Já me chamaram ingénuo por não querer aceitar, sem análise nem discussão, os avisos dos americanos sobre os perigos chineses que acompanham o 5G e, claro, as imposições que, “filantropicamente” nos apresentam. Só porque dá alento à minha “defesa da honra”, fico agradecido a Karla Pequenino por elucidar (PÚBLICO de domingo) quem quer, de facto, compreender o assunto, que não é assim tipo “tiro e queda”.
Está mais do que evidente que a exponenciação dos poderes da espionagem virá de arrasto com as novíssimas tecnologias. Mas a forma como nos apresentam o problema é de que a situação é nova, virá introduzir perigos que ainda não tínhamos. Pergunto: para que precisaram a CIA e a NSA da tecnologia 5G para nos espiarem? Basta ouvir o Snowden. Perdoe-se o meu cepticismo, mas a nula idoneidade do mensageiro Trump, chefiando uma equipa altamente duvidosa, não me permite aceitar à primeira os piedosos avisos que vai fazendo para o “nosso bem”. Não será mais uma fake new, inserida numa guerra comercial mundial que, essa sim, está aí, indisfarçável? E o que Trump quer não é lutar contra a espionagem. Ele quer é que a americana seja a mais eficaz e abrangente.
O título que deu ao seu texto acertou no alvo. Com a ironia necessária para ainda dar mais ênfase ao assunto... importantíssimo. Talvez só mereça um reforço da minha parte que é relevar igualmente os interesses dos chineses que, com aquela "discrição manhosa" que os caracteriza, fazerem exactamente o mesmo que faz o Trump... com truculência.
ResponderEliminarEste seu reforço é muito pertinente. Para que não reste qualquer dúvida de que pelas minhas intenções poderia ter passado a de “branquear” os chineses. Só não quis entrar naqueles raciocínios, piedosamente básicos, característicos dos populistas: “os chineses querem dominar o mundo, portanto… só pode ser isto”. É que pode haver mais do que "isto", como bem sabemos.
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