quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Atrasos de vida

 

TRAMPOLINEIROS

 

Muita gente de leis na política

Não significa que prima o Direito

Mas somente aquilo que lhes dá jeito

É o que realmente significa.

 

Vivem à grande enquanto o povo estica

Jurando sem vergonha que é bem feito

O que só para eles é perfeito

Fazendo a gente suportar larica.

 

Sempre tão pobremente governados

Podemos continuar “descansados”

Que não vai ser alterada a rotina;

 

Bons na trapaceira dialética

A gente com fome é “anorética”

Não come porque quer manter a linha

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

 

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

 

A HISTÓRIA REPETE-SE


Os filmes “A zona de Interesse” e “Pássaro Branco”, documentam com grande realismo, embora de forma muito diferente, o que foi o horror do nazi-fascismo alemão.

O primeiro, realizado por Jonathan Glazer, baseado no livro homónimo de Martin Amis, mostra a contradição da vida do oficial alemão comandante do campo de extermínio de Auschwitz com a sua esposa, filhos e um cão, numa confortável vivenda com um extenso e belo jardim, mesmo junto às instalações onde todos os dias eram mortas centenas de pessoas por gaseamento.

O segundo, do realizador Marc Forster, passa-se na França ocupada, e relata uma história lindíssima entre dois jovens. Ela, judia, e ele, por ser deficiente de uma perna, era, em grande parte, marginalizado pelos seus colegas de liceu. Mas com uma alma grande.

A perseguição aos judeus, não poupava ninguém. Nem adolescentes e jovens estudantes. O referido jovem, correndo sérios riscos, ele e a sua família, protegeu a colega escondendo-a num palheiro. O que lhe valeu, mais tarde, ser preso, e tentando fugir, ser morto a tiro.

Portanto, dois filmes que retratam o que foi a bestialidade nazi na perseguição, e nos hediondos crimes praticados sobre os povos que tentaram escravizar. Recorde-se que só no denominado holocausto, foram assassinadas 4 milhões de pessoas. A maioria, judeus, mas também muitos comunistas, ciganos, homossexuais, deficientes.

Pensava-se que nunca mais ocorreriam tão hediondos crimes. Puro engano! O que se passa hoje na Palestina, será assim tão diferente? Só se for pela extensão!

Há consideração por alguém? Não se matam crianças, mulheres, homens, tenham eles as funções que tiverem? Médicos, jornalistas, socorristas diversos, funcionários da ONU e de outras organizações pacifistas. Não se arrasam hospitais e escolas? Não se mata à metralha, debaixo de escombros, por falta de assistência médica, à fome e à sede? Qual a diferença entre a crueldade e frieza deste holocausto e do outro?

O chefe da diplomacia da UE, Josep Borrel, disse que Israel financiou o Hamas para enfraquecer a Autoridade Palestiniana e inviabilizar a solução de dois estados.

O deputado do Massachusetts luso-americano, Tony Cabral, entrevistado na Antena1, afirmou que por influência da comunidade judaica, independentemente do presidente ser democrata ou republicano, os EUA sempre manterão um firme apoio a Israel. E a UE, apesar das declarações, pertinentes, de Borrel, nas recentes conversações do Egito, ao contrário deste país, não propõe um cessar-fogo, mas sim “pausas humanitárias”. Ou seja, a continuação do massacre com intervalos.

O holocausto nazi foi unanimemente condenado. Este, é apoiado.

Claro que o mundo não assiste, como o casal Hoss, impávido e sereno à matança de milhares de inocentes. Há indignação e manifestações de revolta, mas também há muita indiferença. E esta, mesmo que inconsciente, acaba por ser conivente.

É imperioso que nos manifestemos contra a barbárie em curso. Enquanto ela durar, cobrimo-nos todos de vergonha.

Francisco Ramalho


Publicado hoje no jornal O Setubalense



segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Habitação Social é uma miragem

Em Portugal, nada na sociedade funciona bem. É no SNS, é na Escola Pública, é na Justiça, é na Cultura, é na Habitação Social e por aí fora.... Uma desgraça - desgraçada! A habitação nunca foi prioridade das sucessivas governanças e a habitação social foi atirada, em definitivo, para os fojos do desprezo. As justas manifestações que encheram ruas de várias cidades no último sábado, demonstraram que o acesso a uma habitação a preço acessível é uma miragem. Faltam medidas a montante e a jusante. Os residuais aumentos de salários, a falta de resposta do governo nesta matéria, as rendas altamente especuladas e, em roda livre pelos senhorios, são um entrave resolutivo. Os promotores imobiliários praticam, sem controle, preços muito para além do que exíguos salários podem pagar. Os estrangeiros, aqui, estão em alta. O executivo, também falha ao não regular o mercado de arrendamento... a desproteção dos inquilinos, vinda da criminosa Lei Cristas, é moeda corrente. Instalou-se, nos senhorios uma selvajaria na denúncia de contratos e, nos inquilinos antigos é uma dor de alma! Comovente. São postos na rua - sem apelo nem agravo. É matá-los em vida e sabendo do que escrevo, alguns suicidam-se! Mais uma vez o desgoverno do Partido Socialista (qual socialismo?) é cumplice e peca por omissão e demissão!

CAMÕES: 500 ANOS DE SEU NASCIMENTO

 Orivaldo Jorge de Araújo;  Brasil-Goiás-Goiânia; em janeiro de 2024

Em homenagem póstuma a esta grande figura da literatura lusófona, presença marcante na história compartilhada de Portugal e Brasil, apresento o vídeo acima, que destaca o célebre soneto "ALMA MINHA GENTIL, QUE TE PARTISTE", musicado por CARLOS GONÇALVES e interpretado pelo cantor GONÇALO SALGUEIRO. A montagem e edição foram elaboradas por mim, utilizando música e fotos obtidas da internet.

 

O Soneto retrata a morte de sua amada DINAMENE, que ele deixou morrer afogada em um naufrágio, na opção de salvar o manuscrito de “Os Lusíadas”.

Orivaldo, em janeiro de 2024




Frustrações

 

 

 

 

 

 

FOGO DE ARTIFÍCIO

 

Não tendo o dom da palavra inspirada

Garatujo sobre o que vejo e sinto

Do que nos ilude no labirinto

Fazendo-nos crer ser melhor que nada...

 

É que à muita pobreza envergonhada

Impingem coisas com sabor de absinto

Travo de fel na boca do faminto

Da gente que sempre é ludibriada.

 

Seguros de que “quem cala consente”

Atiram uns amendoins à gente

Quando se aproxima a nova contenda;

 

Cabe à gente saber desiludí-los

Mostrar-lhes que não vai por assobios

Que é velha e relha a sua lengalenga...

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

 

 

domingo, 28 de janeiro de 2024

100 ANOS DA MORTE DE LÉNINE

Lénine faleceu em 21 de Janeiro de 1924. Lénine morreu aos 54 anos, 36 dos quais consagrados integralmente à Revolução de Outubro e morreu quando esta já levava mais de 6 anos e a constituição da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) tinha acontecido há pouco mais de um ano. Lénine foi um intelectual sempre dedicado e ao serviço das causas sociais, dos trabalhadores e dos operários.

Após o triunfo da Revolução de Outubro, Lénine foi o grande organizador do estado comunista, preparando os pormenores da estrutura da nova sociedade, elaborando planos e medidas indispensáveis ao funcionamento da organização social resultante da revolução.

Lénine foi um brilhante continuador de Marx, um homem de ciência e um competente dirigente que não se limitou a superficiais teorias mas a acções decisivas e determinantes. «Para a Frente!», foi o título do primeiro jornal que fundou.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Contagem decrescente

 

CARPE DIEM

 

Embora o ritmo possa ser mais lento

O que nunca me falta são os versos

Uns quantos vou amarrando em sonetos

Outros tantos somem-se com o vento.

 

Crendo já não me restar muito tempo

Para decifrar temas controversos

Tento evitar os momentos tensos

Que sempre confundem o pensamento.

 

Quando o coração domina a cabeça

Até o mais racional tropeça

Se deixa a emoção abrir caminho;

 

Sendo mais difícil o equilíbrio

Quem não conseguir travar o delírio

Acaba por ver-se a falar sozinho...

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

 

 

 

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

90 ANOS DO 18 DE JANEIRO DE 1934 NA MARINHA GRANDE

 

Em 18 de Janeiro de 1934 realizou-se uma greve geral convocada pela CGT (anarco-sindicalista), CIS (próxima do PCP) e FAO (de tendência socialista), contra a decisão da ditadura fascista de Salazar, de extinguir o sindicalismo livre e tomar conta dos sindicatos, a coberto da imposta constituição de 1933.

A greve desenvolveu-se em todo o País, embora tivesse mais forte expressão em Almada, Sines, Barreiro e Silves, onde reabriram o Sindicato dos Corticeiros e hastearam uma bandeira vermelha. Mas existiram acções também em Lisboa, Porto, Coimbra, Braga, Portimão e Portalegre.

Mas foi na Marinha Grande que a greve se transformou em levantamento operário, com revolta armada e insurreição, com corte de ligações para Leiria e Vieira de Leiria na noite de 17 para 18 de Janeiro, assalto ao posto da GNR e Correios, reabertura de sindicatos e resistência a tiro e bombas contra as forças policiais vindas de Leiria. A revolta envolveu o proletariado numeroso, destacando-se os comunistas, com forte enraizamento nos operários vidreiros, mas também anarquistas, socialistas e republicanos.

A resistência dos operários na Marinha Grande durou algumas horas, mas acabou esmagada pela repressão brutal fascista de forças policiais e forças armadas. Além de elevado número de despedimentos e julgamentos sumários, terão existido 696 presos, 227 da região de Lisboa e 122 da Marinha Grande, grande parte deportada para o Tarrafal e Angra do Heroísmo.

Numa altura em que o fascismo se afirmava em Portugal e um pouco por toda a Europa, talvez a decisão da greve geral se mostrasse desajustada, uma vez que a coragem demonstrada por si só não chegava para fazer frente a um inimigo poderoso, que detinha todo o poder político e militar. Embora nada faça desaparecer a bravura, determinação e heroísmo dos intervenientes na grande jornada de luta de 18 de janeiro de 1934.

De "mãozinha" a mãos largas

 

Quem hoje ouvir o que foi acérrimo defensor das malfeitorias praticadas pela AD de Portas e Coelho, como seu líder parlamentar, há-de interrogar-se que milagre é este, que agora o transforma no melhor amigo de reformados e pensionistas; de facto, quando o seu chefe afirmava publicamente que a gente jubilada estava a receber excessivamente, que tinham direito a uma reforma, mas não assim tão generosa, como se a maioria não estivesse a receber apenas em função do que tinha descontado uma vida inteira de trabalho, ou impondo decisões que não tiveram outro resultado que não fosse ofender as gentes, como acabar com alguns feriados e anexar frequesias, sem o menor respeito pelos sentimentos de pertença dos seus naturais.

 

Querendo agora “branquear” a imagem, este Montenegro, de um governo vampiro que sugava cruelmente a gente pobre, para que aos ricos tudo continuasse a correr de acordo com o que o seu “status” exigia, afirma agora querer “reconciliar-se” com os reformados;  e mostra-se tão bom em contas - ele que foi vigoroso “testa-de-ferro” de um governo que nunca cumpriu um orçamento nem acertou uma previsão – que até já sabe quanto vai crescer daqui a uns anos, muito mais do que agora está previsto, claro, para poder aumentar o nível de vida da gente, e tudo isto reduzindo sucessivamente os impostos, seguro de conseguir o milagre de, cobrando menos, poder pagar mais...

 

Amândio G. Martins

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

 

É TEMPO DE MUDANÇA


Sabia-se, o novo ano não trouxe mudanças positivas. Antes pelo contrário, trouxe até mais aumentos de tudo o que é essencial.

Claro que a mudança de calendário, não altera nada. Significa apenas que ficamos mais velhos. Os que por cá continuamos. Ainda bem!

As imorais assimetrias sociais, escandalosamente, aumentam incessantemente. Segundo o mais recente relatório da Oxfam, os 1% mais ricos do mundo, arrecadaram ⅔ da riqueza produzida em 2020. E os 5 mais ricos, aumentaram em 114% as suas riquezas, enquanto os 5 mil milhões mais pobres, empobreceram ainda mais. É o capitalismo em todo o seu esplendor.

Mas, entre nós, mesmo com o PS no poder, o capitalismo também provocou e continua a provocar o seu efeito predador. No seu artigo de opinião “Combater o Aumento do Custo de Vida: É Hora de Avançar” de 16 deste mês aqui em O SETUBALENSE, dizia a deputada do PCP, Paula Santos, depois de fazer referência aos novos aumentos de preços dos bens e serviços essenciais conhecidos no início do ano: “ São os mesmos de sempre a suportar o aumento do custo de vida (…) enquanto os grupos económicos continuam a acumular lucros e a apropriar-se da riqueza criada pelos trabalhadores. Só nos primeiros meses de 2023 os principais grupos económicos obtiveram 25 milhões de euros de lucros por dia.”

E informava que o seu partido propôs; “ O controlo e a redução de preços dos alimentos, a limitação da atualização das rendas em 0,43% nos atuais contratos e nos novos contratos, a redução do IVA das telecomunicações para 13%, a limitação da atualização do valor das portagens correspondente ao valor de 2022, a gratuitidade dos medicamentos para as pessoas com doenças crónicas, com mais de 65 anos e com insuficiência económica e que os lucros da banca suportem o aumento das taxas de juro, em vez de aumentar as prestações à banca das famílias que têm crédito à habitação”.

Pois bem, PS, PSD, IL e CH, votaram contra.

Como se constata, o argumento de que não há dinheiro, que o país não tem recursos, é falso.

E é inadmissível que, conforme documento da CDU distribuído à população, além de outras injustiças apontadas, “3 milhões de trabalhadores recebam menos de mil euros brutos, 345 mil crianças vivam abaixo do limiar da pobreza, 72% dos pensionistas tenham reformas até 500 euros, faltem mais de 120 mil vagas em creches públicas, haja 1,7 milhões de pessoas sem médico de família”.

O país tem recursos e muito mais teria se fossem mais bem geridas e aproveitadas todas as suas potencialidades. Por exemplo, a seca no Algarve. É verdade que devido às alterações climáticas chove lá e no Alentejo, cada vez menos. Reclama-se transvazes do Alqueva. Então e as culturas intensivas que além de consumirem tanta água, esgotam os solos, Justificam-se? E dessalinizadoras não arrancaram já porquê?

Entre tantos, apenas este exemplo atual.

Não será já tempo de mudança?

Não devemos eleger quem faz propostas justas e corretas?

Não é mais que necessário uma política patriótica e de esquerda?

Francisco Ramalho

Publicado ontem no no Jornal O SETUBALENSE







Ao ritmo das bombas

 

QUO VADIS, TERRA...

 

Mísero átomo no Universo

Pelos deuses do bem abandonada

Por indizíveis monstros massacrada

Da dignidade humana o seu inverso.

 

Ao que te aniquila chamam “progresso”

Vendo a tua gente revoltada

Respondem com repressão reforçada

A comandar mandatam um “possesso”.

 

O mais forte ceva-se no mais fraco

Que dos direitos nem um simulacro

Com a desgraça toda à sua frente;

 

Quando se cria ter evoluído

Se algo já foi bom vê-se perdido

E tudo confunde a mente da gente...

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

 

 

 

 

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Aconteceu algo bonito na forte Alemanha

 

Apesar de não terem lá o caminho escancarado, como vem acontecendo por todo o lado, os nazis alemães têm vindo paulatinamente a ganhar espaço, e nem procuram esconder aquilo que são, por mais restritivas que sejam as leis aos seus grotescos propósitos; de facto, misturados com a direita que lhes é próxima, já suplantam nas sondagens os democra-cristãos e social- democratas, o que não pode deixar de preocupar aqueles europeus que não esquecem o que foi o nazismo, quando vêem os seus miasmas ameaçarem de novo a já precária saúde das democracias, em grande parte por culpa delas próprias, pelo laxismo de que têm dado mostras perante as ameaças.

 

Ao contrário dos outros países europeus, a grande Alemanha tem assegurado, até aqui, mecanismos legais para barrar o caminho aos monstros mas, pelos vistos, isso não tem sido suficiente para impedir o seu crescimento, talvez porque o proibido se torna mais apetecido; esperemos que as grandes manifestações que nos últimos dias se verificaram por todas as cidades alemãs contra o renascimento do nazismo, possam ao menos ter servido para acordar aqueles que têm andado irresponsavelmente adormecidos...

 

Amândio G. Martins

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

 MUNDO CÃO


Hà 70 anos que o povo da Palestina vive sequestrado no seu pròprio territòrio.
Nunca Israel respeitou as inumeras resolucoes da ONU, condenatorias das suas politicas colonialistas. O veto americano tem sido suficiente para garantir a ilegalidade.

Antonio Guterres nao tem meios para fazer mais do que tem feito. 
Temos aqui uma situacao caricata, em que o senhorio, Estados Unidos e quem suporta as despezas do inquilino. Este, so tem que baixar a bola. Caso contrario e o despejo.

Ao vigarista Netanyaou da imenso jeito vestir a capa de Rambo. Ajuda a safar/se das acusacoes de corrupcao de que e alvo.
Este carniceiro e o principal responsavel pelos muitos milhares de vitimas, muitos deles perigosos terroristas de palmo e meio...
E quem mais contribui para o reacender do sentimento anti/semita.

A Europa, porque liderada pala Alemanha, faz vista grossa a tudo isto. As feridas do passado ainda nao cicatrizaram.



Jose Valdigem

Nota / nao estou no meu computador, dai as falhas de pontuacao, mas que, espero, nao impecam de transmitir a minha opiniao.


domingo, 21 de janeiro de 2024

Poucas e mal protegidas

 

Pelo que ao longo do tempo fui percebendo, não abundam os exemplos de sucesso de pessoas que tivessem crescido “institucionalizadas”, não só por não terem adquirido as competências básicas para a vida, mas também por tudo que as marcou para sempre de forma indelével; havendo informação que nos apresenta como o país da Europa com mais crianças sem família natural que as proteja - e o pior em 42 países - e sendo a adopção um burocratizado e triste remedeio, entende-se mal que os institutos a que são confiadas gozem de tão má reputação.

 

De facto, sendo a baixa natalidade um dos graves problemas do nosso país, apenas minorado pelos filhos de imigrantes que cá vão nascendo, que pode dar para iludir os números, mas não vai resolver a questão de fundo, fica difícil aceitar que ainda haja tantas crianças mal protegidas, criadas em ambiente de fraca reputação, como são as casas do Estado a isso reservadas, quando lhes deveria ser proporcionado, mesmo aí, um seio familiar o mais possível livre de carências...

 

Amândio G. Martins

Chega!, é designação de violência!

Chega!, (CH) é uma designação de violência, que caracteriza este partido para-fascista. Autointitulam-se de direita mas, é mentira, são de extrema-direita! Alguns concidadãos são enganados por esta gente, por falta de consciência e ingenuidade políticas, aliada a uma baixa escolaridade, segundo estudos, fazendo toda a diferença. O CH, diz que faz mossa ao sistema. Mossa aos mais ricos que o financiam? Não! Não nos enganem, seria/é uma contradição combater quem lhes financia cartazes gigantes, convenções, campanhas eleitorais,... As políticas do centrão não aproximam as pessoas da política, da consciencialização cívica ou da mobilização pela cidadania, já que só somos eleitores.... Acresce, que a governança é responsável pelas iniquidades na distribuição da riqueza, aumentando a pobreza, favorecendo o aparecimento de práticas e discursos direitistas extremados de demagogia, que, também acabam por arregimentar o lúmpen do proletariado para as ''hostes'' do CH. Sendo este um partido, além de, para fascista, populista, racista, misógino, xenófobo e contra a Constituição da República Portuguesa, o Tribunal Constitucional já o devia ter ilegalizado!

sábado, 20 de janeiro de 2024

a AD não deixou saudades...

 


Num sinal de fraqueza, o PSD foi desenterrar a AD para se apresentar aos eleitores em 10 de Março, estendendo uma bóia salvadora ao CDS, a naufragar no mar encapelado da direita, e reabilitando o desaparecido PPM.

A acrescentar a algumas conturbadas escolhas de candidatos a deputados no PSD, ao bom posicionamento obtido por representantes do CDS, junta-se a mordaça imposta ao fado do PPM para esconder ideias e opções mais retrógradas e conservadoras da direita.

A política de direita praticada desde sempre pelo PS, com excepção dos 4 anos da geringonça, defraudou e desiludiu muitos portugueses, não contribuiu para aumentar a formação, a consciência cívica e de cidadania, incentivou o crescimento da abstenção, e ajudou a criar condições para o poder econômico fazer surgir mais formações partidárias de direita, com discurso e prática mais extremista, para tentar enganar e reforçar o contínuo ataque às conquistas e objectivos duma sociedade melhor e mais justa que o 25 de Abril de 1974 nos abriu e prometeu.

A AD do século XX não deixou saudades. E a sua nova versão do século XXI só pode merecer repúdio, porque com eventual nova roupagem, pretende prosseguir a política de direita das últimas décadas, que está na origem da degradação dos serviços públicos (saúde, educação, justiça, etc.), de mais pobreza e injustiça social.

Quando se perdem as estribeiras...

 

AO QUE PODE LEVAR A IRA

 

Uma irada espanhola de Alicante

Vendo os filhos entre si em "sarilhos"

Por não lhe obedecerem aos avisos

Expulsou-os do carro num rompante.

 

Só que nunca haverá razão bastante

Para assim deixar os modos contidos

Que mesmo sendo desobedecidos

Devem ter presente o mais importante.

 

Completamente desorientada

Deixou dois filhos pequenos na estrada

Para que lhes servisse de “escarmiento”;

 

Foi essa a resposta às autoridades

Que os recolheram da estrada assustados

Dando-lhes provisório acolhimento.

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Retorno descarado do nazi/fascismo

 

Alguém disse que “o que da história se aprende, é que nada se aprende da história”, e o ressurgimento em força, um pouco por todo o lado, de formações nazi/fascistas, é a clara demonstração disso mesmo; um dia destes foi noticiado o ataque a um jornalista que pretendia dar cobertura a um evento numa faculdade de Direito(?), para o qual começaram por deixá-lo entrar mas que, entretanto, decidiram expulsá-lo à força, mas o líder extremista palestrante, que terá sido convidado por um grupo de "estudantes", nega quaisquer responsabilidades no sucedido, embora o jornalista tenha afirmado que a segurança do indivíduo esteve envolvida, mas pouca gente terá dúvida que são mesmo ele e o “bando” que chefia os responsáveis, porque têm andado a criar o ambiente propício à violência contra quem com eles não simpatize, e não se duvide que outros episódios como este, e bem piores, irão surgir daqui para a frente, não sendo por acaso que aparecem em todas as manifestações das policias para mostrarem total apoio a tudo que reivindicarem, de que esperam cobrar dividendos quando deles precisarem, se os agentes não andarem despertos.

 

Santiago Abascal, o parceiro espanhol desta gente, tinha dito há tempos, numa entrevista radiofónica, que não tardaria o tempo em que o povo espanhol penduraria Pedro Sánchez pelos pés; perante o espanto de comentadores e partidos democráticos, logo uma porta-vóz saltou a criticar aquelas reacções, que o que o seu líder tinha dito não passava duma metáfora; todavia, uns dias depois, a tropa de choque do partido extremista pendurou mesmo um boneco junto à sede dos socialistas em Madrid, figurando o chefe do Governo, espancando-o de seguida até se desfazer...

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

 

 

Inquietações


Pode ser que não seja nada, como “eles” sugerem. Mas é. É um crime público, a agressão a um jornalista, num evento envolvendo o Chega. Antes de males irreversíveis, é preciso desconfiar. Nunca fiando, que “eles” andam por aí.


quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

O Estado, afinal, é um mãos largas...

Leio na imprensa, que me merece o maior respeito e fiabilidade do que as redes sociais, (muitas delas cloacas), que segundo o Tribunal de Contas, o Estado pagou a mais por testes covid - 153 milhões de euros! Afinal há dinheiro... Isto configura um roubo e é um rombo ao SNS, à Escola Pública, à Habitação Social, às prestações sociais e por aí fora! Urge, face à gravidade do facto, que se apurem responsabilidades. Então, não houve facturas para justificar as aquisições? Estamos em presença de dolo? Há aqui significativa fraude?... Tenho os meus impostos em dia e gosto de os pagar... exigimos que se identifiquem os mandantes daquele insólito pagamento e que respondão perante as autoridades judiciais. Não vivemos numa república das bananas. Tudo isto é absolutamente censurável e inqualificável!

Que o forte deixe de abusar do fraco

 

HUMANA SELVAJARIA

 

Sentindo-se a competir com a morte

Para derrubar o seu oponente

Se tiver que matar gente inocente

“Lamenta” terem tido pouca sorte...

 

Já se chegou a tanto no desnorte

Não tolera o vizinho diferente

Se para o vencer matar muita gente

Quem faz a "justiça" é sempre o mais forte.

 

Até onde isto pode ir não sabemos

Mas se antes de desaparecermos

Puder surgir um poder racional;

 

Pode haver um termo à destruição

Evitar-se para a gente esta aflição

Com respeitado controlo para o mal...

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

 

 

 

 

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Dos danos da indisciplina

 

DIFICULDADES

 

Tudo é difícil até ser fácil

Dependendo da nossa persistência

Em não descurar a proficiência

Conforme se vá ficando mais hábil.

 

Mas também se faz o fácil difícil

Quando procedemos com negligência

Gastando a quem ensina a paciência

Podendo marcar para sempre o pefil.

 

De início todos somos aprendizes

A quem são corrigidos os deslizes

Porque todos teremos qualidades


Os que não derem atenção ao mestre

Abusando da paciência deste

Reduzirão as oportunidades...

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Dúvidas


Parece que se desenha a paz para a Ucrânia. Com a realização, na Suíça, de uma cimeira patrocinada por Zelensky. Resta saber que tipo de paz virá a ser porque, ao que parece, a Rússia não vai ser convocada. Será unilateral? 


terça-feira, 16 de janeiro de 2024

A vergonha do Chega é não dizer a verdade

O Chega é o defensor político dos ricos que o financiam, na ordem dos milhões! Este partido neofascista finge apoiar quem trabalha, mas nunca deu um mero apoio aos trabalhadores braçais miseravelmente pagos! O partido unipessoal de André Ventura, tem um léxico cheio da palavra vergonha e grita-a por tudo e pelo seu contrário... seria de conveniente sanidade política usar uma conduta de verdade. AV é grosseiramente falso, querendo que acreditemos nele... ele e o seu partido são os campeões do embuste, da demagogia! O discurso do ódio durante o congresso, contra as mulheres, a igualdade de género, os imigrantes fazem deste - um partido racista. Ora, existindo uma lei, que determina a extinção dos partidos racistas, o Chega nem devia figurar nos boletins de voto. Sendo um partido anticonstitucional, aproveita-se da democracia para a minar, sendo evidente que falta vontade judicial para o arredar do panorama político... Houve até um congressista que declarou: «sou fascista!». E quantos mais?! Ao contrário do que defendem comentadores do óbvio, sociais democratas de ocasião e reformistas, tudo o que se disser para desmontar quem é contra o que ainda possa ter algum resquício de Abril de 1974, quem propõe a eliminação da Escola Pública, do SNS e por aí fora, tudo, repito, o que se diga ou escreva contra estes autocratas - ainda é pouco. A melhor prenda dos 50 anos do 25 de Abril, para os democratas, é a eliminação do Chega pelo Tribunal Constitucional!

 

A CRISE NA COMUNICAÇÃO SOCIAL


Como leitor, o Diário de Notícias e o Jornal de Notícias, publicaram-me centenas de artigos de opinião. Assim como participei inúmeras vezes no fórum da TSF.

O JN tinha uma página inteira dedicada à participação dos leitores. Mas, dar voz aos leitores e aos ouvintes, era apenas um pormenor destes três órgãos de referência da nossa comunicação social.

Agora está em causa a sua continuação. Não seriam totalmente isentos e pluralistas, mas a incerteza que pesa sobre eles, para já, põe em causa centenas de postos de trabalho de outros tantos jornalistas e diversos colaboradores e a verificar-se o que se teme, seria um rombo na própria democracia.

É absolutamente lamentável como se permitiu que uma empresa como a Global Media, que para além dos títulos referidos, é ainda detentora dos jornais O Jogo, Dinheiro Vivo, e Açoriano Oriental (o jornal mais antigo do país. Para quem não saiba, o segundo é este, O SETUBALENSE)

vá parar às mãos de um fundo “sem rosto” norte-americano com sede nas Bahamas.

Para bem dos seus trabalhadores e da democracia, é urgente que o Governo mesmo na sua qualidade de gestão e o Presidente da Republica, assegurem a continuação destes órgãos de informação tão importantes e representativos da nossa comunicação social.

É conhecida a crise na imprensa escrita. Deve-se, talvez em grande parte, ao aparecimento da Internet. Mas os jornalistas continuam a ser absolutamente imprescindíveis à formação (da opinião pública) e à informação. O conteúdo dos jornais em papel, mas também on line, a fonte, são eles. E em matéria de informação, não são os blogues e muito menos as redes sociais onde abunda a “palha e o lixo” e onde o que interessa, é tantas vezes retida a sua divulgação, que os podem substituir.

Não há democracia plena, sem uma opinião pública bem formada e informada. E mais, a informação isenta e pluralista, contribui até para o desenvolvimento regional e nacional. Não temos aqui um exemplo? Este jornal, O SETUBALENSE, não divulga o essencial do que acontece nos Municípios do distrito de Setúbal? Da nossa região? E não dá voz aos diversos colaboradores, independentemente do espectro político-edielógico, onde se situam? E não é também porta-voz dos partidos através dos deputados eleitos no distrito?

Embora não sendo jornalista nem especialista na matéria, mas mais haveria para dizer. Termino com mais um exemplo sobre a importância e o impacto dos jornais. Sobretudo os que tinham possibilidade e davam voz aos seus leitores.

A editora “Edições Vieira da Silva”, publicou em 2013 e depois em 2ª edição, um livro com o título, “Os Leitores também Escrevem”. Trata-se de uma coletânea de textos publicados nos últimos 15/20 anos, por 12 leitores e leitoras (onde me incluo) de todo o país, em jornais e revistas nacionais.

O prefácio é do jornalista José Vítor Malheiros, a nota final do investigador da Universidade do Minho, Fábio Ribeiro, e a coordenação de uma das leitoras e autora, Céu Mota, de Santa Maria da Feira.

Francisco Ramalho


Publicado hoje no no jornal O SETUBALENSE





Enormidades

 

Ao abrigo da “sacrossanta” liberdade de expressão, vê-se tolerada a mais desbragada e escabrosa linguagem a essa extrema-direita que, perante leis ambíguas para definir o que é ofensa do que é aceitável no combate político, se sentem à vontade para despejar no espaço público enormidades de grosso calibre; e se é verdade que tal comportamento tem a vantagem de mostrar à gente bem formada a qualidade moral e cívica dos “políticos” que recorrem a esses métodos para se fazerem ouvir, não o é menos que a grande percentagem de “massa bruta” de que é composta a sociedade portuguesa se sente bem representada pela corja extremista, por défice de neurónios para pensar um bocadinho.

 

Há informação suficiente para sabermos que os imigrantes, globalmente considerados, não são um peso para os portugueses, muito pelo contrário, precisamos deles, estão a dar lucro ao país e têm dado muito boa conta do recado nas tarefas a que são chamados, mas o mau caracter dos extremistas de Direita leva-os a ignorar isso, e que ainda somos o povo europeu que mais emigra também, correndo o mesmo risco de ser maltratado pela gentalha que odeia imigrantes.

 

Sabem que não é verdade que os imigrantes tirem postos de trabalho aos portugueses, porque eles sujeitam-se aos trabalhos que por cá não há quem queira, confirmam isso a toda a hora os empresários; sabem que não são eles os responsáveis por mais criminalidade, porque todos os dados conhecidos demonstram que são em percentagem mínima os que delinquem, comparada com a dos nacionais, mas esse é mais um dos falsos argumentos com que embrutecem ainda mais os seus apaniguados...

 

Amândio G. Martins

 

 

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Queima (literal) de arquivo

 

AUTOMATISMOS

 

Vai da cachimónia para a pantalha

A grande parte daquilo que escrevo

Daí que possa passar algum erro

Contando que uma revisão lhes valha...

 

Tenho queimado muita “antigualha”

Livrando-me desse velho acervo

Ao qual fui deixando de dar relevo

Para os meios com que hoje se trabalha.

 

Pouca coisa hoje tem romantismo

Há muito que deixou de ser o mesmo

Que nos marcava o ritmo do coração;

 

Andamos todos tão mecanizados

Nos sofisticados meios usados

Que tem outro colorido a ilusão...

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

Pasmo

 E não é que André Ventura conseguiu ser eleito presidente do Chega? Com a surpresa, um tipo até fica boquiaberto. 

O reagrupamento


Quando um regime déspota  cai, seja por uma revolução, ou um golpe de estado, o partido cadente dispersa-se e infiltra-se nos partidos emergentes.
Partidos que adotam nomes pomposos que correspondem aos anseios da população.
Ao  princípio os partidos emergentes vão fazendo coisas que agradam ao povo, mas gradualmente os infiltrados vão ganhando posições e pelas suas ações vão desacreditando os partidos que lhes deram guarida.
Conseguido este intento, cria-se um novo partido e é vê-los  a juntarem-se novamente..
Esta situação já foi descrita por um escritor italiano (do qual não sei o nome) no século passado e está a acontecer agora aqui.
A democracia não é um dado adquirido e se CHEGA-mos a isto temos que atribuir as culpas ao PS e PSD que com ela brincaram.
Talvez porque na ansia de quererem crescer foram pouco criteriosos nas admissões de novos sócios.

Quintino Silva

domingo, 14 de janeiro de 2024

Ponderem a relação custo/benefício

 

PREPARADOS E MAL PAGOS

 

Há tanto trabalho para ser feito

E tão boa gente a poder fazê-lo

Mas que não vê atractivo o apelo

Preferindo marchar para o estrangeiro...

 

Se nem tudo por aqui é perfeito

Também por lá está longe de sê-lo

Sendo exigido mais brio e zelo

Para se adaptarem a outro jeito.

 

Querer vida melhor não é pecado

Só que para alcançá-la noutro lado

Outros sacrifícios são exigidos;

 

O que puder moderar a ambição

Também cá encontrará a solução

Sem sacrificar os entes queridos...

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

 

 

sábado, 13 de janeiro de 2024

Incompreensões


O Conselho Superior do Ministério Público vai instaurar à procuradora-geral adjunta Maria José Fernandes um processo disciplinar. Motivo: escreveu um artigo de opinião crítico ao Ministério Público. Delito de opinião, diria eu.


E de um casinho se fez um caso de lesa-pátria

 

JN 12.01.2024





O drama, pseudo-drama, pseudo- notícias e mais o que seja acerca das gémeas brasileira e do Hospital de Sta. Maria, foram apenas tentativas para aumentar as audiências através de reportagens/programas “elucidativos” que se limitaram a atacar o Presidente da República .


Foi um ataque feito por um programa que vive dessas coisas… para não acabar; por um médico que sabe-se lá porquê e para quê , teve o seu tempo de antena; por uma imprensa sensacionalista , que continua a tentar explorar o caso.


Mas todos aqueles que usam de boa-fé facilmente entenderam que este caso não é mais que um casinho e passa totalmente ao lado do Presidente Marcelo .


Agora , que todos andaram nas televisões, e não só , a tentar derrubar Marcelo tenham a gentileza de dar por encerrada a perseguição e de dizer a verdade pura e dura sobre o assunto.


E que o façam já .


Caso contrário quem perde e muito é o país, é a Democracia.


Como é evidente, neste momento existem em Portugal muitos que querem acabar com a Democracia.


E poderão talvez um dia consegui-lo.


Mas não à custa de Marcelo Rebelo de Sousa.


PS. Admitindo até que muitos dos que vivem dos tais casos e casinhos estejam a ser usados .


E que talvez acabem por perceber que não estão a seguir a via ideal na profissão de jornalismo, que se quer nobre.


A. K. MAGALHÃES

Montenegro é fraco

 

Sábado 11.01.2024 



É demasiado intrínseca  a total incapacidade de Montenegro de estar à frente do PPD. 


É fraco.


Não tem visão de futuro. 


Não tem ideias,  e vai - tal qual as personagens que estão à frente dos dois outros partidos das direitas - a reboque da notícia do dia, (…)


O chefe do ainda maior partido da oposição  deveria , ser melhor.


Não estar sempre à espera de mais uma notícia de última hora, para se atirar ao partido do ainda Governo e a toda a esquerda. 


Montenegro é muito fraco e ninguém consegue ajudar


Augusto Küttner

Que democracia...

 

TODO O MUNDO ENROLANDO

 

Sem partidos não há democracia

É o que nos diz muito boa gente

Para recordarmos constantemente

O tempo em que partidos não havia.

 

Mas se o que nos dão é demagogia

Em vez de resolver o que é urgente

O povo não tem como andar contente

Quando o que vê fazer é porcaria.

 

Vendo os velhos partidos mal cotados

Por falta de mentores qualificados

Para ganharem da gente o respeito;

 

Quando tanta falta faz algo novo

Que mereça a confiança do povo

Dão-nos demagogia e preconceito...

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

Convenções


O Chega já começou a sua Convenção. Será que é desta que convence o Tribunal Constitucional a não lhe chumbar os estatutos do partido?


sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Que se lixe a estabilidade se estão de fora

 

Quando em Espanha começaram a surgir novos partidos para desafiar a hegemonia dos dois grandes, supostamente com novas ideias, dois deles cresceram imediatamente de forma preocupante para PP e PSOE, que foram “Ciudadanos”, de Albert Rivera, e “Unidas Podemos”, de Pablo Iglésias, descendente daquele outro Pablo Iglésias fundador dos socialistas; todavia, bem depressa as lutas internas pelo poder os foram enfraquecendo, e as discordâncias com as lideranças levaram os melhores quadros a ir cantar para outra freguesia, de tal forma que o primeiro já desapareceu completamente, e o segundo está reduzido a cinco deputados no Congresso e que, lá tendo acedido na plataforma SUMAR, de Yolanda Diaz, decidiram agora correr por conta própria, de propósito para fazer à própria Yolanda a vida amarga.

 

Mandando às malvas os interesses dos mais necessitados, acabaram de chumbar, ao lado de Vox e PP, leis importantes para a melhoria da vida da gente desempregada e outros, usando pretextos tão ridículos que nenhum comentador ficou com dúvida de que se tratou de pura vingança contra Yolanda Diaz, por esta ter afastado, aquando das negociações para “Podemos” concorrer na sua plataforma, qualquer hipótese de Irene Montero entrar nas listas para deputados, tais os problemas que tinha criado ao governo quando exerceu o cargo de ministra da Igualdade.

 

Parece que as poucas cabeças pensantes, ou cabeças pouco pensantes, de que ”Podemos” ainda dispõe estão convencidas de recuperar a perdida posição, numa próxima disputa eleitoral, para o que tentarão fazer caír o governo de coligação PSOE/SUMAR, por meras questões de foro pessoal, só porque não foram nela incluídos, destapando por completo a falta do tal “sentido de Estado”...

 

Amândio G. Martins

 

 

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Inquietações


Embora não tenha qualquer expectativa de que, em termos práticos, alguma coisa de positivo venha a acontecer, saúdo a decisão que a África do Sul tomou de apresentar queixas contra Israel, por genocídio, no Tribunal Internacional de Justiça. Já era tempo de alguém fazer alguma coisa.


António Aleixo e os políticos


Eis algumas quadras que ele escreveu no século passado e hoje se fosse vivo poderia escrever exatamente o mesmo.

Descreio dos que me apontem
Uma sociedade sã:
Isto é hoje o que foi ontem
E o que há-ser amanhã.

Vós que lá do vosso império
Prometeis um mundo novo
Calai-vos que pode o povo
Querer um mundo novo a sério

Não és, mas queres parecer 
Um santinho no altar;
Mostras ao mundo, sem querer
O Que pretendes tapar 

Se fazes tudo às avessas,
Porque prometes tanto?
Não me faças mais promessas,
Bem sabes que não sou santo.

P`ra mentira ser segura 
E atingir profundidade,
Tem que trazer à mistura 
Qualquer coisa de verdade.

És um rapaz instruído,
És um doutor;em resumo:
És um limão, que espremido,
Não dá caroços nem sumo.

O mundo só pode ser
Melhor do que até aqui,
Quando consigas fazer
Mais pelos outros que por ti

A ninguém faltava o pão,
Se este dever se cumprisse
Ganharmos em relação
Com o que se produzisse

Sem que o discurso eu pedisse,
Ele falou; e eu escutei.
Gostei do que ele não disse;
Do que disse não gostei.

Tu que tanto prometeste
Enquanto nada podias,
Hoje que podes esqueceste
Tudo quanto prometias...

Os que bons conselhos dão
Às vezes fazem-me rir,
Por ver que eles próprios são
Incapazes de os seguir.

Vinho que vai p´ra vinagre 
Não retrocede o caminho;
Só por obra de milagre,
Pode de novo ser vinho

Cada um de nós pode encontrar uma para dedicar a alguém, eu dedico esta última ao Dr André Ventura um antigo PSD.

Quintino Silva