos, jornalistas e tutti quanti, irão na enxurrada, todos em direcção ao Inferno. Esta simplicidade de processos tem um custo evidente: semeia o ódio que adubará, no futuro, a repulsa dos vizinhos para com Israel, que, é bom lembrar, deveria ter direito a viver na região, mas com serenidade. Poderemos discutir sempre o “pecado original” com que o estado de Israel foi concebido, mas, passadas oito décadas, já deveria ser impossível cair nestas práticas próprias de um Hitler. Arafat ainda o quis, mas Israel nunca ajudou. E bem que o podia ter feito.   

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Quando a mais do que mediocridade descredibiliza os jornalistas

O exponenciado medíocre chefe do executivo descredibiliza o jornalismo e os jornalistas, dizendo que é preciso uma comunicação «tranquila» e «não ofegante»(!). Adiantando, que o impressiona ver jornalistas com auriculares para lhes soprarem o que vão perguntar. A tranquilidade, significa que quer os jornalistas domados. Domesticados. O primeiro- -ministro, nada sabe da profissão de jornalista e menospreza-a. Os jornalistas irem atrás dele «ofegantes» fazem-no, porque não têm respostas. Montenegro, atira o jornalismo para um fosso indesejável... Os auriculares justificam-se. Precisam de estar em contacto com as redacções para receberem indicações. A ignorância e a má-fé daquele é crassa! Dizer que os jornalistas fazem perguntas teleguiadas, através do auricular, fica-lhe muito mal! Este desgoverno irá extirpar da RTP publicidade, para a entregar às televisões privadas. Serão 22 milhões de euros, supimpa!... Desvalorizam o serviço público e, quando der prejuízo, de momento dá lucro, privatizará a RTP. Esta direita extremada servir os privados faz sentido. O jornalismo e jornalistas merecem respeito. Viva o jornalismo e os jornalistas!

Não temos melhor(es)?



O Expresso de 4/10 desvenda-nos o indisfarçável desalento da provedora de Justiça Europeia, Emily O’Reilly, em final de mandato, no que respeita à falta de transparência da Comissão Europeia, ao perigo das portas giratórias tão tentadoras para diversos comissários, e até de má administração do executivo. Quer isto dizer que, não obstante as chorudas remunerações que auferem, os dirigentes da União Europeia, estarão a ser pouco zelosos no cumprimento das suas funções, em manifesto prejuízo dos interesses do comum dos europeus? 

Está agora a Comissão Europeia a preparar o próximo quadro financeiro plurianual, e já se vai sabendo que este dissimula um relaxamento na Política de Coesão, cujo futuro poderá estar em risco, pelo menos na opinião que Vasco Cordeiro, presidente do Comité das Regiões, confiou ao “Público”. A Comissão Europeia, naturalmente, é composta de pessoas, e, como tal, falível e imperfeita. Mas será que não é possível encontrar melhores para o desempenho de cargos com tantos poderes? Ir a correr/voar, ao som da primeira sirene em Kiev ou Telavive, não chega. Os cidadãos europeus exigem mais e melhor.

terça-feira, 8 de outubro de 2024

 

FINALMENTE TIRARAM A MÁSCARA


A grave situação que se verifica no Médio Oriente tem origem no comportamento de Israel em relação ao povo palestiniano que durante décadas tem agredido, prendido, humilhado e ocupado as suas terras com colonatos. Roubando assim a sua subsistência e o direito de viver em paz e liberdade. Tal comportamento, naturalmente, provoca justificada resistência mas também ódios e desejos de vingança, cuja última manifestação foi o ataque de 7 de outubro de 2023 que provocou um elevado número de mortos e reféns israelitas.

Condenável, evidentemente!Mas não será devido ao referido comportamento que não respeita nada nem ninguém? Incluindo dezenas de resolução da ONU. E que dizer da resposta? Do brutal genocídio que em menos de um ano, já provocou, só na Faixa de Gaza, 40.000 mortos e 92.000 feridos. Sendo a maioria mulheres e, sobretudo, crianças.

Com o seu poderio bélico que, como se sabe, inclui armas nucleares, os sucessivos Governos de Israel, sobretudo este último, sempre rejeitaram uma natural e sã convivência com os seus vizinhos. E nunca admitiram, à Palestina, um Estado independente e soberano conforme resolução da ONU.

É também conhecida a responsabilidade dos EUA. Para além do apoio militar, nunca condenaram o comportamento despótico e desrespeitador das normas da ONU e do direito internacional de Israel.

Em relação à Palestina, mas também a outros Estados; Síria, Irão, Líbano.

Agora, além de declararem o nosso compatriota António Guterres persona non grata por se ter limitado a cumprir a sua função de secretário-geral da ONU, a última façanha (acabo de ouvir na Antena1, sexta-feira de manhã) que bombardearam a estrada que liga o Líbano à Síria. Encurralando assim, sadicamente, milhares de cidadãos que fogem dos bombardeamentos, especialmente a Beirute. Como noutras ações semelhantes ou piores, trata-se de puro terrorismo de Estado.

O seu grande aliado do outro lado do Atlântico, em relação à criação dos dois Estados, até se tem dito favorável mas sem nunca dar passos concretos nesse sentido acompanhando tantos outros Estados. E mesmo em relação a outros crimes e desmandos de Israel, como a criação de colonatos, nunca propriamente foi ao ponto de os apoiar publicamente. Mas agora, depois da resposta do Irão a todas estas agressões e crimes, incluindo destacadas personalidades do seu país e em território iraniano, Joe Biden e Kamala Harris, tiraram finalmente a máscara e reiteraram com toda a veemência o seu apoio incondicional ao Governo de Natanyahu. Trump, não necessitou de a tirar porque nunca a usou. Sempre declarou esse apoio incondicional acrescentando até que o Governo de Israel é que determina o seu comportamento e o dos EUA, só tem de o apoiar.

À semelhança de outras organizações pelo mundo fora, faz bem o Conselho Português para a Paz e Cooperação, organizar uma jornada nacional de solidariedade com o povo palestiniano e pela paz no Médio Oriente de 2 a 12 de Outubro em vários pontos do país. Em Lisboa será dia 12.

Francisco Ramalho


Publicado hoje também no jornal O SETUBALENSE





Dos engrimanços da liberdade

 

 LIVRE ARBÍTRIO

 

É-nos intrínseco o livre arbítrio

Mas sempre controlam como o usamos

E se esse controlo não aceitamos

Não faltará quem nos queira em suplício.

 

Mesmo fazendo bem desde o princípio

Pode acontecer de nos descuidarmos

E se não há com que nos apoiarmos

Há logo quem queira ter benefício.

 

A falsidade está por todo o lado

Ninguém pode andar despreocupado

Pensando que tem como dela escapar;

 

Quando o desonesto procura um alvo

Ninguém pode pensar estar a salvo

Sendo mais seguro não se descuidar...

 

Amândio G. Martins

 

domingo, 6 de outubro de 2024


 



VORAGEM DOS DIAS


O ALERTA ESQUECIDO DE EINSTEIN E HANNAH ARENDT


Depois de meses a ser desafiado, o Irão atacou alvos militares em Israel. A resposta de Telavive pode iniciar uma reação bélica em cadeia. Como chegámos a este absurdo de parte do nosso futuro coletivo depender de uma figura tão hedionda como Netanyahu?

Em 04 12 1948, o New York Times publicou uma Carta aos Editores assinada por 27 personalidades judaicas de relevo, incluindo o físico Albert Einstein e a filósofa

Hannah Arendt. Desde 1947 que a violência entre árabes e judeus marcava o cenário político na

Palestina. Os subscritores da carta, muitos deles cidadãos dos EUA, escreveram, não para apoiar Israel, independente desde 14 de maio desse ano, mas para lançar um alerta em relação a uma visita considerada perigosa para o mundo inteiro: Menachem Begin (1913-1992). O teor dessa missiva, ignorado como as

profecias de Cassandra, explica-nos como foram

criminosas as décadas de cumplicidade dos EUA e da Europa com os abusos de Israel. Do apartheid passámos ao genocídio, e agora a uma possível conflagração global.

Os autores da carta denunciavam a visita de Begin aos EUA, pouco antes das primeiras eleições israelitas (25

01 1949). Para os subscritores, o passado “fascista” de Begin estava a ser branqueado, enganando todos aqueles que até 1945 tinham travado uma longa guerra

contra o nazi-fascismo. A carta recorda que o Partido da Liberdade (Tnuat Haherut) de Begin é “muito semelhante, na sua organização, métodos, filosofia política e apelo social, aos partidos nazi e fascista.” Begin formara em 1943 uma organização terrorista contra a administração britânica na Palestina, o Irgun, que em 1946 fez explodir o Hotel Rei David em Jerusalém, matando 91 pessoas. Prossegue a carta: “as declarações públicas do partido de Begin (…) hoje

falam de liberdade, democracia e anti-imperialismo,

quando até há pouco tempo pregavam abertamente a doutrina do Estado fascista.” Exemplificam com o massacre, em 9 de abril desse ano, da aldeia árabe de Deir Yassin. Quase todos os 240 habitantes foram assassinados. Com orgulho, os terroristas do Irgun convidaram os correspondentes estrangeiros a fotografar os cadáveres nos destroços da aldeia,

enquanto os “sobreviventes desfilaram como cativos pelas ruas de Jerusalém”. O partido de Begin é ainda acusado de “no seio da comunidade judaica pregar uma mistura de ultranacionalismo, misticismo religioso e superioridade racial.”

Corretamente, a carta define o fascismo e o nazismo pelo método e não pela etnia. Confirmam que a organização política de Begin tem “a marca inconfundível de um partido fascista para o qual o terrorismo (contra judeus, árabes e britânicos) e a deturpação são meios, e um ‘Estado Líder’ é o objetivo.”

Nas eleições de 1949, o partido de Begin teria apenas 14 dos 120 assentos do Knesset. Só em 1977, depois de oito eleições consecutivas, Begin e o seu novo partido, Likud, (onde hoje campeia Netanyahu) chegariam ao poder, quebrando três décadas de hegemonia trabalhista. Foi com Begin que se aceleraram os colonatos em Gaza e na Cisjordânia, tendo também sido ele o primeiro a invadir o Líbano, em 1982. Mas o pesadelo, vaticinado na carta dos

judeus antifascistas de 1948, só atingiria a plenitude com Netanyahu, ainda mais brutal que Begin. O atual PM israelita desempenhou o cargo, intermitentemente, durante quase 20 anos, sempre pronto a aliar-se a

formações ainda mais racistas e fanáticas do que o Likud. O canal Al Jazzera publicou em abril um trabalho com vídeos colocados nas redes sociais por soldados

israelitas. É doloroso visionar a alienante bestialidade em que homens e mulheres comuns (o IDF é um exército de cidadãos) se deixaram afundar, intoxicados no ódio racial. A fúria homicida de Netanyahu, cuja raiz foi denunciada na carta de Einstein e Arendt em 1948, hipnotizou o Congresso dos EUA, esse gigante sem cabeça, colocando ao serviço da sua pulsão de morte todo o poderio militar de Washington e a servil cumplicidade da UE.


Viriato Soromenho-Marques, 5 Outubro/24

sábado, 5 de outubro de 2024

O OE25 chumbado é catástrofe... para quem?

A operação montada em torno do Orçamento do Estado de 2025(OE25) é enormíssima, inaudita até... são horas a fio de informação e dos «iluminados» comentadores, muitos deles serviçais da cartilha do bloco central de interesses. Agora, com a presença assídua e a banalizar-se, com personagens obscuras, sinistras e perigosíssimas do partido neo-fascista, Chega. Todos eles apelam à aprovação do OE25, senão é uma catástrofe(!). Catástrofe para quem? A catástrofe já lá está inscrita para: os pobres; os desempregados; os precários; os portugueses sem habitação; os sem-tecto e por aí fora. Esta gente que nos desgoverna e os que são alternância, nunca falaram de: aumento de salários e pensões, direitos dos trabalhadores e legislação laboral, SNS, Escola Pública, direito das crianças, justiça fiscal e justiça dual, Cultura e muito mais. Há um simulacro de discussão da proposta do OE25, já que só se discute o IRS e o IRC. Situações gravíssimas que urge resolver e nos afectam são ostensivamente esquecidas. Estes políticos do centrão, da direita extremada e extrema-direita, os mais falados, ouvidos e vistos, são uma negação - uma indestrutível nódoa!

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Parada e resposta



No momento em que escrevo esta carta, aguardo com ansiedade a contraproposta do PS à contraproposta (irrecusável) do Governo. Com maior ansiedade, aguardo ainda a reacção de Israel à reacção do Irão. Por muito importantes que sejam, não vou perorar aqui sobre aqueles dois temas. Interessa-me mais, de momento, assinalar uma espécie de paralelo entre dois artigos do PÚBLICO, o primeiro, em 2/10, da autoria de Maria João Marques (M.J.M.), e o segundo, no dia seguinte, de Manuel Carvalho (M.C.). O tom de M.C. não possui o acinte destilado por M.J.M., mas nenhum dos autores esconde alguma animosidade relativamente a Pedro Nuno Santos (P.N.S.).

Ao contrário de M.C., não deixaria de considerar uma evidente quebra de princípios se o PS contemporizasse, ainda que em nome da governabilidade do país (que, na opinião de muitos, não ficará beliscada, caso tenhamos de viver em duodécimos), com as “exigências” de abaixamento do IRC e, sobretudo, da aplicação das regras que o PSD entendia no tocante ao IRS Jovem. Não acompanho M.C. na ideia de que seria um acto de “humildade democrática” P.N.S. propor-se aguardar até ser Governo para corrigir os erros de outros. Antes me parece que seria uma entorse na verticalidade do seu partido.


Público - 06.10.2024

Montenegro sem tirar nem pôr

 

O espantoso espectáculo que o primeiro-ministro deu no Parlamento, esgrimindo lealdade perante um adversário político, ao mesmo tempo que demonstrava todo o contrário do que pressupõe  lealdade, mostrou um Montenegro igual a si próprio, na sua estafada dialética de demagogo barato, a que o seu característico sotaque de cana-rachada dá ainda mais realce; e ficou claro que a prometida proposta que não podia ser recusada não era mais que um arremedo do estilo mafioso de “Dom Vito Corleone”, interpretado por Marlon Brando, no célebre filme “O Padrinho”.

 

E se Pedro Nuno conseguir resistir às tais pressões, e mantiver a firmeza prometida na defesa dos princípios, terá prestado à regeneração da política um meritório serviço, e feito uma rara demonstração de que não vale tudo na procura de poder, até porque já há estudos de entidades insuspeitas e suficientemente credíveis que demonstram que o que defende é muito mais do que um mero capricho para criar problemas à governação de Direita...

 

Amândio G. Martins

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

A República Portuguesa merece melhor presidente

O presidente da República é camaleónico e catavento. Verboso, no sentido de verborreico! Foi peremptório, face ao poucochinho ou nada socialista PS e a António Costa atirando este para fora da actividade política nacional, sem justa causa... Arrisca ser o mais dissolvente de todos os presidentes, vaticinam comentadores. Será que vai pôr borda fora o seu comparsa do PSD, Montenegro, caso não seja aprovado o OE25? Sendo um presidente daquela fação política, não nos parece... A pressão inaudita que exerce para que se aprove o documento fica-lhe mal e, é entendido como ajudar o seu colega de partido e chefe do executivo. Porém, subliminarmente, está afim de dissolver o Parlamento se o OE25 não for aprovado, já que se via livre de vez das comissões parlamentares das gémeas. A República Portuguesa merece muito mais e muito melhor, do que este presidente que nada acrescenta para a maioria dos portugueses - os pobres e os trabalhadores. Nada!

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Questões sobre o IRS jovem


1ª A que se destina ?
Diz o Sr. 1º ministro que se destina  a  evitar a emigração de jovens talentos.
Acontece que a medida vai beneficiar quem ganha acima do salário médio, e quem conseguir
um posto de trabalho acima do salário do médio trata de o segurar com unhas e dentes indiferentemente do imposto que lhe seja cobrado
As pessoas que estejam neste patamar se emigrarem já não é por motivos económicos, mas por outros como aventura.
Os que estão abaixo vão continuar a emigrar; estes é que precisam ser puxados para cima
2ª A quem se destina?
Nas empresas privadas e até na função pública vencimentos de três quatro e cinco mil euros não abundam.
Onde há muita gente nestas condições é precisamente à volta dos ministérios ( os denominados boys) 
3ª Problemas que pode arranjar.
Imaginemos que um chefe de serviço que tem 55 anos e ganha quatro mil euros recebe para trabalhar às suas ordens um desses boys a ganhar três mil ,mas na prática leva mais dinheiro para casa que é isso que conta ; as coisas vão correr mal, porque o chefe vai passar os anos  que lhe restam até à reforma  a ver um subordinado ser mais bem recompensado que ele 
N as empresas privadas o que acontece na mesma situação é que pura e simplesmente os empresários não vão na conversa de pôr um miúdo que acaba de sair da universidade a ganhar mais do que um veterano com  anos de experiência.
O que vai acontecer é uma de duas coisas: ou se aumenta o mais antigo ou o mais provável é que o novo receba um ordenado adequado às novas circunstâncias, que vão ao fim e ao cabo prejudicar o seu futuro.
Por isso ( a meu ver) persistir nisto é uma decisão estapafúrdia

Quintino Silva

terça-feira, 1 de outubro de 2024

54 anos de luta da CGTP-Intersindical Nacional

 


À luz da experiência e da luta dos trabalhadores em 1 de Outubro de 1970 é criada a Intersindical. Em 25 de Abril de 1974 aparece a Intersindical como polo dinamizador e coordenador dum forte e unido movimento sindical, assumiu a responsabilidade de organizar as primeiras comemorações em liberdade do 1.º de Maio e consegue que o Dia Mundial do Trabalhador seja feriado nacional.

Em 2024, são 54 anos de luta constante pela melhoria das condições de vida dos trabalhadores portugueses, pela democracia, pelas liberdades, por um futuro melhor e de paz. Luta que assumiu hoje na concertação social, ao considerar que não existe uma suficiente e necessária valorização do salário mínimo e do salário médio, são agravadas as desigualdades, não são eliminadas as normas gravosas da legislação laboral, nomeadamente a caducidade da contratação colectiva e o tratamento mais favorável, e que por via dos impostos corresponde aos interesses dos grupos económicos e financeiros e ao aumento dos seus lucros em prejuízo dos interesses e condições de vida da população, dos trabalhadores e reformados.