segunda-feira, 30 de agosto de 2021

F I G O (fruta 3)

A figueira terá sido das primeiras plantas a ser cultivadas pelo homem e na idade da pedra. A figueira-comum poderá atingir cerca de oito metros de altura, a sua origem situar-se-á na região mediterrânica e foram introduzidas na península ibérica pelos árabes. A figueira adapta-se bem ao clima português. O figo comestível é o fruto da figueira-comum. Os figos são carnudos e suculentos, podem ter no seu interior uma cor amarelada-esbranquiçada e roxa e a sua pele tem tons verdes ou roxos, são altamente energéticos e ricos em açúcar. A sua época é de Junho a Setembro. O figo também é bastante apreciado em doce e compota. Segundo a Bíblia, a figueira existiria no Paraíso, tendo Adão recorrido às suas folhas para se cobrir quando descobriu que estava nu. Turquia, Marrocos, Egipto e Argélia são os maiores produtores mundiais de figos; na Europa, é a Espanha.

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

AFEGANISTÃO: UMA CATASTRÓFICA SINA PARA PAÍSES OCIDENTAIS

 Orivaldo Jorge de Araújo

Goiânia-Goiás-Brasil, em  27/08/21


GRAVURA PUBLICADA NO JORNAL “O POPULAR”, DE GOIÂNIA-GOIÁS-BRASIL, NO DIA 25/08/21 DE AUTORIA DE JORGE BRAGA.

Existe um velho ditado, “quem planta chuva colhe tempestade”; nesta esteira os Estados Unidos e aliados, responsáveis pela desestabilização do Afeganistão, certamente receberão as consequências de suas nefastas atuações na região. Estes países deveriam serem obrigados a receberem os refugiados, na proporção de seus envolvimentos nesta longa guerra de ocupação do solo afegão.

Para o primarismo tribal deste pais asiático, os Talibãs, ainda são um mal necessário. A cultura de cada país ou bem ou mal deve ser respeitada. O enquadramento desta inóspita e indomável nação de berço do terrorismo, é muito explicável pela própria história, pois, por séculos, todo império dominante sempre considerou terroristas aqueles que se insurjam contra a sua dominação, seja ela de cunho militar, econômica ou religiosa.

Os germanos, ibéricos, francos, entre outros povos, que hoje constituem a moderna Europa, foram tidos como terroristas (bárbaros ou vândalos na época) pelo dominante império romano; os húngaros eram os considerados terroristas pelo império austríaco; os judeus eram os terroristas para os nazistas; hoje os palestinos são os terroristas para os judeus. GUARDANDO AS DEVIDAS PROPORÇÕES, OS JUDEUS FAZEM COM OS PALESTINOS O QUE ALEMÃES FIZERAM COM ELES, e assim por diante.

Agora com este trágico atentado em Cabul, ficou evidente que os Talibãs, agora no poder, já têm seus próprios terroristas, “Estado Islâmico-K ou ISIS-K”.

 Para os países ocidentais que já consideram os Talibãs como terroristas e diante dos fatos aumentaram as preocupações, pois, terroristas de terroristas, significa terroristas ao quadrado (T²), que pela lógica, não será de fácil combate.


quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Solidariedade para com os afegãos

  

Com a tomada do poder no Afeganistão por parte dos

talibans - fundamentalistas armados com 500 anos de atraso,
e assassinos - a questão dos afegãos que colaboraram com a
União Europeia devem ser alvo da solidariedade do Ocidente.
A comoção ao ver muitas mães a entregarem os seus bebés a
soldados, na ânsia de os salvarem, tem de ser acompanhado
com actos de sensibilidade para receber quem quer fugir das
atrocidades sanguinárias dos monstros talibans.
A retórica fascizante da extrema-direita anti-imigração, que tenta
demonizar o acolhimento de refugiados, além de desumana é
criminosa! Tratam-se de seres humanos que fogem da morte...
Se vierem milhares de afegãos, a Europa não será «invadida»,
ao invés, no caso de Portugal serão bem-vindos para combater a
invernia demográfica e pela mão-de-obra. Fazemos bem em ser 
um país de acolhimento e palmas para Jorge Sampaio, mentor
para a recepção de jovens afegãs. A fuga dos afegãos está aí e tem
de ter um final com humanidade, perspectivas de vida e de inclusão.
A Alemanha foi um exemplo de integração de refugiados. 
Quem fala em «invasão», também está comodamente sentado no sofá...
Bem-vindos os que vierem por bem!

       Vítor Colaço Santos 

A CULPA É DO CABRAL!?

 Orivaldo Jorge de Araújo

Goiânia, 26/08/21


Estátua do navegador português Pedro Álvares Cabral, comandante da esquadra que encontrou o Brasil, por mero capricho do vento, foi incendiada e grafitada na madrugada desta terça-feira (25/08/21), no Rio de Janeiro, num protesto contra um projeto de lei (PL 490) que tramita no congresso, com constitucionalidade avaliada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que retira direitos dos povos indígenas.

O Brasil primitivo era habitado por mais 300 povos de diferentes etnias falando cerca de quase 200 línguas distintas, vivam em guerras quase permanentes, dizimando-se uns aos outros. Na grande maioria, a causa dessas desavenças era a falta de entendimento das respectivas línguas, hoje todas as etnias que ainda restam têm uma língua comum, o idioma do colonizador português, embora num formato muito rudimentar.

Todos os acontecimentos no mundo têm seus aspectos positivos e negativos; a colonização portuguesa tende mais para o lado positivo, embora eu tenha muito respeito por quem pensa ao contrário.

Nós brasileiros somos em grande parte portugueses ou descendentes e, como tal, carregamos, para o bem e para o mal, as características dessa cultura que nos constituiu e nos formou enquanto civilização e nos permitiu uma unidade que historicamente parecia ser impossível. Criticar Portugal é nos criticar e vice-versa.


120 anos de BENTO DE JESUS CARAÇA

Bento de Jesus Caraça nasceu a 18 de Abril de 1901, Em Vila Viçosa. A vida e a obra do matemático, professor, homem de cultura e combatente antifascista, constituem um legado que permanece válido para as gerações actuais. Com 28 anos é professor catedrático, sendo uma autoridade em matemáticas superiores. Intelectual e pedagogo fundou a Biblioteca Cosmos, esteve ligado à fundação da Universidade Popular Portuguesa, do Núcleo de Matemática e Sociedade Portuguesa de Matemática e promoveu a educação e instrução populares. O seu grande empenho no desenvolvimento cultural, que identificava com a verdadeira liberdade e com o objectivo de um proletariado culto e educado, está expresso na sua obra «A cultura Integral do Indivíduo, Problema Central do Nosso Tempo». Foi também um destacado militante comunista, desenvolvendo a sua acção sobretudo como dirigente nos movimentos antifascistas, como o Movimento de Unidade Democrática e Movimento Nacional de Unidade Antifascista. Foi perseguido pelo regime fascista, preso pela sua polícia política (Pide) e demitido do seu lugar de professor catedrático no Instituto Superior de Economia e Gestão. Morreu relativamente jovem de doença cardíaca, em Lisboa, a 25 de Junho de 1948. Já depois do 25 de Abril de 1974, a título póstumo, foram-lhe atribuídas duas condecorações nacionais e a Medalha de Prata do Município de Vila Viçosa. A casa onde nasceu, em Vila Viçosa, foi recuperada, sendo a Casa Museu Bento de Jesus Caraça. O seu nome foi dado a uma biblioteca na Moita. Existe uma escola profissional também com o seu nome, ligada à CGTP-IN, com sede em Lisboa e várias delegações noutras cidades (Porto, Barreiro, Guimarães, Seixal, Beja).

quarta-feira, 25 de agosto de 2021

25 DE AGOSTO—DIA DO SOLDADO: LEMBRANÇA DE CIDADÃOS DO ESTADO DE GOIÁS DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. PRESENÇA HEROICA DE UM DIPLOMATA PORTUGUÊS -77 ANOS.

  Nada mais oportuno do que nesta data lembrar a presença de goianos no transcorrer da segunda grande guerra. Tão logo o Brasil entrou no conflito, a partir de julho de 1944, muitos goianos, especialmente os radicados em Catalão e Goiandira, alguns já reservistas e outros ainda prestando o serviço militar no 6º BC em Ipameri, foram transferidos para várias cidades do Estado de São Paulo, onde, a qualquer momento, poderiam ser convocados ao porto de Santos para incorporação à Força Expedicionária Brasileira (FEB) e seguirem com destino à Itália.

   Os de Goiandira eram cinco: Irapuan Victor Rodrigues (Niquiita), Pedro Crisóstomo (Pedro Diária), Dário Martins Teixeira Filho (Darico), Geraldo Porto Tristão e Elias Gabriel Thomé. Somente Elias foi para Santos, mas devido a um problema dentário não recebeu ordem de embarque. Entretanto, posteriormente, como todos os que estiveram na iminência de seguir para o front, foi considerado combatente.

   Pedro permaneceu em Pindamonhangaba, Darico foi para ilha de Fernando de Noranha e Geraldo ficou em Bauru, onde, mais tarde, depois de dar baixa, se casou. Niquita continuou na capital paulista, no bairro Ibirapuera e se tornou ordenança do comandante da corporação.

  Entre os 17 de Catalão estava João Kotinic, que morou em Goiandira, e o bravo soldado Aldemar Ferrugem, morto heroicamente em batalha na Itália. Numa justa homenagem à sua pessoa, o Rotary Clube ergueu um monumento em Catalão, onde há também uma rua com   seu nome, o mesmo acontecendo no bairro Campinas, em Goiânia, com a nova denominação dada à antiga avenida Paraíba.   

   Naquela época, o soldado engajado, ou seja, aquele que não era mais recruta por ter permanecido no Exército após o decurso do prazo do serviço militar obrigatório, recebia um soldo maior, que poderia ser majorado, caso optasse para ficar desarranchado, isto é, tomando refeições fora do quartel. Niquita, que já era cabo, adotou esta opção, por achá-la mais vantajosa, tanto financeiramente como pela qualidade da refeição. Isso, não obstante, foi convidado pelo comandante a tomar suas refeições na cantina dos oficiais. Agradeceu, porém, o honroso convite, dizendo que poderia aceitá-lo um dia ou outro, mas não diariamente, porque não seria justo nem legal, como desarranchado, desfrutar do privilégio. Com isto, a admiração do oficial pelo seu honestíssimo ordenança aumentou consideravelmente.

   Como grande craque de futebol, fez parte do plantel de aspirantes do famoso Palmeiras. Ele atuava como centro-médio (posição do futebol antigo). Era hábil para dar uma traiçoeira cabeceada com a nuca, que surpreendia os adversários, sobretudo o goleiro.

   Depois de deixar o ofício militar, ingressou-se na Rede Ferroviária Federal e trabalhou muito tempo na estação de Goiandira. Mais tarde, já aposentado, faleceu em São Paulo, onde foi sepultado, embora fosse de seu desejo que isso acontecesse em Goiandira. Tempos depois, foi exumado e remetido a esta cidade, numa pequena urna, via ferroviária. Causou um certo espanto, quando funcionários dos Correios receberam um telegrama endereçado a um familiar do falecido, com os seguintes dizeres: SEGUE O NIQUITA NA ESTRADA DE FERRO.

O saudoso diplomata português Aristides de Sousa Mendes, que trabalhou no Brasil, era, durante a segunda grande guerra, cônsul em Bordéus, na França, onde, contrariando ordens do governo de Salazar, praticou o grande heroísmo de dar visto em passaporte de judeus para deixarem o país, livrando-os de cair nas garras dos nazistas, e assim fez jus ao conhecido ditado judaico que diz: “Quem salva uma vida, salva a humanidade".

 Dois filhos deste ilustre diplomata participaram do célebre desembarque das forças aliadas nas praias da Normandia (06/junho/1944—o famoso “Dia D"), que, dando início à libertação da França, marcou o começo do fim da tirania do Terceiro Reich.


 

terça-feira, 24 de agosto de 2021

Talibans há muitos


O chamado “mundo livre” (que nunca saberemos se será assim tão livre) tem a obrigação de fazer todos os possíveis para impedir que os taliban deste mundo, escudados na sua imaginária superioridade moral, armados até aos dentes, para já só de “boas intenções”, nos venham impor normas que não queremos, não porque somos irresponsáveis, mas sim porque somos e queremos ser livres. Custa a entender que, conhecida a história da Humanidade, com exemplos claros do desfecho de tais intenções, ainda haja quem deseje, no seu íntimo, pôr-nos a “pata em cima”, numa demonstração de pureza ideológica que não se afasta dos seus sacrossantos princípios, numa interpretação da Moral que é só deles, porque a dos outros não é genuína. O objectivo declarado é sempre o mesmo: construir uma sociedade perfeita, seja pela eugenia, seja pelas regras comportamentais. Em tempos de pandemia, imagino que gostariam de limitar todas as nossas liberdades individuais. Pois podem começar pelas suas, exercendo o legítimo direito de se isolarem dos outros, evitando assim aquilo que fabulizam ser o “regabofe” que é a nossa vida quotidiana. Bom proveito.


Público - 30.08.2021

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

A Justiça não está cá...

 

 Há um número significativo de indivíduos

malfeitores, que cometeram vários crimes
envolvendo muitos milhões de euros, depauperando
ainda mais esta sociedade deficitária face aos problemas
sociais... Aqueles colarinhos brancos têm nome, mas
nada têm em seu nome, pudera! Ainda assim, há dois
deles que, cada qual, tem uma garagem e um palheiro(!).
Já condenados, para não cumprirem pena conseguiram
muitos milhões de euros de caução... Afinal, têm ou não dinheiro?
A Justiça portuguesa comporta-se de forma inqualificável!
Quem se movimenta bem nos corredores influentes,
tem advogados pagos a peso de ouro e a carteira bem
recheada - nunca vai preso! Sítio, aliás, merecido por 
todos aqueles figurões por direito próprio.
A Justiça, tal qual como o nome indica, não existe 
em Portugal nem está cá... 

Vítor Colaço Santos

domingo, 22 de agosto de 2021

<< A HISTÓRIA TESTEMUNHANDO O PASSADO>>

 Orivaldo Jorge de Araújo

Goiânia-Goiás-Brasil, em 22/08/2021


< UM TRIBUTO AO JUSCELINO KUBITSCHEK [1902-1976] —JK>

UMA FUNESTA LEMBRANÇA DOS 45 ANOS DA TRÁGICA MORTE, DESSE FILHO DE MINAS GERAIS (MINEIRO) A QUEM O BRASIL TANTO DEVE, POR ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO OCORRIDO EM 22/08/1976

 

 A MUSICA ESCOLHIDA, “SAUDADE DE JK”, DE AUTORIA DE MOACIR FRANCO, CANTADA PELO “CORO DOS SERESTEIROS AMIGOS DE JK”, SOB O COMANDO DO MAESTRO MARCELO FERREIRA.





sábado, 21 de agosto de 2021

TEMPOS IDOS E NÃO VIVIDOS

 

Orivaldo Jorge de Araújo

Goiânia, 21/08/21

VÍDEO: “TEMA DE LARA”

FILME: DR. JIVAGO 

          Quando se ouve uma música romântica advinda de um longínquo passado, de uma época em que as canções, além da sonoridade possuíam poéticas composições, tem que se ater a uma realidade, que para muitos chega a doer. São lembranças de algo que não se teve e que nunca se terá, mas que estão esculpidas com marcas indeléveis na linha do tempo, que não se apagam nem com a natural erosão dos neurônios no decorrer de nosso espaço existencial,

Espaço esse, que no mesmo momento em que vai sendo consumido pelas beiradas, na ação deletéria do tempo, no que resta, vai sendo recheado de saudades, que de tantas, se torna difícil de priorizar, entre várias, aquela de que não se quer esquecer.

Não restando dúvidas de que estas melodias não têm mais espaço em uma sociedade embrutecida por divergências de toda ordem, dominada pelo tenebroso fanatismo, que só enxerga erros nos adversários e acertos naqueles que apoiam.

Pelo meu apreço por essas canções, sou enquadrado, com muito orgulho, como saudosista, pois elas sempre serviram e ainda servem como bálsamo para minhas “dores de cotovelos” advindas de decepções amorosas.

Para finalizar quero lembrar aquele velho e conhecido adágio popular: “quem saudade não tem é porque nunca quis bem”.


C e r e j a (fruta 2)

A cereja é um fruto pequeno e arredondado em que predomina a cor vermelha em vários tons. Tem uma polpa doce e macia. As cerejas comestíveis, mais cultivadas e comercializadas, são geralmente da espécie conhecida como cerejeira brava (prunus avium). A ginja é uma espécie da cerejeira ácida (prunus cerasus), tem a polpa mais firme e é mais utilizada em conservas, compotas e bebidas licorosas como a ginjinha. A cereja tem muitas propriedades vitamínicas e consumida ao natural é refrescante e diurética. É um fruto primaveril, aparecendo com mais força a partir do meio da Primavera até e nas primeiras semanas do Verão. As origens da cerejeira terão sido na Pérsia e Arménia. Os maiores produtores mundiais de cereja são a Turquia, Estados Unidos e Irão. Na Europa, a Espanha e Itália. Em Portugal, o Fundão/Cova da Beira e Resende destacam-se como regiões de grande produção e na qualidade.

N ê s p e r a (fruta 1)

A nêspera é o fruto da nespereira, uma árvore que pode adquirir um certo porte e será originária da China. A nêspera também é conhecida por magnório, sobretudo no norte de Portugal. No Brasil chamam-lhe ameixa-amarela. É um fruto primaveril de cor amarelo alaranjado, de forma oval e cujo tamanho pode ir de 3 a 5 centímetros., podendo ter várias sementes de cor castanha escura, que ocupam parte significativa do seu interior. A polpa tem um sabor doce que pode ser um pouco ácido. É comparada à maçã no teor de açúcar e acidez. É um fruto muito saudável e nutritivo, rico em vitaminas, minerais e antioxidantes. O Japão será o maior produtor mundial de nêsperas, onde se cultiva há mais de mil anos. O Brasil e Israel também são grandes produtores. Da polpa da nêspera podem fazer-se compotas e das sementes licores. Também é utilizada para fins medicinais.

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

 


O CÚMULO DO CINISMO


Quem é que desconhece o rol imenso de ingerências diretas ou indiretas dos EUA, um pouco por todo o mundo? Invasões, embargos, boicotes, chantagens, etc.

Alguns exemplos; Vietname, Coreia, Jugoslávia, Afeganistão, Chile, Cuba, Venezuela, Nicarágua, Iraque, Líbia, Síria.

Quem é que desconhece a destruição e os crimes hediondos que estes “cavalheiros” têm cometido com o objetivo de domínio global? Mesmo descontando as bombas atómicas usadas no Japão no contexto da 2ª Guerra mundial,embora não deixando de ser um monstruoso crime, porque a Alemanha já se tinha rendido e o Japão ia fazer o mesmo. No Vietname, queimaram florestas inteiras com bombas de napalm e cometeram atrocidades como o massacre de My Lai, onde foram assassinadas, a sangue frio, cerca de 500 pessoas ( a foto que ilustra o texto, foi tirada pelo soldado Ronald Haeberle da Companhia Charlie, são sobretudo mulheres e crianças. Foi publicada na imprensa internacional e chocou o mundo). Mesmo assim, saíram com o rabo entre as pernas, escorraçados por aquele martirizado mas heroico povo.

No Iraque, usaram bombas de urânio empobrecido, cujos efeitos ainda se fazem sentir. No Chile, através da CIA, colaboraram no golpe que assassinou o Presidente Eleito Salvador Allende e causou um banho de sangue. E apoiaram toda a escumalha criminosa e fanática; os Talibãs, a Al Qaeda, o Estado Islâmico, etc.

E vem agora, o senhor Joe Biden, depois de participarem na queda do Governo revolucionário do Afeganistão, depois de 20 anos de ocupação, de centenas de milhar de mortos e de entregarem o país aos seus antigos aliados, os fanáticos Talibãs, dizer, candidamente: “ É direito e responsabilidade exclusiva do povo afegão decidir do seu futuro e como querem administrar o seu país. Cabe ao povo do Afeganistão decidir que governo quer, não a nós impor-lhes um governo”

Evidentemente que isto se aplica, não só ao povo afegão, como a todos os dos países acima citados.

Mas com o comportamento do senhor Biden, que já tinha participado em governos anteriores do seu país, que até já exigiu maior comparticipação dos Estados membros da NATO que ele comanda, tais declarações, não serão o cúmulo do cinismo?

Francisco Ramalho


PS- Agora uma coisa digna e boa. lembrar aos amigos/as que começa logo às 21.30 horas, na Expocorroios, uma grande iniciativa da Junta de Freguesia de Corroios, O Agosto Cultural com V Noite de Fados Emídio Leitão.


quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Isto não é um… elogio da censura


As pandemias, os incêndios, as alterações climáticas, as crises económicas e financeiras, tudo serve para atear os fogos que muitos desejam para queimar os valores mais altos da democracia. Nos incitamentos à “ordem” (não se incluem aqui os criativos títulos do Miguel Esteves Cardoso, como o do seu “Ainda ontem”, no PÚBLICO de quarta-feira), alguns gostariam de estabelecer um estado autocrático e autoritário, onde cada um de nós, transformado em títere acéfalo, mas sempre um potencial criminoso, se movimente bem enquadrado no “livro de instruções” que um qualquer iluminado há-de escrever. Basta que tenha a força sufragada pelas massas e a queira utilizar, como fez Hitler. É assim, com lancinantes insinuações de que democracia é “desordem”, que os populistas deste mundo nos querem ludibriar. Que os veículos decentes de transmissão de ideias não contribuam para essa proliferação, é o que se deseja. Já bastam as incontroláveis redes sociais.


Público - 19.08.2021

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

uma medalha para os 100 anos de BAPTISTA PEREIRA... e jogos olímpicos

Baptista Pereira nasceu a 7 de Março de 1921, em Alhandra. Morreu em 22 de Junho de 1984. Foi campeão nacional e internacional de natação, fez parte do quadro de honra dos 6 melhores nadadores do mundo, teve 150 vitórias incluindo a travessia do Canal da Mancha em 1954, batendo o recorde mundial da travessia. Um ano antes, 1953, tinha batido igualmente o recorde mundial da travessia do estreito de Gibraltar. Bateu também o recorde da Europa de longa distância e permanência na água, com 26 horas e 12 minutos e percorrendo 166 quilómetros. Foi o melhor nadador português nos 200, 400 e 1500 metros durante 15 anos consecutivos. Dedicar-se-ia depois, sobretudo à natação de fundo nas travessias, no mar: como a da baía de Sesimbra que venceria e o percurso Peniche-Berlengas-Peniche que efectuou em mais de 4 horas; e fez mais de trinta travessias do rio Tejo, algumas a rondar os 30 minutos, outras de várias horas, como a de Alhandra-Lisboa-Cacilhas-Alfeite-Seixal, em mais de 12 horas Baptista Pereira era filho de gente pobre, não aprendeu a ler nem a escrever e desde muito jovem teve que trabalhar em fábricas. O seu pai era pescador, e ao acompanhá-lo nasceu a sua grande ligação ao rio Tejo. Foi militante comunista, desde 1946, participando em lutas e na distribuição do jornal Avante, então clandestino. Foi perseguido pelo fascismo, que o impediu de competir durante vários anos e nunca teve apoios oficiais. Inspirou o escritor Soeiro Pereira Gomes, para o personagem de Gineto no seu livro «Esteiros». No passado mês de Março, numa iniciativa pública em Alhandra, o PCP assinalou o seu centenário. …a propósito dos resultados dos jogos olímpicos de Tóquio que terminaram recentemente, é incompreensível o embandeirar do governo/PS e do seu ministro da Educação, quando Portugal ficou no 56.º lugar no ranking das medalhas. Portugal é dos países da União Europeia com o mais baixo número de praticantes e com menor investimento na prática desportiva. Não existe uma política desportiva nacional, a começar pelo desporto escolar. O desporto para todos, consagrado na Constituição da República, tem sido ignorado pelos sucessivos governos (PS, PSD, CDS). Muitos dos bons resultados e progressos conseguidos, resultam sobretudo de características naturais e esforço de atletas, dos seus clubes, treinadores e das próprias famílias. Na natação nunca se conseguiu uma medalha olímpica, e só fomos a uma final, em 1984, com Alexandre Yokochi, nos jogos de Los Angeles, os mesmos onde Carlos Lopes conquistou a medalha de ouro na maratona.