Nada como uma boa citação, sobretudo se é produzida pelos melhores.
Esta foi respigada do Público de hoje (“Escrito na Pedra”) e é da autoria de
Machado de Assis: “Palavra puxa palavra, uma ideia traz outra, e assim se faz um
livro, um governo, ou uma revolução, alguns dizem que assim é que a natureza
compôs as suas espécies”.
Este blogue foi criado em Janeiro de 2013, com o objectivo de reunir o maior número possível de leitores-escritores de cartas para jornais (cidadãos que enviam as suas cartas para os diferentes Espaços do Leitor). Ao visitante deste blogue, ainda não credenciado, que pretenda publicar aqui os seus textos, convidamo-lo a manifestar essa vontade em e-mail para: rodriguess.vozdagirafa@gmail.com. A resposta será rápida.
quarta-feira, 31 de maio de 2017
A ATITUDE POUCO PROFISSIONAL DE ALGUNS MÉDICOS, NAS URGÊNCIAS HOSPITALARES
Não deixando, contudo, de ser um assunto, deveras
delicado, mas que tem que ser, visto, assumido e denunciado, de uma vez por
todas e com a devida frontalidade, sem medos, e sem qualquer tipo de rodeios, pela
atitude que alguns médicos têm, nalguns procedimentos, enquanto estão de
serviço, nas urgências nos hospitais e quando o anónimo cidadão, por
necessidades óbvias e mais urgentes, tem que recorrer aos serviços
hospitalares. Enquanto, que alguns médicos, quando em serviço nas urgências
hospitalares, geralmente e felizmente que não são todos, evidentemente, como em
qualquer outra profissão, em que há sempre algumas excepções, entre os bons e
os maus profissionais, que sempre existem. Mas nas referidas urgências
hospitalares, e como cidadão, noto que muitas das vezes alguns médicos que
estão de serviço nas urgências dos hospitais, parecem-me que estão naqueles
locais a fazerem ou a cumprirem um grande “frete” muito obrigatório e penoso
para muito deles.
Mas em contrapartida, quando, temos, infelizmente, para
muitos pacientes de recorrer em último(s) caso(s), aos seus consultórios
particulares, e pagar a “boa” factura que nos é apresentada, pelos seus
préstimos, o tratamento por parte destes
profissionais da saúde é totalmente diferente, e referenciado, É triste eu ter
que afirmar isto…mas a realidade é só uma, e é esta, e só uma. Infelizmente… a
saúde, em Portugal, é um grande negócio, para muitos profissionais que exercem
a profissão de médicos.
Não estou a falar à toa, sei por experiência próprio, o que
é a classe médica, (alguns, evidentemente), e em especial, a sua respectiva;
Secção Regional do sul da Ordem dos Médicos, pois, tenho um caso muito concreto,
quando do falecimento do meu pai, em que andei meses e meses a contactar, a
citada Secção Regional, com troca de correspondência, com a respectiva Ordem
dos Médicos…infelizmente, com tanta conversa e desculpas, sem nexo, da parte
daquela ordem, que acabaram por me saturarem, e mandá-los aquele lugar…
Sabem porquê? Porque as minhas hipóteses financeiras para contratar um advogado,
são mínimas, e acabaram-me por vencer pela saturação.
É lamentável esta classe ter tantos privilégios, e serem intocáveis. Mas é o
nosso País e as nossas leis.
(Texto-opinião, publicado na edição Nrº. 46292 do Diário de Notícias da Madeira de 02 de Junho
de 2017)
(Texto-opinião, publicado na edição do Expresso de 10 de Junho de 2017)
(Texto-opinião, publicado na edição do Jornal de Notícias de 7 de Agosto de 2017)
Desejável e honroso é colocar nomes!
Ontem (30/Maio) foi escrito e publicado na Voz da Girafa um texto do José Amaral intitulado "Serão práticas indesejáveis ou evitáveis?". Até agora tem um único comentário, laudatório, do Jorge Morais. Como não acho que seja assunto para comentar ( não é uma foto, um texto de opinativo, uma ideia, uma efeméride, etc) numa simples "caixa", decidi vir dizer ao autor que acho a sua iniciativa "redonda", claramente sinuosa e, aqui e ali, insultuosa. E, para além de tudo isso, tem um "pecado capital" que é próprio dum homem que se permite escrever o que e como o escreveu: não diz um único nome na sua diatribe! E este é um ponto de desonra para qualquer pessoa que escreva, seja o que for, referindo-se a "alguém indeterminado"!
Fernando Cardoso Rodrigues
Fernando Cardoso Rodrigues
As duas maçãs
Uma garota segurava uma maçã em cada mão. A sua mãe entrou e pediu-lhe com uma voz doce e um belo sorriso:
– Querida, podes dar-me uma das tuas maçãs?
A menina levanta os olhos para a sua mãe durante alguns segundos, e morde subitamente uma das maçãs e logo em seguida a outra.
A mãe sente a sua cara ficar gelada e perde o sorriso. Ela tenta não mostrar a sua decepção, quando a sua filha lhe dá uma das maçãs mordidas.
Mas a pequena olha para a mãe com um sorriso de anjo e diz alegremente:
– A mais doce é essa, mãe!
Pouco importa quem és, que tenhas experiência, sejas competente ou sábio.
Espera para fazer um julgamento. Dá aos outros a oportunidade de se poderem explicar.
Recebida por correio electrónico.
– Querida, podes dar-me uma das tuas maçãs?
A menina levanta os olhos para a sua mãe durante alguns segundos, e morde subitamente uma das maçãs e logo em seguida a outra.
A mãe sente a sua cara ficar gelada e perde o sorriso. Ela tenta não mostrar a sua decepção, quando a sua filha lhe dá uma das maçãs mordidas.
Mas a pequena olha para a mãe com um sorriso de anjo e diz alegremente:
– A mais doce é essa, mãe!
Pouco importa quem és, que tenhas experiência, sejas competente ou sábio.
Espera para fazer um julgamento. Dá aos outros a oportunidade de se poderem explicar.
Recebida por correio electrónico.
A DESTRUIÇÃO DA CRIANÇA
"Qualquer instituição dos nossos tempos, a família, o Estado, os nossos códigos morais, vê em cada personalidade forte, bela e sem compromisso um inimigo mortal; então faz todo o esforço para coagir a emoção e a originalidade do pensamento no indivíduo com um colete de forças desde a mais tenra infância; ou para moldar todos os seres humanos de acordo com um padrão; não numa individualidade integral, mas num escravo paciente do trabalho, um autómato profissional, um cidadão que paga impostos ou um moralista justiceiro", assim falava Emma Goldman já em 1906.
"O ser sensível abomina a ideia de ser tratado como uma simples máquina ou como um mero papagaio do convencional e do respeitável". Perante as imposições da tecnologia, da família, da escola, do mercado, dos media, é quase um milagre a criança ou o adolescente que se lhe segue conservar a força e a pureza iniciais. Só através de ferozes e ardentes batalhas contra a multidão e contra a "opinião pública" a criança e o jovem se emancipa. "O ideal do pedagogo comum não é formar um ser completo, íntegro, original", mas sim, "autómatos de carne e osso (...) que se adequem melhor à esteira da sociedade e ao vazio e monotonia das nossas vidas". Com regras e castrações, com o encaminhamento para o mercado e para o mercado de trabalho se destrói a juventude e a inocência. "Tu deves!", "Tu tens de!", "Isto é certo!", "Aquilo é errado!", assim se castram as sensibilidades e as mentes. Sim, o capitalismo começa aqui. É aqui que se nega a curiosidade, a brincadeira, a liberdade, a autonomia. É aqui que se mata o espírito livre, o próprio amor jesuânico.
"O ser sensível abomina a ideia de ser tratado como uma simples máquina ou como um mero papagaio do convencional e do respeitável". Perante as imposições da tecnologia, da família, da escola, do mercado, dos media, é quase um milagre a criança ou o adolescente que se lhe segue conservar a força e a pureza iniciais. Só através de ferozes e ardentes batalhas contra a multidão e contra a "opinião pública" a criança e o jovem se emancipa. "O ideal do pedagogo comum não é formar um ser completo, íntegro, original", mas sim, "autómatos de carne e osso (...) que se adequem melhor à esteira da sociedade e ao vazio e monotonia das nossas vidas". Com regras e castrações, com o encaminhamento para o mercado e para o mercado de trabalho se destrói a juventude e a inocência. "Tu deves!", "Tu tens de!", "Isto é certo!", "Aquilo é errado!", assim se castram as sensibilidades e as mentes. Sim, o capitalismo começa aqui. É aqui que se nega a curiosidade, a brincadeira, a liberdade, a autonomia. É aqui que se mata o espírito livre, o próprio amor jesuânico.
Espanha ardilosa e andeiros portugueses
Caros
concidadãos, vejam como os espanhóis têm sido tão ardilosos ao longo dos tempos
perante os nossos territórios, a nossa zona territorial e a nossa própria soberania,
em que tantos andeiros portugueses isso também têm feito, apunhalando-nos
comummente.
Reparem que foi
já no longevo ano de 1297 que Portugal e Castela (Espanha), pelo Tratado de
Alcanises, firmaram a delimitação da fronteira terrestre entre os respectivos
países.
Mas, tal como
ave de rapina, Espanha, conluiada com a França, na Guerra das Laranjas, em
1801, apoderou-se de Olivença e seu adjacente território, apesar de toda a
Comunidade Internacional e a própria usurpadora Espanha, na Acta Final do
Congresso de Viena, a 7 de Maio de 1817, terem assinado a entrega imediata de
Olivença a Portugal, e cuja decisão continua por se efectivar, sem que o Estado
Português faça valer os seus direitos de soberania consagrados na Lei das
Nações, já lá vão duzentos anos.
NOTA - texto publicado pelo DESTAK de 2/6.
NOTA - texto publicado pelo DESTAK de 2/6.
José Amaral
Ti´Lexandre
A figura nem era má pessoa
Embora mostrasse algumas taras
Deixando as gentes desconfiadas
Mas que entendiam a macacoa.
Sulfatava as videiras com vassoura
E à força daquelas vassouradas
Corria o “manicróbio” das ramadas
E constava que tinha pinga boa!
Evitava cruzar-se com a gente
Mas se alguém surgia de repente
Saudava com simpatia no rosto.
Certa vez que nos apanhou aos figos
Fez-nos descer nestes termos precisos
“O figo é a coisa que mais gosto”…
Amândio G. Martins
A 31 DE MAIO - DIA MUNDIAL SEM TABACO
A 31 de Maio de cada ano, a Organização Mundial da Saúde
celebra o Dia Mundial sem Tabaco, cujo objectivo consiste em assinalar os
riscos que advêm do consumo de tabaco para a saúde e fomentar políticas
eficazes de redução do dito consumo que é responsável, a nível mundial, pela
morte de um em cada dez adultos.
terça-feira, 30 de maio de 2017
Serão práticas indesejáveis ou evitáveis?
Desde os primeiros tempos do trágico êxodo de refugiados,
passando pela organização e agendamento do último Encontro Nacional de Leitoras
e Leitores de Jornais, que os ânimos/comentários verbais subiram de tom, mormente
quanto ao primeiro assunto, pelo que, suponho eu, um dos intervenientes deste e
neste blogue tivesse sido ‘riscado do mapa’ por soez comportamento.
Quanto ao segundo facto, pouco há a dizer, mas também houve
alguma ‘faísca’.
Ultimamente, em relação às ‘intocáveis’ greves da Função
Pública, houve ‘mosquitos por cordas’ e até ‘algum ranger de dentes’.
E quando se ‘apontou’ para tal facto ocorrer às
sextas-feiras, o ‘abcesso rebentou’.
Com o livro de ‘Os leitores também escrevem’, congeminado
por Céu Mota, este blogue – A Voz da Girafa -, fruto da mesma autora, tem agora
muitíssimos mais companheiros da palavra escrita, pelo que, assim sendo, e
muito bem, o que é escrito pode colidir com a opinião de cada um de nós.
Todavia, ninguém pode impor-se como uma espécie de
inquisidor-mor verberando o que acha que não deveria ter sido escrito.
Como tenho de respirar para viver, assim escrevo para não
morrer.
Saúde para todos.
nota - texto publicado pelo DESTAK de 1/6
nota - texto publicado pelo DESTAK de 1/6
José Amaral
Há dois Papas?
O texto de Frei Bento Domingues - Bento XVI renunciou à sua renúncia? - no PÚBLICO do passado domingo impressionou-me. Vindo dum sacerdote, dominicano, dá que pensar. O que nos diz? Pois que o prefácio laudatório que o Cardeal Ratzinger, ex-Papa BentoXVI, escreveu para um livro do Cardeal Sarah é o o texto dum "morto institucional" pois é essa a situação do prelado depois da sua renúncia ao cargo de Bispo de Roma. Mas diz mais, que o livro referido é claramente um "ataque" à linha social do Papa Francisco. O que parece ser totalmente verdade, a avaliar pela transcrição de algumas frases lá impressas. Senão vejam: "enquanto a Igreja não conseguir dissociar-se dos problemas humanos, ela acabará por falhar na sua missão" e "a Igreja está gravemente equivocada quanto à natureza da crise real, se ela acha que a sua missão essencial é oferecer soluções apara os problema relacionados com a justiça. a paz, a pobreza,a recepção de migrantes, etc, enquanto negligencia a evangelização".
Registo e partilho, nada mais! Embora não deixe de reiterar a minha admiração cidadã ao Papa Francisco e esse, felizmente... está "vivinho da costa"!
Fernando Cardoso Rodrigues
Registo e partilho, nada mais! Embora não deixe de reiterar a minha admiração cidadã ao Papa Francisco e esse, felizmente... está "vivinho da costa"!
Fernando Cardoso Rodrigues
Do Minho até Timor
O Estádio Nacional (Jamor) foi palco da final da Taça de Portugal. No relvado, entre outros intervenientes realço o Vitória do Berço da Portugalidade. Na tribuna de honra, entre muitos, o timorense Xanana Gusmão. Obrigado futebol por ter juntado o Minho a Timor. Jorge Morais
Publicada no Jornal CM em 30.05.2017 - DESTAK em 31.05.2017 - DN-M em 31.05.2017
Ilustração do leitor Paulo Pereira
Publicada no Jornal CM em 30.05.2017 - DESTAK em 31.05.2017 - DN-M em 31.05.2017
Ilustração do leitor Paulo Pereira
Visão periférica
Neste escrito
pretendo apenas relatar uma situação real vivida por mim nos tempos agitados
que se seguiram à revolução de 1974.
E empresa em
que trabalhava era uma das da cintura industrial de Lisboa, zona onde se
verificaram grandes conflitos laborais, muitos deles sem motivo justificativo,
e que geraram muito desemprego.
Fiz parte da
primeira Comissão de Trabalhadores que se organizou na empresa, que integrava
delegados do país inteiro e teve como pessoa marcante na liderança um
engenheiro químico responsável por uma linha de produção e a sua mulher, secretária
da direcção da empresa, ambos militantes do PC.
Enquanto em
muitas empresas à volta se interrompia a produção por tudo e por nada e se
faziam reuniões incendiárias a qualquer hora, na nossa os plenários eram
programados para os fins de semana, onde pudessem estar trabalhadores de norte
a sul do país.
Tratava-se de
uma multinacional cuja direcção também tudo fazia, em estreita conjugação com a
CT, para que os problemas se resolvessem sem conflitos laborais.
Termino
descrevendo um episódio ilustrativo da importância de uma boa liderança, que
sabe olhar à sua volta e não apenas em frente:
Numa reunião
de sala cheia, onde a CT prestava contas das regalias que tinha negociado para
todos, levantou-se lá do meio da sala um “incendiário” acusando a Comissão de
ser muito branda nas negociações, dizendo que o inglês que era director- geral
vivia numa mansão da empresa, se deslocava num carro do tamanho daquela sala
também da empresa, conduzido por motorista da empresa, e que os lucros que de cá
saíam para os donos gastarem com as amantes eram cada vez maiores.
Com a calma
que nunca perdia, o eng. Freitas respondeu assim: “como você bem disse, o carro
é da empresa, a mansão é da empresa e o motorista é trabalhador da empresa. Quanto
ao dinheiro que eles gastam com as amantes não é assunto da nossa conta.
Interessa-nos é que fique cá o suficiente para nós gastarmos com as nossas e
parece-me que não temos razão de queixa”.
Ecoou por
toda a sala enorme gargalhada enquanto a mulher, muito corada, olhava para ele
com ar interrogativo. Acrescento que nunca houve na empresa qualquer conflito
laboral, mas também nunca vi o Freitas na lista do Comité Central do partido…
Amândio G.
Martins
Caminhada/meia maratona no Douro Vinhateiro
Eu fiz parte desta colorida turma humana partindo para mais uma caminhada/meia maratona - a 12ª - no paradisíaco DOURO VINHATEIRO, em 28/5/22017.
Meus Caros Conterrâneos
Dois terços do mundo foram visitados e descobertos pelos portugueses.
Partiram, daqui, rumo ao incerto.
Vergaram e venceram todos os adamastores que lhes quiseram tolher a caminhada de terem dado 'novos mundos ao mundo'.
Agora, a 'nossa Língua é (de facto) a nossa Pátria'
Partiram, daqui, rumo ao incerto.
Vergaram e venceram todos os adamastores que lhes quiseram tolher a caminhada de terem dado 'novos mundos ao mundo'.
Agora, a 'nossa Língua é (de facto) a nossa Pátria'
VIVA PORTUGAL
JA
Honra ao semeador
Até chegar um esperto
A cobiçar um Nobel
Cartesius andou certo
Deu-nos mundo mais aberto
Teve importante papel.
Entrevendo a conquista
A ceifar seara alheia
Certo neurocientista
Errou no ponto de vista
E apoucou quem semeia.
Ao meter-se por atalhos
No método do discurso
Trocou alhos por bugalhos
Enviesou os ensaios
E não honrou o percurso!
Amândio G. Martins
A 30 DE MAIO DE 1431, MORTE DE JOANA D'ARC
A 30 de Maio de 1431, é queimada viva, em Ruão, França a
heroína e santa francesa e santa da Igreja Católica. Joana d’Arc, cognominada “A
Donzela de Orléans” e também conhecida como como Joana D’Arc, a ruiva heroína,
nasceu a 6 de Janeiro de 1412, em Domrémy-la-Pucelle, França. Foi Canonizada a
16 de Maio de 1920, em Roma pelo Papa Bento XV e Beatificada a 18 de Abril de
1909, em Roma por São Pio X.
segunda-feira, 29 de maio de 2017
Máxima
"Num mundo globalizado, toda a guerra é uma guerra civil"
LUÍS MOITA no extinto semanário "TEMPO"
LUÍS MOITA no extinto semanário "TEMPO"
Directas já
A memória
que tenho de minha mãe, falecida há já quinze anos, é a melhor que um filho
pode ter. Mas não porque tenha estado sempre de acordo comigo.
Algumas das
coisas que me aborreciam no seu discurso eram o “porque não”, o “porque sim” e
o “acabou a conversa”. Não sei se por não querer aborrecer-se “descendo” ao
filho, se por falta de argumentos ou razão, quando lhe convinha, arrumava-me
com o final da conversa decretado do cimo da sua autoridade maternal.
O amor que
sempre lhe tive – e tenho – nunca me permitiu levar-lhe a mal a recusa de
regras que, para mim, eram cristalinamente estabelecidas: se tinha razão, não
deveria convencer-me do meu erro e fazer valer as suas próprias opiniões?
Bem sei que
a minha mãe nunca foi participante de qualquer espaço de discussão como, por
exemplo, a Voz da Girafa, sítio em que teria de alijar todas as autoridades
discricionárias - maternais, intelectuais ou outras - sobre os restantes.
Pessoalmente, não tenho de lhe perdoar a sua postura comigo e até compreendo a
posição que assumia quando de mim divergia. O mesmo não diria eu na sua
eventual posição de escritora-leitora de cartas para os jornais, que nunca o foi. Aliás, penso
que se se tivesse metido nestas “andanças”, não necessitaria que lhe lembrassem
de que expor aqui as suas opiniões acarretaria não apenas as loas de quem com
ela concordasse como, evidentemente, os remoques de quem não partilhasse o seu
pensamento. E cara alegre!
Neste passo,
ocorre referir que haverá quem esteja a pensar a que vem tudo isto. Haverá
também quem me acuse de estar a mandar “indirectas”. Desiludam-se, que, para
bons entendedores, são mesmo “directas”. Já, como no Brasil.
E venham as
críticas. A todas responderei, menos às insultuosas.
XXIX Cimeira Ibérica
Nesta cimeira ibérica ‘tudo vai ficar como dantes, com o
quartel-general em Abrantes’ .
Assim, Almaraz que no seu ventre tem satanás, ainda terá um
armazém de resíduos tóxicos muitíssimo mais perigosos do que aqueles que
levaram à destruição do Iraque.
Por outro lado, a nossa usurpada Olivença e seus territórios
continuam na posse estrangeira, sem que se discuta, entre gente de bem, a sua resolução.
Finalmente, no tempo de todos os afectos, ainda existe gente
que se ri com a nossa cara.
Pobre Pátria que tais filhos tens, que pouco te defendem,
deixando-te nas mãos de gentes sem palavra, que podem levar-te para caminhos
perigosos e de desonra.
José Amaral
Idiossincrasias
Se reagem com grande desproporção
Porque alguém discorda do que dizem
Por bem pequena coisa se afligem
Como se pudessem ter sempre razão...
Carece de sentido tal presunção
Não é por que discordam que agridem
Deixem para lá se os contradizem
Não está a honra em competição.
No tom é que se deve ter cuidado
Não custará nada ser educado
Pelo menos a quem é boa pessoa…
Aos que gostam mais da luta de galos
Melhor é desistir de enfrentá-los
Ser honesto com o que se apregoa!
Amândio G. Martins
Orgulho nas novas gerações!
Tinha começado a senti-lo na terça, repeti-o reflectidamente no sábado, falei dele com uma filha minha no domingo e corroborei-o no fim deste mesmo dia de ontem, O quê? No meu orgulho nas novas gerações!
Ao visitar a Urgência Pediátrica do hospital onde trabalhei, deparei-me com duas jovens especialistas a quem pude observar no desempenho das suas funções. Que categoria! No saber, no saber fazer, na personalidade desenvolta, enfim , um regalo e um orgulho para quem já as conhecia como internas. E só pensei: mas elas ( e muitos outros) sabem muito mais que eu e com uma honestidade intelectual espantosa!
No sábado vi e ouvi o nóvel "Coro Lira" onde canta essa minha filha, já "quarentona". O coro "são três": infantil, juvenil e adulto. E, sob a "batuta" duma jovem senhora na casa dos vinte e poucos. Cada um actua por si e conjuntamente, os dois primeiros numa coreografia teatral. Uma delícia! E a maesrina? Que criatividade, que saber, que simplicidade!
Termino com o que ouvi a Daniel Oliveira, ainda emocionado, no "Eixo do Mal" por mim rebobinado. Elogiando uma manifestação de adolescentes numa escola secundária de Faro que protestava em defesa de duas colegas lésbicas ( ou em fase lésbica) que teriam sido "ostracizadas" pela direcção.
Três exemplos em poucos dias. Cada um de áreas diferentes e e diversa idade. Em comum, as ideias limpas e uma forma lhana de as mostrar. Parabéns!
Fernando Cardoso Rodrigues
Ao visitar a Urgência Pediátrica do hospital onde trabalhei, deparei-me com duas jovens especialistas a quem pude observar no desempenho das suas funções. Que categoria! No saber, no saber fazer, na personalidade desenvolta, enfim , um regalo e um orgulho para quem já as conhecia como internas. E só pensei: mas elas ( e muitos outros) sabem muito mais que eu e com uma honestidade intelectual espantosa!
No sábado vi e ouvi o nóvel "Coro Lira" onde canta essa minha filha, já "quarentona". O coro "são três": infantil, juvenil e adulto. E, sob a "batuta" duma jovem senhora na casa dos vinte e poucos. Cada um actua por si e conjuntamente, os dois primeiros numa coreografia teatral. Uma delícia! E a maesrina? Que criatividade, que saber, que simplicidade!
Termino com o que ouvi a Daniel Oliveira, ainda emocionado, no "Eixo do Mal" por mim rebobinado. Elogiando uma manifestação de adolescentes numa escola secundária de Faro que protestava em defesa de duas colegas lésbicas ( ou em fase lésbica) que teriam sido "ostracizadas" pela direcção.
Três exemplos em poucos dias. Cada um de áreas diferentes e e diversa idade. Em comum, as ideias limpas e uma forma lhana de as mostrar. Parabéns!
Fernando Cardoso Rodrigues
A 29 de Maio - Dia Mundial da Energia
A 29 de Maio, assinala-se, todos os anos, o Dia Mundial da
Energia. Este dia foi criado para sensibilizar as pessoas e os líderes mundiais
para a necessidade de poupança de energia e para a promoção das energias
renováveis mais amigas do ambiente, em substituição das energias fósseis
altamente poluentes e prejudiciais para a própria Vida na Terra.
domingo, 28 de maio de 2017
GLÓRIA AOS VENCEDORES DA TAÇA DE PORTUGAL,QUE FOI O BENFICA, E HONRA AOS VENCIDOS QUE FOI O VITÓRIA SPORT CLUBE
Glória aos vencedores e honra aos vencidos, é o melhor título e o mais adequado e lógico, para esta final digna de dois grandes emblemas do futebol português, que tiveram o “fair-play” de se terem, contudo no meio, houve um ou outro lanço menos correcto, próprio das contingências do próprio calor do jogo, mas que se souberam respeitar mutuamente, perante uma enchente de público, dos dois clubes que estiveram presentes, e que encheram de cor e festividade, própria de uma final, e de assinalar o facto, do mesmo público, que não viraram costa à chuva que se fez sentir praticamente em quase todo o jogo e foi um público de ambos os conjuntos extra mamente correcto, nesta final de Taça de Portugal, realizada no Estádio Nacional (Jamor), em que, o clube das “águias” saiu vencedor, depois de ganhar aos vimaranenses por 2-1, conquistando assim a sua 26.ª Taça de Portugal, em 36 presenças. Destaque e de referir o facto e de registar, as seis presenças do clube do Vitória Sport Clube, na final da Taça de Portugal, nas épocas de 1962/63, derrota com o Sporting CP, derrota com por 0-4; na época de 1975/76, derrota com o Boavista por 1-2; na época de 1997/98, derrota com o FC Porto por 0-1; na época de 2010/11, derrota de novo frente ao FC Porto por 2-6; na época de 2012/13, os eu ponto mais alto desta competição com a vitória nesta competição, sobe o comando do técnico Rui Vitória, frente ao SL Benfica por 2-1, e hoje a sua sexta presença nesta final e derrota frente ao SL Benfica por 1-2, agora sobre o comando do seu ex-técnico, o mesmo Rui Vitória.
Pelo desempenho, entrega total ao jogo e pelo profissionalismo dos jogadores comandados pelo técnico Pedro Martins, porque qual o motivo de não ter havido duas taças, pois os jogadores do Vitória Sport Clube, eram bem merecedores, de terem levado para a cidade Berço da Portugalidade, um troféu, mesmo mais pequeno que fosse, era um prémio justo.
Foi uma final correcta, que foi o mais importante e que registo com agrado.
(Texto-opinião, publicado na edição online, secção "Escrevem os Leitores" do
Jornal RECORD de 30 de Maio de 2017)
(Texto-opinião, publicado na edição Nrº. 46291 do Diário de Notícias da Madeira de 01 de Junho de 2017)
(Texto-opinião, publicado na edição online, secção "Escrevem os Leitores" do
Jornal RECORD de 30 de Maio de 2017)
(Texto-opinião, publicado na edição Nrº. 46291 do Diário de Notícias da Madeira de 01 de Junho de 2017)
MÁRIO DA SILVA JESUS
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