quinta-feira, 28 de março de 2019

Os anticristos

Arredando daqui considerações de ordem religiosa ou mesmo da filosofia Nieztschiana, não posso deixar de pensar que há muito quem, em nome de interesses menos confessáveis, ofenda e contrarie os princípios humanos que fizeram do Mundo o que é hoje. Com muita asneira à mistura, mas também com muitos avanços civilizacionais.
Já houve o “viva la muerte”, lema falangista de Franco, já “tivemos” Hitler e Stalin, e não faltam exemplos de poderosos que, com escândalo de todos os outros, exaltam ideias agressivas e demolidoras para o próprio Homem como se fossem valores vitais. Hoje, temos Trump e Bolsonaro, não falando de outros “deuses” menores que, na História, apenas serão lembrados pelo lado mau das coisas. Com a maior desfaçatez, estes homens invertem a lógica das coisas e conseguem arranjar argumentos para defender, a contrario, o naturalmente indefensável.
Desta feita, ficamos boquiabertos com o topete de Bolsonaro em autorizar o Ministério da Defesa a comemorar a implantação da ditadura militar no Brasil, em 1964. Tal como Trump, proclama que a proliferação de armas pela população terá como efeito a diminuição de crimes. Enaltece Carlos Ustra, o torturador-mor, e chama-lhe “herói”. Orwell não diria melhor, só que em novilíngua. Falta apenas dizer que Cristo foi um criminoso.

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