terça-feira, 26 de março de 2019

O HOMEM ESTÁ DOENTE

Definitivamente, deixei o mundo do safanço. Não estou aqui para a compra e venda, para a mera sobrevivência. O negócio não é comigo. Procuro a arte, a beleza, a mulher, a sabedoria. Por isso amo o estudo, os livros, a criação. Sou um homem do pensamento mas também do prazer, de Dionisos. Sigo a estrada larga de Walt Whitman. Odeio o dinheiro e os poderosos. Mas também critico aqueles que trepam uns para cima dos outros, como macacos. Sou da liberdade. Sou do amor e da revolução. Cresço a cada dia que passa. Penso que o homem tem capacidades prodigiosas, a maior parte das vezes sub-aproveitadas, precisamente porque é castrado pela máquina capitalista ou porque se deixa castrar, preso à vidinha da ordem, do cálculo, do dinheiro, dos relógios, dos computadores. Está doente. Não explode. Não se liberta. Repete-se. Repete os dias e as tarefas. Nem sequer questiona a maldição.

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