quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Boas maneiras

 

Agradável de ouvir...

 

 

Que a senhora é muito simpática e diz coisas que, a um português, soam bem agradáveis de ouvir, não se poderá negar, mesmo que a realidade só em muito pouco corresponda às palavras ditadas pelas boas maneiras da diplomacia; desde logo porque a senhora Ursula von der Leyen está inserida numa máquina complexa e burocrática que demora imenso tempo a dar às palavras a substância prometida.

 

Assim, andamos todos a fazer planos contando com “o ovo no cu da galinha”, e enquanto o dito sai e não sai, lá se vai isvaindo o entusiasmo; e quando, finalmente, chegar alguma coisa, também a nossa atenção e vigilância já estará “focada” -  como agora se diz -  noutra coisa qualquer, tamanha e imprevisível se apresenta  a dinâmica dos dias que correm, e saberá Deus quantos projectos, mais uma vez, terão de ficar pelo caminho, porque o "folhelho" sumiu-se pelos ínvios atalhos habituais...

 

 

Amândio G. Martins

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Orçamento do Estado em discussão


O Orçamento do Estado não pode ser votado 
contra as opiniões dos partidos que têm posições 
diferentes do PS governamental. Nem com a pressão
presidencial ansiosa pelo nocivo bloco central 
branqueando a posição do seu PSD.
Atinge o cúmulo apelando ao unanimismo(!).
Outra vez o vírus tem costas largas...
Tivemos quase meio século de posição única.
Bastou e basta!  Caso o OE seja aprovado
com a abstenção favorável do partido de
Marcelo o panorama político guina 
mais à direita. Quase todos ficam a perder: 
Os trabalhadores, o SNS, as micro/
pequenas e médias empresas, os transportes 
públicos, a educação pública, a Cultura e por aí fora.
A democracia seria ainda mais caricaturada... 
Caso o PSD fosse hoje desgoverno seria
inimaginável as malfeitorias já cometidas
contra os mesmos de sempre!

                  Vítor Colaço Santos 

 

AEROPORTO NO MONTIJO, PORQUE INSISTE O GOVERNO ?


Devido ao impacto negativo nas populações e, sobretudo, no ambiente de uma maneira geral, com particular incidência nas muitas espécies de aves migratórias e autóctones, as organizações ambientalistas, convergem na crítica ao novo aeroporto no Montijo.

Também o Laboratório Nacional de Engenharia Civil, a Ordem dos Engenheiros, e a dos Biólogos, os municípios da Moita, Palmela, Sesimbra, Setúbal, Benavente e a AMRS, fundamentadamente, discordam.

Para além de diversos aspetos altamente negativos, é unânime para as entidades citadas, que esta opção, está longe de completar ou ser alternativa, ao aeroporto Humberto Delgado.

Num trabalho sobre a matéria, da autoria da jornalista aqui da casa, Ana Martins Ventura (O Setubalense, 30/7/19), citando Manuel Ferreira da “Plataforma Cívica Aeroporto BA6-Montijo Não!”; “Este não é um novo aeroporto. É o velho aeroporto de Lisboa, com um remendo no Montijo”. E referindo-se ao acrescento que seria feito à pista, na Base Aérea do Montijo.

“ A pista terá de ser forçosamente estendida. Porque tem 2187 metros e não suporta a aterragem de aviões de grande porte, da classe C. Aumentada 300 metros para sul, no sentido do Barreiro, vai fechar o canal de navegação e aumentar a suscetibilidade do aeroporto às inundações e subida do nível das águas”.

Concluindo: “ Este plano não é um atentado, nem uma ameaça. É um crime da ANA”.

Para os leitores menos atentos, convém lembrar que a empresa ANA, de portuguesa, só tem o nome. Foi privatizada e vendida à multinacional francesa, VINCI, um dos principais acionistas da Lusoponte que também explora as pontes 25 de Abril e Vasco da Gama.

Portanto, à ANA, o que lhe interessa é o “remendo do aeroporto de Lisboa no Montijo” E ao país? Porque insistirá o Governo PS?

E as criticas já se internacionalizaram. Cientistas portugueses da Universidade de Aveiro, fizeram-nas Chegar à prestigiada revista científica Science. Em declarações à Lusa, o biólogo José Alves coautor com Maria Dias da organização Birdlife, do texto publicado na referida revista, acusa o Governo português de ir contra os objetivos do Pacto Ecológico Europeu ao persistir na construção do aeroporto no Montijo, apontando sobretudo o efeito destrutivo em centenas de milhares de aves no estuário do Tejo. Acrescentando, “Há outros países que partilham estas aves e que investem na sua proteção, porque já estão numa trajetória de declínio. Estamos a falar de 200 mil aves no Inverno e 300 mil nos períodos migratórios.

A ideia de que as aves, porque voam, se podem deslocar para outros lugares, não corresponde à realidade. Estas aves, apesar de voarem milhares de quilómetros, são fiéis aos locais para onde migram, por vezes ao quilómetro quadrado”.

Tudo isto,apesar das alterações climáticas, quando deveria ser preocupação geral a preservação das espécies e do ambiente.

Tudo isto, com a opção Alcochete bem menos problemática e completa, ali tão perto. E o grande aeroporto de Beja às moscas, em comboio rápido, a uma hora da capital.

Francisco Ramalho

Publicado hoje no jornal "O Setubalense"








O papel da Europa

 Dos dinheiros que vêm da Europa e dos planos portugueses para os utilizar, já o jornal Público trouxe ontem um extenso "dossier", com valores, análises e papeis a desempenhar. Confesso que o li por obrigação cidadã pois aquilo era "tanto para isto, tanto para aquilo" e as obras "intencionais" eram tantas que, mesmo para um prosélito dos números... era uma "maçada". Mas vou guardar... 

Retive no entanto duas ou très coisas que me agradaram sobremaneira, por certo depreciadas pelos anti-europeus e pelos europeus "desconfiados". Que os prazos para aceitar os planos, bem como para os executar,  assim como a sua regulação, têm limites, que serão supervisionados pela UE. Bem como esta impor percentagens do dinheiro para duas áreas: digital e climática. Mormente a última e que é de 37%. A terceira já referi há dias, mas essa é da "nossa" responsabilidade: o portal a prestar contas, "minuto a minuto", da utilização do dinheirinho...

O resto é ser europeísta - porque europeu já sou - e gostar mais do cosmopolitismo humanista que do "leitinho das minhas vacas" que, "obviamente", é o melhor do mundo...

Fernando Cardoso Rodrigues

EU NÃO ME CALO!

 Mesmo que o Costa e o Marcelo me tentem controlar, eu não me calo. Mesmo que o Trump, os fascistas e os capitalistas me tentem amordaçar, eu não me calo. Mesmo que me tentem impor a máquina e o Big Brother, eu não me calo. Nasci livre. Li e ouvi os mestres e os malditos. A mim não me fazem a cabeça. Sou o mais doido dos poetas. Não sirvo a Deus nem a ninguém.

Degenerescência

 

Recrutamento e preparação deficientes...

 

 

Volta e meia lá aparecem notícias de mais uns quantos elementos das polícias apanhados em actos criminosos, fazendo parte de bandos que os aliciam como avençados, e como são mesmo fraca gente,  logo começam a exibir publicamente uma vida muito acima daquilo que a sua condição de servidores públicos permitiria; todavia, no caso mais arrepiante dos últimos tempos nem havia qualquer recompensa, a não ser aquela de satisfazerem a selvajaria dos seus maus instintos: tês polícias de fronteira, a trabalhar no aeroporto de Lisboa, moeram à pancada um cidadão estrangeiro e deixaram-no a morrer aos poucos, sem qualquer assistência.

 

Foram recentemente condenados a penas de prisão altas patentes das forças armadas, até um general, não por terem cometido graves erros de comando, mas por terem organizado esquemas de sobrefacturação de fornecimentos, embolsando milhares de euros de dinheiros públicos; isto confunde-me porque um general, para chegar àquele posto, teve de frequentar e ser aprovado em vários cursos para ir subindo na carreira, fazendo-me “espécie” que, ao longo de um trajecto de muitos anos, não tenha sido possível detectar as deficiências de carácter que agora não conseguiu esconder...

 

 

Amândio G. Martins

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Ameaça de trevas

 

Preocupantes, os ventos que sopram...

 

 

Andam disfarçados no meio da gente, fizeram cursos superiores e alguns, por um processo que Laurence Peter explica bem, chegam mesmo a ocupar postos de relevo na administração pública e na sociedade; todavia, não foi por acções marcantes em prol do bem comum que se destacaram; tal como o vírus que assola o mundo, nunca ninguém deu por eles até começarem a causar estragos.

 

Escreve um dia destes no JN o jornalista Miguel Conde Coutinho: “O ano de 2020 tornou-se o ano de todas as impossibilidades e as anormalidades não param, como  debater o que não poderia nunca gerar debate algum, como a proposta que apareceu no congresso de um partido para que fossem retirados os ovários às mulheres que abortassem; castrados no córtex cerebral, há militantes desse partido que não sabem que o Mundo ocidental não é compatível com as barbaridades que advogam; igualmente castrado no hipocampo, um professor de Direito da Universidade de Lisboa propôs-se a ensinar a “violência doméstica como disciplina doméstica”.

 

No mesmo jornal, na revista Notícias Magazine, escreve Susana Romana na sua página “Almanaque”: “Eu sei que a proposta de retirar às mulheres os ovários chumbou, mas isso não me impede de agora sugerir que se retirem aos seus signatários os “tomates” e se lhos agrafem aos céus da boca a ver se não falam nunca mais”; e acerca do “beijo de amiga” da bastonária dos enfermeiros: “claro, é muito mais prático fazer duzentos quilómetros de carro do que mandar um WhatsApp a combinar um encontro para um café e um palmier”.

 

 

Amândio G. Martins

domingo, 27 de setembro de 2020

Poesia da boa

 

O Convertido

 

 

Entre os filhos dum século maldito

Tomei também o lugar na ímpia mesa,

Onde, sob o folgar, geme a tristeza

Duma ânsia impotente de infinito.

 

Como os outros, cuspi no altar avito

Um rir feito de fel e de impureza...

Mas, um dia, abalou-se-me a firmeza,

Deu-me rebate o coração contrito!

 

Erma, cheia de tédio e de quebranto,

Rompendo os diques ao represo pranto,

Virou-se para Deus minha alma triste!

 

Amortalhei na fé o pensamento,

E achei a paz na inércia e esquecimento...

Só me falta saber se Deus existe!

 

 

 

Antero de Quental, transcrito por

 

Amândio G. Martins

sábado, 26 de setembro de 2020

Vacina sim, mas só?

A avaliar pela disseminação noticiosa, as preocupações do mundo relativamente à covid-19 concentram-se na descoberta de uma vacina. Oxalá o sucesso surja rapidamente, mas não esqueçamos que as vacinas contra a SIDA e os diversos coronavírus anteriores ao SARS-CoV-2 ainda não apareceram, apesar de procuradas há longos anos. 

Em paralelo, estarão, certamente, a desenvolver-se esforços para descobrir terapêuticas que debelem a doença, assim como para a concepção de dispositivos que, de forma imediata, consigam detectar a presença do vírus em qualquer observado. Destes esforços, contudo, não são visíveis grandes e “parangónicas” notícias, o que é pena, pois afiguram-se-me, no momento presente, ainda mais importantes do que a própria vacina. Caso a tecnologia actual consiga produzir tais “instrumentos”, a sociedade em geral, pela agilização que trariam ao seu funcionamento, beneficiaria mais do que da almejada vacina. Mesmo o medo, globalmente instalado, poderia atenuar-se com estas “ferramentas”, anulando-se a maioria dos efeitos indirectos da pandemia ou da luta contra ela.


Público - 28.09.2020

Ímpeto de alma...

 Li hoje, no Público, uma interessante entrevista dum empresário, José Neves (JN), que decidiu doar 2/3 da sua fortuna a uma fundação, criada por si e pelos seus dois sócios, para financiar pós-graduaçóes de 1.500 portugueses na área do conhecimento digital. Tentar analisar isto, dava " pano para mangas", mas vou atrever-me a algumas considerações que me assolaram, sem lhes dar conotação valorativa. E , desde logo, saudar a  doação, o que é sempre bom. Depois vem a minha boa surpresa ao ouvir expressões belas, por parte de JN, como " é o momento de partilhar" e " é um ímpeto de alma", hoje em dia quase "esotéricas". Gostei ainda que (helas!) falasse sempre de desenvolvimento e, nem por uma vez, de crescimento, que é a panaceia universal dos "iluminados". Igualmente gostei - tanto como duvido da sua execução... - da necessidade da formação contínua dos empresários, bem como dos empresários-donos ( até porque não os "distingo" muito bem). Finalmente vem-me à cabeça a pergunta que me parece óbvia. embora a saiba imbuída de "dúvida metódica", ainda por cima "pessimista": qual o valor do 1/3 da fortuna pessoal que guardou para si? Talvez a resposta esteja contida ( ou não...) na frase que proferiu e passo a citar: " essa é verdadeira fonte da felicidade; o enriquecimento material, a partir de um determinado nível, não faz qualquer diferença" . Apetecia-me pedir-lhe que quantifique mas... ao menos e sei que, seja ele quanto for, foi o " ímpeto de alma" do senhor que doou os outros 2/3 do dinheiro...

Fernando Cardoso Rodrigues

Vandalismo

 

Ignorância e estupidez juntas...

 

 

Quando tal mix acontece, raramente pode saír boa coisa daí; e foi o que se verificou há tempos com as gravuras do Côa quando, de um grupo de ciclistas que por lá passeavam,  se destacaram dois vândalos que tiveram a “coragem” de lá deixar a marca daquilo que realmente são, só não tendo causado mais estragos porque, também do mesmo grupo, alguém alertou para o crime que estava a ser cometido.

 

Para preservar aquele património, António Guterres, quando chegou ao Governo, tomou a decisão corajosa de mandar parar a construção de uma barragem - que o cavaquismo havia promovido -  ajudado por uma campanha cívica a favor daquele achado, em que foi criado o slogan “As gravuras não sabem nadar”. Diz agora a notícia do JN que a PJ descobriu os autores da façanha, ocorrida em 2017, que vão agora ser julgados e sobre os quais pesa um pedido de indemnização de 125 mil euros, esperando eu que sejam mesmo condenados a pagá-la, até para que sirva de aviso a outros do mesmo jaez...

 

 

Amândio G. Martins

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

A MISSÃO

As páginas de Dostoievski encantam-me. As grandes questões da alma humana. O bem e o mal. A existência de Deus. A revolta. O amor. A liberdade. A liberdade de pensamento. Nada disso tem a ver com políticos quadrados, vendilhões ou fascistas. Ou talvez tenha. Talvez esteja tudo ligado. Tudo isso faz parte do homem. Mas o homem também é irmandade, utopia, paraíso na Terra. Não me atirem merda para os cornos! Nascemos de graça e na Graça. Somos pela abolição do dinheiro e do trabalho imposto. Somos pela criação. Dá-nos um gozo imenso pensar, imaginar, ir mais longe. Já fizemos grandes viagens. Temos a bondade mas também a raiva da rebelião. Queremos justiça. Queremos continuar o nosso caminho, a nossa missão. 

Da cidadania

 

Cada vez mais necessárias...

 

 

...São as aulas de Educação para a Cidadania, como se pode facilmente verificar por todo lado; de facto, a começar pelo recrudescer do número de infectados pela pandemia que, depois de ter diminuído com o confinamento -  e o caso dos idosos em casas de acolhimento é um escândalo -  mostra agora uma situação preocupante, numa demonstração clara da falta de disciplina e respeito pelo semelhante porque, neste último caso, não são os velhos que saltam os muros para se divertirem em noitadas desbragadas, mas gente inconsciente e irresponsável que lhes leva para lá o veneno.

 

Outro caso sintomático da falta de civismo é o que se tem passado nos transportes públicos; lê-se no JN que há dezoito milhões de euros de multas por cobrar a gentinha que foi apanhada pelos fiscais sem bilhete válido -  e talvez outras tropelias - porque os faltosos, além do descaramento de viajar à borla, se recusaram a pagar o devido quando a isso foram intimados; e como a máquina fiscal não foi capaz de, em tempo útil, reaver aquele elevado montante, grande parte vai prescrevendo, porque o actual Governo até reduziu o prazo de prescrição de cinco para três anos...

 

 

Amândio G. Martins

 

 

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Velharias

 

Franco Nogueira...

 

 

Este homem esteve para Salazar como Gromiko para Brejnev e seus pares, e Labrov está hoje para Putin, com a diferença de que o “nosso” ministro dos Estrangeiros chegou a ter de enfrentar o mundo todo, por causa da guerra colonial; exilado após a Revolução democrática, abalançou-se a escrever uma biografia de Salazar, em três volumes, de que há pouco encontrei o primeiro -  numa feira de velharias que aqui se realiza uma vez por mês -  com o subtítulo “A mocidade e os princípios”.

 

Achei coisas interessantes acerca do ditador ainda em embrião, mas já dando sinais do que poderia vir a ser, como aquele de deixar sem resposta o padre Mateo - que, juntamente com o padre Cerejeira, fazia parte dos inseparáveis de Coimbra – quando Mateo lhe disse, afagando-lhe o rosto: “A mim não me enganas tu; por detrás dessa carinha de sonso desenvolve-se  um vulcão de ambições”, o que foi confirmado logo na tomada de posse como ministro das Finanças: “Sei muito bem o que quero e para onde vou, mas não se me exija que chegue ao fim em poucos meses. No mais, que o país estude, represente, reclame, discuta, mas que obedeça quando chegar a altura de mandar”.

 

Mas o que me despertou este texto foi que encontrei no meio do livro, bem dobradinhas, duas páginas da revista Opção, de 9 de março de 1977, com um Editorial do director, Artur Portela Filho, que começa assim: “Salazar”, do sr. Franco Nogueira, é um livro pequeno, de um homem pequeno, sobre um homem pequeno; o que não implica que não seja um livro manhoso, um livro que chega com pezinhos de lã, que ergue ao homem que destruíu a liberdade deste país e ia destruindo o carácter moral da nação um monumento”.

 

“Em primeiro lugar há que dizer, com clareza, três coisas: é falso que “Depois da Revolução do 25 de abril de 1974, se tenha gerado um clima de ódio contra a figura histórica e humana de Salazar”, e é falso que as nossas razões contra Salazar sejam “razões pessoais”, porque não há, contra Salazar, “razões pessoais”; há, sim, razões nacionais, morais, históricas, políticas; Salazar não era inimigo pessoal de ninguém, era inimigo do povo português”.

 

 

 

Amândio G. Martins

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

O "Chico"

 Há dias atrás a RTP2 transmitiu um documentário sobre Francisco de Holanda, figura do Renascimento. Já antes, a Imprensa Nacional tinha publicado um opúsculo sobre essa figura portuguesa, numa excelente colecção que, penso, ainda perdura. Vi, li e gostei.

O meu interesse foi "retroactivo" pois veio do facto de, durante a minha adolescência e juventude, ter jogado andebol no grupo desportivo que tinha o nome do renascentista português. O que desde logo é curioso pois quase todos éramos alunos do Liceu de Guimarães e quem ostentava o nome Francisco de Holanda era a Escola Industrial, hoje Escola Secundária. Mas mais curioso ainda era que, num "atrevimento" próprio da idade, dizíamos que jogávamos no.... "Chico de Holanda". E, não satisfeitos, abreviávamos ainda mais para... "Chico". Comecei pelo fim, pois agora diria: joguei no Sr. Francisco de Holanda. E, vai daí... talvez não.

Fernando Cardoso Rodrigues

A NOVA VIDA

 Regresso à tranquilidade do lar. Leio Dostoievski. Elevo-me. Os livros e as cartas recuperadas da Goreti à minha frente. Os aviões. A música clássica. É, de facto, diferente escrever sob o efeito da cerveja ou sob o efeito do café. Com a cerveja, a escrita sai mais fluída, às vezes de jacto, não que seja necessariamente melhor. Com o café é mais pensada, ponderada. Hoje só tomei café. E penso. Penso no homem livre. Penso no homem que poderia ser livre. Se não existissem tantas prisões e estes patrões. Se as pessoas não se deixassem manipular. Mas uma boa parte das pessoas não alcança. Nem sei se quer alcançar. Só querem dinheiro, casa, família, conforto. Não vão mais além. Não sonham. Não são como certos poetas e certos filósofos e outras pessoas. Que acreditam num novo mundo, numa nova vida. E discutem e lutam por isso.

O CAOS E OS LIVROS

 Eu e os meus livros. Continuo a ler "Os Irmãos Karamazov" de Dostoievski e outras coisas. Lancei o meu 16º livro, "Os Últimos Copos", pela Amateur. Tem piada que até aos 16 anos não me interessei por literatura. Só no 12º ano, em Braga, e sobretudo no primeiro ano em que estive na faculdade no Porto é que comecei a devorar livros. Ia às livrarias da Rua da Fábrica. Foi aí que comprei o "Assim Falava Zaratustra" de Nietzsche. E a cabeça deu umas voltas, tal como tinha dado uns tempos antes com os Doors e Jim Morrison. Agora estou aqui, aparentemente tranquilo mas pronto a explodir. Os poderes tremem. O caos está instalado.

Andando e aprendendo

 

Ementa estrambólica...

 

 

É verdade que as conservas de peixe se podem servir de muitas maneiras, mas massa com atum é algo que, em dezenas de anos a fazer refeições em vários locais e regiões, sobretudo o almoço, nunca vi em lado nenhum; todavia, parece fazer parte da ementa que algumas empresas de catering servem às crianças nas escolas; desconheço se tal especialidade foi recomendada por algum nutricionista, mas imagino o aspecto de um prato assim e perderia logo o apetite.

 

Aprecio muito uma salada de feijão-frade com atum, polvilhada com salsa e cebola picadas miudinhas, um ovo cozido cortado às rodelas, temperada com azeite e um borrifo de vinagre balsâmico; mas a mãe de uma pequena de 6 anos, com quem tinha combinado não almoçar na escola, diz que miuda, ao ouvir o professor dizer que havia na cantina massa com atum, foi com os colegas almoçar esse pitéu, talvez por lhe parecer exótico...

 

 

Nota – Estive quase uma hora para conseguir produzir a “obra” que vai acima, porque a empresa de electricidade, ou a que trata das redes, que julgo ser outra, tendo cortado a corrente alta madrugada, certamente por motivo de força maior, quando às seis e tal repôs a situação, ficou imenso tempo no “liga-desliga”, dando-me vontade de os mandar brincar com o diabo que os carregue!

 

 

Amândio G. Martins

 

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Medicina convencional versus medicina complementar


Adoentado, estive quase três
semanas sem escrever. Um 
suplicio de tântalo. A medicina convencional
conseguiu reabilitar-me, evasivamente, sem 
recorrer ao hospital... A medicina 
complementar vai ajudar a pôr-me 
novo. Aquela diz que é adversária(!),
desta. Percebemos o corporativismo, os lóbis,
os escondidos interesses e por aí fora. Mas valha-nos 
o bom senso já que tanto uma como outra 
não sabem tudo. Há países europeus onde as duas
há muito se complementam... Não direi que a
medicina tradicional tenha de beber chá, mas 
não agrida de forma deselegante, com a benevolência
da palavra, quem já deu bastas provas. Toda a minha
família é um exemplo. Não à corporação, viva a cooperação!
Estou vivo há décadas graças à medicina convencional.
A minha gratidão por estas duas medicinas é imensurável!
 
Vítor Colaço Santos 

Apostila: I) Regressarei a este candente assunto mais tarde.
                  Querendo dar-lhe uma forma consubstânciada.

                II) O camarada jornalista, José Rodrigues sabe algo sobre o Pedro                         Ribeiro?
                     Faz-me falta a sua irreverência, inquietude, frontalidade, 
                     desbocamento, exagero, poesia narrativa, luminosidade,...
                     Oxalá!, esteja bem de saúde.


Novas e mais seguras maneiras

 

Mais elegância e segurança...

 

 

A variante na forma de as pessoas se cumprimentarem a que a pandemia obrigou nem era elegante nem segura, já que a cotovelada, ou mesmo a “patada”, não eram possíveis sem “transgredir” a regra de não aproximação física a menos de dois metros; e o súbito aparecimento de novos “rebrotes”, um pouco por todo lado, não será devido só aos negacionistas que não cumprem regra nenhuma, mas também ao ralaxamento daqueles que se julgam cumpridores.

 

E terá sido por isso que a OMS desaconselha agora a primeira forma de cumprimentar adoptada, recomendando que as pessoas, em vez da cotovelada, se saúdem levando a mão direita ao lado esquerdo do peito, com uma ligeira vénia, ou juntando as mãos ao jeito asiático, atitudes que não necessitam aproximação física e até são bastante mais elegantes e delicadas; terá sido distracção minha, mas ainda não vi por cá que a nova forma esteja a ser cumprida...

 

 

Amândio G. Martins

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

RAP


Passou-me completamente ao lado o regresso de Ricardo Araújo Pereira e o seu ISTO É GOZAR COM QUEM TRABALHA (2ª vaga) na SIC ao domingo à noite a seguir ao  Telejornal. Por isso, só agora fui espreitar.

Absolutamente imperdível!!! Fantástico!!!


José Valdigem

Defender a verdade

É uma prática cada vez mais utilizada o pôr em causa o valor da verdade elevando a propagação da mentira, deturpando acontecimentos actuais e pretendendo reescrever e distorcer a história. A recente divulgação pela SIC no seu jornal da noite duma capa falsa do The New York Times, inserida na vergonhosa e reacionária campanha contra a Festa do Avante, ilustra a falta de rigor e credibilidade que campeiam em notícias, opiniões e comentários. A generalidade da comunicação social, dominada pelo grande capital, afina em campanhas comuns de manipulação e mentira, promovendo ao mesmo tempo individualismo, medo, alarmismo, resignação e submissão, diabolizando quem luta para defender e reivindicar direitos e melhores condições de vida, nomeadamente os trabalhadores. Defender a verdade, combater a mentira é uma necessidade evidente para impedir a degradação da democracia e da consciência social e política das pessoas.

ANTONIO MACHADO. Caminante no hay camino. Por Joan Mora.

Que planeamento?

 

Barafunda pela certa...

 

 

Estive um dia destes na USF-Vale do Lima, que é o Centro de Saúde da minha área, para pedir medicamentos e tentar saber quando poderei ter uma consulta com a médica de família, que não tarda faz um ano que não vejo,como irá ser a vacinação contra a gripe, cuja "campanha" começa habitualmente no início de outubro, e se deveria fazer marcação, mas a senhora que me atendeu abriu muito os olhos e não teve melhor resposta que não fosse: “oh! homem, tenha calma, que isso não é agora, nem sequer temos qualquer informação acerca desse assunto”.

 

Perguntei quando podia ir levantar as receitas para os medicamentos, que estão no fim, e disse-me para passar dali a dois dias, só que, para surpresa minha, porque nunca antes tinham feito isso, recebi logo no email os dados da receita sem papel, de que tirei uma cópia para mostrar na farmácia;  e se um dia, por qualquer razão, ficar sem meios para receber a informação desta forma, é provável que vá ter de enfrentar mais problemas.

 

Quanto às vacinas, pelo que leio no JN, vai haver barafunda pela certa: Graça Freitas “pede” a todos os portugueses com indicação para vacinar que não hesitem em fazê-lo, para diminuír as infecções por gripe, cujos sintomas se assemelham aos da Covid; todavia, as farmácias receiam não ter vacinas que cheguem, porque a procura já está cinco vezes acima do ano anterior, dada a inaceitável má resposta dos Centros de Saúde...

 

 

Amândio G. Martins

domingo, 20 de setembro de 2020

O vírus não se vê e tem costas largas...


O capitalismo não veio para ficar eternamenteÉ antropófago, auto-destruidor e os Povos terão palavras/acções a dizer/fazer... Desenganem-se todos os patrões que justifiquem o vírus para congelar salários, reduzi-los, pagar à peça e no querer de o patrão dos patrões ter o salário minimíssimo nacional estagnado até às calendas... A coberto da pandemia o governo está a marginalizar os Sindicatos por forma a aumentar ainda mais a exploração dos trabalhadores. («Mal comparado» lembra a exploração com preços proibitivos e criminosos que se fizeram com tudo o que pudesse combater a mortífera covid...) . Ninguém queira humanizar o capital que quer sempre extrair mais e mais dos trabalhadores. O capitalismo e o sector financeiro têm aversão às regras do Estado de Direito e contornam-nas com advogados pagos a peso de ouro, porque o objectivo é máxima exploração com maior paz social. A direita extremada e protofascista apoia estas deprimências e desumanidades. 
Com tantos católicos nestes partidos a afinar por este diapasão, não é de admirar que até o santuário de Fátima tenha despedido largas dezenas de trabalhadores... 
Cuidado, isto é pecado impenitente!

                                                                 Vítor Colaço Santos 

Genial ideia

 

Quando copiar não é plágio...

 

 

A degradação do meio ambiente é uma desgraça que se faz sentir por todo lado, e os javardos que “semeiam” porcaria por onde passam não são exclusivo deste ou daquele país, embora cada um sinta mais o seu caso; lê-se no JN que, na Tailândia, o ministro do Meio Ambiente teve a feliz ideia de, além da multa correspondente, enviar para casa daqueles que não sabem comportar-se em casa alheia o lixo que lá deixam: garrafas de plástico, latas de conservas, recipientes de vidro e sacos de aperitivos.

 

“Quero que esta acção sirva como uma mensagem forte e clara para todos os visitantes do parque” – diz o ministro; trata-se do Parque Nacional Khao Yai, onde os visitantes têm de deixar registados os dados pessoais para poder alugar uma tenda ou área onde possam pernoitar, o que me sugere que igual medida podia por cá ser aplicada no Parque Nacional Peneda-Gerês, entre outros locais, que os visitantes costumam deixar num estado de meter medo...

 

 

Amândio G. Martins

 

sábado, 19 de setembro de 2020

 

EXPRESSO 19.09.2020 (AKM)

 

Portugal e covid

Haja bom senso e caldos de galinha a todos os dias 13 de cada mês em Fátima, haja mais racionalidade nas atuações dos nossos políticos, desde o próprio PM aos responsáveis por festas políticas.

 

Sejamos todos, mas essencialmente os que tanto gostam de tanto aparecer a falar, falar, a dar exemplos efetivos do que tem que se fazer, temos que fazer, para não arranjar mais uma onda devastadora no aspeto de Saúde, de Economia de bem-estar e viver de todos nós, que depois entra no passa culpas e insultos habitual.

 

 Ou não ou não ou não ou não ou não!

 

A. KÜTTNER DE MAGALHÃES , PORTO

 

EUROPA

 Neste blogue, como na vida em geral, todos sabem as linhas mestras do meu pensamento, ou por que as afirmei ou porque mas intuem. Este prólogo é-me necessário porque isso me dá o à vontade para criticar atitudes "pontuais" dos "meus", bem como para defender as posições estruturais dos mesmos, atento que tento estar quer aos ataques abertos ou dengosos ou omissos, que vêm de fora, para já não falar duns outros, mais "invertebrados" que se refugiam no "quem sou eu" ou/e num "umbiguismo" curto, omnipresente e pretensamente "crítico" que os proteje da vacuidade unipessoal.

Hoje venho fazer aquilo que mais gosto: elogiar a EUROPA, através do elogio às palavras programáticas da sua (belíssima) presidente da Comissão da UE, Ursula von der Leyen, no discurso que proferiu - perante o Parlamento Europeu, note-se - sobre o "Estado da União". Desde o criar uma coordenação europeia no campo da saúde ( mormente na covid 19 ), passando pela já conhecido fundo de recuperação financeiro; o pacto sobre as migrações; o liderar ambiciosamente a luta contra as alterações climáticas; a luta contra as autocracias ou similares que "cercam" a UE: a firmeza nas negociações (?) com o "trapaceiro" Reino Unido no Brexit e terminando na defesa estrénue do Estado de Direito que, de dentro, alguns países "europeus"  querem destruir num neologismo chamado de "iliberalismo", tudo me agrada. Relevando, por uma questão pessoal, o primeiro e o último, pelo menos de momento.

Termino com com mais um "confesso" para juntar aos que abordei no início: quem me dera que estejamos a caminhar para uma federação, os Estados Unidos da Europa.

Fernando Cardoso Rodrigues

Um homem infeliz

 

CONSULTA

 

 

Chamei em volta do meu frio leito

As memórias melhores de outra idade,

Formas vagas, que às noites, com piedade,

Se inclinam, a espreitar, sobre o meu peito...

 

E disse-lhes: - No mundo imenso e estreito

Valia a pena, acaso, em ansiedade

Ter nascido? Dizei-mo com verdade,

Pobres memórias que eu ao seio estreito...

 

Mas elas perturbaram-se -  coitadas!

E empalideceram, contristadas,

Ainda a mais feliz, a mais serena...

 

E cada uma delas, lentamente,

Com um sorrido mórbido, pungente,

Me respondeu: - Não, não valia a pena!

 

 

Nota – Soneto de Antero de Quental; curioso o uso da mesma palavra na rima do primeiro e quarto verso da segunda estrofe, embora tenham significado distinto num lado e no outro...

 

 

Transcrito por Amândio G. Martins

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Ora bolas

 

Mais um “plano” inútil?...

 

 

O Governo encomendou a um especialista um plano de grande abrangência, para a recuperação económica de Portugal no espaço de dez anos, plano este que tem dado muito que falar, desde logo quando o anterior ministro das Finanças se referiu ao “expert” como alguém com quem nunca tinha falado o que, podendo não querer dizer nada é, no mínimo, algo estranho; entretanto, a “analista financeira” Cristina Azevedo escreveu no JN que há naquele calhamaço muitos conceitos elaborados e que não consta nele qualquer referência ao modelo de governação territorial.

 

Respondendo no Parlamento a críticas do PSD, o prof. Costa e Silva disse que o Plano que traçou a pedido do Governo, com uma visão estratégica para o país, não é de acção, admitindo existir uma grande desconexão entre vontade política e execução; de facto, diz Costa e Silva que o PSD suscita um problema que faz parte da sua perplexidade: “À medida que fui desenvolvendo o plano e o contacto com vários organismos, vi que há  uma grande vontade a nível político de fazer coisas, mas quando se desce no sistema há uma grande incapacidade de converter os planos em realidade”. Ora bolas, digo eu...

 

 

Amândio G. Martins

O tudo ou nada

Quando não queremos dar alguma coisa a alguém necessitado, dizemos-lhe que até lhe daríamos fortunas, mas… não pode ser! Daniel Bessa (DB) disse ao PÚBLICO que, a aumentar-se o salário mínimo, então o respectivo valor deveria ser de mil euros. Todos sabemos que não pode ser. Logo, em seu douto juízo, conhecedor como poucos dos efeitos mecânicos na economia, não deverá haver aumentos de salário mínimo. Ficaremos, pois, muito mais descansados quando as justificações oficiais nos convencerem de que não será oportuno, “para já”, mexer significativamente no valor do salário mínimo. É o que determina a “física” económica: “se o desemprego tende a explodir (...), aumentar o salário mínimo não vai ajudar nada”. Felizmente, DB diz: “de política não percebo nada”. Conhecida que é a sua tendência para a falsa modéstia, não se acredita que assim seja. Mas ele sabe lindamente ao que vem…

Público - 19.09.2020

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Como? Não há heróis?

 

Felizmente estão aprazados os Grandes Prémios, O JOGO e JORNAL DE NOTÍCIAS em bicicletas para Outubro, a seguir à Volta a Portugal. Venham! O ciclismo é o desporto das multidões e o mais genuinamente popular. Não se cobram bilhetes e a valentia, o espírito de sacrifício e a força são a marca maior deste (a meu ver) desporto rei. Quem tem pernas (sem doping) é que sobe montanhas, umas atrás das outras. No caso vertente da prova rainha do ciclismo mundial - a Volta à França, os que chegam ao topo são heróis! Mas todos que alcançam Paris também o são. O nosso compatriota, Nélson

Oliveira, participa pela quinta vez e alcança as cinco participações de Fernando Mendes e José Azevedo. É obra. A RTP2 tem transmitido as etapas com o brilhante, versado e competente, João Pedro Mendonça fazendo perfeita equipa com o ex-canpeoníssimo, afável e categorizado,
Marco Chagas. Descrevem as etapas com momentos elevados de sabedoria ciclopédica. Por vezes, o ex- ciclista Rui Sousa foi um valor acrescentado. Felizmente houve poucos energúmenos que impediram a escalada dos ciclistas. Não se viram tantos monumentos em que a França é pródiga e 
nem vimos um eucalipto... João Pedro aproveita e bem para fazer descrições históricas. Sobre um relvado numa povoação lia-se: 'Viver livre ou morrer'. Subscrevo! Saliente-se que o pecúlio amealhado na competição
por cada equipa é dividido irmãmente. Bonito. Tão elevado foi hoje, 17/9, assistir a dois ciclistas da mesma equipa cortarem a meta abraçados. Inesquecível!
Votemos para que a Volta a Portugal e os Prémios JORNAL DE NOTÍCIAS e O JOGO se realizem.
A bem de muitas causas!

Vítor Colaço Santos 

 COSTA LIBERTADO


Tomei conhecimento, há momentos através do Jornal da Tarde, da RTP, que Vieira libertou António Costa da sua lista de apoiantes.

Visto que "no passa nada" neste cantinho à beira-mar plantado, sou capaz "de pôr a mão no fogo" que isto não vai chegar ao conhecimento de Tarantino..

Que excelente oportunidade para lançar a "saga"  de DJANGO, e assim se redimir dessa merda...

Não sei como chegar ao espetacular cineasta, mas tenho fé: Taranti, meu ilustre: manda para cá, urgentemente um dos teus argumentistas. Um qualquer. Pode ser mesmo o menos dotado. Garanto-te que não lhe faltará material para te levar de novo aos Oscars.

Teu sincero admirador:

José Valdigem

Salário mínimo

 Se o que vou dizer é mentira, faço-o baseado na informação colhida no "Jornal da Noite" da RTP1 de ontem. Na análise do discurso de Ursula von der Leyen no Parlamento Europeu sobre o "estado da UE - aliás muito estimulante sob todos os pontos de vista - foi-nos dito que uma das propostas é "uma base comum no salário mínimo". E aqui fiquei a saber que há uma "meia dúzia" de países que não o tem; que Portugal está a "meio da tabela" de todos os países da UE e que o valor português é de... 740,83 euros! Arregalei os olhos, mas logo os fechei pois, afinal, o nosso país é um dos três - os outros são Espanha e Grécia - em que o salário é recebido durante 14 meses e não em doze, como os outros. Ou seja, os 635 euros que são aduzidos em qualquer informação/discussão, não são realmente o valor real. Será um "pormenor"? Rigorosamente não o é. Não comecem já a olhar-me de viés, pois não é a defesa da justiça salarial, mesmo com o valor  mais elevado. Somente não gosto que me "atirem poeira para os olhos".

Fernando Cardoso Rodrigues

 

PÚBLICO Quinta-feira, 17 de Setembro de 2020 (AKM)

 

Fátima vs. Avante!

 

Não podemos neste país, continuadamente dos “três F”, ter dois pesos e duas medidas.

 

Se se trata da Festa do Avante!, promovida pelo PCP e pela sua sindical, cai-lhes todo o país em cima por ser inadmissível (…) em plena época de covid-19, mas que em três dias ficou longe — no total — de juntar 100.000 pessoas, alternadamente e no mesmo espaço.

 

Mas, em simultâneo, todos fazem de conta que nada aconteceu no Santuário de Fátima, onde, ao que parece, e num só dia, no 13 de Setembro, estiveram juntas num espaço ainda mais exíguo, e com muitos menos cuidados de distanciamento e utilização de máscaras, 100.000 pessoas.

 (…)

Ora, o contágio pela covid-19 tanto se faz entre comunistas como entre católicos de Roma, que depois regressam às suas casas, por todo o país.

 

E não podemos, não devemos, olhar só para um lado, para o que mais nos convém atacar. (…)

 

A. Küttner de Magalhães, Porto