Karma é uma lei do Hinduísmo que defende que qualquer acto, por mais insignificante, voltará ao indivíduo com igual impacto. Bom será devolvido com bom, mau com mau. Visto os Hindus acreditarem na reencarnação, o Karma não conhece limites de vida e morte.
Por um lado, o Karma serve para explicar porque acontecem coisas boas a pessoas más e coisas más aos bons. A injustiça do mundo, a distribuição aparentemente ao acaso do bem e do mal é apenas aparente. O mal é racional, de acordo com a lei do Karma (o mal deste mundo faz sentido).
A ideia do Karma é popular entre algumas filosofias/religiões ocidentais onde se separou das suas raízes hindus. Os teósofos (a Teosofia é um corpo doutrinário que sintetiza Filosofia, Religião e Ciência em cada época) acreditam no Karma e na reencarnação. Vejamos um exemplo:
Uma determinada pessoa mata outra…num café…Podem ter ocorrido de duas uma coisa. A pessoa que cometeu o crime usou o seu livre arbítrio para o fazer. Ou pode tratar-se de uma situação Kármica em que a pessoa assassinada teve de pagar o ter morto alguém numa anterior encarnação.
James Van Praagh, é um auto proclamado médium dos EUA, deixa claro que pensa que é o Karma e não o livre arbítrio, que leva pessoas a matarem-se umas às outras. Se Van Praagh está certo, podemos desmantelar os nossos sistemas de ética e de justiça criminal. Ninguém é realmente bom ou mau. É apenas o nosso Karma. Ninguém é realmente responsável por nada que faz. Somos peões Karmicos dançando no destino. Mas porque é que um princípio amoral como o Karma deve ser apresentado como explicando a injustiça máxima num Universo indiferente?
Porque, diz Van Praagh, “Estamos nesta Terra para aprender lições. Esta é a nossa escola básica…Devemos passar certas lições para crescermos.”De acordo com Van Praagh, a vida na Terra é uma vida no purgatório. Estamos a sofrer dos nossos pecados, a evoluir as almas. Estas são as mesmas razões que os Teólogos (da religião cristã) dão para a existência do mal num mundo alegadamente criado por Deus todo-poderoso e todo-bondade.
Portanto, podemos afirmar que hindus, teosofistas e teólogos (os que tentam justificar os desígnios do Senhor) todos apelam ao “mistério” de tudo isto. Mas não há mistério no mal se reconhecemos, por exemplo, que não há propósito na vida, se não há vida depois da morte, se não há recompensas no Céu nem punições no Inferno, se não há Nirvana. A crença no Karma não é essencial para uma vida com sentido. O Karma parece tornar a vida trivial, numa mera “lei metafísica” que reduz os humanos a criaturas desumanizadas, desprovidas de moral e responsabilidade.
O médico Brian Weiss dos EUA para descobrir qual a origem das doenças dos seus pacientes começou a pôr os doentes em hipnose e a grande maioria dos problemas desses doentes tinha a ver com vidas passadas. Durante essas sessões houve Mestres Espirituais que entraram em contacto com o médico e descreveram qual o processo porque passa o espírito depois da morte do corpo físico. Em termos simples, pode dizer-se que, o espírito depois da morte do corpo é presente a um tribunal onde o juiz é um Mestre Espiritual de um nível espiritual muito elevado, as testemunhas são constituídas pelos nossos guias espirituais (que irão fazer tudo o que está ao seu alcance para nos ajudar) e o espírito da pessoa que faleceu funciona como se fosse o réu, não nos podemos esquecer que o espírito da pessoa que faleceu já está afastada da parte material da vida (não se pode levar carros, ou casas, ou dinheiro, ou … juntamente com o espírito) e portanto acompanha o juiz espiritual muito mais facilmente. Depois do julgamento o Mestre Espiritual irá enviar o espírito para um lugar onde outro “Mestre Espiritual de aprendizagem” melhorará o que o espírito fez de pior nesta vida e em vidas passadas. Depois disso intervém outro “Mestre Espiritual de encarnação” que irá ver qual a família que mais se adequa-a para a reencarnação do espírito, muitas vezes acontecesse que o espírito vai reencarnar em famílias que já teve contactos em vidas passadas e tem que resolver problemas Kármicos (durante estas fases o factor tempo não existe, portanto para o espírito é indiferente se está muito tempo ou não durante estes períodos, segundo os padrões do planeta Terra). A partir da altura em que o espírito reencarna este tem um novo corpo físico e mental e esquece o que se passou em vidas passadas (é muito difícil ter a mente da pessoa acesso ao que se passou em vidas passadas, salvo raras excepções) e passa a agir com base no livre arbítrio e assim sucessivamente com novas reencarnações. Parece pois que durante um período de encarnar o espírito até desencarnar existe o livre arbítrio. Só assim, o corpo, a mente e o espírito poderão ser considerados responsáveis pelo que fazem, até o espírito atingir um nível espiritual muito elevado e não precisar de efectuar mais fases de encarnar/reencarnar. Se considerarmos o Karma este será aumentado, ou diminuído, aquando do juízo, pelo Mestre Espiritual, depois de desencarnar o espírito, e aquando da escolha da próxima família em que o espírito vai encarnar, com o objectivo de diminuir o seu Karma.
Quando muito o Karma funcionará como uma tendência que esse ser humano em corpo, mente e espírito terá nessa encarnação para resolver da mesma forma que existem doenças que o ser humano é mais provável que as tenha se os seus pais as tiverem.