O SPORTING CP VOLTA AO FIM DE 7 ÉPOCAS A ESTAR PRESENTE NUMA MEIA-FINAL DA TAÇA DA LIGA

Com a realização da 3.ª jornada do Grupo B , referente à 11.ª Edição da Taça da Liga/CTT, e perante o empate de 1-1, alcançado no Estádio do Restelo, frente ao CF “Os Belenenses”, o Sporting CP terminou este grupo em 1.º lugar, e está assim apurado para disputar no próximo mês de Janeiro de 2018, a final four da Taça da Liga/CTT, no Estádio Municipal de Braga.

Depois de na época de 2007/08, na 1.º edição da Taça da Liga/Carlsberg, disputada no Estádio do Algarve, ter sido finalista vencido pelo Vitória Futebol Clube, com o resultado no final do tempo regulamentar a registar um nulo, foi vencido após a marcação de g.p. por 2-3.

No ano seguinte, isto é, na época de 2008/09, na 2.ª edição da Taça da Liga/Carlsberg e no mesmo cenário no Estádio do Algarve, novamente finalista vencido desta vez frente ao SL Benfica, e de novo no tempo regulamentar a registar um empate 1-1, tendo perdido no desempate por g.p. por 2-3.

De realçar o facto do Sporting CP, não disputar uma meia-final desta competição, há precisamente 7 épocas, as últimas das quais foram em 2009/10 e 2010/11, esta com a dominação de Taça da Liga/Bwin.

Está assim igualmente de parabéns o seu técnico Jorge Jesus, que depois de vencer esta competição, aquando ao serviço do SL Benfica, nas épocas de 2009/10; 2010/11; 2011/12; 2013/14 e 2014/15, tem no próximo ano em pleno Estádio Municipal de Braga, todas as hipóteses, de trazer para Alvalade um ambicioso troféu que este clube nunca conquistou, estando presente as duas primeiras finais em que foi derrotado

De registar e lamentar o que aconteceu já na 2.ª parte do encontro do Estádio do Restelo, entre colegas da mesma profissão e ainda pior do mesmo clube, que se desentenderam-se em pleno jogo, foram eles Fábio Coentrão e o argentino Marcos Acuña, felizmente senado por William Carvalho. Contudo esta situação não tira o devido brilho ao Sporting CP, que procura este troféu desde de sempre, para embelezar o seu museu.

(Texto-opinião, publicado na edição Nrº. 46505 do Diário de Notícias da Madeira de
  02 de Janeiro de 2018)

MÁRIO DA SILVA JESUS

Não é para menos...

Ouvi hoje, na Antena 1, com estes que a terra há-de comer (nem que seja em cinzas), no programa Visão Global, um politólogo português radicado na América do Sul relatar que, numa estação de televisão da Arábia Saudita, em programa equivalente ao nosso “Prós e Contras”, se discutiram as vantagens de se executarem as pessoas por decapitação em guilhotina ou por enforcamento. Tudo com o pano de fundo da produtividade e rentabilidade de cada um dos métodos. Fiquei siderado. Sem fôlego e… sem palavras.

SATÂNICO

És mau, Pedro. Vingativo. Tens a maldade necessária. Não és Jesus. Tens um lado satânico. Tens o amor e a maldade, como Nietzsche preconizava. És de Zaratustra e de Che Guevara. De Bakunine e de Netchaiev. Destruir para construir, é o teu lema. Por isso bebes do cálice. Por isso celebras com as tuas amigas, as verdadeiras. Não as que dizem coisas de ti nas tuas costas. De qualquer forma, não vieste fazer uma vida normal. Vieste cumprir uma missão como Artur de Camelot. Não te preocupes tanto com os pequenos, Pedro, eles mercadejam. Só estão preocupados com a vidinha. Enfim, escuta as tuas conselheiras. Deixa os partidos. Esses só falam de economia. Afasta-te, Pedro. Tu não és deles. Tu seguiste o caminho do solitário, o caminho que conduz a ti mesmo. Pode ser que hoje encontres a tua amada. Vieste para isso. Para algo mais. Amanhã aguardam-te novas conquistas. E a propósito: nada tens contra os cães. A imbecil é tão imbecil que não percebeu. E insistiu. E pagou. Como a outra. A Paulinha. Há gajas que são umas tontas. Ai, Jim. Ai, Zaratustra. Ai, Fidel. Comandante Fidel. Como eu rio. Como eu sou divino. Contudo, cuidado, a parada ainda não está ganha. Há cuscas em todo o lado. Inimigos. Trumps. Putins. Merceeiros. Moedeiros. E depois há os que estão a meio, os "indecisos", os que jogam com os dois pés, como dizia o meu pai, o meu querido pai. Também esses se podem voltar contra ti. Está alerta, companheiro, camarada. Confia nos teus. Mas vive. Vive livremente. Sem castrações, sem amarras. Continua a demanda. A sagrada demanda. Estamos, de novo, nos tempos de Artur e Merlim.

CRESCEI E MULTIPLICAI-VOS!

Ouço o comboio ao longe. Um carro na rua. A mesa das festas. A amiga que acolhe. A miúda que me encanta, que me enlouquece. Os seios. Os grandes seios. O abraço. O sexo. O coração que bate. Tantas noites à procura. Crescei e multiplicai-vos. Fecundar a fêmea. Fundar a própria tribo. Estou às portas dos 50. As barbas estão brancas. A noite. O sonho. A ressaca.

A PIOR CRISE HUMANITÁRIA DO MUNDO

Sabem qual é a pior crise humanitária do mundo? Não sabem, não é verdade? São tantas...Eu também não sabia, até há dias. Não sabia que é assim que a ONU classifica o que se passa atualmente no Iémen. Embora já soubesse que acontecia ali uma imensa tragédia, não porque o tivesse lido, visto, ou ouvido em pormenor aí nos principais órgãos de informação. Esses, estão mais virados para outras “tragédias” como seja a das broncas no futebol. São horas e horas só de debates. Como sabem. Muito mais do que o tempo reservado para a transmissão dos jogos. Bem! Mas voltemos ao Iémen. Olhem, como talvez a maioria não leia o semanário (aquele, cujo nome é sobretudo citado todos os anos aí em princípios de Setembro…) que me pôs a par desta e de outras tragédias a que os outros pouco ou nada ligam, façam uma pesquisa na Net e leiam, por exemplo, a entrevista que o jornalista José Manuel Rosendo, faz a um ex general iémenita para o seu blogue “ Meu Mundo Minha Aldeia” e vão ver porque é que as agências da ONU, UNICEF, OMS e Programa Alimentar Mundial (PAM), classificam o que se passa naquele país como “um sofrimento humano inimaginável”.

Quem é o principal responsável direto por esta imensa tragédia? É a maior potência regional; a Arábia Saudita. Vejam lá que “coincidência”!A principal cliente de armas dos EUA. Depois de bombardeamentos intensos que não pouparam hospitais, pontes, bairros sociais, etc. impõe um apertadíssimo bloqueio que para além de alimentos até medicamentos não chegam àquele infeliz e esquecido povo. Portanto, grassa não só a fome como a cólera. As duas, mais a guerra imposta, já causaram milhares de mortes e muitas mais causarão. A ONU, impotente, limita-se a fazer apelos que a tão badalada Comunidade Internacional (leia-se EUA, UE e a sua NATO) não só fazem ouvidos de mercador, como fornecem as mortíferas armas.

A Arábia Saudita, é também, como se sabe, um dos países mais retrógrados e obscurantista do mundo, onde se pratica uma justiça medieval, com apedrejamentos, chicotadas, pena de morte e onde a mulher é tratada como um ser menor. Por isso, a bicampeã mundial de xadrez, a ucraniana Anna Muzychuk se recusou a participar no campeonato mundial daquela modalidade que lá decorre. Atitude tão digna, exemplar e importante, também tão pouco divulgada...

E pronto, agora nesta quadra em que tantos andamos tão empanturrados, mais algumas e alguns ficam a saber que no Iémen, quase 20 milhões vão morrendo à fome, à falta de assistência e à indiferença dos criminosos e hipócritas que mandam no mundo. Mais algumas e alguns, ficam a saber, dito pela própria ONU, qual é a PIOR CRISE HUMANITÁRIA DO MUNDO.

Francisco Ramalho

Corroios, 31 de dezembro de 2017

Um 2018 o melhor possível para todas/os!

Abraço em lágrimas

Autênticas lendas da NBA, Earvin Johnson e Isiah Thomas nunca jogaram na mesma equipa, sendo sempre rivais desportivos; todavia, fora da competição, foram grandes amigos.

Até que, em 1991, Magic Johnson anuncia ao mundo ser portador do virus da sida, resultado, ao que então informou, de uma escapadela com uma desconhecida, quando passava férias em Espanha.

Recordo que, nesse tempo, a ignorância conotava aquela infecção excusivamente com a homosexualidade, e que era um castigo divino por isso mesmo;  e Isiah Thomas, como se já não bastasse ao amigo o drama que vivia, teve a triste ideia de fazer um comentário homofóbico que muito feriu Magic Johnson, que deixou de considerar Thomas seu amigo e com quem cortou todas as relações.

Talvez porque a idade dá das coisas outra perspectiva, passados quase trinta anos abraçaram-se, choraram e fizeram as pazes, comovendo também os circunstantes. Não sei quem tomou a iniciativa, e talvez Thomas não tenha feito mais que um comentário de mau gosto, num momento menos feliz.

De qualquer forma, penso que Magic Johnson terá concluído que aquela atitude do amigo não foi motivada por defeito de carácter; terá sido apenas uma brincadeira que lhe saíu mal, porque as falhas de carácter não têm remédio, tornando impossível qualquer convivência.

Amândio G. Martins

Marcelo

Não votei no actual Presidente da República, o que me dá grande à-vontade para dizer certas coisas. Trabalhador incansável – quem corre por gosto não cansa –, deve considerar que o repouso é pura perda de tempo, o que, como todos sabemos, não é verdade. Penso que assinar promulgações na cama do hospital roça o patético, tanto mais que, felizmente, não estamos em situação de emergência nacional. Não sei se não haverá um dia, no futuro, em que sejamos obrigados a pedir-lhe/exigir-lhe que pare um pouco. Está claro que não o quereremos perder, muito menos por exaustão ou falta de cuidados.

A 31 de Dezembro de 1917, nasceu o professor universitário António José B. Saraiva

A 31 de Dezembro de 1917, nasceu, em Leiria, o professor universitário e ensaísta e historiador de literatura portuguesa, António José Baptista Saraiva. Entre as suas obras mais conhecidas, poder-se-ão citar as seguintes: O Crepúsculo da Idade Média em Portugal, História de Cultura em Portugal e História da Literatura Portuguesa, esta última em parceria com Óscar Lopes.

Faleceu a 17 de Março de 1993, em Lisboa. 

A culpa é da dislexia

06/10/2017

Bom dia a todos!!

Venho, desta forma, comunicar-vos que deixarei de tomar a iniciativa de organizar Encontros e outros eventos e mesmo de recrutar elementos para o Blog, já que outros projectos mais altos se levantam nesta altura da minha vida.

Gostaria de entregar a responsabilidade ou o testemunho a quem estiver interessado em dar continuidade a este projeto de dar voz ao cidadão, nomeadamente àquele que intervém pela escrita no Espaço do leitor e redes sociais .

 Quem leva este projecto em frente?

com os melhores cumprimentos
Céu Mota

26/12/2107

boa tarde!

espero que o Natal tenha sido feliz e em paz para cada um de vós!

Há um tempo para tudo...

Passados 5 anos (incompletos) da criação deste blogue , venho despedir-me definitivamente deste meio de comunicação, mas, espero, não das pessoas que o ajudaram e ainda alimentam esta ideia.

Cada vez acredito menos nas redes sociais e, como tal,  o entusiasmo esmoreceu-se e não tenho mais energia para continuar. Deixo , pois , de ser administradora d'A Voz da Girafa . Este blogue já conta com outros administradores que poderão dar continuidade ao projecto : José Rodrigues e Ricardo André. 

Estou cansada de ver e ler ofensas e insultos entre membros do mesmo grupo - não entendo.

Como escreveu a jornalista do JN, ontem , dia de Natal, "A arte da conversa olhos nos olhos começa a perder-se"  ( https://www.jn.pt/inovacao/interior/lenha-para-a-vaidadeesforco-no-fact-checkingo-que-andao-facebooka-fazer-a-nossa-sociedade-9008777.html ) - 

e é nisso que acredito ainda mais agora e em que quero apostar e investir! Tentarei escrever mais, mas para os jornais , se tiver tempo!

Por isso, continuo fã da ideia do Encontro com as pessoas, olhos nos olhos. Que se faça o 5º Encontro Nacional de Leitores , desta vez no Porto (tudo aponta para 17 de março na Unicepe) ! 

Apoio José Rodrigues, Vila Nova de Gaia (e todos os que a ele se juntarem ) na organização do evento (endereço eletrónico em cima). 

Um abraço, 

Céu Mota 

 27/12/2017

Para justificar o final do meu texto “Afinal o meu dedo mindinho adivinha mesmo” e por uma questão de sigilo pois pensava que os emails divulgados acima eram pessoais, aproveitei os dotes do dedo mindinho oferecendo-lhe os louros de tais adivinhações. No entanto, passadas poucas horas a fundadora e ex-administradora deste blog, D. Maria do Céu Mota (penso não estar errado) comentou: “não bati com a porta”. Confesso que este desmentido me deixou confuso e que me obrigou a rele-los várias vezes até que reparei que afinal os mesmos não eram pessoais e só por isso aqui os coloco e peço-lhe desculpa por ter entendido mal as suas mensagens – aquilo era o que se chama um bater com a porta. Não entenda isto como desculpa, mas como sou portador de dislexia, tenho limitada a capacidade de ler, escrever e compreender textos restando-me uma satisfação: Leonardo da Vinci, Albert Einstein, Picasso e outros génios também tinham o mesmo problema.

Aproveito a oportunidade para pedir mais uns dias ao André para lhe responder, mas o seu último comentário faz-me lembrar, no que diz respeito a trapalhadas, o antigo Primeiro-Ministro Santana Lopes e o actual que desde Junho a esta parte lhe faz concorrência. Diz o que eu não disse e não diz o que eu disse. Depois explico, mas nesta altura do ano, o serviço duplica e nem cartas para a imprensa tenho enviado.

Justificação

Não faço segredo de que não proponho aos dois periódicos de que sou leitor a publicação das mesmas cartas-textos. Não tenho nada contra quem dissemina por diversos órgãos os mesmos textos, mas, imaginando-me na posição dos responsáveis dos jornais nessas circunstâncias, penso que me sentiria incomodado, como que traído, perante essa situação. Acontece que, hoje, fui surpreendido com a publicação pelo Expresso de uma carta minha que já tinha sido dada à estampa no Público de 26 de Dezembro. Para não ser apodado de incoerente, explico-me: diz-me a experiência que o Expresso, sendo um hebdomadário, nunca publica qualquer carta em edição subsequente àquela em que já tinha em seu poder os textos que antes lhe enviei. Pelo menos até hoje, sempre assim foi comigo, o que me leva a, nesses casos, me sentir desobrigado e poder dispor do texto como melhor entenda. Verificando que o texto que enviei ao Expresso em 21/12, não foi publicado na edição de 23/12, remeti-o ao Público em 23/12. E o mesmo acabou por ser publicado nos dois jornais. Acontece.

É assim mesmo campeã!

Anna Muzichuck (AM), campeã do mundo de xadrez em duas variantes, recusou-se a ir à Arábia Saudita defender o título, por abominar as regras que aquele país impõe à mulheres, mesmo aquelas que, como ela, lá vão trabalhar ou jogar qualquer competição. Quer transformá-las em "criaturas menores" (sic), diz AM.
Percebo muito bem a sujeição, inclusive no modo de vestir, que as mulheres aceitam quando para lá vão trabalhar. Isto porque é muito fácil criticar os outros mas "ganhar a vida" é difícil e nunca da minha boca sairá uma palavra de crítica que só poderia ser tomada por uma "bravata" vinda de fora.
Mesmo a esta campeã a perceberia se fosse disputar o campeonato. Colocaria uma "burka" ou similar, ganharia aquele ou não  e regressaria "fazendo um manguito" aos "gajos", inteira e orgulhosa da sua personalidade. Agora o que a distingue no carácter é prescindir do título, denunciar os "senhoritos" sauditas  e assim dizer-lhes nas "ventas": não cedo! Juntando-lhe provavelmente um sonoro "ide para o c...-lho"!

Fernando Cardoso Rodrigues

Terra de ninguém

Acabaram os velhos lavradores

Que cultivavam todos os bocados

E onde havia jardins encantados

Só restam hoje matagais sem flores.

Trocaram os lindos bois por tractores

Já enferrujam os velhos arados

Mas só pioraram os resultados

E o tal progresso gerou horrores!

Assim andam as terras maltratadas

A cada ano mais mal trabalhadas

Tão desviadas andam as vontades;

Poucos são os que dão amor à terra

Ignorantes do valor que encerra

Distraídos noutras actividades

Amândio G. Martins

A 30 de Dezembro de 1972, católicos organizam na Capela do Rato, a vigília "A Paz é Possível"

A 30 de Dezembro de 1972, a pretexto das celebrações do Dia Mundial da Paz, um grupo de católicos organizam na Capela do Rato, em Lisboa, a vigília "A Paz é Possível", onde é aprovada uma moção repudiando a política de guerra colonial do regime.

As comissões bancárias são um assalto!

A manifesta incapacidade e conivência do Banco de Portugal, dirigido pela incompetente actuação do seu governador, tem deixado em roda livre os bancos usarem e abusarem do nosso (parco) dinheiro, a bel-prazer. Cobram-nos comissões de manutenção por lá termos o nosso dinheiro disponibilizado!, sem prestarem quaisquer serviços… O nosso salário/pensão ou reforma tem - o sistema assim impôs - de ser depositado no banco, sem alternativa. Não temos direito a migalhas de juros remunerados e as comissões repercutem elevadas quantias pagas no final do ano. Recepcionam o nosso dinheiro, vendem-no com elevados juros, ganhando milhões de euros e nós continuamos a pagar comissões. Quantos milhões de portugueses estão nesta mais que injusta situação? - Mais quem muitos! 

   Tudo isto prefigura um desvio abusivo e lesivo do nosso dinheiro. Sentimo-nos assaltados e desprotegidos… 

   A banca comporta-se como um Estado dentro do nosso Estado, também falido de seriedade e equidade.

   A banca é inimputável! Até quando?…

                                            Vítor Colaço Santos

Patrões e UGT querem manter na lei laboral as alterações gravosas do PSD/CDS

Para a UGT, segundo Carlos Silva, seu secretário-geral, em entrevista no Jornal Negócios de 18 de Dezembro, «era importante que a lei laboral ficasse inalterada».
Na reunião da concertação social de 19 de Dezembro, as confederações patronais, CIP, CCP, CAP e CTP, foram pedir a «manutenção do quadro legal vigente em matéria laboral». 
O CDS apreciando a mensagem natalícia do primeiro-ministro, através do deputado João Almeida, afirmou que «era importante que tivesse havido um compromisso de estabilidade na legislação laboral, e não houve».
UGT, confederações patronais e CDS defendem com unhas e dentes, a manutenção das alterações gravosas à legislação laboral do anterior governo PSD/CDS, que entraram em vigor a 1 de Agosto de 2012, que acabaram com feriados e três dias de férias, atacam a contratação colectiva, facilitam despedimentos e reduzem o valor das indemnizações, diminuem substancialmente o pagamento de trabalho prestado em dias de descanso, feriados e trabalho extraordinário, acabando ao mesmo tempo com o respectivo descanso compensatório.
Por força de compromissos do PS com PCP, BE e Verdes, no âmbito da legislação laboral, apenas foram repostos os feriados e descongelada a actualização do salário mínimo, não sendo revogadas as normas gravosas introduzidas por PSD/CDS que permitem a caducidade de contratos colectivos, facilitam e embaratecem despedimentos e desregulam horários de trabalho.
Não se vislumbra por parte de PS e do seu Ministro Vieira da Silva disponibilidade para contrariar as pretensões de UGT, CIP, CCP, CAP e CTP, para não serem revogadas as medidas laborais do PSD/CDS que retiraram e diminuíram direitos e rendimentos. Só a mobilização e luta dos trabalhadores poderá criar condições para que tal aconteça.

O patriotismo é um nacionalismo?

No passado dia 21 publiquei aqui no blogue um texto -" Patriotismo e Nacionalismo" - que, no mesmo dia, veio no "Cartas ao Director" do PÚBLICO. Mereceu, no primeiro local, pouco interesse, dadas as 11 visualizações e os zero comentários. No segundo, não faço a mínima ideia.
Dito isto, não voltaria ao assunto se, no "ípsilon" de hoje, António Guerreiro (AG) não voltasse ao assunto com "O patriotismo dos outros", Começando por se dizer "do lado" de Rui Tavares (RT), distinguindo patriotismo de nacionalismo, a benefício do primeiro, entra depois numa análise histórica e erudita da origem e significado das duas palavras, em que acaba por deduzir que, resumindo, o patriotismo é o "bom nacionalismo". Como não dominava esse aspecto que aprendi com AG, vou-me calar, embora.... nos conceitos  divergentes de RT e do trio (quarteto?) de académicos eu esteja do lado primeiro, com laudos ao patriotismo e muitas reservas quanto ao nacionalismo. Se os dois são "um só" em bocas diferentes, confesso que apetece dizer que não sou... "nada". Porquê? Porque de nacionalismos estou farto, pelo histórico e pelo que vou vendo tristemente no presente. Isto enquanto gritei por Portugal quando ganhou o Europeu de futebol... e gosto da ideia da Europa dos cidadãos.

Fernando Cardoso Rodrigues 

Mais uma onda para surfar

Somos useiros e vezeiros a expender juízos “à primeira”, mas convém não cavalgar as ondas de qualquer forma, mesmo quando parecem fáceis. Depois do financiamento dos partidos, ocorre-me que o assunto Santa Casa/Montepio possa estar, também, a ser alvo de “facilidades” de raciocínio. Esclareço que não tenho informação privilegiada sobre o assunto, pelo que as minhas dúvidas não passam disso mesmo, dúvidas. Certezas, não.

Limito-me a apontar que há certas “más-línguas” – ao que parece, essas bem informadas - que insinuam que a resistência da direita à entrada da Santa Casa no capital do Montepio se deve única e exclusivamente ao desejo encapotado de forçar esta instituição mutualista a dar guarida a capitais privados. Há muitas maneiras de privatizar e, a serem verdade essas insinuações, talvez a rejeição generalizada da aplicação financeira da Santa Casa possa ser vista sob outros ângulos.

Uma questão de pernil

29 DEZ 2017 / 02:00 H.

Ao que se sabe, a porca torceu o pernil e não chegou ao destino desejado neste Natal. Talvez que tenha sido desviado para Copacabana, aonde junto à beira-mar, costumam ver-se em passo de corrida, uns belos pares de pernis bronzeados, que nos fazem espumar pela boca e arregalar a pestana. Na Venezuela bolivariana, Maduro também espuma pelo bigode e vocifera pelos dentes, por Portugal ter-lhe passado uma rasteira e retirar-lhe o cumprimento da promessa de levar à mesa do seu povo, o pernil prometido e tradicional nesta quadra festiva e muita cristã. Portugal parece ter enfileirado no boicote camuflado àquele país, mais produtor de petróleo do que de suínos, embora os lá haja semelhantes aos nossos. Pensa-se ainda que tal problema provocado ao líder Nicolás Maduro, tenha sido por uma questão de contas bloqueadas para pagamento da encomenda feita a tempo e horas. Portugal é por sua vez um país muito cristão, e seria incapaz de por um povo à míngua, retirando-lhe o pão da boca, quando por cá ele sobra e até é deitado ao lixo. Pelo nosso país, não há gente com fome. Há necessitados. Mobilizam-se portugueses junto dos grandes mercados, para angariar alimentos e depois doá-los, mas tudo não passa de um entretenimento natalício ou de ocasião. E são tantas e fartas dádivas, que não tendo a quem as dar, deitam-nas aos contentores do lixo, como aconteceu com um monte de bolos-rei. É certo, que no envio por barco, do pernil esperado na Venezuela, já não podia ter sido despachado junto, tal achado, para ser distribuído gratuitamente aos famintos do lado de “cima do equador”, e a banhos no Caribe, ou em protestos na rua e com o fogo pronto. Com a sabotagem ou outra manobra política, feita por Portugal, o povo venezuelano arrisca esticar o pernil, e apenas com tempo de celebrar com raiva, o credo sonhado e a santa unção ao próximo. Viva a solidariedade!

-(*hoje no DN.madª)
-(publcdº no PÚBLICO.31/12/017)

  

OUTRAS NOTÍCIAS

Fácil de mais surfar essa onda

Vai por aí o “fim do mundo” só porque uma maioria de deputados, de vários partidos, terá aprovado uma lei de financiamento “exorbitante”, às escondidas, como se não fôssemos sempre nós, de uma forma ou de outra, a pagar os custos da Democracia.

Não embarco nesse “folclore” por várias razões, a principal das quais é que, não sendo os partidos entidades com fins lucrativos, a isenção de IVA, deixando-lhes mais dinheiro, pode e deve reduzir também a necessidade de financiamento no erário público.

Assim, o que me parece importante é que as contas não ofereçam dúvidas: de onde vem o dinheiro, quanto entrou, quanto se gastou, se são cumpridos os orçamentos apresentados. É sabido que os dois maiores partidos, que se alternam no Poder, não são nada poupados nas diversas campanhas. Todavia, de um, diz-se que tem enormes dívidas; do outro, que tem os cofres cheios.  Será interessante saber qual a sua fonte de financiamento extra...

É frequente usarem o argumento da “Festa do Avante” como sendo um “negócio da China” para o PCP; ora, se têm inveja façam o mesmo, se forem capazes, que as regras que o permitem estão aí para todos os outros

Dirigente de uma organização com um cadastro indecoroso nesta matéria, a D. Cristas tenta colher dividendos de não ter oportunisticamente assinado o entendimento; Nuno Melo, em mais um dos seus panfletos das quintas feiras no JN, faz o mesmo, como se não fossem bem conhecidas as trafulhices do partido em que são figuras de prôa...

Amândio G. Martins

MESMO COM UM MAU INICIO DE ÉPOCA, RUI VITÓRIA AINDA PASSOU O NATAL NO BENFICA

Depois de nas últimas quatro épocas, o SL Benfica, ter ganho praticamente todas as provas onde participou, a nível interno. Primeiro através do comando do técnico Jorge Jesus que na época de 2013/14, venceu a I Liga, depois de um jejum de três épocas em que o campeonato foi morar lá para as “bandas” do Dragão, quero dizer para as cores do FC Porto; venceu a Taça de Portugal, depois de nove épocas em completo jejum; venceu a Taça da Liga e a Supertaça Cândido de Oliveira, onde igualmente este oito épocas nesta prova em”branco”. Na época de 2014/15, igualmente pelo comando do mesmo técnico Jorge Jesus, repetiu a proeza de ter ganho a I Liga e a Taça da Liga.

Na época de 2015/16, agora através do comando técnico de Rui Vitória, o SL Benfica, conquista o tricampeonato, facto que não conseguia desde das longínquas épocas de 1974/75 a 1976/77; ganha a Taça da Liga e a Supertaça Cândido de Oliveira. Na época seguinte ou seja 2016/17, regista no seu historial um dos maiores feitos da história do clube de Cosme Damião, a conquista p;  e ganha pela 7.º vez a Supertaça Cândido de Oliveira.

Na presente época de 2017/18, o SL Benfica, até começou bem a época com a conquista da sua 8.º Supertaça Cândido de Oliveira. Mas. Mas, desde daí praticamente tem sido um autêntico fracasso, senão vejamos, está fora das competições "uefeiras" (Europa); eliminado da Taça de Portugal e da Taça da Liga, todas estas competições no espaço de três semanas. Na UEFA Champions League, regista a pior participação, com 6 jogos e 6 derrotas, chegando assim nesta altura do ano (Natal), apenas a lutar para uma prova, que é a I Liga NOS, seguindo em terceiro lugar a três pontos dos dois primeiros classificados, que são o FC Porto e o Sporting CP.

A situação que os comandados do técnico Rui Vitória, estão a passar neste início de época, não acontecia há precisamente 15 anos, quando na época de 2002/03, com o Professor Jesualdo Ferreira no comando técnico e após o SL Benfica ter sido eliminado da 4. Eliminatória da Taça de Portugal, em pleno Estádio da Luz, pelo “secundário”, Gondomar Sport Clube, fundado em 1 de Maio de 1921 por 0-1, no dia 24 de Novembro de 2002, tendo o citado técnico sido despedido não chegando como tal, ao Natal desse ano.

No caso deste muito mau início de época do SL Benfica do técnico Rui Vitória, este parece que fugiu ao sindroma do tão conhecido termo, passar o Natal, em “casa”, mas ao que tudo indica, irá continuar no comando do SL Benfica, até quando? Será que iremos esperar pela próxima jornada a número 16, no dia 3 de Janeiro de 2018, no jogo em que os “encarnados”, irão defrontar o seu velho rival e seu vizinho da segunda circular o Sporting CP e para a continuação de Rui Vitória no SL Benfica, está em causa o resultado que o Benfica fizer de positivo. Contundo mesmo com um mau início de época, Rui Vitória, ainda pelo menos passou o Natal em “casa”.  

(Texto-opinião, publicado na edição Nrº. 46501 do Diário de Notícias da Madeira de
  29 de Dezembro de 2017)
(Texto-opinião, publicado na edição online, secção "Escrevem os   Leitores"    do Jornal RECORD de 29 de Dezembro de 2017) 

MÁRIO DA SILVA JESUS