quarta-feira, 30 de junho de 2021

Uns aprendizes, os vigaristas espanhóis

 

Ao mesmo tempo que por cá era noticiada a detenção do Zé Berardo, nas televisões espanholas falava-se de que o produtor televisivo José Luís Moreno era “detenido en su mansión por una red de estafas, una compleja red societária para blanquear capitales”; todavia, trocada a coisa por miúdos, dizia-se que se tinha apoderado de 50 milhões de euros de empréstimos bancários e outros.

 

Estava a ouvir aquilo e a comparar com os feitos do “nosso” empresário, que há muito havia trocado as minas de ouro da África do Sul por “minas” atapetadas  no “Contenente”; e ao ouvir que o nosso “midas”, usando o mesmo processo do  “Moreno” espanhol, terá surripiado cerca de um bilião de euros, metade deles só ao banco público, não deixei de sorrir com certa pena do “artista” do país vizinho, que não deixa de ser um amador, comparado com o “nosso”...

 

 

Amândio G. Martins

terça-feira, 29 de junho de 2021

O futebol é o circo da governança

 

 O patético disparate do apelo

feito pelo presidente do Parlamento,
a 2º figura do Estado, a pedir aos 
portugueses que rumassem em 
massa para Sevilha, no sentido de
assistirem ao jogo com a Bélgica, 
com o presidente da República
a corroborar é a infantilização 
futeboleira e foleira que se 
estende à política. Quando a fome
já grassa e, se não tem mais visibilidade
é porque as pessoas têm dignidade e
não estendem a mão à caridade,
os políticos dão circo. Os desgovernantes
avisam-nos até à exaustão sobre os cuidados
a ter contra a covid-19, mas Sevilha estava
numa linha vermelha igual à de Lisboa e 
Vale do Tejo... Aqueles dois figurões estavam,
momentaneamente, obnubilados?! Em
Marcelo não se percebe, já que é hipocondríaco.
Virar o foco para a distração do futebol 
dá-lhes jeito, mas o que é demais desagua em 
overdose e esta por vezes mata!

                         Vítor Colaço Santos

Da falta de civismo

 

ECOVIAS DO LIMA

 

Que prazer andar nas margens do Lima

Nas vias para isso preparadas

Que o Município mantém cuidadas

Para usufruto de quem aprecia...

 

Reprovável é a indisciplina

Daquelas pessoas tão desleixadas

 Sem respeito pelas mais educadas

Que tudo conspurcam com a porcaria

 

São invólucros de vários produtos

Que aqueles caminheiros mais brutos

Por ali descartam sem cerimónia;

 

Ora se os carregaram intactos

Podiam bem levar de volta os “cacos”

Não fosse a rasca educação óbvia...

 

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

 

segunda-feira, 28 de junho de 2021

URGE DERRUBAR O IMPÉRIO!

 "Quem mudará o mundo são os que acreditam na utopia e a gente vive numa época de um pragmatismo horrível."(Luís Miguel Cintra)

Recuso-me a entrar num sistema onde os outros sejam apenas o dinheirinho e mercadoria. Recuso-me a ver os cães, os vendilhões e os fascistas no poder. O discurso fascista e neo-liberal está cada vez mais a emigrar para as "zonas respeitáveis" da opinião, como afirma Pacheco Pereira. É preciso combater, com todas as forças, esses chacais, esses servos da grande finança, dos senhores dos computadores e do deus-dinheiro. É preciso derrubar o Império. Através do combate, da luta, nas ruas, nas praças, da ocupação das assembleias, do poder, das câmaras, dos media. Mas também da cultura, da construção da Nova Atenas, da colocação da Imaginação no Poder como no Maio de 68, na elevação do conhecimento, da educação, da ciência, da criatividade e da filosofia. Há que assegurar também que a arte e a beleza se espalhem por todo o lado: cidades, aldeias, bairros e que o amor aos livros seja recuperado.

262 Euros


É com isso que cada família extremamente carenciada pode contar, mensalmente, desde que devidamente credenciada, para se prover dos bens essenciais a não morrer de fome. É essa a cifra que liberta tantos portugueses de remorsos por viverem numa sociedade de bem-estar em que tantos tão mal passam. De consciência tranquila, alguns até partem para a culpabilização dos que “não querem trabalhar”, os “verdadeiros responsáveis” pelos défices do Estado, em vez de consciencializarem que a vergonha maior de uma sociedade organizada se deve encontrar no regabofe financeiro a que muitos se dedicam, cavando desigualdades em proveito próprio. 

Com um quarto de século passado desde a sua criação, o Rendimento Mínimo Garantido, agora Rendimento Social de Inserção (RSI), não acabou com a pobreza. Pelo contrário, a riqueza aprofundou as suas próprias raízes, saindo cada vez mais forte das diversas crises que desde então vivemos. E é até curioso constatar que, para a revisão do RSI que se avizinha, se percorrermos o pensamento dos partidos parlamentares da esquerda até à direita, verificamos uma diminuição gradual do apoio a esse incentivo, acompanhado de um concomitante desejo de maior fiscalização. Exactamente o espelho do que poderíamos esperar se estivessem em causa apoios à iniciativa empresarial.

domingo, 27 de junho de 2021

A UNIÃO NACIONAL E O POVO QUE NUNCA MAIS SE REVOLTA

 Marcelo, Costa, Rio, Ferro Rodrigues, esses políticos medíocres, a União Nacional, estão a gozar connosco, como bem diz Joana Amaral Dias. Dão-nos o circo do Ronaldo e do futebol para esconder as suas responsabilidades no preocupante agravamento da pandemia, na imensa crise social e económica, que traz miséria, fome, falências, precariedade, mais desigualdades e desemprego. No entanto, à parte umas queixinhas, a grande maioria permanece silenciosa e pasta. Homens, mulheres, quando vos revoltais? Quando tomais consciência de que estais a ser drogados e enganados? Quando deixais o tédio, a vidinha e os orgasmos da bola, quando saís à rua para derrubar estes cães e apoiar, finalmente, aqueles que verdadeiramente vos apoiam, os verdadeiros revolucionários?

Vive e deixa viver

 

PRIVILÉGIO DA IDADE

 

 

Reclamem porque te levantas cedo

E reclamem porque chegas mais tarde

Que quem já carrega a tua idade

Merece à sua maneira sossego.

 

Fazes bem não dar ouvidos ao medo

Que te quer coartar a liberdade

Párem de te criar ansiedade

Querendo-te no seu banal enredo.

 

Se te apoquentam fica calado

E faz o que tiveres programado

Quando tiver mesmo que ser feito;

 

Não te molestes se te chamam duro

Nem penses em  passado e futuro

E vive o teu “agora” do teu jeito...

 

 

Amândio G. Martins

 

 

 

sábado, 26 de junho de 2021

Dia de Portugal - 12ª Edição - Centro Cultural Português de Santos (SP/Brasil)

 


Maior festa da comunidade portuguesa na Baixada Santista, o Dia de Portugal, este ano, mais uma vez será promovido em formato virtual. A live do tradicional evento será transmitida no dia 27 de junho, domingo, das 12h00 às 15h00 (Brasil), pelo Facebook do Dia de Portugal e pelo Youtube do Centro Cultural Português (link https://youtu.be/XN_v9VNEFGU), com apresentações de fadistas e grupos musicais, além de vídeos de ranchos folclóricos.

 As imagens da live serão captadas no Centro Cultural Português: os shows, no Teatro Arménio Mendes, e a apresentação do evento, no recém-restaurado Salão Camoniano, sob a condução de Eduardo Ladeira e José Augusto do Rosário, presidente da Escola Portuguesa (Redação Jornal Mundo Lusíada - https://www.mundolusiada.com.br/comunidade/12a-edicao-do-dia-de-portugal-sera-neste-domingo-em-formato-virtual/).


Do ver, ouvir e ler

 

INTROSPECÇÃO

 

 

Com a sorte madrasta nos amores

Pelo jogo nunca teve apetência

Mas nunca desistiu da persistência

Na busca do que pensa bons valores.

 

Avesso à procura de favores

Nunca pretendeu ter a preferência

Não justificada na competência

Para passar à frente dos melhores.

 

E recusa a desgraçada distopia

Que tudo à sua volta é porcaria

Confundindo a parte com o todo;

 

Nunca deixa de ponderar o que diz

Sem ofensa que lhe chamem aprendiz

Até fica vaidoso do “apodo”...

 

 

Amândio G. Martins

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Raspadinhas são rapidinhas (maioritariamente) para rasgar

 

 A Lotaria do Património Cultural é uma pomposa designação 

para baptizar uma nova raspadinha, que visa dar dinheiro para 
reabilitação do património e sua preservação(!). Já não basta
estarmos carregados de taxas e impostos. As raspadinhas,
maioritariamente, são rapidinhas para rasgar «dinheiro» para
o lixo, que é o que vejo há anos quando vou comprar jornais.
Esmagadoramente, não têm prémio e, quando os há, são míseros
euros logo transformados em jogo. É gente abastada que joga? Não! São extractos sociais baixos que apostam compulsiva e descontroladamente viciados e adictos ao jogo. Isto é uma patologia e chama-se, ludopatia.
O governo não é sério quando diz querer «combater a pobreza», 
fomentando ainda mais o empobrecimento dos pobres... A Santa Casa da Misericórdia detém a exclusividade destes jogos de muito pouca sorte e azar. Os seus dirigente chamam-lhes «jogos sociais»(!). É indigno, censurável e lastimável que o Estado promova a exploração dos pobres, os que mais apostam, para
serem eles a financiar outros pobres e carenciados... Isto prefigura um crime contra os mais precisados da sociedade?! Há vidas destruídas pelo jogo! Tendo o patrocínio da Casa da Misericórdia, Santa que neste caso santa não é!
Com a agravante do seu provedor ser o Coordenador da Comissão de Estratégia de Luta contra a Pobreza(!). Luta? Não! As raspadinhas acentuam ainda mais o flagelo da pobreza!, que dizem defender.

                 Vítor Colaço Santos

É O PAÍS QUE TEMOS


Marcelo diz que "agora  o mais importante é o futebol".

A versão portuguesa do Corcunda de Notre Dame, apela à invasão massiva de Sevilha, por parte dos adeptos da seleção.


Um é Presidente da República. Outro é Presidente da Assembleia da República. As duas mais altas figuras do Estado Português.

Entretanto já se fala na quarta vaga de Covid-19, e o aumento diário de novos casos, é assustador.

Tenho mais confiança no Futre, quando nos recomenda o Libidium Fast Extra para tratamento do "fígado"...


José Valdigem




Desesperados maniqueus

 

A Direita espanhola perdeu por completo as estribeiras, disparando em todas as direcções, até contra os empresários, com quem tradicionalmente mantinha boas relações; é que vêem com indisfarçáveis ciúmes o bom entendimento criado por Yolanda Diaz, ministra do Trabalho, oriunda da “Izquierda Unida”, que foi às eleições coligada com “Podemos”, e é hoje considerada pelos analistas como dos melhores elementos do Governo de Sánchez.

 

E o bom relacionamento com as confederações patronais, na difícil tarefa de negociar apoios para que as empresas segurem os postos de trabalho na conjuntura pandémica, tem causado à Direita insuportável azia, chegando a questionar abertamente como podem mostrar-se tão amáveis nas reuniões com uma “comunista”, ao que o presidente da CEOE, o vasco Antonio Garamendi, responde que quando se reune com Yolanda Diaz não vê à sua frente uma comunista, mas uma ministra de Espanha.

 

E o caldo entornou-se de vez com a polémica à volta dos indultos para os políticos independentistas da Catalunha presos, aos quais Garamendi se referiu dizendo que para os empresários é muito importante um ambiente de concórdia em todo o país, e se os indultos contribuírem para isso, “biénvenidos seam”, o que deixou a Direita toda a trepar pelas paredes, acusando o presidente da “patronal” de não representar ninguém e se vender para sacar fundos da famigerada “bazuca”; sentindo-se todos atingidos, os empresários organizaram uma manifestação de desagravo a Garamendi, que o emocionou até às lágrimas, que misturou com sorrisos quando da plateia um dos seus pares lhe gritou: “No me llores, Garamendi, tu eres un vasco”!

 

 

Amândio G. Martins

 

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Viagens: a falta de regras comuns na U.E

 PÚBLICO Quinta-feira, 24 de Junho de 2021 


A gestão das medidas sanitárias aplicáveis às viagens entre países da U. E e a entrada oficial em vigor do Certificado Digital Covid-19 da UE, em Julho, com o comprovativo de teste – negativo, recuperação ou vacinação anti-covid-19 - apontam, supostamente, à recuperação da livre circulação a partir do Verão, no espaço europeu.

Sendo que mesmo com o certificado os países podem obrigar a mais testes ou impor quarentena, sem uma regra homogénea europeia.

Ângela Merkel, criticou e muito bem, esta falta de regras comuns na U. E quanto a viagens.

Merkel, disse também que “ fizemos progressos bastante bons nos últimos meses, no que toca à pandemia, mas ainda não estamos onde gostaria que a UE estivesse”.

Tem toda a razão e a unidade da União Europeia não se nota só na falta de democracia por exemplo da Hungria, mas nesta falta de coordenação na saúde.

Augusto K. de Magalhães

CUBA E O BIDEN IMPERIALISTA

 Joe Biden não é melhor do que Trump. Biden manteve na ONU a recusa, contra o mundo inteiro, de levantar o embargo a Cuba. Biden é um cão imperialista. Mas o povo e a pátria de Fidel e do Che e os seus aliados, camaradas e amigos não se rendem. Nunca se renderão. Aliás, a América Latina está a virar à esquerda: no Peru, no México, no Chile, na Colômbia, na Argentina, na Bolívia, no Brasil. O mundo arde. Os ventos do caos e da rebelião invadem o Império do mercado e do capitalismo. Hasta La Victoria, Siempre!

Do bom ambiente

 

RIO LIMA

 

É tal a magia do nosso Lima

Que tão depressa o dia amanhece

O menos esperado acontece

A desafiar uma nova rima...

 

Pois logo que a manhã se anima

A exuberante vida aparece

Como a lontra que nos enternece

E a garça que pronto se retira.

 

Até já vi um corço transviado

No percurso do açude ao Arnado

Nadando à procura de saída;

 

Com os corvos fiquei extasiado

A vê-los em bando inopinado

Explodindo das águas em subida...

 

 

Amândio G. Martins

 

 

 

quarta-feira, 23 de junho de 2021

UEFA contraditória, hipócrita e vergonhosa

 

Em 2019, a UEFA regozijou-se pelo Europeu de

futebol ser inclusivo para as comunidades LGBT
e até usou as cores do arco-íris que são o símbolo
destes. Agora, aquele organismo impediu o estádio
de Munique de se iluminar com aquelas cores, onde
jogam, Alemanha e Hungria. A iluminação é um justo
acto de protesto contra o governo húngaro, ultra
conservador, segregador e homofóbico, já que 
reprime aquela comunidade e proíbe conteúdos que
«promovam a homossexualidade junto da população
escolar»(!). Para os jovens o fruto proibido é o
mais apetecido... Sendo a proposta da iluminação 
rejeitada o autarca de Munique ignorou e bem.
Durante o desafio estiveram luzes a representar as cores do
arco-íris. A UEFA levou uma bofetada de luva branca! A
orientação sexual de cada pessoa é do domínio do seu
coração e não pode ser discriminada ou reprimida, lá porque
é lésbica, gay, bissexual ou transgénero. Direitos Humanos são
sagrados e indiscutíveis. Ponto final.
Se o governo húngaro, de Órban, caminha para uma odiosa 
ditadura, a UEFA foi contraditoriamente hipócrita e vergonhosa!

                Vítor Colaço Santos

150 anos da COMUNA DE PARIS

 



Entre 18 de Março e 28 de Maio de 1871, o proletariado francês com grande coragem e abnegação derrotou a burguesia rica e poderosa, conquistou e exerceu o poder em benefício da população trabalhadora e dos mais desfavorecidos. Essa primeira e histórica experiência do movimento operário e comunista, foi depois derrotada e afogada em sangue pela acção conjugada da grande burguesia francesa e das tropas invasoras prussianas (alemãs).

Algumas partes da análise de Lenine, num artigo de Abril de 1911, inserido na sua obra «A Comuna de Paris»:

«…Porque é que o proletariado, não somente o francês, mas o de todo o mundo honra nos homens da Comuna de Paris os seus percursores? Qual é a herança da Comuna?»

«A Comuna surgiu espontaneamente, ninguém a preparou consciente e metodicamente. A guerra infeliz com a Alemanha; os sofrimentos do cerco; o desemprego do proletariado e a ruína da pequena burguesia; a indignação das massas contra as classes superiores e as autoridades que haviam dado provas de uma incapacidade absoluta; uma surda efervescência no seio da classe operária, descontente com a situação e ansiosa de um novo regime social; a composição reacionária da Assembleia Nacional, que fazia temer pelos destinos da República, todos estes factores, e muitos outros, se conjugaram para impelir a população de Paris à revolução de 18 de Março, que pôs inesperadamente o poder nas mãos da Guarda Nacional, da classe operária e da pequena burguesia que se colocara a seu lado.»

«…Só os operários permaneceram fiéis à Comuna até ao fim. Os republicanos burgueses e a pequena burguesia desligaram-se bem cedo; uns, assustados com o carácter proletário, socialista e revolucionário do movimento; outros, quando a viram condenada a uma derrota certa.»

«…Abandonada pelos seus aliados de véspera e sem contar com nenhum apoio, a Comuna tinha inelutavelmente de sofrer uma derrota. Toda a burguesia francesa, todos os latifundiários, bolsistas e fabricantes, todos os grandes e pequenos ladrões, todos os exploradores se uniram contra ela. Esta coligação burguesa, apoiada por Bismark (que pôs em liberdade 100 000 soldados franceses, prisioneiros dos alemães, para subjugar o Paris revolucionário), conseguiu lançar os camponeses atrasados e a pequena burguesia provincial contra o proletariado parisiense e cercar metade de Paris com um círculo de ferro (sendo a outra metade cercada pelo exército alemão).»

«…Todavia, o que sobretudo faltou à Comuna foi tempo, a possibilidade de se aperceber da situação e de empreender a realização do seu programa. Ainda não tivera tempo de pôr mãos à obra, quando o governo, entrincheirado em Versalhes e apoiado por toda a burguesia, iniciou o ataque a Paris.»

«Não obstante, apesar das condições tão desfavoráveis e da brevidade da sua existência, a Comuna chegou a tomar algumas medidas que caracterizam suficientemente o seu verdadeiro sentido e os seus objectivos. A Comuna substituiu o exército permanente, instrumento cego das classes dominantes, pelo armamento geral do povo; proclamou a separação da Igreja e do Estado; suprimiu a subvenção do culto (ou seja a manutenção dos padres pelo Estado) e deu um carácter estritamente laico à instrução pública, com o que assestou, forte golpe nos gendarmes de sotaina.»

E ainda: proibiu o trabalho nocturno nas padarias; aboliu o sistema de multas que penalizava os trabalhadores; todas as fábricas e oficinas abandonadas pelos patrões eram entregues às cooperativas operárias; a remuneração dos funcionários da administração e do governo não podia ser superior ao salário normal de um operário.

«…Todas estas medidas mostravam claramente que a Comuna constituía uma ameaça mortal para o velho mundo, fundado na sujeição e na exploração…. os generais bonapartistas, vencidos pelos alemães e valentes contra os seus compatriotas vencidos… fizeram uma carnificina como Paris jamais vira… Paris perdeu cerca de 100 000 dos seus filhos e entre eles os melhores operários de todas as profissões».

«…A causa da Comuna é a causa da revolução social, é a causa da total emancipação política e económica dos trabalhadores, é a causa do proletariado mundial. E neste sentido é imortal».

 

Zero vezes zero

 

Quem olha e ouve atentamente aqueles fulanos do chamado “movimento zero”, o seu estilo, a sua postura pública, pode legitimamente interrogar-se se aquela gente preenche os requisitos mínimos para integrar uma polícia, qualquer polícia.

 

E a forma como se esforçaram por fazer a vida negra aos seus colegas que, de serviço, foram escalados para manter a ordem numa manifestação cujas regras os seus promotores furaram constantemente, parece não deixar margem para grandes dúvidas, tanto mais quanto já não é a primeira vez que se deixam instrumentalizar por escórias que nunca nos poderão trazer nada de bom...

 

 

Amândio G. Martins

terça-feira, 22 de junho de 2021

É A HORA!

 Moledo. Sossego aparente. Correm boatos sobre nós. Que se foda! Nós somos a união. A comunhão. A empatia cósmica, apesar dos choques. O comboio pára na estação. E eu, lúcido como Álvaro de Campos. Mais lúcido do que nunca. Enfrento a arena. Também o que esperavam de um revolucionário profissional? De um guerrilheiro da palavra, e não só. Até Jesus disse que trazia a espada, e não a paz. Não, não sou pacifista. Sou guevarista, entre outras coisas. Admito, em último recurso, a luta armada, para destruir o capitalismo e o fascismo. Agora, está tudo nas nossas mãos, camaradas. Os poderes tremem. Os cães vociferam. Os vendilhões a dar a dar. Enquanto isso, o rebanho pasta com futebóis. O mundo arde. É a hora. É mesmo a Hora!

Em nome da política não vale tudo!

 

O capitalismo mata! A Iniciativa Liberal (IL), 

seu defensor, fez um arraial em homenagem 
a Santo António, em Lisboa. Em 2020, a IL criticou 
asperamente a Festa do Avante!, pelos 
ajuntamentos em plena covid-19. Esta 
decorreu sem reparos e de forma irrepreensível. 
Nos festejos da IL, não foram cumpridas regras 
sanitárias. O santo patrono, daquele
amontoado de gente que se quis fazer passar 
por evento político,  deu sete voltas à tumba
quando se deparou com setas atiradas a bonecos
de políticos de cá do burgo. Excepto, ao líder
do CDS e do Chega(!), já que são da mesma
família política... Em nome da política, não vale tudo!
Os liberais capitalistas da IL deram tiros nos seus pés.
Esta inqualificável irresponsabilidade, que prefigura 
crime contra a saúde pública, cujo resultado nefasto 
já está a verificar-se em Lisboa irá infectar e matar gente!

              Vítor Colaço Santos