terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Trânsito. Porto. Mal a pior

 Como seria expectável, a cada dia que passa há mais e mais automóveis a circular na Cidade do Porto,  com um só ocupante, o condutor, e onde vale tudo,  tudo. Ainda não,  arrancar olhos.

Não se faz sinal de  mudança de direcção,  uma vez que a noção adquirida é que aquelas quatro luzes intermintentes , são só e unicamente para estacionar a viatura em qualquer lugar em transgressão. É só por um bocadinho.
Quem necessitar de fazer uma mínima carga ou descarga do que mais ou menos que possa ser, pára no meio da rua,e,   vai à sua vida, interrompendo o trânsito , e ainda insulta quem achar que está a fazer mal.
Passadeiras, semáforos,  stop, e quejandos,  são objectos decorativos no mobiliário urbano da Cidade.
Não se vê um único Polícia a controlar/fiscalizar o trânsito,  ou os que vão passando,  não " ligam" ao que está errado.
Logo, há uma sensação de total imunidade,  se não se cumprir,  não há ninguém que o faça fazer, logo não se cumpre. É tão mais simples e fácil.
Os poucos,  cada vez menos que ainda cumprem, são lorpas, dado que dão voltas sem fim para encontrar um lugar de estacionamento,  perdem tempo a parar em semáforos vermelhos, em stop s e semelhantes.
Há falta de civismo,  claro, muitíssima, e como a criançada tem o exemplo dia a dia dos pais não cumpridores,  assumem " isso ", evidentemente,  como o normal. Pega-se. Estica-se.
E a selva,  falando aqui e agora, em trânsito automóvel na cidade do Porto, está instalada.  E a acompanhar a total falta de civismo, há a total falta de policiamento.
Logo vamos de mal a pior, e ninguém é responsável,  ninguém é responsabilizado e é o tal, mais um,  novo normal.

Ou não ou não ou não ou não ou não ou não

A. Küttner

Ucrânia: nem uma subtil vontade de cessar-fogo

A invasão russa à Ucrânia, depois de oito anos de guerra civil, não tem fim à vista e a tendência será para se agravar. Quase toda a informação veiculada no Ocidente, baseia-se no pós-verdade, verificando fontes e valores/padrões morais, que não fujam ao apoio incondicional em dar mais gás à guerra - até ficarmos todos mortos pelo apocalipse nuclear! Adormecem-nos com a primária cantilena: os bons vencerão os maus. A guerra não é só pela autodeterminação, é também por procuração?! Os EUA, a Nato, a UE e os comerciantes de gás, petróleo e armamento têm elevados interesses na continuada mortandade do conflito... a soldadesca ucraniana e russa, carne para canhão, a morrer às catadupas é ''coisa'' de somenos importância(!). Adensa-se a imposição do pensamento único e pensar faz fumo, sendo que, pela própria cabeça fora da narrativa oficial «é» pecado ou rotulado de russofilia... ora, entre Putin, imperialista criminoso e Zelensky, autocrata rodeado de neo-nazis, escolha quem quiser. Todas as energias estão dirigidas para o avolumar da mortífera guerra e nem nada para uma subtil vontade de cessar-fogo, porquê?

Ciumeira estúpida

 

Mais uma polémica artificial para ver quem mais se destaca no disparate, desta vez envolvendo a visita de Estado do presidente brasileiro, a convite do nosso presidente, com os partidos da Direita a querer disputar o primeiro lugar na rejeição à possibilidade de o presidente Lula discursar no Parlamento no dia comemorativo do 25-A; e não creio que seja por temerem ver reduzido o tempo que lhes caberá a eles para discursar, mas por ciúmes de que a presença do estadista do país irmão possa tirar “brilho” às suas perlengas.

 

Que o grupo fascistóide que conspurca aquela Assembleia da nossa República queira criar problemas à visita do presidente brasileiro, não tem nada de estranho porque, para eles, tudo que sejam boas maneiras com aqueles líderes que se batem pela dignidade dos seus povos lhes é desagradável, e aquando do assalto terrorista a Brasília, o seu líder justificou a selvajaria, chamando “bandido” ao novo presidente; decerto que não se oporiam a que um Órban, mesmo Abascal ou Le Pen, partilhassem connosco o dia festivo, para confundir as mentes, agora Lula da Silva, cuja luta por um Brasil mais decente obrigou o aberrante Bolsonaro a saír apressado pela porta dos fundos, pelo amor de Deus!...

 

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

O Presidente da República atribui a Ordem da Liberdade ao Presidente Zelensky

 


Sendo sempre mais fácil criticar/atacar que apoiar/defender, e tão “em voga nos dias de hoje”, nomeadamente, por fases e por “alguns/algumas”, quanto aos Senhor Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Tivemos, há tão pouco tempo uma “criação de ataques” ao Senhor Presidente, sem quaisquer fundamentos, sem nenhuma razão, antes pelo contrário, feitos por quem havia votado noutros candidatos à Presidência da República, que haviam perdido, e também por toda uma direita que sempre considerou algo de errado o Chefe de Estado não apear o Governo do Partido, com maioria e depois com maioria absoluta

Se ainda nos conseguirmos lembrar, num tempo de memórias demasiado curtas, que há pouco tempo, houve um “amontoado” de críticas ao Presidente, por este ter dito, e bem, o que por certo tantos e tantas pensamos, que só haver 400 suspeitos de abusos sexuais na Igreja Católica de Roma, cá em Portugal seria muito pouco, dado deverem ser muitos, mas muitos mais.

E também , por ter dito que no Qatar não há respeito pelos Direitos Humanos, mas que iria lá, representar o País, em algo que cá 99% da População tanto gosta ,que é o Futebol, onde jogava Equipa do País, Qatar onde até falou na ausência de respeito pelo Direitos Humanos.

Lentamente os mesmos, as mesmas foram-se esquecendo do que haviam dito e hoje, parece, nada ter acontecido

Agora veem críticas por o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa ir atribuir Ordem da Liberdade ao Presidente Zelensky ,que iria anunciar a 24 de Fevereiro de 2023data em que se completa um ano sobre a agressão da Rússia contra a Ucrânia , mas tendo em conta a iniciativa parlamentar sobre esta matéria, anunciou uns dias antes.

Considerando o significado das Ordens Honorificas PortuguesasA Ordem da Liberdade destina-se a distinguir serviços relevantes prestados em defesa dos valores da Civilização, em prol da dignificação da Pessoa Humana e à causa da Liberdade. “

Por certo o Presidente da Ucrânia, com a ajuda do Ocidente, e face à invasão feita pelo Czar Soviético, Putin, merecerá a condecoração “ pelos serviços em defesa dos valores da Civilização”, mais que não seja por defender o seu país, invadido por um vizinho e mais poderoso.

Por outro lado, será bom ter em conta que a Europa, a União Europeia, os EUA , Israel estão mais que solidários com o Presidente da Ucrânia e totalmente contra a Invasão Russa, estamos todos, todos, por certo contra esta.

Daí, ser perfeitamente natural a vontade de Chefe de Estado Português, ao pretender mostrar o valor da Liberdade, e da defesa dos valores da Civilização, com esta condecoração.

Outras condecorações já foram atribuídas e ainda mais serão, que alguns e algumas sempre discordaram ou discordarão, por visões mais parciais , que as do Chefe de Estado, por este conseguir ter uma noção mais abrangente do País.

Sendo o Presente , Marcelo desde sempre um verdadeiro Social-democrata, o que é ser muito mais em favor de liberdade, de humanidade, de democracia, de civilizações do que é o partido que tem esse nome, o gesto é de dignificação do conteúdo destas afirmações.

Sendo evidente, que a Paz pela Paz, até com cedências mútuas, na Ucrânia seria muito mais necessária neste momento que a Guerra pela Guerra, para possivelmente se chegar à Paz. Mas esta ideia é tão minoritária, e em tão poucas pessoas , como o que isto escreve, que o acto aqui referido do Presidente da República, quanto à atribuição da Ordem de Liberdade deve ser integrado neste princípio, e sem dúvidas como mérito do que foi feiro durante um ano, e com o objectivo de que a Guerra cesse o mais rapidamente possível

ou não ou não ou não ou não

A Küttner

domingo, 26 de fevereiro de 2023

Quem muito dorme, pouco aprende

 

OBSERVANDO

 

Versejando sobre tudo e nada

Vejo o nada irmão-gémeo do tudo

A cada dia mais meditabundo

Observando a gente assoberbada.

 

Relativiza-se a parte chalada

Chalaceando do seu conteúdo

Se nos acenam negócio “chorudo”

Meditemos na alma atormentada.

 

O novo que pode ainda não sabe

Mas na petulância dessa idade

Mete-se no que não consegue entender;

 

O velho que tem outra competência

Bem alicerçada na experiência

Por ser velho dispensam o seu saber...

 

Amândio G. Martins

A Europa está mesmo salva?


Tomara eu ter por certo que a Europa, nesta sua mais recente desgraça, agora em terras ucranianas, alcançou, finalmente, a eterna salvação. De quem? Pois dos russos e dos autocratas em geral, de quem mais? Quão maravilhoso seria, para todos os habitantes desta “maldita” região que nem um século de paz consecutiva é capaz de viver, que, com a “preciosa” ajuda de dois salvíficos agentes como Biden e Zelensky, devidamente acolitados por Von der Leyen e Stoltenberg, terem, definitivamente, remido todos os seus pecados. Mas não, não acredito em tanta felicidade, constatando as persistentes sombras de personagens como Orbán ou Duda, que vão pairando entre alguns outros na penumbra, à espera do “assalto final”, como Madame Le Pen. Até porque, em última análise, a Europa necessita mesmo é de se salvar de si própria. E com os dirigentes que temos por aí, muito preocupados com as respectivas carreiras pessoais, não vejo grandes jeitos. 


NOTA: Este texto foi-me “inspirado” pelo artigo “Os dois líderes que salvaram a Europa”, da autoria de Teresa de Sousa, referindo-se a Biden e a Zelensky, no Público de 24.02.2023.


Público - 27.02.2023


sábado, 25 de fevereiro de 2023

"Paz" às pazadas

 

Usando ainda aquele chip que lhes foi incrustado no tempo da União Soviética, pululam por aí uns pretensos conselheiros da paz a querer atirar areia para os olhos de quem há muito lhes conhece o vezo; tarefa inglória porque, repetindo “ipsis verbis” a propaganda putinesca, propalando as mesmas calúnias, com a mesma terminologia, contra o povo agredido, toda a gente minimamente informada conhece o tipo de “paz” por que se batem.

 

Felizmente que as lideranças do mundo democrático perceberam ainda a tempo o que realmente pretende a bandidagem russa, não permitindo mais o que aconteceu com a Crimeia; a Nato, organização defensiva do mundo livre, que há muito andava adormecida e anémica, percebeu que não pode mais dormir em serviço, e a resposta dos países que a integram só podia ser a que vem sendo, dando à martirizada Ucrânia todo o apoio que seja necessário.

 

Como dizia ontem Pedro Sánchez, “entre un agredido y un agresor no puede haber equidistâncias”. Para comentar os “banhos de multidão” que a camarilha do Kremlin tem organizado para aplaudir e cantar “glória!” ao facínora Putin, o jornalista espanhol Antonio Garcia Ferreras, director do programa informativo “Al rojo vivo”, do canal La Sexta, chamou uma habitual comentadora russa, a historiadora Elena Bogush, que fala o castelhano com fluência.

 

Dizia a senhora que aquele tipo de encenações, na ditadura russa como em qualquer outra, são corriqueiras e fáceis de montar, bastando recorrer aos funcionários do Estado, aos reformados, às forças armadas  e às escolas para encher rapidamente uma arena festiva; perguntada se há mesmo o perigo de a liderança russa, em desespero de causa, recorrer ao poderio nuclear, respondeu que essa hipótese, podendo pôr-se, é muito vaga, porque os códigos para o desencadear estão nas mãos de meia dúzia de altas patentes, e mesmo que entre eles surja um louco, aqueles farronqueiros gostam muito de viver, e sabem o que lhes aconteceria também a eles se cometessem tal loucura...

 

Amândio G. Martins

Novos vs Velhos

 Ser novo , mesmo que com azares, percalços,  tropeções de vida, há,  normalmente sempre hipóteses de conseguir dar a volta e,   prosseguir bem a vida.

Ser velho, foi o que foi, e não vale perder tempo a olhar pelo retrovisor,  a imaginar como poderia ou deveria ter sido, o passado é passado, acabou foi como foi.
Se foi bom, há que aproveitar sempre,  até na velhice para se manter,  evidentemente, tendo em consideração a idade passada e a presente.
Se foi mau, ou menos bom, é melhor esquecer,  esquecer,  já passou. 
Hoje é hoje, quer queiramos quer não,  marcou-nos, o antes, mas já passou,  foi sendo parte do que somos hoje, mas devemos evitar pensar no menos bom, fica lá num canto do cérebro,  fechado à chave.
Ser novo implica pensar que há muito a viver pela frente.
Muitas vivências.
Energia,  força   , vontade de fazer " coisas ", de viver coisas, fazer alguns disparates,  que se espera não seja demasiado intensos,  que estraguem o futuro.
Ser velho,  já não é o tempo de fazer planos a grande distância.  Já não é o tempo de grandes aventuras.  Já não há força  , já não há imaginação e já nem há vontade.
Mas ser velho,  nunca é desistir.  Nunca . Nunca é parar. Nunca.
A velocidade,  o risco já ficaram para trás,  mas a vida continua,  estando vivos, não vamos parar,  não podemos parar  , não queremos morrer.
Enquanto a vida valer ser vivida, é isso que devemos querer fazer. Se for , só,  para aguardar a morte,  a vida acaba, nesse momento.
A infância,  a adolescência,  a juventude,  são sinónimos de descobertas,  de aprendizagem,  de riscos, por vezes inconsequentes.
A Velhice é tempo de viver a uma velocidade mais lenta,  mais regrada , mais adequada à idade.
A velhice não é em si o fim, é a última etapa.  Logo é para ser vivida , até acabar.
A infância,  criancice, adolescência,  juventude,  meia-idade são tempos de construção de vida.
A velhice é de estar apto, capaz, activo, mas dentro das possibilidades físicas e mentais.
Tempos que se quisermos, se complementam sem se atrapalhar,  sem se complicar.  Com espaço para todos.

Ou não ou não ou não ou não

Augusto Küttner

A Velhice

 Será a última fase da vida.

E como desde a criancice ,é para ser " verdadeiramente vida".
Não se fica de lado,  nem empreteleirado por ser a última etapa da vida, nunca.
Hoje , vive-se até mais tarde. Hoje os velhos e velhas somos mais, somos bastantes, logo somos parte integrante das sociedades. 
Teremos todos percursos de vida, com vivências que nos foram ensinando,  que nos foram moldando, que nos fazem ser o que ainda somos, hoje.
E hoje, ainda aprendemos muito,  com os mais novos, com os de meia-idade e até com as e os que estão no nosso grupo etário.
Teremos mais algumas dificuldades físicas,  já não é tudo tão fácil como foi antes.
O corpo foi-se desgastando, estamos encorrilhados ,mas, não  podemos deixar parar, o tempo vida .
A mente já foi mais dinâmica,  mas hoje ainda funciona,  ainda aprende e apreende. E apesar de muitas e muitos acharem que a velhada está ultrapassada , ainda há quem goste de interagir com os que já andam por cá há muito tempo. Até,  até,  aprender.  Poucos,  mas existem.
Os velhos,  as velhas, já não estão nos " mercados de concorrência " a roubar espaço às restantes gerações. 
Se,  não o fizeram antes, já não vamos a tempo.  E até queremos estar, e até ajudar.  E até continuar,  bem vivis.
Como é evidente,  gostamos que gostem de nós.  Gostamos que ao nível do que somos nos considerem como tal.
E temos mais tempo livre.
Tempo que pode ser até a acompanhar os mais novos, os, que em fases de vida até precisam de nós,  até querem estar connosco.  
Ler o que não tivermos tempo de ler antes. Até,  até viajar.
Não há forma de escapar à velhice, se não tivermos morrido antes.
Não há forma,  assim,  de não ser velho. E claro,  sempre com alguma independência,  sempre com a locomoção e lucidez para estarmos e sermos velhos,  mas vivos.  Nunca só para estar cá a vegetar,  a juntar anos aos anos já vividos, para esperar pela morte, isto, isso,  já deixa de ser vida. Mas até aí é a etapa última,  que é vida útil para o próprio,  para quem o rodeia, até para a sociedade algo individualista, algo egoísta,  neste momento.

Ou não ou não ou não ou não

Augusto Küttner de Magalhães

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

 FAZ HOJE UM ANO


Faz hoje um ano que a guerra na Ucrânia se intensificou (não começou! Como dizem) com a invasão da Rússia para pôr termo ao massacre das populações russófonas de Lugansk e Donetsk (15 mil mortos) pelas hordas, grande parte delas, nazi-fascistas, do que depois, os que querem dominar o mundo e seus vassalos, transformaram em herói.

Depois, houve os Acordos de Minsk que previam a principal reivindicação daquelas populações, referendos para a sua autodeterminação, assinados pelo Governo do “herói”, pela Federação Russa, pela Alemanha e pela França. Acordos que depois o “herói”, com as costas quentes pelos seus mentores/aliados, não cumpriu. E que a senhora Merkel recentemente confessou, tratarem-se de uma forma de ganhar tempo para armarem a Ucrânia na guerra de desgaste da Rússia.

Faz hoje um ano que a comunicação social dominante dos que querem dominar o mundo e dos seus vassalos, omite tudo isto e diabolizam Putin e a Rússia para manipularem a opinião publica a seu favor. O método, como se sabe, já tem barbas. Têm-no feito em relação ao Iraque, à Líbia, à Síria.

Portanto, são conhecidos os resultados de tudo isto, e imagine-se o que por aí poderá vir se os que querem dominar o mundo e os seus vassalos, não pararem a guerra.

Resta-nos uma esperança; é que desta vez, do outro lado, podem belicamente ser confrontados à altura, e não só chamuscarem-se, mas queimarem-se mesmo.

A China (o seu inimigo principal) já apresentou uma proposta que prevê desde logo, o cessar fogo.

Esperemos que aceitem esta ou outra, porque não o retorno aos Acordos de Minsk? Salvem a face e poupem-nos ao potencial Apocalipse.

Francisco Ramalho


"Encanar a perna à rã"

 

Nunca tendo sido “senhorio” de nada, também não teria vocação para isso, mas compreendo perfeitamente a posição revelada por muitos deles perante o que lhes é dirigido no “pacote” que o Governo acaba de parir, na presunção de que vai resolver um dos mais graves problemas da sociedade portuguesa; parece-me que não vai resolver nada, mesmo que não seja inconstitucional o que se propuseram levar a efeito.

 

Quando, no meu tempo de rapaz, vivi em Lisboa, que é onde o problema da habitação começa por ser mais grave, desde logo pela dimensão da capital e pelo afluxo de gente de fora, conheci um bom bocado as injustiças vividas por muitos proprietários de prédios de renda; como morador em quarto alugado, em casas enormes, cujo titular do contrato de arrendamento, subalugando todo o espaço que pudesse dispensar, só de um quarto recebia para pagar o andar todo, e mais tarde por força da minha actividade profissional, que me possibilitou conhecer melhor aquela descarada distorção.

 

Nesses prédios antigos, cada piso dispunha de muitas divisões, permitindo ao arrendatário viver à grande à custa dos bens alheios, pagando aos donos uma quantia ridícula, dando-lhes argumentos para afirmar que, para os inquilinos ficarem ricos, vivem eles em dificuldades, razão por que vemos, nas zonas antigas das grandes urbes, imensos prédios em ruína.

 

É por isso que a medida prevista agora para compensá-los, impedindo-os de aumentar as rendas, parece um rematado disparate; de facto, o que seria razoável era fazerem um inquérito sério para verificar, caso a caso, quantos dos inquilinos são reamente necessitados e ajudá-los a eles, deixando os proprietários livres de contratos perpétuos, sem poder aumentar as rendas em função das condições da área disponibilizada, do local e da oferta e procura, porque não lhes cabe a eles proporcionar habitação a quem a não pode pagar...

 

Amândio G. Martins

 

Nota – roubei o título para este texto ao sociólogo e professor da Universidade de Coimbra Carvalho da Silva, que, enquanto sindicalista, e já depois também, lhe costuma “saír” com frequência...

 

 

 

 

 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Ucrânia e blocos em posicionamento

 Público Quarta-feira, 22 de Fevereiro de 2023 Augusto Küttner de Magalhães



A Guerra na Ucrânia, organizada pelo Czar Soviético, está a criar blocos de países em dois grupos conforme os interesses estratégicos, num futuro não longínquo.


E perigoso.


Como não se quer, a todo o custo, criar a Paz, vai-se fortalecendo a Guerra, com todas a consequências imprevisíveis que daí advirão.


A União Europeia vai a reboque dos EUA, ainda com Biden, bloco a que se está a juntar o Japão face à conflitualidade latente com a China, nomeadamente quanto à possibilidade de anexação de Taiwan .


Israel, apesar de estar com um governo de ultra-direita e querer anular a intenção de dois países, num espaço contíguo, também entra, para se defender de possíveis represálias russas e de vários países árabes.


Do outro lado, a Rússia, evidentemente, com a China, a Índia e vários outros interessados.


Se esta escalada guerreira continuar, tudo pode vir a acontecer, e o Velho Continente, desgraçadamente, é capaz de não aparecer bem no retrato.


Mas, esperemos a ver se esta táctica de escolher perpetuar a Guerra em vez de tentar a Paz resulta, e para quem.


Augusto Küttner de Magalhães

Encostar Putin à parede poderá não resultar!

 

O Ocidente comandado por Joe Biden, e com a anuência total das chefias da União Europeia e da Nato, está a encostar o Czar Putin, à parede.

Como na cabeça de todos os envolvidos a única palavra que faz sentido é Guerra, para tal é indispensável mais e mais armamento e munições, talvez estejamos, todos, mesmo que involuntariamente a caminhar para algo, muito complicado.

A banalização da Guerra, a necessidade de encher noticiários em directo do “palco de Guerra”, e insistir, insistir, até mais não conseguir, pode vir a ser péssimo, para muitos de nós.

A Europa deixou-se entalar, completamente, entre a Federação Russa e os EUA. Sendo que, a Europa está mais próximo da Federação Russa, que os EUA lá bastante afastados.

Com toda esta anuência com Joe Biden, que se “passeia” aqui pela Europa, como o salvador, a dar a sua benção à Guerra, pode-nos correr muito , mesmo muito mal. As duas últimas Guerras Mundiais desfizeram a Europa, não os EUA

Os noticiários em cima do acontecimento, a transbordar de Guerra são assustadores.

Estamos a chegar a um ponto, que a Guerra normalizou-se. Que ver canhões a circular é “o novo” normal.

As informações sobre material de guerra, sobre tanques “de guerra”, fabricados na Alemanha, no Reino Unido, nos EUA é a conversa do dia a dia. É tudo “fixe”.

Fazem-se quase apostas a que horas falará Biden, e Putin? E de seguida quantos responsáveis dos países europeus, irão seguir a aceitar tudo, tudo que Biden disse e a criticar tudo que o Putin posa dizer.

E estamos alegremente a abrir territórios desconhecidos, em Guerra , com Guerra, pela Guerra, em ter mais e fabricar mais , e haver e fabricar mais e mais armas e mais munições.

A palavra PAZ, ou nem é prenunciada ou nunca vem primeiro, antes a Guerra pela Guerra para talvez e depois haver Paz.

Depois? Depois de quê? Tudo destruído? Tragicamente arruinado?

A Guerra não é boa, nunca, é péssima ! Desde quando uma Guerra é necessária? Para quê? Matar Pessoas, destruir tudo, criar o desespero, o medo, a raiva, fortalecer as industrias de armamento, onde as houver?.

Putin esconde-se do lado de lá! Biden faz o seu – dele – brilharete pela Europa Central e depois atravessa o Atlântico e fica lá longe da confusão. E candidata-se a mais um mandato presidencial, lá! E estará mesmo preocupado com a Ucrânia? Com a Europa? até com a Rússia? Com as respectivas Populações?

Mas, não queremos Paz? Não, não, não?

Querem-nos impingir e parece que 99,9% da Europa já está disso convencida, uma vez mais a Guerra pela Guerra para chegar à PAZ.

Até com o nuclear desregrado? E valerá mesmo, mesmo encostar Putin às grades?


Ou não ou não ou não


augusto Küttner

 É PRECISO AVISAR TODA A GENTE


Ouvindo-se os discursos, sobretudo os mais recentes, de Biden, Putin e dos que tutelam a UE, onde se incluem, claro, Costa e Marcelo, concordarão que não caminhamos para grande futuro. Se calhar, não teremos mesmo futuro.

Os povos deviam vir para a rua aos milhões, exigir a paz. A vida. Não veem, porque estão manipulados. A comunicação social, é a mais poderosa arma, antes da nuclear. A que nos pode dizimar a todos.

Um exemplo: o CPPC, organizou a semana passada, manifestações em diversos pontos do país. Estive em duas, Lisboa e Corroios que juntaram centenas de pessoas. Viram alguma coisa nas tvs, rádios ou jornais?

Portanto, meus amigos e amigas, é preciso avisar toda a gente. A humanidade, pelo menos grande parte dela, onde se inclui, obviamente, a Europa, corre sérios riscos de ser dizimada.

A atual guerra, que nem é sequer por motivos ideológicos, mas sim por motivos de domínio, por este andar e pelos discursos referidos, tem muitas probabilidades de conduzir ao Apocalipse.

Só a PAZ interessa. E ela é possível. Basta que se cumpram os Acordos de Minsk que França, Alemanha, Ucrânia e Rússia assinaram, e que os três primeiros não cumpriram. Merkel, disse mesmo, publicamente, que serviram para ganhar tempo para que a Ucrânia se armasse o suficiente para a guerra de desgaste contra a Rússia. Palavras dela!

Portanto, sendo este, potencialmente, o pior momento que a humanidade já viveu, independentemente de estarmos bem ou mal informados, mais ou menos manipulados, não acham que se ficarmos mudos e quedos, corremos todos o risco de irmos desta para melhor?

Francisco Ramalho

Biden a controlar a Europa?



O que aqui e agora se escreve,  é totalmente contra o " ambiente social, ocidental ", criado, em que estar com a Ucrânia,  neste momento,  não se sendo o Presidente Zelensky, parece que se tem que  dar, de igual forma,  a vida pela Ucrânia.
E a Europa deixou-se levar por este pensamento único e unficado, que nos pode vir a envolver numa guerra sem tréguas, pela qual podemos ser implodidos por mais um estado de loucura de Putin,  directo, como os EUA fizeram em Hiroxima.
Sem se pensar, sequer,  qual será a posição que possa factualmente vir a ser tomada pela China e pela Índia.
E o Presidente,  Biden,  que está a querer deixar o nome na História,  como qualquer bom americano,  não olha a meios para o fazer.
E se algo de trágico nos acontecer , aqui em plena  Europa,  os EUA estão longe,  estão do outro lado do Atlântico,  estão safos. E até se livram de nós.
E a Europa,  vai ter que se continuar, a abaixar aos EUA,  quando Biden,  tem oitenta anos, já viveu mais do que viverá,  arrisca estar em Kiev,  e diz o que vai continuar a fazer, o que tem feito relativamente à Ucrânia,  mas também ,que a Europa deve fazer o mesmo.
A Europa,  tem que estar com a Ucrânia,  temos todos,  mas não temos que ter a mesma atitude,  de tudo por tudo,  como tem o Presidente Zelensky.
A união é Europa,  deve defender-se totalmente,  mas a Ucrânia não é UE,  por muitas vontades que  exigem que passa a ser ,rapidamente.
E se os 27 não nos cuidarmos,  neste espaço,  melhor do que temos feito,  não haverá quem o faça.
Biden,  está lá longe,  e ao apontar o caminho à Europa,  se nos correr mal, dirá que não estávamos preparados,  e segue em frente.
Talvez seja este o caminho oficial que nos obrigam a seguir, mas pode ser uma via sem recuo.
Porque não haverá segundo Plano Marshall,  e uma guerra nuclear,  vai deixar muito pouco que mesmo que houvesse,  fosse possível ter algum efeito.

Ou não ou não ou não ou não

Augusto Küttner

Não é Paz é derrota Russa?

 O PM em entrevista,   quase a um ano do início da desastrada Invasão de Ucrânia,  por Putin,  diz que "a Paz só é possível com a derrota da Rússia."

Ora, isso , será  primeiro  ter que continuar a Guerra,  depois ter que ganhar a Guerra,e,  derrotando a Federação Russa, possível e consequentemente conseguir a Paz.
Houve, uma altura, em que daria a impressão que o PM, não estaria tão intrinsecamente  empenhado em manter a Guerra, como única forma de se  poder, eventualmente, chegar à Paz.
Há uma onda que varre a União Europeia,  essencialmente a Presidente da Comissão Europeia,  mas também o ministro dos Estrangeiros Europeu, e nãosó, que desde há muito acham que a única forma de fazer a Paz, é ganhar a Guerra  . É continuar a Guerra. 
E o PM estará " nessa". Paz pela Guerra.
Terão todos por certo razão.  E será ganhando a Guerra à Rússia,  que se fará a Paz.
Mas, haveria,  alegadamente,  uma possibilidade de negociar aberta e explicitamente a Paz, entre o Ocidente e a Federação Russa. Já não será entre a Ucrânia e Putin,  dado o Ocidente estar tão,  tão envolvido.
Paz, negociada, cedendo de ambas as partes,  sem destruir e matar , mais.
Assim,  parece que a Europa vai ajudar a Ucrânia a lutar, até ao limite,  para ganhar a Guerra .
E  o que se seguirá, será de facto Paz?
Será que Putin não fará a última loucura,  se se sentir totalmente encurralado?
Será que a China, vai ficar a olhar?
Os EUA estão do outro lado do Atlântico,  é longe. E estão a usar , isto, como luta de hegemonia mundial. Com Biden.  Mas, Trump pode voltar.
Se ganhar a Paz, só acontece vencendo a Guerra,  não será por certo da forma menos pacífica.?
E o que se seguirá?

Ou não ou não ou não ou

A. Küttner

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Maldito Vício

 

FARRAPOS

 

Saibamos conhecer mundo

Mesmo sem saír de casa;

Quem pensa pouco profundo

Penando de “grão na asa”

Em nada será fecundo.

 

Vencido pela bebida

Ofendem-no dando-lhe água;

Tem na mente confundida

Ser o álcool a saída

Para exorcizar a mágoa.

 

Com tudo ao abandono

A casa parece um curro

A quem observa o contorno

Quem ali manda é o burro

Quem leva albarda é o dono.

 

É bom que cada um saiba

As linhas com que se cose;

Quem entrar onde não caiba

Pode provocar a “raiva”

Do que sente horror do pobre...

 

Amândio G. Martins

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Desmascarando

 

Uma senhora que foi alta dirigente do partido da Direita extrema espanhola Vox, chamada Macarena Olona, concedeu ao jornalista catalão Jordi Évole uma entrevista em que, mais uma vez, porque já o tinha feito há meses, pôs em cheque a legalidade de muitos dos métodos daquele partido, desta vez destapando a forma como se financia, através duma fundação que o próprio Abascal preside e cujos fundos são de proveniência obscura.

 

Afirmando agora, sem papas na língua, ser Vox uma organização de cariz claramente nazi, Macarena Olona, que, como deputada, assinava no Congresso as intervenções mais violentas contra o Governo e toda a ideologia de Esquerda, na qual incluía muitas vezes o próprio Partido Popular, por não os ver tão agressivos como ela no combate para derrubar os “comunistas”, que, na sua dialética, estavam a destruír Espanha, carrega agora esse enorme “calcanhar de Aquiles”, tirando credibilidade às acusações que faz, porque tentaram “ninguneala”.

 

Sendo funcionária pública, de que pediu dispensa para se dedicar à política, ela pertence à organização estatal “Abogacia del Estado”, que é o departamento que defende o Estado nos conflitos com a Justiça, daí que, tendo sido dirigente do partido que agora acusa, ela própria tenha dificuldade em saír daquilo com a folha limpa; todavia, tem o mérito de, com esta acção, poder abrir os olhos de muitos quanto ao que poderão esperar dum partido assim, que, na sequência do que ela disse, já teve pintada na sede de Madrid a palavra “traidores!”.

 

Como também cá temos uma cópia grotesca daquilo, a que a Esquerda aventureira abriu as portas largas do Parlamento, é bom não perdermos de vista que a escola dessa gente é a mesma em todo o lado, cujo linguajar, e o próprio aspecto pessoal de muitos deles, dão volta ao estômago; e “dar carpetazo” às suas barbaridades, que, na linguagem popular espanhola, quer dizer “varrer para debaixo do tapete”, decerto que nos sairá muito caro...

 

Amândio G. Martins

 

 

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

 O CÚMULO DA SUBSERVIÊNCIA


Zelensky, foi eleito com a promessa de acabar com a guerra no Donetsk e em Lugansk (regiões do Donbass) que desde 2014 até à intervenção russa, já tinha provocado cerca de 15 mil mortos. Assinando para isso, com o aval da França e da Alemanha, os acordos de Minsk que previam referendos para aquelas populações russófonas se pronunciarem sobre a sua autodeterminação. Acordos esses, que depois não foram cumpridos. Tendo mesmo há relativamente pouco tempo, Ângela Merkel declarado que os mesmos serviram para ganhar tempo. Para que se armasse a Ucrânia para a guerra de desgaste contra a Rússia.

Como se sabe, Z, ilegalizou todos os partidos da oposição (11) e rodeou-se de gente da extrema direita, neo-nazis, no aparelho de Estado e nas Forças Armadas como o tristemente célebre Batalhão Azov. “Gente”, que cometeu crimes impunes tão hediondos, como o da Casa dos Sindicatos de Odessa. O edifício é incendiado, as pessoas que não morreram queimadas, que conseguiam libertar-se, fugiam e eram abatidas a tiro como coelhos.

Z, é o testa de ferro desta guerra que está a destruir a Ucrânia, a matar gente, civis e militares naquele país e militares russos, que está a afetar , como sabemos e sentimos, económicamente os restantes povos da Europa e que poderá provocar um autêntico Apocalipse.

Pois bem, o Governo Português e o Presidente da República, até para honrarem o seu compromisso de cumprimento da nossa Constituição, em vez de apoiarem a guerra, deviam era dar toda a sua contribuição no seio da UE e da ONU, para compromissos com vista à paz. E, como se não bastasse já esse apoio, vem agora Marcelo Rebelo de Sousa, completa e surpreendentemente, anunciar que, em nome de Portugal, vai condecorar Zelensky com a mais alta distinção portuguesa; o Colar da Ordem da Liberdade.

É o cúmulo da subserviência aos mentores da guerra, EUA e UE, sobretudo os primeiros, é uma afronta ao Portugal de Abril. À esmagadora maioria deste povo que o apoiou e apoia.

Francisco Ramalho







Ontem e hoje

 

NOSTALGIA

 

Vejo-me a meditar nestas vertentes

Onde em pequeno vigiava gado

Na frugalidade desse passado

Nas festinhas que animavam as gentes.

 

Éramos briosos e exigentes

Malvisto o que fosse desaprumado

Toda a gente cumpria o combinado

Ou sentiria os demais descontentes.

 

Comparando essa comunidade

A sua tão escassa comodidade

Para aquela gente laboriosa;

 

Deu-se um notável desenvolvimento

Mais “pretensioso” comportamento

Mas convivência ainda calorosa...

 

Amândio G. Martins

Europa vs Rússia

 Todos,  que não rodarmos em torno de interesses russos, teremos a perfeita noção de que a Invasão da Ucrânia por Putin,  nunca deveria ter acontecido. 
E  o mesmo quando a Federação Russa anexou a Crimeia.
Mas, por falta de unidade europeia nos mais diversos aspectos,  e também, pela falta de um exército comum,  a Guerra na Ucrânia,  está a criar " medos", em alguns decisores em Bruxelas quanto ao que se seguirá.
Os EUA estão do outro lado do Atlântico,  a Rússia nunca os atacará e mostram uma posição de força à China,  fornecendo armamento ao Presidente Ucraniano para se defender do Presidente da Federação Russa.
A Europa,  nomeadamente Alemanha,  Áustria,  Holanda,  Dinamarca,  a eterna neutra em tudo e nada, Suíça,  as assim-assim Polónia e Hungria,  estariam a ver se , não se envolviam demasiado no conflito.  E ainda estarão.
A razão é simples,  Putin não é Hitler,  logo dificilmente virá até França.  A Europa já esteve com mais vontade de se unir, que está hoje. Movimentos de extrema-direita,  têm a mão russa, e vagueiam aqui a Ocidente.
Logo , estes , até alimentam a Guerra contra o papão russo,  que já nem comunista é.
E são uma maravilha para os nacionalismos,  que podem aceleradadamente contribuir para a desintegração europeia,  e, maior exposição desta , aí sim, à Rússia.
A Nato é,  tal como a ONU algo que foi muito útil no pós II Guerra Mundial,  hoje, não serve. Mas como a Europa não tem unidade,  nem defesa própria,  a Nato,  faz-se presente.
E estar-se , agora, a chegar ao ano da invasão russa da Ucrânia,  a querer abrir um conflito militar com a Rússia,  pode ser desastroso para os dois lados. E talvez fosse evitável.

Ou não ou não ou não ou...

A. Küttner

domingo, 19 de fevereiro de 2023

As perspectivas de Stoltenberg são de continuidade do conflito ucraniano. Serão avisadas?

 


Jens Stoltenberg secretário-geral da NATO, quer os Estados-membros a investir na capacidade de produzir munições.

Stoltenberg referiu-se ao processo de adesão da Finlândia e da Suécia à NATO , prevendo que um dos países escandinavos possa entrar primeiro, contudo, afirma que “ambos se tornarão membros”.

O processo de ratificação da adesão sueca ,pela Turquia está emperrado. A quebra de relações bilaterais agravou-se depois de um grupo de militantes de extrema-direita ter queimado uma cópia do Corão em Estocolmo.

Quase um ano após o início da guerra, as perspetivas de Stoltenberg são de continuidade do conflito. “Não vemos nenhum sinal de que a Rússia esteja a preparar-se para a paz, pelo contrário. A Rússia está a lançar novas ofensivas”, 

Contrapondo, ou seja, escrevendo uns disparates que ninguém aceita, ou não pode , mas podendo-se pensar de “forma, algo”. díspar.

A NATO ou umas putativas futuras Forças Armadas Europeias, deveriam investir na capacidade de produzir munições , para auto-defesa e não para enviar para a Ucrânia, para se eternizar a Guerra iniciada pela Federação Russa.

Qual deveria ser o futuro próximo? Manter uma estrutura pesada e desactualizada como a NATO , ou apostar seriamente numa defesa unificada da União Europeia?

Stoltenberg, depois de anos à frente da NATO sai em Setembro próximo, pelo que, até podia ajudar a criar a Força de Defesa Europeia.

Quanto à adesão, possível, da Suécia à NATO, à qual a Turquia já tem colocado dificuldades, é evidente que ficou mais longínqua , se e quando, de cidadãos suecos queimam cópias do Corão em Estocolmo, sem quaisquer dificuldades ou impedimentos.

Sendo que , quem começou a Guerra foi indubitavelmente a Rússia. Mas a Ucrânia teve e tem semelhanças com a Federação Russa, por razoes históricas de todos conhecidas, a Ucrânia está a ser forçada a rapidamente se tornar uma Democracia pela Comissão Europeia, em especial a Presidente, mas não é, para poder urgentemente, ser UE.

E se calar a NATO deveria ser uma força de PAZ, e a Ucrânia não é União Europeia nem NATO.

Logo talvez fosse mais prudente pela parte de NATO e União Europeia, tentarem defender os respectivos países membros, na PAZ, e a Ucrânia faria negociações de PAZ com Putin, ressalvando a População Ucraniana, para não se correr o risco de uma Guerra interminável, que pode ter uma reverso dos EUA se Biden sai e entra um Trumpista.

E não se sabendo o que fará em desespero o Czar Soviético se , se sentir perdido...



OU NÃO OU NÃO


Augusto Küttner

 É SÓ PARA VOS LEMBRAR…


A temperatura máxima prevista para hoje no Porto é de 23 graus e para Lisboa 20. Nos últimos dias, têm sido sempre superiores no Porto e em Braga do que em Lisboa e Faro.

Acham isto normal? Eu sei que não, porque vocês são pessoas normais. Os “anormais” é que se estão borrifando. Muitos deles/as até queriam é que, mesmo em pleno inverno, estivessem
aí vinte e tal ou trinta graus, para irem todos/as para a Costa trabalhar para o bronze.

E já reparam que desde aquelas fortes chuvadas que até provocaram inundações em alguns lados, nunca mais, como aqui na minha zona, Corroios, choveu coisa que se visse e a previsão para os próximos 10 dias é mais do mesmo? Eu sei que sim, porque vocês são pessoas normais. Os “anormais” é que não. Esses dizem é que não têm nenhuma horta nas costas.

Finalmente, Já se aperceberam que esse passarinho que ilustra o texto (pisco de papo amarelo) que há uns anos ainda vinha aos milhares e agora quase já não se vê? Esse e outras espécies. Eu sei que sim, porque vocês são pessoas normais. Os “anormais” é que não. Esses até acham anormal quem repara e se preocupa com estas coisas.

Como a empregada de um restaurante onde fui almoçar com familiares há dias e lhe disse que depois de lavar as mãos, a torneira ficou a correr continuamente. Sabem porque é que ela ficou a olhar para mim como se eu tivesse dito alguma coisa anormal? Porque, com certeza, serão bem poucos a reparar neste e noutros desperdícios que por esse país fora são aos milhares ou milhões.

E pronto! É só para vos lembrar que há aí uma coisa que se chama alterações climáticas a que os “anormais”, agravando-as, aumentando os seus efeitos, não ligam nenhuma, mas vocês não, porque são normais.

Portanto, é só para vos lembrar.

Francisco Ramalho

sábado, 18 de fevereiro de 2023

A CRISE DA HABITAÇÃO...

junto ao Areinho de Oliveira do Douro, Vila Nova de Gaia (02.2023)

Imoral vantagem competitiva

 

Vi um dia destes, a pretexto da corrupção na arbitragem do futebol, referência ao “nosso” célebre “apito dourado”, no programa “Especial Jugones”, do canal espanhol  “La Sexta”, num trabalho do jornalista do tema futebolístico, Josep Prederol; este jornalista comparava com o que se descobriu agora em Espanha com o Barcelona, realçando que, sendo normal noutros países, como Portugal e Itália -  neste país houve um clube que foi obrigado a recomeçar do zero, e em Portugal nada aconteceu -  não pode ser “normalizado” em Espanha.

 

Descobriu-se que, durante muitos anos, um sujeito que foi Nº 2 da arbitragem espanhola, chamado Enriquez Negreira, recebeu do Barcelona um total de sete milhões de euros, para que este clube não sofresse “penaltys” nem expulsões; e vendo-se agora o historial de jogos realizados sem castigos, comparando com os adversários, facilmente se conclui que terem corrompido o tal Negreira deu fartos resultados.

 

Com mais este triste exemplo na chamada “nação catalã”, de que o “Barcelona” sempre foi chama viva, o independentismo sofre mais uma “machadada”, sobretudo porque sempre fizeram questão de se demarcar dos castelhanos por serem melhores e mais sérios; e no próprio clube, como os pagamentos àquele dirigente da arbitragem foram feitos na vigência de várias direcções, porque cada novo presidente fazia questão de deixar um palmarés mais vistoso que o antecessor, nem que para isso tivessem de comprar ilegalmente a vantagem competitiva, andam como “baratas tontas”, qual deles o mais culpado, perante os adeptos revoltadíssimos e temerosos do que fará a Justiça com o clube do coração...

 

Amândio G. Martins