terça-feira, 31 de julho de 2018

Notícia!

Notícia. "Um homem matou o vizinho por este estar a fazer barulho às tantas da noite". O barulho incomoda sem dúvida. Quem labora de noite precisa de descansar de dia e quem trabalha de dia necessita descansar de noite. Um homem não é de ferro. Mas quem nada faz, ou só está folgado para festas e noitadas, dispensa-se de pensar nos outros. Os que produzem no campo e na fábrica, para ele poder andar à grande e à francesa, entre o baile e a bebedeira. Para estes gaiteiros, não há velhos doentes, não existem crianças de berço com a mãe à cabeceira a medir o febre, nem em idade escolar, nem os que  padecem novos e velhos com preocupações de por os cabelos em pé, e operários que regressam a casa para descansar na paz do sono merecido. Há culpados, apesar de haver legislação que define locais e horas para produzir balbúrdia. Leis ocas e incumpridas. Agentes da autoridade, também eles sob fadiga, fazem de conta que não ouvem, e só actuam quando chamados a intervir, ou dominados pelo edital. Casos que originam violência, em família, no prédio, ou em espectáculo, por efeitos da acumulação do ruído imprudente que endoidece. É o pai que não aguenta, é o polícia que se impacienta, e perdem ambos os limites da tolerância do comportamento aconselhado. Os tempos vão de feição aos que nada fazem, mas a quem tudo é permitido. Entre os culpados e promotores de tal violência são as autarquias, que licenciam festivais da treta, dias de forró para tudo e mais alguma coisa. Eles querem é movida nocturna. Ora é o dia das motas, seguido dos carros antigos, ora o das noites brancas, da t-shirt molhada, dos emigrantes, do avós, dos santos populares segundo o calendário vasto, da prova dos vinhos e da francesinha. etc. não faltando o respectivo foguetório que dura até ao último estouro do derradeiro segundo, já a noite se faz dia e a última nota do folclore emudece no ar. Autarquias geridas por personagens que não são nem vivem na localidade, e se afastam para longe de tais palcos. Paraquedistas, alguns. Os residentes e indígenas que se amanhem, e se não estão bem que arranjem acampamento mais ao largo, sem festa. Descuram a violência que rebenta a qualquer momento e em qualquer lugar, que originam lamentos ridículos a seguir, tais como, "ninguém esperava uma coisa destas". Pois é. Mas acontecem dessas coisas e piores desavenças. Há governos que precisam com urgência de uma Administração Interna activa, que regulamente estes abusos, que se arrogam de modernos e que, julgam, fazem felizes a gente acomodada e incapaz de se levantar e mandar calar o bico a quem só sabe parasitar e viver entre o pagode. Notícia - "um homem cansado, talvez doente, não aguentou mais o barulho repetido, e matou quem lhe roubava a paz e o pão, que ele trazia para casa, fruto do seu trabalho". Reprovável? Talvez sim. Perguntem aos presidentes como evitar tais tragédias. Eles habitam no sossego e têm resposta ponderada e calma, com certeza!*

-*(in "JN" crtdo:14/08)

                                                        

Notas de "gestão"

Há muito que a conhecia mas ela é um "sempre em pé". O meu pai, há muitas décadas, falava-me dela a propósito  dum milionário que a praticava em Guimarães. Depois vivi-a na pele, num hospital onde trabalhei, o primeiro em que se "ensaiou" uma prequela das célebres PPP (Parcerias Público-Privadas), sob o acrónimo SA (Sociedade Anónima) e onde a gestão privada era praticada e incensada, mesmo no serviço público. Agora estou a vê-la no SNS e na CP. De que estou a falar? Da gestão "só pagues os quebrados", também designada por " só melhores se houver "beco sem saída"... denunciado". Nos dois primeiros casos não se pagavam quebrados a fornecedores e a trabalhadores, nunca no primeiro, só se houvesse protestos, no segundo. Nos actuais, os dois últimos, como se viu que a "coisa" estava a correr mal, contratam-se cerca de 800 médicos e alugam-se comboios  a Espanha, enquanto se anuncia. com muita antecedência, que... virão comboios novos dentro de três (?) anos. "Gestão" de qualidade e velha de antanho...

Fernando Cardoso Rodrigues

Desassombradamente...


Gosto de ver o programa GPS, da CNN, da responsabilidade do jornalista Fareed Zakaria, que a RTP Notícias costuma transmitir, umas vezes altas horas da noite, que não me permite ver; outras aos domingos ao fim da tarde. Neste programa, que conta sempre com personalidades de todos os quadrantes, políticos e geográficos, não há “papas na língua” para se dizer o que é importante ser dito e, no mais recente que vi, fiquei deliciado.

Posta a questão a uma jornalista americana do que pensava do comportamento recente do presidente com a chanceler alemã e com a chefe do governo inglês, diz a senhora: o que vimos sobressair aí em Trump foi o seu lado misógino; fiquei com pena que as senhoras não estivessem em posição que lhes permitisse partirem-lhe o nariz.

Perguntada sobre a diferente postura de Trump com os lideres democratas do mundo, em favor dos autocratas, respondeu: o que temos visto é que mostra grande admiração pelos chamados “homens fortes” – Putin, Duterte, Orban, Erdogan – mas ele mesmo não é um homem forte, não passa de um vulgar vigarista!

Perguntado a um antigo diplomata russo do tempo da URSS, que diferenças qualitativas observava na Rússia de hoje, no relacionamento com outros povos, respondeu assim: no antigo regime o slogan era “proletários de todo o mundo uní-vos”; agora substituíu-se “proletários” por “autocratas”.

Vi, ouvi e fiquei de “alma lavada”; mas também fiqui a pensar no que teria acontecido a uma jornalista russa que, numa televisão russa, tivesse dito de Putin o que aquela jornalista americana disse do seu presidente...


Amândio G- Martins



segunda-feira, 30 de julho de 2018

A escravatura moderna existe!

Actualmente, em todo o mundo, a escravatura moderna tem 21 milhões de pessoas sujeitas a
trabalho forçado. O volume de lucros ilegais, com a escravatura, é igual ao das cifras das 4
maiores empresas mundiais e atinge os 150 mil milhões de euros! Este monumental crime
económico foge aos impostos que serviriam para a Saúde e Educação públicas, a Segurança Social, a Cultura e por aí fora.
   A imprensa, com alguma regularidade, tem noticiado que Portugal regista situações de escravatura. A polícia actua. As decisões judiciais, afigura-se-nos, não têm acompanhado proporcionalmente, estas repugnantes situações em apreço. Quem se apropria da força de
trabalho, sejam imigrantes ou naturais, pela sua condição frágil e a troco de falsas promessas,
além de nada lhes pagar, sujeita-os à clausura, à má alimentação (leia-se fome, na maior parte das vezes) e a condições sub-humanas de alojamento - deve ser impiedosamente punido. A revelação dos veredictos judiciais e identificação dos criminosos será uma forma dissuasora destes atentados lesa condição humana, poderem ser atenuados. Pelo exemplo da justiça.
Estes inqualificáveis crimes contra a humanidade, a todos, todos dizem respeito. Urge tudo fazer para os denunciar e erradicar!

                Vítor Colaço Santos



Infarmed um teste à liderança

Se os lideres das empresas que decidiram mudar as suas sedes para Lisboa, fossem perguntar aos funcionários bem instalados se concordavam com a mudança esta jamais teria acontecido.
Logo os funcionários do Infarmed são os menos avalizados para dar opinião sobre o assunto.
O líder (neste caso António Costa) tomou uma posição e se não for capaz de a manter torna-se num líder fraco.
Numa decisão destas o que conta é a opinião dos accionistas, e eu como accionista do Infarmed concordo com ela, pois tudo que seja aliviar a macrocefalia de Lisboa só pode ser bom para o país.
Aquela Srª que julgando ser insubstituível vem dizer que a decisão vem pôr em causa a saúde pública, alguém lhe explique que o cemitério está cheio deles.
Aliás: só por esta declaração a senhora já devia ter sido  substituída.

Quintino Silva 

"Barracada"

O "caso" de Ricardo Robles (RR), vereador do Bloco de Esquerda (BE) na Câmara Municipal de Lisboa é uma "barracada". E um "tiro no pé". Ou melhor, dois, já que o primeiro foi RR que o deu, mas a saída a terreiro, duma forma canhestra e indefensável, do Partido, pela voz da sua coordenadora, transformou uma patetice unipessoal num problema partidário. Quanto ao comportamento de RR, nada o descreve melhor que a rábula que Ricardo Araújo Pereira fez do homem e da situação, no último "Governo Sombra". E se RR não o quer assumir, então, porque não será estúpido, é de uma inconsciência e egotismo teimoso que, pelos vistos, se está a estender ao Partido de que é militante de relevo.

Fernando Cardoso Rodrigues

Todos nascemos nus...


...Mas, logo de seguida, uns são vestidos com roupinhas finas e outros embrulhados em serapilheira ou coisa semelhante. A socióloga Maria Filomena Mónica, entrevistada pelo jornalista Luís Osório no âmbito do ciclo de entrevistas públicas “30 Portugueses, Um País”, que o caderno “Dinheiro Vivo”, do JN, vem publicando, diz não conceber que sejam necessárias no nosso país cinco gerações para que o filho de alguém da classe baixa consiga subir de escalão social.

Filha de lavradores abastados e tendo crescido no ambiente da aristocracia de Cascais, diz lembrar-se de, quando moça, visitar os bairros da lata e distribuir roupas e comida, mas depressa percebeu que as diferenças e a pobreza não se resolvem desta forma, a caridadezinha tão do agrado das gentes da Direita, que é uma forma de manter debaixo do seu domínio grandes massas humanas.

Na investigação para o seu mais recente livro, “Os Ricos”, sobre a origem do enriquecimento em Portugal, descobriu que todas as famílias ricas, com excepção de Américo Amorim e Belmiro de Azevedo, se fizeram nas ligações e contratos com o Estado...


Amândio G. Martins

domingo, 29 de julho de 2018

Citações

Não tinha o culto da humildade ignorante nem se contentava com  repetir um credo ortodoxo. Escreveu : " É necessário que aqueles que buscam as raízes da verdade se apoiem em razões e se esforcem por saber como é verdade aquilo que afirmam. De outro modo, se o mestre se contenta com resolver a questão com recurso a autoridades, poderá assegurar, sem dúvida, ao ouvinte, o que está certo na fé, mas este não adquire ciência nem compreensão e ficará de cabeça vazia".

Frei Bento Domingues citando S. Tomás de Aquino na "Suma Teológica" (PÚBLICO de 29/7)



Convívios contranatura...


Desde muito miúdo que o meu primo Dionísio alimenta o mau hábito de surripiar dos ninhos certas espécies selvagens e tenta criá-las para satisfação pessoal; trata-se de um homem que, para além de se ter feito um bom profissional na arte de trabalhar a madeira, cuja actividade exerceu o tempo todo na Àfrica do Sul, nada mais quis aprender daquilo que é indispensável para uma boa vivência em sociedade.

Solteirão empedernido, agora que está velho e reformado, recuperou o antigo vício com o qual se diverte, mesmo sabendo que hoje a lei lhe não permite fazer o que faz com algumas aves, embora com os corvos lhe não possam pegar muito porque usa de uma táctica manhosa, que consiste em impedí-los de voar quando estão prestes a fazê-lo, pelo corte sucessivo de algumas penas das asas, deixando-os por ali a saltitar em regime livre, até que se afeiçoam ao sítio;  depois experimenta deixá-los partir à vontade e tem tido sucesso, pois andam livres por onde querem, juntam-se aos bandos que por aqui passam com frequência, mas voltam sempre a casa, talvez porque não são aceites ou, mais plausível, se habituaram a ter comida sem se esforçarem por ela.

 E é aqui que entra o que li no JN acerca dos problemas que os corvos estão a causar em Vancôvar, no Canadá, atacando as pessoas de forma preocupante, como aqui em alguns lugares já acontece com as gaivotas à procura de alimento; se não o encontram facilmente no habitat natural, depressa descobrem que nos meios urbanos ele é abundante, dado o pouco cuidado na acomodação dos lixos domésticos.

Aves muito inteligentes, os corvos interagem facilmente com as pessoas, roubam descaradamente qualquer coisa que possam e articulam algumas palavras e imitam sons que ouvem com mais frequência; como moro perto do meu primo, o passaroco que agora possui aparece-me com frequência, às vezes disfarçado de rã a coaxar em cima de uma árvore; o que ando a tentar neste momento, quando o cumprimento com um “olá preto”, é fazer com que ele um belo dia assim saúde o “patrão”, que é indecentemente racista...


Amândio G. Martins


sábado, 28 de julho de 2018

Aviso


Porque tenho muito respeito pelos frequentadores deste blogue, venho avisar de que acabei de publicar dois comentários-resposta num post de Mário Jesus Vieira colocado neste espaço no dia 30 de Junho passado, há quase um mês, tempo mais do que suficiente para ninguém dar por eles. E como não quero passar pela suspeita de estar a esconder, com o tempo passado, o que quero dizer e escrever, faço este aviso que, no entanto, alguns poderão considerar supérfluo ou desnecessário.

OBRIGADO, RICARDO ROBLES!


Obrigado Caro Ricardo. Em primeiro lugar por ter reparado em ti, porque no teu BE só conseguia ler e ouvir o F. Louçã, o Miguel Portas e o recentemente falecido João Semedo. Dos restantes notáveis e/ou dirigentes apenas retive uma maioria de jovens pseudo idealistas, que vivem à custa dos paizinhos ou obtiveram uma sinecura qualquer, pública ou privada para subsistirem. Em segundo lugar, porque provaste como um jovem com ideias e algum capital pode enriquecer na sociedade de mercado ou capitalista, como no BE chamam. Em último lugar, porque sendo tu um defensor do comunismo, que teve a sua debacle maior com a "implosão" da URSS em 1989, em vez de agora estúpidamente tentares seguir esse modelo, preferiste o tão criticado modelo capitalista, que alguns dos teus camaradas mais entusiastas chamam até de "reaccionário" ou "fascista"...Com a minha provecta idade, quase suficiente para ser teu Avô, apenas te aconselho a desistir da vida partidária e que continues como empresário, mesmo que alguns te aconselhem a entrar no CDS. Neste como nos restantes partidos, também há muitos que falam, falam, mas não praticam o que afirmam. Por isso, a maioria dos jovens válidos de hoje, não quer ouvir falar de política e muito menos de partidos.

Penicos

O PÚBLICO de ontem (27/7) traz uma reportagem - Portugal dentro e fora do penico - assinada por Joana Amaral Dias (JAD), muito bem conseguida. Histórica, jocosa e bem escrita. A vida tem destes acasos! Há cerca de um mês, a caminho de Salamanca, parei em Ciudad Rodrigo e visitei o museu de "Arte y Artesanato en Orinales", composto por mais de 1.300 peças de "bacinillas, galangas e dompedros". Mal traduzido, "penicos, aparadeiras e penicos de trono". Acasos da vida, que a mim me sucedem tanto. Ver e ler sobre... penicos e afins. E gostar...
Em jeito de nota final, um aparte para "corrigir" JAD. A expressão "mijar fora do penico" não quer unicamente significar "pensar fora do texto" mas também ( e é a minha versão preferida..) é sinónimo de "pular a cerca" ou, melhor ainda, "dar uma...", etc, etc... ( bem sei, caro José Rodrigues, que o "etc" não canónico, mas faça-me o favor de desculpar a minha contenção...).

Fernando Cardoso Rodrigues

Planeta armadilhado...


À medida que a população mundial vai subindo uns degraus na qualidade de vida, as  implicações  que isso exerce no clima não param de crescer; o ar condicionado e todos os aperelhos de refrigeração garantem às pessoas um bem estar que não pode ser considerado luxo ou desperdício; dão conforto e salvam vidas, mas são também um dos maiores factores do aquecimento global. Como diz o responsável das Nações Unidas
para o ambiente, Erik Solheim, “Cooling is probably the bigest energy consumer”, e quando esta energia não é de origem sustentável, aí temos um grande contribuinte para o malfadado aquecimento global.

Como além de um alto consumo de energia, emitem hydrofluorcarbonetos (HFC´s), químicos assustadoramente perniciosos para o ambiente temos, como agora se diz, a tempestade perfeita, já que a tendência é para aumento do consumo daqueles aparelhos à medida que os povos vão saindo da pobreza. Segundo vários cientistas citados na Time, e a ONG “sustainable energy for all”, é urgente criar uma solução global para este tipo de aparelhos, desenvolvendo tecnologia mais eficiente .

Planear a criação e expansão destes novos produtos nos próximos anos implicará um esforço de grande magnitude, porque nem toda a gente estará em condições de substituír os equipamentos de cujo conforto já desfruta por outros mais eficientes mas, naturalmente, também muito mais dispendiosos no acto da compra, mas é esse o caminho...


Amândio G. Martins



sexta-feira, 27 de julho de 2018

Vivam os clássicos


O comum dos portugueses não tem tempo suficiente para acompanhar as listagens dos livros publicados a torto e a direito. A actividade editorial é mais do que pujante, apesar das queixas de que somos um povo de iletrados. O fenómeno vem ressuscitar a controvérsia sobre se devemos “mergulhar” nas novidades ou se devemos reler os clássicos. Cada um pensará como entender, e a conclusão não deverá eliminar nenhuma das opções. O certo é que se vê por aí alguns livros desvalidos de São Francisco de Sales, o padroeiro dos escritores e jornalistas, aonde a pobreza intelectual é tanta que teremos de procurar outro santo que lhes valha, outro Francisco, mas este o de Assis e da Ordem que fundou. Os autores, alguns com nome na “praça” mediática, aproveitam-se da publicidade (gratuita?) que lhe proporciona a cumplicidade de algumas redacções, sobretudo televisivas, para venderem autênticos “chouriços” de centos de páginas, (mal) escritas, a metro. Ali se vê de tudo, truques baixos para engrossarem textos até atingirem o número de páginas pretendido, relatando episódios que a ninguém interessam, excepto ao autor, uma falsa erudição que abusa do etc., da nota explicativa incompreensível, de quilométricas transcrições de textos ou discursos alheios, de conclusões sobre factos que bem podiam ter sentido contrário, de “verdades” nitidamente forçadas, de vaidosas exibições de qualidades próprias que mais parecem falhas de carácter. Enfim, tudo a “encher”…

Não, eu volto aos clássicos, mesmo se forem releituras. Nunca serão perda de tempo como o desbaratado com essas “novidades”.

As múltiplas faces dos Srs. "Alfredo António"

Uns são o que são, ou melhor, o que não são, pois encobrem-se no anonimato, sem fotografia e sem identificação curricular na "linha do tempo" do facebook. Outros permanecem identificados e delicodoces até que se quebra a crosta  ( ia a dizer pátina, mas esta tem demasiado dignidade que o tempo lhe dá) fina e quebradiça ao primeiro solavanco, pois nem o tempo a tornou mais resistente e rica. Os primeiros devem rir-se, ao espelho, da sua própria brutalidade quando chamam "estúdidos" (sic) e "bestas" aos identificados, escondendo-se atrás do AA que lhes basta. Os segundos são mais fazedores de hipérboles, acintosas ou não, e, quando estas não lhes chegam, inventores de posições onde "atamancadamente" incluem ideias e posições de outros mesmo que saibam isso não é possível pois estes já disseram tudo o que são e pensam ao longo do tempo no espaço comum. E ainda, publicam inverdades, nunca respondendo se são interpelados sobre estas. O "tu" a destempo, o "gentalha" e o Saramago são apenas sinais do tutano que os informa. Dois em um? Ou as duas faces duma mesma moeda. Ah! Por mera curiosidade direi que o Sr. Alfredo António me insultou num comentário, no facebook, a um compartilhamento  que fiz do anúncio da demissão pedida pelo director do PÚBLICO, juntando-lhe a pergunta: que tens tu a ver com isso? Três semanas depois.

Fernando Cardoso Rodrigues

As feras enraivecidas


As feras enraivecidas, mais uma vez, desceram ao povoado, deambulando por este ‘sítio’.
Uma delas, com os seus habituais ‘versículos satânicos’ insulta quem lhe convém, fazendo parelha com aqueloutra que, para além de outras aberrações linguísticas, o seu maior prazer é denegrir o que outros escrevem, com comentários insidiosos e dislates de igual jaez.
Contenta-se diariamente em fazer citações de jornalistas do ‘seu’ jornal, que publicamente nada dele publica.
No entanto, no espaço que lhe foi facultado como aos demais pela ‘mãe disto tudo’ Maria de Céu Mota, só tem semeado a discórdia em conjunto com o seu acólito gorgiano.
Assim, o que deveria ser de todos, apesar do saber adquirido na teoria por parte de uns, e na prática, por outros, passou a ser um verdadeiro palco de discórdia.
Em síntese, parece que estamos na presença de uma subespécie de cariz sousa lara, em que essa inicial espécie se julgava detentora de tudo bem saber, mimoseando os restantes que lhes faziam frente, com uma hipotética sapiência de ‘princípios’ de ‘bem saber a toda a sela’.
Essa gentalha, que muito mal estudou à custa de quem muito bem a sustentou, é a mesma que pensa que José Saramago jamais poderia ter sido Prémio Nobel da Literatura, porque ela e seus rebentos são julgados os eleitos e os ‘iluminados’.


José Amaral

Faltou-lhe a “vaca” de fundo...


Parece que ensandeceu
Na crença de ser poeta;
E na crendice se perdeu
Que poesia ninguém viu
Nessa pretensa faceta...

Lá se “passou dos carretos”
Estalou-lhe o verniz;
Escasseiam-lhe os afectos
E se os tem predilectos
Saber estar nada lhes diz.

Entende-se a preferência
Para poder sobressaír;
Aí goza de excelência
Mas é tal a indigência
Que já nem dá para sorrir.

De quem nada se aprende
Também não fica saudade;
E já nada surpreende
Se o homem nem entende
O que é urbanidade.

Convencido que é grande
Mas sem convencer os outros;
Ande o homem por onde ande
Quem não gostar que desande
Ele é “primus” entre poucos.

Quis uma “vaca” de fundo
Mas a coisa deu-lhe “zebra”;
E desgostado do mundo
Depois desse não rotundo
Transformou-se numa fera!


Amândio G. Martins



A Ryanair fora da lei!

A companhia de aviação irlandesa, Ryanair, acha que Portugal é uma espécie de república das
bananas. Os seus tripulantes, em vários países incluindo Portugal, estão em greve. A empresa

desrespeita em absoluto as leis laborais nacionais. Que faz o nosso governo? Que se saiba, nada! O silêncio torna-o cúmplice ‘dum’ crime de lesa legislação laboral. A Ryanair diz que não

negoceia com o Sindicato da Aviação Civil, porque não tem ninguém da sua companhia representada. Como podia ter?, já que ameaça com despedimento quem se sindicalizar!

Não se vai criar um Sindicato, de repente, para negociar… Trata muito mal os trabalhadores que lhe põe os aviões no ar e ameaça-os  com despedimento, por fazerem uma justa greve. Exigiu que os trabalhadores, previamente declarassem se faziam ou não greve(!). Os trabalhadores não têm de dizer se irão exercer o seu direito de greve. A Autoridade para as Condições de Trabalho confirma-o.

    Sabe-se que tripulantes que lutam pelos seus direitos ficam, transitoriamente, sem trabalho e muitos são pagos à peça, i.é., só ganham quando trabalham… Agora, como resultado desta luta, 100 pilotos vão ser deslocados para a Polónia, onde se praticam os mais baixos salários.

    A inqualificável Ryanair quer escravos?!



                                                                          Vítor Colaço Santos

quinta-feira, 26 de julho de 2018

AVÓS

Não sou avó. Não sei se algum o dia o serei....
Não sou das que tive a sorte de poder conviver com os meus, muito tempo.
Na verdade, nem sequer cheguei a conhecer todos, mas do tempo que tive tenho memorias impregnadas na pele e no sentir, memorias essas que, com toda a certeza são fragmentos da mulher que hoje sou.
Alguém disse que “ninguém faz pelos netos os que fazem os avós que salpicam uma espécie de pó de estrelas sobre as suas vidas”. Talvez por isso eu ainda os sinta, mesmo sem os ver e estou grata por isso.
Os meus filhos são mais felizardos. Ainda desfrutam diariamente de duas avós e um avô e espero que assim seja durante muito tempo.
Dizem que avô / avó é pai / mãe duas vezes. Não sei se assim será, mas se assim for e se algum dia chegar a minha hora, espero estar à altura e que a experiência de ser Mãe me sirva de suporte para a nova missão.
Até lá, vou sendo Mãe o melhor que sei e posso, continuado a investir naquilo que com toda a certeza foram e serão sempre os meus melhores e mais importante projectos – os meus filhos.
Há quem diga que os avós estragam os netos com mimo, mas eu não concordo.
Mimo não estraga…mimo, constrói.
Constrói seres humanos mais ricos de afectos, mais disponíveis para o outro, mais inteiros.
É que de Amor andamos todos muito necessitados, como diz o poeta e eu concordo.
Beijinhos aos avós deste mundo ( e à minha mãe que é uma super avó ) …que nunca vos falte mimo para dar, porque digam lá o que disserem …mimo nunca é demais.


Beijinhos da ©Graça

 
 

Incêndios: uma forma de ser europeu

Fico sempre agradado com os textos do Rui Tavares no PÚBLICO. Tanto mais que, com ele, o europeísmo me chega pela esquerda, o que torna a ideia ainda melhor e lhe dá valor intrínseco. Ontem foi mais um - Sim, nós somos a Grécia - e, a propósito dos incêndios que a todos tocam (veja-se a Suécia!), insinua a necessidade da solidariedade institucionalizada num organismo europeu de Protecção Civil. À noite ouvi o Presidente da República dizer exactamente o mesmo e mais feliz fiquei. Não deixa de ser "curioso" que as alterações climáticas que condicionam fenómenos totalmente inesperados, em si mesmos e na geografia, possam vir a ser elo de união europeia viva ( e não só de moeda), da Suécia à Grécia. Na minha óptica, ser europeu hoje, é ser contra todos os "fogos", o do(s) "inferno(s)" e o real. Rui Tavares também o pensa  e... sinto-me bem acompanhado.

Fernando Cardoso Rodrigues

Os Avós são Pais a dobrar com alma e coração

Os Avós amam muito os seus netinhos
São tolerantes, pacientes e amigos
São bons ouvintes, sábios e conselheiros.
Encaram os problemas com naturalidade
Numa lucidez, sem julgamentos e retidão.

Muitos dos Avós não recebem atenção e carinhos
Atenuam e escondem situações evitando castigos
E os seus conselhos fazem deles bons mensageiros.
Aceitam as diferenças com bom senso e simplicidade
E, ficam muito tristes com o abandono e solidão.

Muitos dos Avós são “ Jovens “ velhinhos
Conscientes que a velhice os coloca em perigos
E, muitos deles são vítimas de filhos interesseiros.
Os netinhos são motivo de orgulho e cumplicidade
Quando são tratados com respeito, Amor e gratidão.

Os Avós são Pais a dobrar com alma e coração….

Ana Santos
Vilar de Andorinho

Olá bom dia hoje é o Dia dos Avós esta é a minha mensagem  para todos os Avós do Mundo.

Momentos brancos de escrita chocha


Momentos brancos de escrita chocha

26 JUL 2018 / 02:00 H.




    Os tempos não vão para escrita controversa ou polémica. Quem ousar erguer a pena contra os costumes, desalinhar dos assuntos dominantes e que fazem as capas dos diários, é arquivado no fundo do balde dos critérios, com rodas esquinadas em direcção ao contentor colorido e selectivo, ao fechar do dia, pela noite na rua escura. As redacções não estão ao dispor da palavra livre. Barricam as letras provocantes que teimam serem palavras mordazes, agressivas, que acordam causas e factos inconvenientes. Os jornais do dia atarefam-se em calar as vozes e abafar os sonhos que as palavras levam dentro propositadamente como armas. Eles fazem das folhas de papel do jornal em que trabalham, o seu testamento, o seu livro de doutrina. Pior. A sua verdade. Cuidam que são memória geral, histórica, para, mais que servir o povo ferido de cegueira, guiá-lo. Trazer-lo manipulado, atado, confundido às escuras por falta do contraditório. De luz independente.
    Os jornais não gostam de quem sai fora do correctinho. Da prática que a casa impõem. A liberdade de expressão, é uma expressão gasta e pouco livre. O autor só não é proscrito, porque é anónimo, não consta da lista dos escribas da casa que detêm a coluna especial. Aquela que julgam ser por quem todos esperam. Também a dos amigos e eleitos ou convidados, quase residentes. Os compinchas. Os que não passam da futilidade e aonde registam apenas os seus arrotos. Os jornais estão ao dispor da família, em que cada um conforta o outro. Mas os tempos estão difíceis. Para eles ainda mais, quando se comportam como tesouras. E nós como silenciados!*
    *-(hoje no DN.madª)





    OUTRAS NOTÍCIAS



       



    ‘100 Anos de Max – Canções de Sempre’ para ouvir este sábado


    PAÍS

    Temos de nos preparar e ir mais longe na Protecção Civil europeia, avisa Marcelo