quarta-feira, 29 de setembro de 2021

O falsário e burlão, João Rendeiro fugiu...

 

  ... estamos chocados, mas não surpreendidos. Só as luminárias

fundidas da Justiça é que estão boquiabertas. Como foi possível
excluir o risco de fuga a um criminoso efectivamente condenado? (O seu, televisivo, advogado de defesa, José Miguel Júdice, «campeão da moralidade» está quedo e mudo). Esta Justiça de classe... «convidou», Rendeiro a sair do país, para escapar à cadeia, tendo ele todo o tempo para premeditar e preparar a fuga, sendo difícil a sua detenção. Estando condenado à prisão e com recursos esgotados, o seu passaporte devia ter--lhe sido retirado. Houve indícios estranhos: Esteve de férias em Londres e na América Central e deu como sua residência a embaixada e o consulado(!), respectivamente.
Foi condenado três vezes a prisão efectiva, num total de 19 anos! Assim, como foi possível autorizá-lo a sair do país? Não é só percepção: Para os ricos e poderosos a Justiça não funciona! Ficam impunes e esta fuga é uma desonra para Portugal e para o sistema judicial. Assim também o populismo pula e avança...
A Justiça é fortíssima para os fracos (pobres) e fraquíssima com os fortes - os endinheirados... 
Dizer que, Rendeiro é miserável é usar da benevolência da palavra.

                                                         Vítor Colaço Santos

SONDAGENS e ABSTENÇÃO

A par do controlo da comunicação social dominante, dos seus licenciados em comunicação social e comentadores, as sondagens também fazem parte da estratégia capitalista de encaminhamento de votos para a política de direita... Acabando igualmente por contribuir para a abstenção, ao tentar estabelecer previamente uma realidade, que pode levar o eleitor a não participar por pensar que o resultado já está decidido...

terça-feira, 28 de setembro de 2021

 

ALERTAS, APELOS E ELEIÇÕES


Dirigindo-se à 76ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, António Guterres, secretário-geral, alertou; cada dia que passa, não se tomando medidas importantes para se conter e reverter as alterações climáticas e a poluição, a humanidade continua a resvalar para o abismo. E, dirigindo-se às grandes potências , nomeadamente à China e aos EUA, apelou ao entendimento no sentido de se caminhar para a redução e extinção das armas nucleares, condição essencial para a paz.

O PR, Marcelo, Também naquele mais importante fórum mundial, secundou esse apelo.

Mas, os combustíveis fósseis, tardam em ser substituídos por outros menos ou totalmente não poluentes, florestas continuam a ser dizimadas, explorações agrícolas de produção intensiva e super-intensiva, aumentam. Ou seja, a sede de lucro, o capitalismo, fala mais alto.

Em relação ao entendimento para a redução do armamento, convencional e atómico, estamos conversados.

Os EUA, com o senhor Biden ao leme em quem os ingénuos depositavam tanta esperança, não satisfeito com a NATO, à revelia de outros seus aliados, veja-se a reação, nomeadamente da França, Alemanha e Nova Zelândia, com o Reino Unido e a Austrália, cria, salvo seja, outra “NATO”. A AUKUS. Sigla em inglês, para definir Austrália, United Kingdom e United States.

Para quê?Para já, para os líderes, os EUA, passando a perna à França que já tinha apalavrada a venda de submarinos à Austrália, serem agora eles, a fornecê-los. Mas, de propulsão nuclear! E disporem de mais bases militares em solo australiano. Tudo isto, evidentemente, para ameaçar a China, que já reagiu: “ prejudica de forma grave a paz e estabilidade regionais, intensifica a corrida ao armamento e compromete os esforços internacionais sobre a não-proliferação nuclear”.

Portanto, como habitualmente, com o imperialismo norte-americano à cabeça, fazendo ouvidos moucos aos apelos até do secretário-geral da ONU, a corrida aos armamentos intensifica-se e a paz mundial, fica ainda mais em perigo.

Uma vez que estamos em maré de apelos, face à crescente falta de civismo, apelamos aos autarcas agora eleitos ou reeleitos, que estejam mais atentos à limpeza urbana. Nomeadamente, às margens e imediações de valas, ribeiros, outros cursos de água, praias, etc.

Principalmente plásticos irresponsavelmente para lá atirados, irão juntar-se aos milhões de toneladas que já se encontram no mar. Apelo idêntico, também ao Governo. E que ordene, à televisão e rádio públicas, campanhas de sensibilização. Basta reduzirem um pouco concursos simplórios, telenovelas e futebol.

É a vida no planeta, a sobrevivência das espécies, incluindo a nossa, que está em causa.

Mais especificamente em relação às eleições, como diria o Herman através do diácono Remédios, não havia necessidade! Mais uma hora as urnas abertas para massacrar os milhares que as asseguraram, e depois terem de apurar o resultado, para os três órgãos, sobretudo nas maiores freguesias, até às “quinhentas”.

Voltaremos ao assunto.

Francisco Ramalho


Publicado hoje no jornal "O Setubalense"

Ainda o nível alto da abstenção

  

 Como comprador e leitor compulsivo de jornais é com apreensão que verifico que não são abordados os porquês da elevada abstenção. 

Nem explicação nem vontade de a manifestar... 
Desde o presidente da República até ao menos importante responsável governamental, passando por todos os elementos de cada partido, ninguém nos quis dar, ainda, um laivo explicativo destas eleições autárquicas terem sido as segundas com maior nível abstencionista. E, todos estes, apelaram exaustivamente
ao voto maciço. Houve um político, que até disse que votar é um dever patriótico(!). Tenho ideia, que o patriotismo tem diferente conotação, outros alcances bem mais elevados.
Durante a campanha eleitoral há bastas situações, que temos ideia, de sermos tratados como personagens infantis, sem pensamento próprio e crítico, tal é o paternalismo e o bombardeamento de apelarem e quererem «comprar» o nosso voto, também a troco de objectos pífios, que sevem para (quase) coisa nenhuma(!). 
Uma sociedade equitativa na distribuição da renda, com mais tempo de lazer, canalizada para a mobilização política, solidária e fraterna, os cidadãos terão incentivo na assunção da cidadania.

           Vítor Colaço Santos

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Abstenção volta a vencer por larga margem...

 

 Em Portugal, a busca incessante pelo pão tira tempo aos cidadãos

para se debruçarem sobre tantos outros interesses. Ao mesmo tempo, não existe da parte dos partidos, políticas de aproximação contínua e mobilizadora, no sentido de chamarem as pessoas à actividade política.
Assim sendo, só (e exclusivamente) em actos eleitorais é que somos chamados para apoiarmos, sob todas as formas, os partidos até ao voto em urna. É francamente poucochinho... sentimo-nos defraudados, enganados e meros números para balizar resultados eleitorais.  Já se ouviram choros cínicos de carpideira a lastimarem a elevada abstenção. Seria bom e útil que esta gente ligada aos partidos tivesse sempre um comportamento de inclusão e mobilização dos portugueses, que não fosse só em tempo de eleições... Quando nos sentimos meros 'joguetes' para fins políticos, o resultado será sempre uma abstenção a subir. O voto só será a arma do Povo, quando este sentir que é representado por um dos seus e com armas para, na prática, poder responder às inúmeras carências que revelam. Esta campanha governamentalizada, também contribuiu para o descrédito destas eleições. As eleições não podem ser só para cumprir calendário...

                                     Vítor Colaço Santos 

 SONDAGENS


Destas eleições, ressalta um facto indesmentível. Flagrante demais, para que os cidadãos façam "vista grossa": Qual a credibilidade das sondagens?

Para que servem as sondagens?

De 0 a 10, qual a nota que dão os colegas do blog a sondagens?


José Valdigem

Restaurantes Portugueses e a Música Fado no Cerrado Brasileiro

 


Figura: Cidade de Caldas Novas, Goiás.


É notório que a música é um ótimo vetor para estreitar laços e cultivar alianças. O fado, enquanto símbolo da identidade Portuguesa, vai tornando cada vez mais internacional, portanto, sabe-se que essa arte sonora lusitana está a conquistar um público cada vez maior, para além da denominada comunidade lusófona. Nesse contexto, como sinal dessa internacionalização no tempo e espaço, este breve texto tenciona relatar a presença do fado no cerrado brasileiro, mais especificamente em cidades do estado de Goiás e Distrito Federal.

Nessa região do cerrado, não seria autêntico falar da música fado sem versar sobre os restaurantes portugueses, esses dois campos estão estreitamente concatenados nessa paisagem do interior do Brasil, são nesses comércios voltados para a gastronomia lusitana que ocorrem as apresentações desse gênero musical. Esses espaços gastronômicos são hoje as casas do fado do cerrado, expressão da cultura portuguesa, com decorações típicas, localizados especialmente nos bairros de duas regiões metropolitanas, Goiânia e Brasília, e também nas cidades do interior goiano como Santa Helena e Caldas Novas, essa última considerado o principal destino turístico hidrotermal do Brasil.

Os restaurantes dessas cidades sustentam nos seus cardápios um leque de produtos da gastronomia portuguesa, podendo ser destacados: o bacalhau, o pastel de nata e vinhos da região do Douro. Para essa breve ensaio, traz-se inicialmente a cidade turística de Caldas Novas, onde o principal espaço da música Fado é o Piano’s Restaurante Português, localizado no setor Oeste, um dos bairros turísticos do destino de águas quentes.

Nesse contexto, é importante sublinhar que o proprietário desse estabelecimento nasceu na cidade de Aveiro, norte de Portugal. Chegou a Caldas Novas em 2005. A decoração do lugar foi inspirada nos estabelecimentos portugueses mais tradicionais. Em Goiânia, capital do estado de Goiás, a principal paisagem sonora do fado nessa metrópole do cerrado era o restaurante Quinta do Minho. Nesse espaço gastronômico, as noites de fados aconteciam em algumas ocasiões durante o ano, com apresentações agendadas. No entanto, impedido de funcionar com sua capacidade total desde o ano passado, quando o mundo foi surpreendido com a pandemia provocada pela Covid-19, suas atividades foram encerradas.

A outra cidade goiana que também merece ser pontuada é Santa Helena com o bar e restaurante Sabores de Portugal, onde a envolvência sentimental que o fado provoca também se faz presente, integrando o cerrado ao ambiente cultural português. Em Brasília, capital do país, distante apenas 202 km de Goiânia, os shows de fados ocorrem no Sagres Restaurante, na valorizada região da Asa Norte. Nessa viagem de descoberta contínua de um cerrado aberto a música internacional, é em Brasília que ocorrem os concertos dos principais nomes da música de Portugal.

Os exemplos apresentados, mostram que a cadeia produtiva da gastronomia associada a música portuguesa no cerrado se colocam a partir da comunicação pela internet, articulados em rede, ligando territórios, residentes, turistas e empresas. No que diz respeito, exatamente, às cidades do cerrado, acredita-se que a gastronomia portuguesa alicerce fundante no acolhimento da música fado, vem adquirindo uma identidade própria, provocada por novas relações entre proprietários, trabalhadores dos estabelecimentos, moradores e visitantes, fazendo surgir nesses núcleos urbanos, territórios e paisagens culturais peculiares, trazendo para o cerrado um ambiente sonoro que se especifica num contexto que também é internacional e turístico.

 

Jean Carlos Vieira Santos

UEG/TECCER-PPGEO/Brasil. Pós-doutoramento em Turismo pela Universidade do Algarve.

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

CÂMARAS e FREGUESIAS

As eleições para as autarquias (câmaras e freguesias) têm uma grande importância pela sua natureza local, por serem os órgãos do poder político mais próximos dos cidadãos e onde estes têm possibilidade de intervenção nas reuniões públicas. A Constituição da República estabelece a natureza colegial do Poder Local, em que o valor de cada mandato é a expressão dum sistema eleitoral que assegura a representação pluralista, contrariando concepções de poder absoluto de quem não gosta do contraditório, nem de acção fiscalizadora. O boicote de dezenas de anos de PS, PSD, CDS à regionalização estabelecida na Constituição, impediu que se potenciasse mais o papel e contributo das autarquias locais no desenvolvimento local e regional. A CDU nas autarquias locais é a força política que mais tem garantido e lutado por um adequado desenvolvimento local e para garantir uma vida melhor às populações, com espaços urbanos humanizados e ambientalmente equilibrados, defendendo o interesse público e colectivo, fomentando a valorização cultural e desportiva da população. Na CDU não existem projectos de ambições individuais, nem benefícios pessoais. A CDU e os seus eleitos, antes e depois das eleições, em quaisquer circunstâncias, contribuirão para assegurar o progresso, o desenvolvimento e a melhoria das condições de vida dos trabalhadores e população.

ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS


Oficialmente a campanha eleitoral começou 2 semanas antes das eleições, mas, na prática já lá vão uns bons 3 meses, com a colocação de cartazes, comícios e jantaradas. O que, é uma ilegalidade.
Comícios e debates onde pouco se falou ou discutiu sobre o Poder Local mas sim do Nacional.

Só se pede às estruturas partidárias que sejam lestas a desmontar os enormes cartazes, causadores duma poluição visual inaceitável, com aquelas caretas horrorosas, exibindo sorrisos de ocasião descaradamente falsos. Para além de prejudicar a visibilidade de quem conduz.

O meu voto: mantive-me durante algum tempo indeciso entre o Nulo e o PAN. Vou votar PAN.



José Valdigem


 

Não haverá remédio?


A “mão invisível” que, milagrosamente, conseguia a perfeita regulação dos mercados foi “descoberta” por Adam Smith num mundo que não é o de hoje. Já não há fronteiras físicas e aduaneiras como antigamente, e os bens que se transaccionam também já não são os mesmos, muitos deles meramente virtuais. As transformações operadas nas relações internacionais desde então proporcionaram a medrança de entidades económicas até níveis obscenos de acumulação de activos e de poder. Smith não poderia nunca imaginar a grandeza que muitas dessas entidades viriam a alcançar, com poderios que suplantam países de média dimensão. 

A maximização do lucro, pedra angular do capitalismo, e, segundo alguns, o incentivo-motor das empresas e da criação de empregos, necessita da máxima liberdade de acção. Mas até Smith, especulo eu, pensaria hoje que, nas condições de funcionamento das sociedades actuais, deveriam ser impostos limites em certas áreas de interesse público, como o demonstram a pandemia e as alterações climáticas, os grandes problemas mundiais da actualidade. Impor aí, com legítima e robusta autoridade, regras de funcionamento distintas do delico-doce “laissez-faire”, é um dever que os poderes da soberania não podem alijar. As negligências, fraquezas e eventuais interesses encapotados de dirigentes políticos, em todo o mundo, deram no que agora vamos constatando, conhecidos que começam a ser alguns detalhes das negociações estatais com as poderosas companhias farmacêuticas produtoras das vacinas anti-covid. Empresas que, não esqueçamos, investiram muito na investigação científica, mas sempre com a magnânima ajuda dos Estados.


Público - 26.09.2021


quinta-feira, 23 de setembro de 2021

O VOTO

O direito de votar foi a maior conquista democrática individual e colectiva dos portugueses com o 25 de Abril de 1974. O direito de escolher os responsáveis nos órgãos do poder político central e local, os seus programas e opções, é a forma mais activa e directa de participar na vida democrática e colectiva da sociedade e nos temas e assuntos que a todos dizem respeito. Quem não vota perde muita da legitimidade para criticar decisões com que não está de acordo. Talvez a desculpa mais generalizada e esfarrapada seja a que são todos iguais… Mas quem tem um pouco de bom senso e procura ser minimamente esclarecido, sabe que os partidos e os políticos não são todos iguais, da mesma forma que as pessoas não são todas iguais. E há sempre uma opção, uma ideia que se identifica mais com a condição e o que pensa cada um. Votar é um acto político e cívico da maior importância para o presente e o futuro.

terça-feira, 21 de setembro de 2021

A overdose de cinismo - mata...

 

 A necessidade de manter a autarquia de Matosinhos, 

todo o custo, na órbita do PS, o seu secretário-geral 
disse que a Galp ali instalada «tem que levar uma lição»(!), 
sobre as largas dezenas de despedimentos aí concretizados. 
(Também já fui despedido, assim, tendo sido um sofrimento atroz...).
No passado recente, António Costa, nada fez, e teve oportunidade de o ter feito no mês de maio quando abordou este delicado assunto... Agora vertendo lágrimas de crocodilo e com exponenciado cinismo, toma as dores e «o» lado dos despedidos. Soa a falso. Claro, que não se livrou dum coro de críticas, justas, da Esquerda à Direita, passando pelos trabalhadores que ficaram ostensivamente para trás e foram descartados. A overdose de cinismo - mata a aspiração de ganhar a autarquia de Matosinhos.
A diferença entre Costa e Passos, está no rótulo da mesma fraca farinha...

Vítor Colaço Santos 

A REALIDADE... NÃO ATIREM AREIA PARA OS OLHOS...

 

O 11 DE SETEMBRO E A COMUNICAÇÃO SOCIAL


Dois crimes, transformaram o 11/9, numa terrífica data. Por isso, ainda a designação deste tema e a comunicação social (CS), para o presente artigo de opinião.

Não admira se alguém pensar: “dois crimes?”

É verdade, eis o poder da CS! Quase só “existe”, o que quem manda nela quiser. Basta omitir.

Há exceções, como este jornal. Mas quando a CS dominante, se refere a esta data, sobre que assunto o faz? Sobre o atentado terrorista de há 20 anos às torres gémeas em Nova Iorque, não é verdade?

E deve fazê-lo porque se tratou efetivamente de uma grande tragédia.

Mas, essa CS, praticamente silencia outro crime, outra tragédia, ainda maior, ocorrida nessa mesma data há 40 anos: o golpe militar liderado pelo general Augusto Pinochet, que derrubou o Governo legítimo do Chile, presidido por Salvador Allende.

Porque o faz? Se o crime alegadamente (alegadamente, porque, como se sabe, há outras teorias que não sabemos se serão conspirativas ou não) atribuído a fanáticos religiosos islâmicos, causou 3.278 mortos, o golpe de Estado referido, causou 40.280 (onde se inclui o próprio presidente Salvador Allende) com execuções sumárias, torturas e 3.225 pessoas dadas com desaparecidas.

Lá está o tal poder! É que, para além dos EUA controlarem direta ou indiretamente, grande parte da CS ocidental, são simultaneamente vítimas e carrascos. Está mais que provado; através da CIA, contribuíram para a preparação e execução desse golpe de Estado. Os seus governantes de então, são cor-responsáveis por aquele derramamento de sangue inocente.

Acresce que o ataque às torres gémeas, foi o prelúdio para a invasão do Afeganistão, com o pretexto de eliminarem a Al Qaeda e o seu líder Osama Bin Laden.

Vinte anos e muitos milhares de mortos depois, o resultado está à vista: Bin Laden foi morto não no Afeganistão, mas sim no Paquistão, e o poder no Afeganistão, foi entregue aos seus antigos aliados, os Talibã.

Tal como outras coisas essenciais, a CS, pode desempenhar um papel muito negativo, como o contrário. Pode e deve informar e formar. É essa a sua mais útil e nobre função.

Por isso, fazendo uso do pequeno quinhão aqui ao nosso dispor, juntamos a nossa opinião a tantas outras, e sugerimos que no próximo domingo, ninguém fique em casa e contribua com o seu voto, o mais esclarecido possível, para a consolidação da democracia e do Poder Local Democrático.

As propostas são diversas, o financiamento é essencial ao desenvolvimento, fala-se em muitos milhões do PRR, vulgo bazuca, mas o capital mais seguro, o que não tem contrapartidas impostas, é o lucro das grandes empresas. De combustíveis, telecomunicações, eletricidade, banca, etc., que deveriam ser do Estado e não de particulares, uma vez que boa parte desse lucro, além de não ser cá reinvestido, até voa para paraísos fiscais.

Portanto, em momentos de escolha, convém termos bem presente qual a força concorrente que desde sempre se bate para que tais empresas estejam efetivamente ao serviço do povo e do país.

Francisco Ramalho


Publicado hoje no jornal "O Setubalense"







sábado, 18 de setembro de 2021

O cavalo de troia


A candidata apoiada pelo PSD à câmara da Amadora, propõe-se derrubar o sistema.
Ora para dar cabo dum sistema nada melhor que um cavalo de tróia. 
Sendo o PSD um partido do sistema é muito estranho que abra assim a porta ao cavalo.
Já teve lá o André que minou a credibilidade do partido, agora dá guarida à Susana que mesmo que seja rentável na Amadora, certamente vai afastar muita gente.
Esperemos que o futuro líder do PSD feche a cavalariça, porque é natural que haja por lá mais gente disfarçada de social democrata.

Quintino Silva

Campanha eleitoral e adjacentes

 

 Perante uma hecatombe social, os candidatos autárquicos,

nem afloram este flagelo. Estamos perante 800 mil desempregados
reais, as moratórias a acabar, os sem abrigo\amor pululam
e estes temas são invisíveis. Estas notórias ausências são
graves de mais para serem esquecidas. Nada admira, que a abstenção volte a ser relevante... Todas estas situações devem merecer da parte dos municípios atenção. Quando o chefe do governo faz campanha de norte a sul pelos candidatos do seu partido, nunca sabemos se fala como 1ºministro ou secretário-geral do PS... Em todas as suas intervenções fala dos milhões da bazuca, sendo exaustivo, configurando um rolo compressor a prometer amanhãs que cantam... A demagogia eleitoral pode tirar votos.
Foi lamentável, que metade do debate televisivo, na RTP, sobre Lisboa tenha sido sobre as ciclovias e os seus declives(!). O moderador, impreparado, fez o jogo ao ainda presidente da câmara, deixando correr o debate... O frete a Fernando Medina, o «russogate», foi lamentável.
Sendo António Costa pago pelo erário público, pode andar dias seguidos a percorrer Portugal, sem ter faltas injustificadas e cortes no seu salário?
A profissionalização da política está instalada...
Só nesta altura é que os políticos enchem a boca de público, populações e Povo...

                      Vítor Colaço Santos

PARASITAS


É o título do último vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro.
Título inspirador para classificar este bando de chupistas conhecido pelo nome de "agências de trabalho temporário", que, sem qualquer mérito, "rapa" uma uma boa percentagem do magro salário do pobre trabalhador.
Hoje em dia, é quase impossível alguém conseguir emprego sem passar pelas mãos sebosas desses novos esclavagistas.
Cresceram como cogumelos, por todo o país. Mais ainda nos últimos anos, graças ao governo dito socialista, com apoio do Partido Comunista e do Bloco de Esquerda.

Claro que isto só se passa tratando-se de emprego comum. Quando se trata de emprego com "dignidade", basta que o candidato se inscreva no Partido do poder.



José Valdigem


POLÊMICA MUSICAL

 Orivaldo (Ori) Jorge de Araújo

Goiânia, Goiás, Brasil

18/09/2021


O COMPOSITOR BRASILEIRO TONINHO GERAIS ENTROU COM PROCESSO NAS CORTES ESPECÍFICAS INTERNACIONAIS, CONTRA A CANTORA INGLESA, ADELE, ACUSANDO-A DE TER PLAGIADO A SUA ANTIGA MÚSICA, “MULHERES”, CONHECIDA NA VOZ DE MARTINHO DA VILA.

A CANÇÃO QUE TERIA SIDO FRUTO DE PLÁGIO, É A “MILLION YEARS AGO”, SUCESSO INTERNACIONAL DESSA FAMOSA CANTORA BRITÂNICA.

ESTOU APRESENTANDO AS DUAS MELODIAS PARA QUE TODOS POSSAM AVALIÁ-LAS E DAR SUAS OPINIÕES.   


quinta-feira, 16 de setembro de 2021

 

O RIDÍCULO E A MORAL SALAZARISTA


“A ditadura defendia, por um lado, a moral e os bons costumes, por outro, legislava no sentido de legalizar práticas sexuais contrárias a essa mesma moral, a esses bons costumes, pregados quer pelo regime quer pela Igreja Católica!

O mesmo regime que permitia a legalidade da prostituição, não se inibia de publicar uma portaria – Câmara Municipal de Lisboa- que penalizava os atentados à moral pública: “verificando-se o aumento de actos atentatórios à moral e aos bons costumes, que dia a dia se vêm verificando nos logradouros públicos e jardins e, em especial, nas zonas florestais Montes Claros, Parque silva Porto, Mata da Trafaria, Jardim Botânico, Tapada da Ajuda e outros, determina-se à Polícia e Guardas Florestais uma permanente vigilância sobre as pessoas que procurem frondosas vegetações para a prática de actos que atentem contra a moral e os bons costumes. Assim, e em aditamento àquela portaria n.º 69.035, estabelece-se e determina-se que o artigo art.º 48 tenha o cumprimento seguinte: 1º- Mão na mão (2$50); 2º- Mão naquilo (15$00); 3º- Aquilo na mão (30$00); 4º – Aquilo naquilo (50$00); 5º- Aquilo atrás daquilo (100$00); parágrafo único- Com a língua naquilo, preso e fotografado.”

(…) Se a prostituição foi legal até 1963, a homossexualidade nunca foi permitida, sendo alguns homossexuais presos, humilhados e espancados”

in “ O Cavador Que Lia Livros No Tempo De Salazar”, Edições Colibri

Francisco Ramalho


quarta-feira, 15 de setembro de 2021

O CONTROVERTIDO SIGNIFICADO DO NOME CLÁUDIO E DERIVADOS

 Vivaldo Jorge de Araújo

Goiânia, Goiás, Brasil

15/09/2021

    Ouso discordar que o nome Cláudio e consequente derivação feminina Cláudia e diminutivo Claudete tenham acepção de capenga, conforme tradicionalmente admitido.

   É unânime a opinião, inclusive com o respaldo do filólogo, escritor e poeta português Cândido de Figueiredo, que o vocábulo seja originário do adjetivo latino claudus-a-um, cuja significação é tida apenas no sentido de manco, tendo em vista o referido adjetivo derivar-se do verbo da segunda declinação latina claudēre, cuja pronúncia é claudére e significa mancar, coxear.

   Acontece que na língua latina existe também o verbo da terceira conjugação claudĕre, cuja pronúncia é cláudere, ou seja, com acento tônico predominante na antepenúltima sílaba. Seu significado é segurar, prender, apoiar. São dois verbos com a mesma grafia, diferenciados apenas pela pronúncia. No idioma de Cícero não havia acentuação, mas apenas dois pequeninos sinais: o macron em forma de um pequeno traço sobre a vogal (Ā) e a bráquia na forma de um pequeno arco (Ă), usados para assinalar respectivamente, a pronunciação tônica ou átona da vogal.

   Assim sendo, a palavra Cláudio, que passou a ser um nome próprio, inclusive com pronúncia na antepenúltima sílaba, por ser vocábulo proparoxítono, tem a real possibilidade de ter-se originado de claudus com procedência no verbo da terceira conjugação claudĕre, daí significar segurador, prendedor, apoiador e jamais manco´, cambeta ou coxo, como inadvertidamente se admite.

   Segundo registra o site “https://www.nomesbiblicos.com/claudio/”, estudos etimológicos acreditam que o nome admitia interpretações como aquele que apoia, ressaltando a riqueza de oferecer ajuda àqueles que necessitam, bem como a importância de ser seguro de si para executar tal tarefa com destreza.

   Importante salientar que há um regionalismo em Portugal, conforme o dicionário de Antônio Houaiss, segundo o qual a palavra tem o significado de alfinete, isto é, um instrumento prendedor, apoiador, segurador.

   Não se diga que o significado tem alguma coisa a ver com o imperador romano Cláudio, que tinha defeito nos pés, até porque houve outro imperador com o mesmo nome, o qual não era portador de deficiência física e reinou séculos depois do primeiro.

   Na região da Bitínia da antiga Grécia, atualmente integrante do território turco, havia uma cidade com o nome de Claudionópolis. No Estado de Minas Gerais há uma com a denominação de Cláudio, e outra, no Estado de Mato Grosso,  chamada Cláudia.

   Cláudio, Cláudia e Claudete não são, portanto, capengas, mas seguradores, apoiadores sustentadores.

   Deixo aqui minha homenagem a todos os Cláudios, Cláudias e Claudetes, especialmente o caro sobrinho Cláudio Henrique, o saudoso ex-aluno Claudivino Bento, a estimada prima Ana Cláudia e a dileta amiga Ana Cláudia.